Sede da COP 30, Belém terá investimentos de mais de R$ 4 bilhões nos próximos anos

As duas principais obras são a construção do Parque da Cidade e da segunda etapa do Porto Futuro, que terão aportes de R$ 680 milhões.

A realização da 30ª Conferência das Partes (COP 30) em Belém trará grandes investimentos para a capital paraense, na casa dos R$ 4,1 bilhões. O evento, que é o principal sobre mudanças climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU), está marcado para o final de 2025, mas, desde já, os governos federal, estadual e municipal se unem para garantir benefícios e melhorias para a cidade, que receberá dezenas de milhares de pessoas durante o período.

Entre as principais obras estão a construção do Parque da Cidade, que será palco dos debates daqui a menos de dois anos, e da segunda etapa do Porto Futuro, ao lado da Estação das Docas. Os dois projetos foram anunciados oficialmente em junho do ano passado, em uma das visitas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à capital paraense, ocasião em que houve a cerimônia de anúncio oficial da realização da COP 30 em Belém.Durante esse evento, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), e a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, assinaram o contrato de cessão do Aeroporto Brigadeiro Protásio Oliveira para implantação da sede da Conferência, no bairro da Sacramenta. Pelas informações divulgadas pelo governo federal na época, a obra tem o valor de R$ 390 milhões e será custeada pela iniciativa privada. A expectativa do governo do Pará é de gerar cerca de mil empregos durante a execução do projeto.O terreno, de propriedade da União e avaliado em R$ 340 milhões, possui 500 mil metros quadrados de área. O Parque da Cidade contará com centro de economia criativa, centro gastronômico, cinema, estúdio de gravação musical, mercado de produtos regionais, biblioteca, fonoteca, praça de alimentação, praça marajoara e ateliê multiuso, além de torre de contemplação, templo ecumênico, “Oratório da Água e da Luz”, palcos interno e externo e uma praça de exposição de aeronaves.Outros grandes projetos para a COP 30Também foi assinada, no mesmo encontro, em junho de 2023, a ordem de serviço para a obra da segunda etapa do Porto Futuro, pelo governador Helder Barbalho e o presidente Lula. Em julho daquele ano, em conversa com o Grupo Liberal, a vice-governadora do Estado, Hana Ghassan (MDB), que preside o Comitê Estadual para o evento, contou que o governo havia garantido R$ 680 milhões em recursos para executar as duas principais obras – só o Porto Futuro deve receber um aporte de quase R$ 300 milhões.

O projeto vai abrir novas janelas para a Baía do Guajará, e prevê restauração de sete galpões, para torná-los espaços de geração de emprego e renda a partir de atividades ligadas à cultura, à economia criativa, ao turismo e ao desenvolvimento de negócios sustentáveis baseados na biodiversidade da região amazônica.Há ainda as obras do Parque Ecológico São Joaquim, em Belém, no valor de R$ 134 milhões, cuja autorização também foi assinada durante a visita de Lula a Belém, em junho do ano passado, pelo ministro das Cidades, Jader filho, o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (Psol), e a Caixa Econômica.

Empréstimos impulsionarão investimentosDurante uma cerimônia no dia 12 de dezembro, o presidente Lula revelou que, ao longo de 2023, foram concedidos empréstimos no valor de R$ 56,4 bilhões aos estados e municípios brasileiros. Ao Pará, foi liberado o valor de R$ 3 bilhões, que serão destinados à melhoria da infraestrutura urbana de Belém e Região Metropolitana. O contrato, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ocorre no âmbito da preparação da capital paraense para sediar a COP 30 em 2025.O pacote de investimentos, segundo o governador detalhou em outubro do ano passado, antes da formalização, inclui estruturação urbana, a exemplo de obras de saneamento, abastecimento de água, mobilidade urbana, novas vias, parques turísticos, melhoramento da malha viária e transporte coletivo.Também há o apoio para redução das emissões resultantes do consumo de energia elétrica em prédios e logradouros públicos, e apoio para a iniciativa privada, com foco em melhorias das redes hoteleira e de
serviços de bares e restaurantes. Essa linha de crédito, segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, vai viabilizar 52 projetos já apresentados pelo governo do Estado à instituição.Novo PAC traz recursosOutro investimento que ajudará o Estado a se preparar para o evento mundial realizado no ano que vem é o montante destinado por meio do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), iniciativa do governo federal em parceria com estados e municípios, que investirá um total de R$ 38,7 bilhões em projetos de integração regional e desenvolvimento socioambiental no Pará nos próximos anos.Representantes do governo federal cumpriram agenda em Belém, no dia 16 de novembro do ano passado, para falar sobre os investimentos, que serão destinados a várias áreas, como transporte, logística, saúde, educação, comunicação e assistência social. Ao todo, no Brasil, o montante soma R$ 1,7 trilhão, sendo que R$ 1,4 trilhão será executado entre 2023 e 2026.Especificamente Belém vai receber mais de R$ 350 milhões em
investimentos. As obras que receberão investimentos federais são: Parque Ecológico São Joaquim (R$ 150 milhões); duplicação da avenida Bernardo Sayão (R$ 86 milhões); complementação de R$ 100 milhões para o Programa de Macrodrenagem da Bacia do Mata Fome (Prommaf); reforma do complexo do Ver-O-Peso (R$ 65 milhões); BRS-serviço rápido de ônibus Júlio César (R$ 90 milhões oriundos do FGTS), além da possibilidade de complementação para a obra de requalificação do Mercado de São Brás.A reportagem do Grupo Liberal procurou o governo do Estado e a Prefeitura de Belém para confirmar se há algum outro investimento previsto, mas não teve retorno.Impacto para a populaçãoPara o arquiteto e urbanista Juliano Ximenes, professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), o perfil dos novos projetos é muito mais concentrado em equipamentos públicos do que em serviços de infraestrutura. Eles demandam menos investimentos, são mais visíveis imediatamente e podem compor um roteiro de visitação e de realização das atividades da COP 30 em Belém quase que exclusivamente em torno de áreas reurbanizadas ou com implantação de novas intervenções urbanísticas, segundo o estudioso.Juliano diz que, para Belém ser uma cidade com melhor desempenho ambiental, seriam necessários investimentos mais extensivos e estruturais, como a retomada do Plano Metropolitano de Água e de Esgotamento Sanitário. “A Região Metropolitana de Belém tem pouquíssimo esgoto tratado e rede coletora de esgoto, e ainda tem mais de um terço dos seus domicílios sem ligação à rede de água tratada. Temos áreas grandes e populosas de favelas, de assentamentos precários, de comunidades populares deficientes em infraestrutura e equipamentos. Penso que investimentos em infraestrutura e em habitação são mais promissores”, avalia.IntegraçãoTodos os projetos anunciados até aqui têm perfil para serem incorporados ao cotidiano da população moradora de Belém e região, segundo o arquiteto e urbanista Juliano Ximenes, já que são condizentes com os hábitos e a cultura da população local. Porém, ele ainda vê carências.No que diz respeito ao impacto na mobilidade urbana de Belém, o especialista ressalta que “não será com automóveis individuais, próprios ou de aplicativos de mobilidade que se resolverá a mobilidade urbana em uma cidade. Nem com carros elétricos. É preciso um planejamento entre áreas com maior importância econômica, que atraem fluxos, e áreas residenciais, que os emanam, com investimentos maciços em transporte coletivo e público de grande e média capacidades”.E, pensando na dimensão ambiental, Juliano afirma que faz falta na capital paraense uma consideração sobre o planejamento territorial por bacia hidrográfica, de sistema viário, de urbanização, de equipamentos públicos e comunitários, de saneamento e transportes que também considere áreas de drenagem, em torno de igarapés, rios e canais, frequentes na paisagem das cidades metropolitanas.

Fonte: O Liberal  e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 12/01/2024/11:12:14

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‘Queremos a COP na região em 2025’, diz Helder Barbalho, governador do Pará, ao assumir presidência do Consórcio da Amazônia

Helder Barbalho, do MDB, assume presidência do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal. — Foto: Reprodução / Twitter

Cerimônia de posse ocorreu em Brasília nesta quarta-feira, 4, com a presença de ministros do Governo Lula, governadores de outros estados da Amazônia Legal e outras autoridades.

O governador do Pará Helder Barbalho (MDB) assumiu, nesta quarta-feira (4) a presidência do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal (CAL).

A cerimônia de posse ocorreu na sede do consórcio em Brasília, com a presença dos ministros Waldez Góes, ex-governador do Amapá e agora ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, e Jader Filho, ministro das Cidades, no Governo Lula, além de outros governadores da região amazônica, a quem Helder agradeceu em publicação no Twitter.

Helder foi eleito para o cargo por unanimidade, no último dia 19 dezembro, em votação realizada entre os governadores dos nove estados da Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Helder Barbalho ficará à frente do colegiado durante o ano de 2023, em substituição ao ex-governador do Amapá, Waldez Góes (PDT).

O CAL é formado por nove estados na Amazônia, que ocupam 59% do território brasileiro. O consórcio tem missão de acelerar o desenvolvimento sustentável da Amazônia e ser referência global em articulação, estratégia e governança para transformar a Amazônia Legal em região competitiva, integrada e sustentável, até 2030.

‘Discutir a Amazônia a partir da ótica dos brasileiros e dos amazônidas’

O governador Helder Barbalho ressaltou que vai atuar para que o Consórcio protagonize perante o Governo Federal as pautas envolvendo a Amazônia. Ele ponderou a necessidade de recuperação do pacto federativo e das parcerias institucionais entre os estados e a União.

Helder Barbalho destacou a conquista do Consórcio nos últimos anos, principalmente na COP 27, realizada no Egito. Ele afirmou que a Amazônia Legal atingiu um patamar histórico, que precisa ser mantido e ampliado.

“Vamos, cada vez mais, provocar o mundo para discutir a Amazônia a partir da ótica dos brasileiros e dos amazônidas. Particularmente, poder provocar as Nações Unidas a trazer o maior evento do mundo de discussão sobre o clima, que é a COP, para discutir in loco o conhecimento nossa realidade com riquezas, biomas e também nossos desafios sociais, e com isso construir um futuro que concilie pessoas e floresta”, enfatizou.

Também em Brasília, Helder Barbalho terá encontro no final do dia com o ministro das Relações Exteriores, chanceler Mauro Vieira, para reafirmar o compromisso do Consórcio Amazônia Legal em sediar uma edição da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP).

“Estarei com o ministro para formalizar o desejo de que a Amazônia possa sediar a COP 30 em 2025”, adiantou.

Em seu discurso, Helder citou a importância do diálogo e convergência entre os governadores da região, apesar das diferenças, em prol de pautas comuns à Amazônia, como o desenvolvimento sustentável e a preservação ambiental.

“O consórcio se transformou em um ponto de referência de interlocução regional, levando em consideração o vácuo institucional recente que acabou permitindo que este consórcio fosse enxergado seja por organismos nacionais e internacionais como um ponto relevante da subnacionaldiade brasileira”.

Ele também voltou a falar que a floresta amazônica deve se tornar uma nova commodity global e que a captura do carbono possa ser regulada e monetizada, se tornando um novo ativo econômico.

“Apesar das distinções políticas, ideológicas e as pautas sensíveis e caras a cada unidade da Federação que compõem a Amazônia legal, devemos primar sempre pela relação horizontal entre os governos e me proponho a exercer à frente do consórcio o diálogo entre os Estados, compreendendo as diferenças regionais neste território que representa mais de 50% do território brasileiro”, afirmou.

“Temos que discutir a Amazônia como ativo ambiental, a partir da maior floresta tropical do planeta, mas também com soluções para as pessoas que vivem na região, e que se aproximam de 30 milhões de brasileiros, (…) buscando também a diminuição dos abismos sociais”. (Com informações do g1 Pará — Belém).

Jornal Folha do Progresso em 04/01/2023/18:06:06

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Pará é o estado preferido para sediar COP em 2025 no Brasil

Helder Barbalho e Lula (Foto: Ricardo Stuckert).

O governador Helder Barbalho é importante aliado de Lula e protagoniza o debate sobre a Amazônia

Brasil 247 – Interlocutores do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmam que o Pará desponta, no momento, como o palco preferencial da futura gestão para a COP em 2025.

Após a reunião com o consórcio de governadores da Amazônia, o petista mencionou que o evento poderia ocorrer no Pará ou no Amazonas, caso o pleito seja atendido pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Helder se destaca entre os líderes do MDB no cenário nacional e desempenhou papel importante no debate sobre a Amazônia durante a COP27. Ele é o atual presidente do consórcio de governadores da Amazônia e foi quem primeiro convidou Lula para ir ao Egito.

Um integrante do grupo de trabalho do meio ambiente da transição de governo destaca também que o Pará é um excelente exemplo dos desafios que o mundo precisará enfrentar na pauta climática, informa a Folha de S.Paulo.

https://youtu.be/RP1FUEBakXE

Por:comunicadortonymarques

Jornal Folha do Progresso em 17/11/2022/18:03:55

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Lula diz que pedirá à ONU para COP ser no Pará em 2025

Lula quer que a COP de 2025 seja feita na Amazônia | (Foto:Reprodução )

A COP 2019 seria no Brasil, mas a pedido de Bolsonaro, a conferência mudou para a Espanha

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), recebido com corredores lotados na COP27, conferência do clima da ONU, no Egito, na manhã desta quarta-feira (16), anunciou que pedirá às Nações Unidas que o Brasil seja anfitrião do evento em 2025.

“Nós vamos falar com o secretário-geral da ONU [António Guterres] e vamos pedir para que a COP de 2025 seja feita no Brasil e, no Brasil, seja feita na Amazônia. E, na Amazônia, tem dois estados aptos a receber qualquer conferência internacional, que é o estado da Amazonas e o estado do Pará”, afirmou Lula.

“Se a Amazônia tem o significado que tem para o planeta Terra, se tem a importância que todos vocês dizem que tem, que todos os cientistas dizem que tem, nós não temos que medir esforços para afirmar que uma árvore em pé vale mais do que uma árvore derrubada”, afirmou também, em evento no estande de governadores da Amazônia Legal.

A fala sobre o pedido do Brasil para sediar a COP30, em 2025, veio após sugestão de Helder Barbalho (MDB), governador do Pará, responsável pelo convite para Lula ir à COP27.

“Além de propor que a COP aconteça no Brasil, queria lhe pedir que o senhor possa oferecer a Amazônia para sediar a COP em 2025, a COP30, para que nos possamos levar o planeta para debater a Amazônia conhecendo a Amazônia”, afirmou.

Neste primeiro dia de agenda pública no evento, após encontros a portas fechadas na terça, Lula recebeu de governadores da Amazônia Legal nesta manhã uma carta com propostas para a região. A leitura do documento foi feita por Helder Barbalho.

“Expressamos a disposição em construir uma relação profícua e eficaz com o governo federal, baseada no respeito democrático, na observância da Constituição e do diálogo com os poderes constituídos nas esferas estadual e federal”, diz o texto.

Os políticos reforçam, porém, que querem preservar a autonomia construída ao longo dos últimos quatro anos –quando se mobilizaram em ações conjuntas voltadas para a região, se posicionando quase como um ente paralelo ao governo de Jair Bolsonaro.

“Os estados da Amazônia alcançaram um nível de capacidade de relacionamento com organismos internacionais, com a sociedade civil, com instituições financeiras e até mesmo entre si que deve ser incentivado não pode mais retroceder”, salientam.

O tema do desenvolvimento sustentável da região também é destacado. A carta lembra que a Amazônia foi explorada ao longo dos anos, mas isso não se reverteu em progresso para a população local. “O modelo de desenvolvimento vigente, para ser economicamente pujante, trouxe o custo de ser ambientalmente devastador e socialmente excludente.”

Os governadores afirmam que seria necessário “aperfeiçoar as capacidades humanas e institucionais e mobilizar a ação empresarial” para que esse desenvolvimento seja alavancado por meio da bioeconomia, transformando a floresta em pé em “commodity”.

“É necessário conjugar os saberes técnico e ancestral para que o potencial produtivo da Amazônia se expresse por meio do aproveitamento racional das vocações da região e com retorno justo e equânime para as populações locais”, escrevem.

Lula, após a leitura, disse concordar com o conteúdo.

“Eu só queria que os governadores levassem em conta que eu assinaria esse documento de vocês sem nenhum problema porque é mais do que justo que nós recuperemos a aliança entre as unidades federativas para que o governo federal governe em comum acordo com os governadores, e mais ainda que o governo federal volte a governar em acordo com os prefeitos”, afirmou.

Ao chegar ao pavilhão da COP27 nesta manhã, por volta das 11h15 no horário local (6h15 pelo horário de Brasília), antes de se posicionar diante do público, Lula se reuniu em uma sala com governadores de Acre, Mato Grosso, Pará e Tocantins, além do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Fernando Haddad, que integra a comitiva do governo de transição.

Lula e a comitiva ingressaram no evento usando credenciais de “país anfitrião”, como convidados do governo do Egito.

Quase três horas antes do início previsto do evento, pessoas já se reuniam no pavilhão do consórcio dos governadores da Amazônia na COP27 -o estande de 120m2 ficou completamente lotado em pouco tempo.Além de membros da imprensa nacional e internacional, que disputavam espaço para conseguir montar suas câmeras e tripés, membros da sociedade civil e parlamentares também tentaram garantir seus assentos desde cedo. Entre eles estavam o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) e Airton Faleiro (PT-PA).

No entanto, seguranças da ONU esvaziaram totalmente o espaço antes da chegada de Lula sob a justificativa de garantir a segurança do presidente eleito.

Na aglomeração que se formou durante a espera, os apoiadores, em especial os indígenas, puxaram coros de músicas de campanha.

Na entrada de Lula, jornalistas perguntaram ao petista como recebe as críticas por se deslocar à COP27 usando um jatinho do empresário José Seripieri Filho, conhecido como Júnior, fundador da Qualicorp e dono da QSaúde. Em resposta, o presidente eleito acenou e disse que falará depois sobre a questão.

Ainda nesta quarta, Lula fará um pronunciamento no espaço da ONU. Na quinta (17), ele se encontra às 10h (hora local, 5h do horário de Brasília) com representantes da sociedade civil brasileira e, às 15h (10h no horário de Brasília), participa do Fórum Internacional dos Povos Indígenas/Fórum dos Povos sobre Mudança Climática. (Com informações do Folhapress ).

Jornal Folha do Progresso em 16/11/2022/09:38:44

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