Construção civil: quase metade das obras para no Pará

Empresas consultadas afirmaram que se adaptaram e reforçaram as medidas de higiene (Foto:Paula Sampaio / Arquivo O Liberal)

Pandemia e restrições têm impacto importante sobre o setor  

A segunda onda pandemia da covid-19 paralisou quase 40% das obras da construção civil no Pará. Esse também é o percentual aproximado de trabalhadores (diretos e indiretos) do setor sem atividade no momento.

Os números fazem parte de um levantamento feito pelo Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon-PA) e o Serviço Social da Indústria (Sesi-PA), para analisar os impactos da covid-19 no setor. Ao todo, 57 empresas do Estado, que abrangem 325 obras e 8.580 trabalhadores, participaram da pesquisa, realizada entre os dias 09 e 17 de março.

Desde o dia 15 de março, a partir da republicação do Decreto Nº 800 de 31 de maio de 2020, que estabeleceu lockdown em Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides e Santa Bárbara do Pará, todos os canteiros de obras desses municípios estão parados. “A nossa abrangência da pesquisa vai além da Região Metropolitana. Se fosse apenas na Região metropolitana, o percentual seria muito maior.

Em Santarém, por exemplo, (a atividade) não está paralisada”, observa Alex Dias Carvalho, Presidente do Sinduscon-PA.Nesses cinco municípios e nos demais que vêm decretando lockdown, ficam permitidos apenas obras de engenharia nas áreas de serviços e atividades essenciais, urgentes e infraestrutura.

“A nossa maior dificuldade hoje é que ano passado, as empresas puderam contar com medidas vindas do Governo Federal que amorteceram o impacto das paralisações e benefícios do governo, que assumiu com parte do salário.

Nós não cantamos mais com esses dispositivos e estamos muito apreensíveis, primeiro porque restam às empresas poucas medidas que não sejam demissões”, afirmou Alex Carvalho.Segundo ele, uma das orientações da entidade às empresas tem sido a de manter ao máximo o quadro de funcionários, tendo em vista a expectativa de restabelecimento das condições do sistema de saúde para que não haja necessidade de estender, novamente, o lockdown. “Quem ainda tem fluxo de caixa, estamos sugerindo a antecipação de férias por esse período paralisado”, explica o presidente do Sinduscon.

Ele afirma que também há negociação com sindicatos de trabalhadores na tentativa de buscar medidas para preservar os empregos. Uma delas seria a assinatura de termo aditivo na convenção coletiva permitindo a suspensão temporária dos contratos de trabalhos. “Alguns (Sindicatos) sinalizaram positivamente entendo a gravidade da situação. Porque o pior que pode acontecer é vir uma enxurrada de demissões”.

SAÚDEDe acordo com o levantamento feito por Sinduscon e Sesi, das 325 obras de 57 empresas verificadas, 129 estão paradas, o que representa 39,69% do total. Além disso, 3.321 trabalhadores estão sem atividades, ou seja, 38,71% dos 8.580 alcançados pelo levantamento. O resultado da pesquisa mostra, ainda, que 417 trabalhadores (4,86% do total consultado) estavam com suspeita da doença; 313 (3,65%) testaram positivo para covid-19; 24 (0,28%) precisaram de internação hospitalar e seis (0,07%) morreram pela doença.Quanto às ações de prevenção adotadas pelo setor, de acordo com o levantamento, todas as empresas consultadas afirmaram que se adaptaram e reforçaram as medidas de higiene (como álcool gel, mais banheiros e limpeza dos ambientes). Além disso, 98,2% disseram ter disponibilizado informativos sobre medidas preventivas contra a doença e restringido o acesso de funcionários com sintomas.

Os horários escalonados de almoço e de vestiário foram medidas adotadas, respectivamente, por 71,9% e 64,9% das empresas consultadas. Já o fornecimento de máscaras para o transporte (trajeto ao trabalho) e de máscaras extras na obra (além das obrigatórias – EPI) foi garantido por 89,5% e 82,5% das empresas, respectivamente.Por outro lado, 91,2% das empresas consultadas admitiram que não oferecem transporte especial aos funcionários. “O que traz alerta para nós do estudo é o que seria a contrapartida do poder público. Os principais problemas que a gente tem estão relacionados ao transporte.

Poucas empresas do setor têm condições de disponibilizar um transporte exclusivo, então, lógico que a principal preocupação é que não tem como a empresa ter uma ingerência em relação a essa possível contaminação durante esse transporte do trabalhador”, declarou Raphael Barbosa, diretor de operações Sesi/Senai-PA.Ele explica que o objetivo da pesquisa foi entender como a covid-19 tem impactado na saúde do trabalhador e na atividade econômica, além de verificar quais as ações adotadas pelas empresas e os principais problemas que essas empresas têm. “A gente vê que essas paralisações têm impactado o setor de maneira muito forte. Primeiro é o impacto econômico: 40% das obras (paradas) e um quantitativo similar de trabalhadores sem atividades”, observa.

Raphael lembra que o levantamento, apesar de ter terminado na última quarta-feira (17), começou a ser feito antes do lockdown na RMB e em alguns municípios do interior, por isso, ele acredita que os números atualizados podem ser ainda maiores. “O importante do estudo é demonstrar que dentro do sistema da indústria temos vários setores que são analisados e o setor da construção civil conseguiu aplicar na sua atividade o protocolo de segurança.

Ele cumpre uma série de normas em relação à segurança do trabalhador e na pandemia teve uma série de normas adicionais relacionadas à saúde: 100% das empresas adaptaram os espaços colocando álcool gel, têm informativos regulares sobre a pandemia e práticas de prevenção. Mais de 70% trabalham com horário escalonado. Quase 100% restringe a entrada de funcionários com algum sintoma. Isso demonstra nos resultados do número de testagens positivas, suspeitas de covid e óbitos. Num universo de mais de 8.500, somente 313 tiveram teste positivo de covid”, completou o diretor do Sesi/PA.

Por:Keila Ferreira

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Setor da construção civil do Pará gera cerca de 10 mil postos de trabalho mesmo durante pandemia

Setor da construção civil não para durante a pandemia de Covid-19 — Foto: Reprodução/TV TEM

O balanço é do Dieese Pará e corresponde ao período de janeiro a novembro de 2020.

O setor da construção civil gerou quase 10 mil postos de trabalho formal no Pará em 2020, segundo um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA). O balanço corresponde ao período de janeiro a novembro do ano passado.

De acordo com o estudo, no período analisado, o setor de construção teve 54.590 admissões contra 44.772 desligamentos, com geração de 9.918 postos de trabalhos no Pará. O estado foi o que teve o melhor resultado na geração dos empregos formais no setor na região Norte, seguido de Tocantins, com saldo positivo de 3.413 postos de trabalho e Roraima, com 1.343 empregos.

Segundo o levantamento do Dieese, o saldo é positivo mesmo com queda na criação de vagas nesse setor, no mês de novembro de 2020. Em todo o estado, foram feitas 4.081 admissões contra 5.524 desligamentos, gerando um saldo negativo de 1.443 postos de trabalho, em novembro.

Em toda região Norte, houve um saldo positivo de 15.678 postos de trabalho, com 96.959 admissões contra 81.281 desligamentos. O balanço foi realizado com base em informações oficiais do Ministério da Economia, segundo o novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Por G1 PA — Belém

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