Exportações do Pará têm queda de 4,4% no primeiro semestre; saiba o que pode ter motivado

As maiores quedas, em termos de vendas, foram registradas em especiarias (-43%), carne bovina (-39%), madeira (-38%) e ouro (-25%) (Foto:Agência Brasil).

Produtos tradicionais como minério de ferro, carne e madeira tiveram variações negativas. Especialistas atribuem a comportamentos externos.

O montante exportado pelo Pará no primeiro semestre deste ano somou US$ 10,2 bilhões, o que representa uma variação de -4,4% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Este resultado deixa o Estado com uma participação de 6,35% de tudo que é vendido pelo Brasil e na sexta posição no ranking dos que mais exportam no país.

Economista, Douglas Alencar explica que a queda no valor das exportações em dólares pode ser atribuída à valorização da taxa de câmbio. Com a apreciação cambial, de acordo com ele, os produtos brasileiros ficam mais caros para exportar, o que acaba reduzindo as vendas. “É importante lembrar que o Pará é um exportador de commodities, que são produtos de baixo valor agregado e que ficam bastante dependentes da concorrência internacional. Assim, qualquer variação na taxa de câmbio tem um impacto importante sobre as exportações do nosso Estado”, aponta.
Produtos

Nos seis primeiros meses deste ano, os produtos mais vendidos foram os minérios: o de ferro teve 54% de participação entre tudo que foi vendido no semestre, enquanto o de cobre respondeu por 11%. Em seguida, aparecem a soja (11%), alumina (8,3%), ferro-gusa (3,2%), alumínio (3%), carne bovina (2%), elementos químicos inorgânicos (1,4%) e madeira (1,2%).

As maiores quedas, em termos de vendas, foram registradas em especiarias (-43%), carne bovina (-39%), madeira (-38%), ouro (-25%), elementos químicos inorgânicos (-17%), minério de ferro (-12%) e alumina (-8,87%). Já as variações positivas ficaram por conta de sementes de girassol (935%), animais vivos (67,5%), minério de cobre (53,4%), alumínio (43,2%), filés (33%) e a soja (10,6%).

A coordenadora do Centro Internacional de Negócios (CIN), ligado à Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), Cassandra Lobato, diz que é preciso respeitar as safras. “Tivemos no primeiro semestre o verão amazônico, quando o setor madeireiro inicia o processo de colheita florestal, é natural esse recesso. A mesma coisa nas frutas, é algo natural para a gente. Já se prevê um segundo semestre melhor”, adianta.

No setor mineral, Cassandra afirma que ainda é possível ver efeitos da retomada da China e de outras variáveis externas. “É uma retomada contínua pós-pandemia, principalmente no setor imobiliário chinês, que implica na construção civil, e o minério de ferro é matéria-prima. Em contrapartida, o minério de cobre teve variação de mais de 50%, sendo o principal comprador a Alemanha; o alumínio teve alta, com principal comprador sendo o Japão”, celebra. A coordenadora do CIN ainda destaca um aumento de 10,8% na diversificação da pauta.
Importações

Já as importações do Pará de janeiro a junho ficaram na casa de US$ 1,12 bilhão, o que também representa uma queda, de 5,9%. A participação do Estado ficou em 0,9% entre os Estados compradores do Brasil, e o Pará ocupou a 17ª posição no ranking dos que mais importam no país. Com a diferença entre exportações e importações, o saldo do Pará no primeiro semestre ficou positivo, na casa de US$ 9,14 bilhões.

Os itens mais comprados pelo Estado no período foram adubos e fertilizantes (26%), elementos químicos inorgânicos (18%), produtos residuais de petróleo (9,6%), óleos combustíveis de petróleo (7,1%), carvão (6,4%), veículos automóveis para transporte de mercadorias (5,7%), instalações e equipamentos de engenharia civil e construtores (4,4%) e pneus de borracha, bandas de rodagens intercambiáveis, flaps e câmaras de ar (4,1%), entre outros.

Tiveram variação negativa de compras os óleos combustíveis de petróleo (-70%), instrumentos e aparelhos de medição (-45%), sais e peroxossais (-43%), obras de ferro ou aço (-41%), ferro-gusa (-36%), carvão (-29%) e outros. Já os resultados positivos foram os de barras de ferro e aço (403%), materiais de construção de argila (248%), preparações e cereais (62,7%), partes e acessórios de veículos automotivos (50,2%), produtos residuais (42,1%), pneus de borracha (26,8%) e mais.

Douglas atrela esse comportamento ao desempenho da economia. “Como estamos com uma taxa de juros Selic demasiadamente alta no país, temos dificuldades para induzir e impulsionar os investimentos. Sem um aumento significativo dos investimentos, temos dificuldades em aumentar a renda. Como as importações dependem do aumento da renda, mesmo considerando a apreciação cambial, temos uma queda das importações, que reflete a falta do aumento da renda local. Dessa forma, podemos estar presenciando uma substituição das importações por compras de produtos brasileiros”, detalha o economista.
Perspectivas

Para que a balança comercial do Pará tenha um resultado melhor, segundo Alencar, pelo menos em se tratando das exportações, seria preciso aumentar o valor agregado dos produtos exportados. As commodities, explica ele, estão sujeitas à concorrência de preço no mercado internacional e, para que o Estado fique menos dependente desses produtos, é preciso incentivar e induzir a criação de empresas que aumentem o valor agregado dos produtos exportados, para que a variação dos preços (taxa de câmbio) tenha o impacto reduzido sobre o balanço comercial paraense.

“Para os próximos meses, o resultado das exportações vai depender do comportamento da taxa de câmbio e do crescimento chinês. Em termos da taxa de câmbio, com a possibilidade de o Copom passar a reduzir a taxa de juros Selic na reunião de agosto, podemos esperar que a valorização cambial desacelere ou até seja revertida, com a taxa de câmbio podendo voltar ao patamar de R$ 5/US$. Somando a isso as expectativas de crescimento da China, que deve pressionar os preços do minério de ferro no mercado mundial, podemos esperar uma melhora no valor total das exportações paraenses”, adianta o especialista.
Balança comercial do Pará no 1º semestre
Exportações

Valor: US$ 10,2 bilhões
Variação: -4,4%
Participação: 6,35%
Posição no ranking: 6º

Produtos com variação negativa

Especiarias: -43%
Carne bovina: -39%
Madeira: -38%
Ouro: -25%
Elementos químicos inorgânicos: -17%
Minério de ferro: -12%
Alumina: -8,87%

Produtos com variação positiva

Sementes de girassol: 935%
Animais vivos: 67,5%
Minério de cobre: 53,4%
Alumínio: 43,2%
Filés: 33%
Soja: 10,6%

Importações

Valor: US$ 1,12 bilhão
Variação: -5,9%
Participação: 0,9%
Posição no ranking: 17º

Produtos com variação negativa

Óleos combustíveis de petróleo: -70%
Instrumentos e aparelhos de medição: -45%
Sais e peroxossais: -43%
Obras de ferro ou aço: -41%
Ferro-gusa: -36%
Carvão: -29%

Produtos com variação positiva

Barras de ferro e aço: 403%
Materiais de construção de argila: 248%
Preparações e cereais: 62,7%
Partes e acessórios de veículos automotivos: 50,2%
Produtos residuais: 42,1%
Pneus de borracha: 26,8%

 

Fonte: Mdic e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 12/07/09:44:20

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Pará teve queda de mais de 33% nas exportações no primeiro bimestre

(Foto:Reprodução) – Minério de ferro e o minério de cobre tiveram queda, ambos com -42%, e os demais produtos ficaram com variação negativa de 44%

O Pará exportou um total de US$ 2,72 bilhões entre janeiro e fevereiro deste ano, o que representa uma queda de 33,1% em comparação com o mesmo período de 2021.

Com o resultado, o Estado teve uma participação de 6,86% em relação a tudo que foi exportado pelo país e ocupou o sexto lugar no ranking de Estados que mais exportaram. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic). (As informações são de Elisa Vaz/Mdic).

O produto mais exportado foi o minério de ferro e seus concentrados (65%), somando US$ 1,78 bilhão. Atrás dele, aparecem a alumina (7,1%), com US$ 195 milhões; minérios de cobre e seus concentrados (6,5%), com US$ 176 milhões; carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (3,9%), um total de US$ 106 milhões; ferro-gusa, spiegel, ferro-esponja, grânulos e pó de ferro ou aço e ferro-ligas (3,6%), com US$ 96,9 milhões; alumínio (3,5%), com 94,3 milhões; madeira, parcialmente trabalhada e dormentes de madeira (2,3%), somando US$ 61,6 milhões; e outros.

Na indústria extrativa, os produtos exportados tiveram variação negativa, como o minério de ferro e o minério de cobre, ambos com -42%, e os demais produtos com queda de 44%.

Em relação à indústria de transformação, houve variação positiva em vários itens, com destaque para: folheados, contraplacados, aglomerados e outras madeiras (807%); óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (101%); carne bovina (96%); madeira (79,1%); filés ou outras carnes de peixes congelados, frescos ou refrigerados (76%); ferro (58,3%); alumínio (34,5%); e outros. Tiveram destaque na variação negativa o ouro (-77%), a celulose (-49%) e a alumina (-22%).

Por outro lado, o Pará importou US$ 372 milhões nos dois primeiros meses deste ano, uma alta de 83,8% em relação ao primeiro bimestre de 2021. A participação na balança comercial do Brasil foi de apenas 1% e o Estado ocupou a 17ª posição entre os mais importadores. Os itens que mais foram comprados pelo Pará até fevereiro foram: adubos ou fertilizantes químicos (25%), com US$ 94,7 milhões; óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (18%), com US$ 67,1 milhões; elementos químicos inorgânicos, óxidos e sais de halogênios (17%), com US$ 62,6 milhões; carvão (8,1%), com US$ 30,3 milhões; e produtos residuais de petróleo e materiais relacionados (7,8%), com US$ 28,9 milhões.

Aparecem ainda: instalações e equipamentos de engenharia civil e construtores (3,3%), com US$ 12,1 milhões; pneus de borracha, bandas de rodagem intercambiáveis, flaps e câmaras de ar para rodas (3,1%), com US$ 11,5 milhões; trigo e centeio não moídos (3%), com US$ 11 milhões; obras de ferro ou aço e outros artigos de metais comuns (2,7%), com US$ 10,2 milhões; medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários (1,1%), com US$ 4,27 milhões; e máquinas e aparelhos elétricos (1,1%), com US$ 3,94 milhões; entre outros.

Alguns dos produtos que tiveram as maiores variações entre o primeiro bimestre de 2021 e o mesmo intervalo de 2022 foram medicamentos e produtos farmacêuticos (52.900%), enxofre (3.470%), instrumentos e aparelhos de medição, verificação, análise e controle (771%), obras de ferro ou aço (746%), produtos residuais de petróleo (371%), carvão (303%), elementos químicos inorgânicos, óxidos e sais de halogênios (255%), adubos ou fertilizantes químicos (108%) e outros. Os que apresentaram queda no intervalo de um ano foram artigos de borracha (-62%), matérias plásticas em formas primárias (-52%), sais e peroxossais de ácidos inorgânicos e metais (-28%) e mais.

Com o resultado das exportações e importações, o Mdic mostrou que o saldo do Pará ficou positivo, com um total de US$ 2,35 bilhões na diferença.
Confira os dados da balança comercial do Pará entre janeiro e fevereiro de 2022:

Exportações: US$ 2,72 bilhões
Variação: -33,1% (em relação a 2021)
Participação: 6,86%
Posição no ranking de Estados: 6º lugar

Importações: US$ 372 milhões
Variação: 83,8% (em relação a 2021)
Participação: 1%
Posição no ranking de Estados: 17º

Saldo: US$ 2,35 bilhões

Jornal Folha do Progresso em 15/03/2022/09:47:01

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Paralisia no Ibama atrasa exportações de madeira e irrita empresários no Pará

(Foto:Reprodução) – Centenas de manifestantes se reuniram na semana passada em frente ao porto de Vila do Conde, em Barcarena (PA), na região metropolitana de Belém.

O alvo do grupo, capitaneado por madeireiros, era o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), órgão responsável por autorizar a exportação dos produtos.

O protesto foi uma cobrança dos empresários por mais agilidade na liberação das exportações. Devido a problemas burocráticos na superintendência do Ibama no Pará, cerca de 900 contêineres estão parados à espera de aval para deixarem o país, segundo um despacho da unidade ao qual o UOL teve acesso.
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Este documento foi enviado no último dia 18 por Washington Luis Rodrigues, chefe do Ibama no Pará, à presidência do órgão em Brasília. No texto, Rodrigues alerta que “a situação exige solução imediata”, porque os manifestantes ameaçam bloquear não só o porto de Vila do Conde como a BR-163, que leva ao porto de Miritituba-PA, uma das principais vias de saída de grãos produzidos no país.

O protesto da semana passada foi encerrado após o Ibama do Pará montar, no dia 16, uma força-tarefa com 34 servidores da unidade, que ficarão exclusivamente dedicados a despachar as autorizações nas próximas semanas. Em geral, a superintendência estadual tinha apenas quatro analistas ambientais voltados à atividade.

Mesmo essa mobilização, porém, pode ser insuficiente para zerar as pendências, já que a superintendência ainda recebe 720 pedidos por mês para além dos 900 já acumulados.

Representante dos madeireiros, o coordenador jurídico da Unifloresta (Associação da cadeia produtiva florestal da Amazônia), Murilo Araújo, confirma a possibilidade de bloqueio da BR-163 se as exportações não forem aceleradas. No protesto da semana passada, as faixas tinham dizeres como “Ibama inoperante”, “exportação parada é desemprego” e “90 dias sem faturar”.

“Nós precisamos da fiscalização do Ibama, para combater os criminosos que maculam os empresários que trabalham na legalidade. Mas essa situação está colocando em risco toda uma cadeia que emprega 90 mil pessoas”, afirma.

O atraso na emissão das licenças começou no final de maio, quando o órgão foi alvo da Operação Akuanduba, da Polícia Federal. Autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), a ação da PF investiga o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, que deixou o cargo um mês depois.

Segundo as investigações, madeireiros do Pará recorreram a Salles para que o Ibama deixasse de exigir a autorização de exportação, um documento usado pelo órgão desde 2011 para fiscalizar a saída da madeira extraída no país. No final de maio, Moraes determinou que essa autorização voltasse a ser cobrada oficialmente, o que não ocorria desde fevereiro de 2020.

Desde a ordem do STF, porém, o Ibama ainda não consolidou um método para dar vazão aos pedidos de exportação na velocidade necessária. O UOL pediu esclarecimentos ao órgão, tanto na sede em Brasília como na superintendência do Pará, mas não teve resposta até a publicação desta reportagem. O espaço está aberto para manifestação.

Madeireiros protestam no porto de Vila do Conde (PA) contra demora do Ibama em liberar exportações Imagem: Divulgação/Aimex
Madeireiros protestam no porto de Vila do Conde (PA) contra demora do Ibama em liberar exportações Imagem: Divulgação/Aimex

 

No Planalto

O assunto chegou a Brasília na semana passada quando o senador Zequinha Marinho (PSC-PA), tradicional representante dos madeireiros, cobrou providências de Ciro Nogueira, ministro-chefe da Casa Civil.

“No atual momento em que o país busca soluções para transpor a crise econômica decorrente do novo coronavírus, é, no mínimo, irracional que o governo, representado pelo seu órgão ambiental, crie travas para o desenvolvimento do setor florestal”, disse o senador.

No mesmo dia em que Marinho e Nogueira se reuniram, o protesto dos empresários no Pará foi encerrado graças ao compromisso do Ibama de acelerar a análise dos processos, por meio da criação, pelo Ibama no estado, da força-tarefa com 34 servidores, que terão a meta de liberar três pedidos por semana cada um.

“A equipe será composta pelos servidores abaixo relacionados, com prejuízo às demais atividades funcionais, ou seja, a meta estabelecida abaixo deverá ser cumprida a contar da assinatura desta ordem”, determinou Rodrigues, chefe da unidade no Pará.

Senador Zequinha Marinho e o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, em reunião sobre exportação de madeira Imagem: Divulgação/Zequinha Marinho
Senador Zequinha Marinho e o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, em reunião sobre exportação de madeira Imagem: Divulgação/Zequinha Marinho

Adaptação

Segundo servidores do Ibama consultados pelo UOL, a paralisia na emissão das licenças foi causada por uma indefinição sobre qual sistema interno do órgão deveria ser usado.

Quando Alexandre de Moraes determinou que o Ibama voltasse a exigir as autorizações dos exportadores, entrou novamente em vigor a normativa de 2011 que prevê a cobrança do documento. Outro regimento interno do órgão, de 2018, determina que essa autorização seja emitida por meio do Siscites, criado inicialmente para controlar a saída de espécies ameaçadas de extinção.

Em junho, um despacho da Procuradoria Federal Especializada junto ao Ibama, que fornece pareceres jurídicos ao órgão ambiental, confirmou que o Siscites deveria ser usado para a tramitação dos pedidos de exportação. Esse despacho foi entregue a presidente em exercício do Ibama, Luis Carlos Hiromi Nagao, que ocupa o cargo desde que o titular, Eduardo Bim, foi afastado por ordem do STF.

Com base no parecer, Nagao determinou a todas as unidades estaduais do Ibama, no dia 6 de julho, que adotassem o Siscites e cadastrassem servidores para trafegar no sistema. Duas semanas depois, no entanto, o superintendente do Ibama no Pará, Washington Rodrigues, informou que as análises continuavam ocorrendo no SEI (Sistema Eletrônico de Informações), que é impróprio para a demanda.

O impasse teria contribuído para paralisar a emissão das exportações. “Isso fez com que os servidores não fossem cadastrados no sistema, e o fluxo foi sendo paralisado. Sem gente e ainda por cima sem cadastro, não roda nada”, explicou ao UOL um servidor da unidade.

Segundo este funcionário, a criação da força-tarefa vai amenizar, mas não solucionar o problema. “Com a meta estabelecida pela superintendência, vai levar umas três semanas só para zerar o passivo. Enquanto isso, continuam entrando novos pedidos de exportação”, explica o servidor.

Por:Rafael Neves Do UOL, em Brasília 20/09/2021 04h00

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