Extração ilegal de madeira cresce 11 vezes em terras indígenas do Pará

Operação de combate à exploração ilegal de madeira em Terra Indígena na região de Novo Progresso (PA), em 2016. — Foto: Felipe Werneck/Ibama

Um estudo da Rede Simex, formada por quatro instituições ambientais – Imazon, Idesam, Imaflora e ICV -, revelou que a extração de madeira nos territórios indígenas do estado aumentou de 158 para 1.720 hectares entre 2019 e 2021.

A área de extração ilegal de madeira em territórios indígenas no Pará aumentou 11 vezes em um período de 12 meses.

Nos territórios indígenas do estado, a extração madeireira aumentou de 158 hectares no período de agosto de 2019 a julho de 2020 para 1.720 hectares entre agosto de 2020 e julho de 2021. O número representa uma taxa de quase 1000%.

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Os dados foram divulgados em um levantamento da Rede Simex, formada por quatro instituições ambientais: o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), o Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e o Instituto Centro de Vida (ICV).

A rede também analisou o número de terras indígenas invadidas pela atividade ilegal. Segundo a publicação, cinco territórios tiveram extração madeireira entre agosto de 2020 e julho de 2021

No relatório anterior, que analisou os anos de 2019 e 2020, apenas a Terra Indígena Baú, no sudeste do Pará, havia sofrido extração madeireira.

Ainda de acordo com os dados do levantamento, Amanayé, localizada no município de Goianésia do Pará, foi o território mais impactado. Entre agosto de 2020 e julho de 2021, 1.255 hectares foram explorados no local, o que corresponde a 73% das terras indígenas do Pará afetadas pela extração ilegal de madeira.

“Embora presente no banco de dados de Terras Indígenas da Fundação Nacional do Índio (Funai), esse território ainda aguarda aprovação, o que o coloca ainda mais em risco”, ressalta o Imazon.

Impacto em Unidades de Conservação

Além de identificar as áreas de terras indígenas, os pesquisadores também analisaram a exploração ilegal de madeira nas unidades de conservação.

Entre 2019 e 2020, a pesquisa não encontrou atividade irregular em áreas maiores que 1 hectare, tamanho a partir do qual a Rede Simex mapeia a extração de madeira. Contudo, entre agosto de 2020 e julho de 2021, foram encontrados 128 hectares com extração não autorizada em unidades de conservação no Pará.

“O aumento da exploração de madeira dentro das terras indígenas e o registro nas unidades de conservação é extremamente preocupante, pois indica que esses territórios – que por lei devem ser protegidos com prioridade – não estão recebendo a atenção necessária para barrar novas invasões”, afirma o pesquisador do Imazon Dalton Cardoso.

Ainda segundo o levantamento, a maior parte da exploração ocorreu na Floresta Nacional do Jamanxim, próximo dos municípios de Itaituba e Novo Progresso. O local teve 56 hectares com registros de exploração madeireira, o que representa 45% da área irregularmente afetada nas unidades de conservação do Pará (veja no gráfico abaixo).

No estado, 41% da atividade madeireira não é autorizada

Segundo o Imazon, ao contrário do desmatamento, que ocorre quando a vegetação é completamente removida para converter o solo para outro uso, como agricultura ou mineração, a extração de madeira envolve a remoção de apenas algumas árvores da floresta.

Com o levantamento, os pesquisadores descobriram ainda que, entre agosto de 2020 e julho de 2021, foram explorados 57.079 hectares no Pará, um aumento de 14% em relação aos 50.139 hectares registrados no período anterior.

Ainda de acordo com a rede, foram 23.390 hectares no estado que tiveram extração sem autorização dos órgãos ambientais, representando 41% da extração total. Os dados indicam que a área total de atividade irregular diminuiu 15% desde o período anterior, quando 27.595 hectares foram explorados sem autorização.

Porém a rede Simex destaca que a extração autorizada, que somava 22.544 hectares no estudo anterior, aumentou 49% entre agosto de 2020 e julho de 2021.

“Essa redução na exploração madeireira não autorizada é positiva, mas ainda precisa melhorar muito. Não podemos ter dois hectares com irregularidades a cada cinco com extração de madeira na Amazônia”, afirma Cardoso. (Com informações do Roberto Peixoto, g1).

Jornal Folha do Progresso em 21/09/2022/

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PF desarticula extração ilegal de ouro no Pará

“Operação Cangaia Gold” no Pará | Foto:Divulgação/PF

Cerca de vinte trabalhadores foram encontrados em situação análoga à de escravidão.

A extração ilegal de minério é um problema grave em regiões em que a mineração é muito rica, como é o caso do Pará. Nesse sentido, ações de segurança para coibir esse tipo de crime são especialmente importantes para evitar novos casos e outros crimes que ocorrem nessas áreas.

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (12), a “Operação Cangaia Gold” visando desarticular atividade de extração ilegal ouro em área de garimpo, além da exploração a condição análoga à de escravo no Pará.

Cerca de 40 agentes federais cumpriram três mandados de busca e apreensão, expedidos pela Subseção Judiciária da Justiça Federal de Redenção em áreas de garimpo, na região de Cumaru do Norte, sudeste paraense e conta com a participação de Procuradores da República, Procuradores do Trabalho e Auditores Fiscais do Trabalho.

De acordo com as autoridades, as investigações tiveram início em março de 2021, e apontaram, por meio de imagens de satélite, que desde setembro de 2020, os investigados vinham extraindo ouro no vale do rio Cangalha, sem autorização da Agência Nacional de Mineração-ANM, e sem o licenciamento ambiental, causando degradação ambiental na área.

No local foram fechados quatro garimpos clandestinos, apreendidos sete tratores, tipo escavadeira, dois caminhões, dois automóveis, armas e munições, bem como porções de ouro. Cerca de vinte trabalhadores foram encontrados em situação degradante, análoga à de escravidão.

OURO
Foto:Divulgação/PF

ARMA3

Foto:Divulgação/PF
ARMA2

Foto:Divulgação/PF
ARMA5

 Foto:Divulgação/PF

Caso confirmadas as hipóteses criminais, os investigados responderão, por usurpação de bens da união, crime previsto no artigo 2º, da Lei 8.176/1991 – Lei dos Crimes contra a Ordem Econômica, e por executar pesquisa, extração de recursos minerais sem a competente autorização.

CONFIRA O VÍDEOS DA “OPERAÇÃO CANGAIA GOLD” DA PF NO PARÁ

 

Com informações Polícia Federal em Redenção/PA

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Ibama e PF deflagram operação de combate a garimpo ilegal em São Félix do Xingu, PA

Foto: Polícia Federal – A Polícia Federal, com apoio de servidores do IBAMA e de Policiais Militares, deflagrou na última quinta-feira (25), uma operação policial de combate à delitos ambientais e extração ilegal de minérios em um garimpo de ouro situado no interior da Terra Indígena Apyterewa, município de São Félix do Xingu/PA.

O garimpo, de nome “Pista 2”, que possui aproximadamente 1.000.000,00 m2 (um milhão de metros quadrados) de extensão, situado no meio da Floresta Amazônica, teve suas atividades paralisadas e máquinas inutilizadas.

https://youtu.be/4eiRA4kG7tA

Foram inutilizadas 07 PCs (pás carregadeiras), 01 trator de rodas e 10 conjuntos de motores-bombas, principais instrumentos utilizados na atividade ilícita, alem de diversos outros equipamentos menores. Mercúrio, algumas gramas de ouro, munições de diversos calibres e outros apetrechos usados na atividade foram apreendidos.
Foto: Polícia Federal

A operação contou com o acompanhamento do Procurador da República de Redenção/PA, que junto com outros 04 servidores do MPF, puderam constatar “in loco” o tamanho da degradação ao meio ambiente e o impacto ambiental causado pela atividade ilegal.

A Polícia Federal estima que o prejuízo aos infratores com a inutilização de máquinas e equipamentos ultrapasse os R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais). Ninguém foi preso, pois com a aproximação da polícia os infratores evadiram-se para o interior da floresta, mas a partir dos dados colhidos (documentos de identidade, cadernos de anotações e outros documentos deixados para trás na fuga).

Foi possível identificar diversos trabalhadores e o dono da atividade mineraria ilícita, que serão responsabilizados por crimes ambientais e de extração ilegal de minérios em inquérito policial. A partir dos dados colhidos pela perícia será possível estimar o valor do dano ambiental e cobrar do infrator o pagamento pela recuperação da área degradada.

Assista ao Vídeo;

https://youtu.be/Iz0w5NyciQ0

 

Participaram da Operação 08 Policiais Federais de Redenção/PA, 06 Policiais Militares, 03 servidores do IBAMA e 05 integrantes do MPF de Redenção/PA.

Fonte: Polícia Federal
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