Presidente do STF afirma que ser contra o aborto não significa ser favorável a prender mulheres

Barroso: “Estado deve dar educação sexual, contraceptivos e amparar a mulher que queira ter filho” (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

Barroso apontou que a questão do aborto será novamente discutida pelo STF.

Na celebração do Dia Internacional da Mulher, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), abordou as conquistas históricas das mulheres e sua própria militância feminista ao longo dos anos. Durante a Aula Magna 2024 na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, Barroso ressaltou que embora considere o aborto uma prática a ser evitada, ele enfatizou a importância do apoio às mulheres. “Estado deve dar educação sexual, contraceptivos e amparar a mulher que queira ter filho”.

Ao abordar o tema, o presidente do STF destacou a necessidade de esclarecer à sociedade sobre o tema, “explicar para as pessoas que ser contra o aborto e não querer que ele aconteça não significa querer que se prenda as mulheres que passam por este infortúnio, que é isso que a criminalização faz”.

Barroso apontou que a questão do aborto será novamente discutida pelo STF e destacou a importância de uma abordagem mais inteligente do problema, rejeitando a criminalização e defendendo medidas que ofereçam apoio às mulheres em vez de punições.

Fonte:  O Liberal e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 09/03/2024/12:57:51

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Competência e coragem marcam jornada das mulheres no mercado de trabalho

Embora ainda predominantemente masculino, elas vêm dominando espaço

Empreender é um ato de resiliência e força. Ser mulher, também. Ser mulher e empreendedora no Brasil é um desafio ainda maior. Porém, com o passar dos anos, o número de mulheres que decidiram empreender no país tem crescido. É o que mostra os dados da Global Entrepreneurship Monitor 2020 (GEM), principal pesquisa sobre empreendedorismo do mundo, feita em parceria com o Sebrae. De acordo com os dados, de 52 milhões de empreendedores no país, 30 milhões são mulheres.

O número mostra a evolução das mulheres que fugiram do óbvio, assumiram as rédeas da própria carreira e seguiram por caminhos promissores. Ana Paula da Paixão Almeida (@sonhoamana), 40, é designer e desde que começou sua trajetória profissional, pôde cruzar o caminho de outras mulheres fortes e determinadas. “Acredito que a mulher tem características incríveis para gerir, harmonizar, criar, construir, desconstruir, reinventar…isso é revolucionário! Papel fundamental no mercado de trabalho. Já trabalhei em uma gráfica e em uma agência de publicidade, ambas geridas por mulheres. Via desafios e fragilidades, mas também uma força impressionante”, relembra.

EDU

Sempre com uma veia empreendedora, trabalhando desde que terminou a faculdade, Ana já passeou por diversos segmentos e, hoje, dedica-se ao ramo alimentício com venda de comida oriental através da sua página no Instagram. Além disso, faz parte de um coletivo de mulheres e empreendedoras de negócios veganos. “Além de comida boa, há acolhimento, troca, amor e inspiração”, conclui.

Celebração da força

Seja como protagonista da sua própria história ou fonte de inspiração para outras, a mensagem passada de geração em geração entre as mulheres é a mesma: para garantir o direito de estudar, trabalhar e ter papel ativo na sociedade, é preciso também muita coragem. Seja no Dia Internacional da Mulher, celebrado hoje (08), ou nos outros 364 dias do ano, reconhecer os papeis de destaque delas na sociedade e continuar lutando pelo avanço disso é o objetivo de muitas.

A exemplo do mercado de trabalho, onde a presença masculina ainda é majoritária, as mulheres estão ganhando cada vez mais notoriedade e lutando por um espaço que lhes é de direito. Uma pesquisa realizada pela empresa de consultoria empresarial americana McKinsey aponta que instituições com mulheres em cargos de liderança têm 21% a mais de chances de ter desempenho financeiro acima da média.

Viviane Torres é gerente nacional de Operações do Educa Mais Brasil e lidera uma equipe formada por 300 mulheres, número que representa 90% do contingente trabalhador do setor. Atualmente assumindo uma posição de destaque na empresa, Viviane conviveu durante toda sua vida em ambientes em que as mulheres tinham visibilidade e, por isso, sente-se realizada.

“Em momento algum da minha vida profissional me senti descredibilizada por ser mulher e, graças a Deus, cresci em uma família de mulheres fortes, que desde muito cedo saíram para trabalhar e conquistaram o seu reconhecimento profissional. Cada vez mais vejo as mulheres conquistando seu lugar no mercado de trabalho. Além de filha, mãe, esposa, estão sendo provedoras de suas famílias. Eu busco aprender com elas todos os dias, é o maior aprendizado da minha vida”, pontua.

Vemos a força da mulher retratada em filmes, livros, canções mas é dentro de casa que encontramos o maior exemplo de força feminina a ser seguida. “Minha mãe é de origem humilde e, ainda jovem, com uma filha pequena, construiu uma carreira consolidada como executiva. Graças a esse exemplo, sempre tive muita segurança e objetivos bem definidos. Trabalhei em alguns lugares e, no Educa, vibro por estar ao lado de muitas mulheres na gestão. Desde o primeiro momento, me senti em casa, acolhida e muito à vontade para desempenhar meu trabalho”, relembra.

Para além de flores, chocolates e homenagens, hoje é dia de reconhecer, valorizar e reforçar as potências femininas também com atitudes. No Educa Mais Brasil, a data é celebrada de um jeito especial. “Compartilhamos histórias de superação, distribuímos mimos para as mulheres da equipe… Este ano nossa campanha remete à Mulher Maravilha, simbolizando força feminina, o poder, senso de justiça, sem perder a beleza e a o encanto dessa super-heroína”, conclui Viviane.

 

Fonte: Agência Educa Mais Brasil – Com Foto

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DIA DA MULHER – Violência política contra mulheres avança com redes sociais e acesso à internet

Embora não seja uma situação recente, a violência política ganhou novos contornos com o crescimento das redes sociais e o maior acesso à internet, o que possibilita também ataques virtuais.

A prática, que consiste em restringir, limitar ou impedir a participação política, pode ser direcionada a qualquer pessoa ou grupo social, mas tem afetado as mulheres com mais ênfase e vem sendo mais um dos desafios para o aumento da presença feminina na política. (A informação é do Folha de São Paulo)

Neste ano, teremos a primeira eleição após a sanção da lei de combate à violência política contra as mulheres. Entre as ações previstas no texto, estão a criminalização de abusos e a determinação de que o enfrentamento a esse tipo de violência faça parte dos estatutos partidários.

Mas o que é a violência política e por que atinge mais as mulheres?

O homicídio por motivos políticos é um caso de violência direta e mais explícita.

Contudo a violência política também se manifesta de maneira difusa, na forma de silenciamentos, subfinanciamento nas campanhas eleitorais, boicote na participação partidária ou em comissões parlamentares, deslegitimação de opiniões, assédio moral e sexual e ataques preconceituosos na internet.

Embora o objetivo da violência política no abstrato seja impedir a participação de determinado indivíduo ou grupo, este tipo de prática é influenciada pelo machismo existente nos diversos aspectos da sociedade.

Exercer menos cargos de poder do que homens e conseguir menor participação política são alguns dos fatores que acabam deixando as mulheres mais expostas a esse tipo de violência.

“Mulheres e homens que sofrem violência política não passam por este fenômeno sem que as hierarquias de gênero sejam consideradas”, afirma Danusa Marques, professora e diretora do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília.

“É importante ressaltar que as camadas de desvantagens sociais afetam de forma combinada a chance de uma pessoa ou grupo ser vítima de violência política. Por isso, falamos de violência política de gênero, de violência política racial, de violência política LGBTIfóbica”, diz.

Segundo ela, o objetivo da violência política contra as mulheres é exatamente impedir a participação feminina. “Por isso, é operada para minar todos os aspectos que possam contribuir para o engajamento político das mulheres.”

Isso ocorre para que elas “sejam obrigadas a desistir de ocupar posições de poder”.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Justiça de Saia, entre outubro e novembro de 2021, mostra que mais da metade das entrevistadas (51%) —eleitoras, candidatas ou mulheres no exercício do mandato— já foi vítima de comentários ou manifestações preconceituosas ou discriminatórias. O levantamento compilou 1.194 respostas para o mapeamento.

Um outro levantamento, este realizado pelo Instituto Marielle Franco, divulgado no fim de 2020, identificou que 8 em cada 10 mulheres negras que concorreram às eleições daquele ano sofreram violência virtual, como o recebimento de mensagens machistas e racistas e invasões durante lives das quais participaram. Foram ouvidas 142 mulheres de 16 partidos e de 93 municípios de todo o país.

“As redes sociais não inauguram o problema da violência política, mas tudo o que é terrível tem se tornado pior. Elas são catalisadoras de violência política por causa da arquitetura atual da internet”, avalia Danusa Marques.

Segundo ela, a maneira como foram desenvolvidas as redes sociais promoveu formas muito intensas de propagação de discursos de ódio, ataques e ameaças baseadas nas hierarquias de gênero.

Flávia Rios, professora da UFF (Universidade Federal Fluminense), pondera que, embora as redes sociais facilitem a violência política, elas também ajudam a jogar luz em casos antes invisibilizados.

“As redes sociais se tornaram uma importante ferramenta para a denúncia de agressões e violações de direitos de grupos minoritários”, diz a pesquisadora, em resposta enviada à reportagem em parceria com Huri Paz, pesquisador do Afro-Cebrap.

Flávia afirma que os recentes avanços em igualdade de representação nos espaços da política no Brasil de grupos que antes não conseguiam acessar os locais de poder geraram grande resistência. Isso porque, segundo ela, parte de algumas correntes políticas não toleram a autonomia dessas pessoas.

“Essas representações políticas se tornaram ameaças ao poder tradicional”, argumenta.

“Elas ameaçam o patriarcado, hierarquias de gênero e as estruturas coloniais persistentes na sociedade. Em minoria na representação política do Brasil, as mulheres têm sido o alvo fácil e preferido destes ataques.”

Embora seja comum casos de assedio, falta de financiamento e ataques virtuais contra mulheres, Flávia diz que a violência letal é maior entre os homens na política, como mostra o estudo “Assassinatos de Políticos no Rio de Janeiro (1988-2020)”, realizado por ela e por Paz.

“Identificamos que, entre as mulheres, as que mais sofreram violência letal nas décadas analisadas foram as mulheres negras. O que é algo alarmante porque essas são minorias na política institucional”, afirma.

Neste sentido, a lei 14.192, sancionada em agosto de 2021, e que entra em funcionamento pela primeira vez na eleição deste ano, e busca proteger as mulheres contra a violência política, pode ser vista como um avanço, na avaliação de Flávia Rios.

“É interessante que a lei possua um agravante para atos cometidos com desprezo à raça, cor ou etnia. Entretanto, falta a menção a mulheres trans, por exemplo, que têm sido constantemente atacadas por sua condição de gênero e sexualidade e que, através desta lei, continuam sem proteção.”

Ela cita ser importante também que exista mais proteção por parte dos partidos e pede a criação de condições para que a presença das mulheres seja rotineira na esfera do poder.

Danusa Marques vai na mesma linha e considera que a lei que pune violência política contra mulher é positiva, mas apenas um primeiro passo.

“Ela é importante, mas precisamos também de um conjunto integrado de políticas para o combate à violência política de gênero.”

De acordo com a professora da UNB, o combate à violência política contra as mulheres deve passar por incentivos a boas práticas, além de um sistema que monitore e permita a punição em caso de violações.

“É preciso promover o debate, a visibilização do problema, pensar coletivamente formas de evitar a violência política dentro dos partidos, nas instituições do Estado, nas instituições sociais, na mídia. Em resumo, precisamos de espaços coletivos de monitoramento e práticas de incentivo à igualdade política.”

Por:Jornal Folha do Progresso em 08/03/2022/08:50:28

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A cada uma hora e meia, uma mulher morre no Brasil por causas relacionadas à violência

No Dia Internacional da Mulher, psicóloga da Estácio Belo Horizonte analisa a cultura do estupro e reitera que a educação e as políticas públicas são a chave para rechaçar esse fenômeno

Em uma entrevista recente, a diretora global da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, alertou que a violência contra a mulher é tão devastadora quanto o coronavírus. No Dia Internacional da Mulher, a psicóloga Renata Mafra, coordenadora do curso de Psicologia da Estácio Belo Horizonte, analisa a cultura do estupro no Brasil, presente ainda nos dias atuais, e de que forma combatê-la.

 Também mestre em Promoção da Saúde e Prevenção da Violência, Renata Mafra destaca que é preciso compreender, primeiramente, que o termo não é novo, pelo contrário, é combatido há algumas décadas. “Já nos anos 1970 a cultura do estupro era tratada em movimentos feministas americanos; em uma segunda onda, veio para apontar comportamentos sutis e explícitos que silenciam ou relativizam a violência sexual contra a mulher. No Brasil, ganhou força pelo novo movimento feminista, após um estupro coletivo ocorrido numa favela no Rio de Janeiro, em maio de 2016. Nesse fato, uma menina de 16 anos foi violentada por 33 homens; cuja ação coletiva foi filmada e fotografada, e repercutida na imprensa e nas redes sociais”, esclarece.

Segundo a psicóloga, a cultura do estupro é um conjunto complexo de crenças que encorajam agressões sexuais masculinas e sustentam a violência contra a mulher. “A cultura do estupro tolera a violência física e emocional contra a mulher como normal. Em uma cultura do estupro, tanto homens como mulheres assumem que a violência sexual é um fato da vida, tão inevitável quanto a morte. E o termo cultura do estupro vem justamente para demonstrar que não é algo natural, e sim cultural. Se é cultural é porque foi criado e se criamos, podemos modificá-lo”, descreve Renata Mafra.

De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a cada uma hora e meia, uma mulher morre no Brasil por causas relacionadas à violência e Renata Mafra complementa: “Estudo feito pelo mesmo órgão, a partir de 2011, com base em dados retirados do Sinan (Sistema de Informações de Agravados de Notificação), do Ministério da Saúde, cerca de 527 mil pessoas são estupradas por ano no país e apenas 10% desses casos chegam ao conhecimento da polícia. Os registros do Sinan demonstram que 89% das vítimas são do sexo feminino e possuem, em geral, baixa escolaridade”, afirma.

Sentimento de culpa e educação

Renata Mafra observa que as mulheres se sentem desencorajadas a denunciar devido ao sentimento de culpa e de vergonha. “A cultura do estupro coloca na mulher a responsabilidade pelo ocorrido: “mas também, com essa roupa”; “aposto que você bebeu”; “mas também, andando por esses lugares sozinha, estava pedindo”; “você não pode contar isso, afinal, é seu padrasto, seu pai… ele pode ser preso”. As mulheres também têm a cultura do estupro internalizada e acabam reproduzindo dentro de si o eco da sociedade. Sem contar a forma como são tratadas pelas autoridades ao denunciarem, quando não se trata de uma delegacia ou serviço especializado de atendimento à mulher”, reitera.

Para a psicóloga é fundamental identificar comportamentos que reforçam a cultura do estupro por meio da educação. “Tanto no ensino formal nas escolas, quando nas famílias e no local de trabalho. Além de políticas públicas que trabalhem de modo a conscientizar a população, ampliando os locais de acesso à denúncia e atendimento. O primeiro caminho é:

  • não fazer piadas com estupro;
  • aceitar e ensinar que “não é não”;
  • ensinar sobre consentimento para crianças;
  • parar de separar mulheres entre “boas” e “vadias”;
  • combater a ideia, inclusive, marketing de produtos que tratam a mulher e seu corpo como objeto;
  • repensar o consumo de pornografias;
  • não naturalizar expressões como: essa aí é “mal comida”; essa aí precisa é de “uma rola”; eu gosto mesmo é de uma “novinha”;
  • entender que estupros não ocorrem só entre desconhecidos; e que entre marido e mulher se não há consentimento também é estupro”, relata Renata Mafra.

A coordenadora de Psicologia da Estácio acrescenta que é preciso ter em mente que o conceito de estupro é amplo no código penal brasileiro, sendo considerado o ato de constranger alguém mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso.

Tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher (Fonte: Instituto Maria da Penha):

Violência física

Entendida como qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal da mulher.

ESPANCAMENTO

ATIRAR OBJETOS, SACUDIR E APERTAR OS BRAÇOS

ESTRANGULAMENTO OU SUFOCAMENTO

LESÕES COM OBJETOS CORTANTES OU PERFURANTES

FERIMENTOS CAUSADOS POR QUEIMADURAS OU ARMAS DE FOGO

TORTURA

Violência psicológica:

É considerada qualquer conduta que cause dano emocional e diminuição da autoestima; prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento da mulher; ou vise a degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões.

AMEAÇAS

CONSTRANGIMENTO

HUMILHAÇÃO

MANIPULAÇÃO

ISOLAMENTO (PROIBIR DE ESTUDAR E VIAJAR OU DE FALAR COM AMIGOS E PARENTES)

VIGILÂNCIA CONSTANTE

PERSEGUIÇÃO CONTUMAZ

INSULTOS

CHANTAGEM

EXPLORAÇÃO

LIMITAÇÃO DO DIREITO DE IR E VIR

RIDICULARIZAÇÃO

TIRAR A LIBERDADE DE CRENÇA

DISTORCER E OMITIR FATOS PARA DEIXAR A MULHER EM DÚVIDA SOBRE A SUA MEMÓRIA E SANIDADE (GASLIGHTING)

Violência sexual:

Trata-se de qualquer conduta que constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força.

ESTUPRO

OBRIGAR A MULHER A FAZER ATOS SEXUAIS QUE CAUSAM DESCONFORTO OU REPULSA

IMPEDIR O USO DE MÉTODOS CONTRACEPTIVOS OU FORÇAR A MULHER A ABORTAR

FORÇAR MATRIMÔNIO, GRAVIDEZ OU PROSTITUIÇÃO POR MEIO DE COAÇÃO, CHANTAGEM, SUBORNO OU MANIPULAÇÃO

LIMITAR OU ANULAR O EXERCÍCIO DOS DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS DA MULHER

Violência patrimonial:

Entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades.

CONTROLAR O DINHEIRO

DEIXAR DE PAGAR PENSÃO ALIMENTÍCIA

DESTRUIÇÃO DE DOCUMENTOS PESSOAIS

FURTO, EXTORSÃO OU DANO

ESTELIONATO

PRIVAR DE BENS, VALORES OU RECURSOS ECONÔMICOS

CAUSAR DANOS PROPOSITAIS A OBJETOS DA MULHER OU DOS QUAIS ELA GOSTE

Violência moral:

É considerada qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.

ACUSAR A MULHER DE TRAIÇÃO

EMITIR JUÍZOS MORAIS SOBRE A CONDUTA

FAZER CRÍTICAS MENTIROSAS

EXPOR A VIDA ÍNTIMA

REBAIXAR A MULHER POR MEIO DE XINGAMENTOS QUE INCIDEM SOBRE A SUA ÍNDOLE

DESVALORIZAR A VÍTIMA PELO SEU MODO DE SE VESTIR

Fonte:Giullia Moreira, da Agência Eko

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No Dia Internacional da Mulher, maternidade exalta a força das profissionais de saúde

Materno-Infantil de Barcarena evidencia a importância das mulheres que cuidam de mulheres
Em nível global, cerca de 70% das equipes de trabalho em saúde e serviço social são compostas por profissionais do sexo feminino, segundo o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).
No País, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres são a principal força de trabalho da saúde, representando 65% dos mais de seis milhões de profissionais ocupados no setor público e privado, tanto nas atividades diretas de assistência em hospitais, quanto na atenção básica.
No Hospital Materno-Infantil de Barcarena Dra. Anna Turan (HMIB), no interior do Pará, as mulheres também são a maioria, cerca de 80% do total de profissionais. A maior parte atua em equipes da área da assistência, atividades técnicas e também na gestão administrativa.
Mantido pelo Governo do Estado e gerenciada pela Pró-Saúde, o HMIB é referência no atendimento de média e alta complexidades em neonatologia e obstetrícia. Desde a sua inauguração, em 2018, o hospital já realizou mais de 3 mil partos.
Em alusão ao 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a unidade destaca o protagonismo feminino no setor da saúde e a participação efetiva das mulheres nas experiências  de assistência, gestão e educação em um período de grande importância para as mães: a maternidade.
“A presença das mulheres na assistência e gestão é essencial, principalmente em uma maternidade, cujo momento de gerar vidas, em sua grande maioria, já foi ou será vivenciado por nós. Além de profissionais assistenciais, lideranças e gestoras, temos a diretoria desta unidade composta por mulheres”, comenta Patrícia Hermes, diretora Hospitalar do HMIB.
“Nos sentimos privilegiadas pela atuação e representatividade, evoluindo a cada dia na equiparação no mercado de trabalho. Possuímos características de um olhar amplo, integrado e sensível no cuidado em saúde, essa visão é importante para a prestação de um serviço cada vez mais humanizado”, complementa.
Os desafios das profissionais que cuidam
Para Celina Cruz, assistente social e que também é mãe, as vivências com as mulheres na área da saúde oportunizam vencer grandes desafios.
“Participo do atendimento de mulheres que se tornam mães em diversas condições sociais e de vulnerabilidade. É desafiador esse contato, pois é uma vida que precisa de ajuda em diversas áreas, sendo uma realidade também difícil para nós”, afirma.
Natália Cunha, enfermeira obstetra, comenta sobre como a condição da maternidade mexe com o físico, emocional e social das mães, mas também das profissionais de saúde.
“Muitas vezes, essa mãe chega até nós com fragilidades na gestação, sentimentos de dificuldades e complicações no parto e pós-parto. Então, é uma luta por dois, pela vida dela e do seu filho, que pode durar dias ou meses, e isso depende de nós e da nossa atuação. Esse senso de responsabilidade com a vida é desafiador”.
Segundo a psicóloga Daniella Dias, esses desafios são ainda maiores com as cargas emocionais vivenciadas com o processo de hospitalização. “São sentimentos que vêm a partir da rotina das mães que acompanham a intensa jornada desses bebês, que também fazem parte do nosso dia a dia, pois são emoções que elas compartilham conosco”, pontua.
Rede de apoio de mulher para mulher: cuidando de quem cuida
É por meio da rede de apoio entre as profissionais de saúde, envolvendo todas as colaboradoras em ações de humanização, por meio de trocas humanizadas de experiências e ações entre as profissionais de saúde, gestantes e mães, que esses desafios são trabalhados.
“Nós atuamos em um sistema de saúde sob tensão crônica com a pandemia, submetido a pressões adicionais, à medida que respondemos a um desafio global de saúde pública. Isso reflete sobre a importância de que devemos proteger o bem-estar das nossas profissionais de saúde”, evidencia Joice Vaz, diretora assistencial.
Esse cuidado é viabilizado por incentivo ao empoderamento dessas mulheres, mas também com ações de relaxamento e valorização. Para continuar a prestar o melhor atendimento possível com alto desempenho, o autocuidado, apoio e a empatia são temas discutidos na unidade pelas profissionais.

“Ações de descanso e pausas regulares, rodas de conversas e escutas psicológicas, trocas de experiências e dinâmicas entre profissionais, mulheres e mães, respeitando medidas de segurança e distanciamento – com ações humanizadas apoiadas por líderes e gestoras – fazem muita diferença. É cuidar de quem cuida”, afirma Mary Mello, diretora técnica do Materno-Infantil de Barcarena.

Fonte:Ascom HMIB- Pró-Saúde /Foto:Reprodução

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