Facções criminosas atuam para interferir nas eleições em cidades do interior do Brasil

Facções criminosas tentaram, nas eleições de 2024, interferir na campanha em pelo menos 42 cidades, aponta relatório sigiloso da PF. — Foto: Reprodução/TV Globo

Segundo um relatório sigiloso sobre as eleições municipais de 2024 ao qual o Fantástico teve acesso, grupos criminosos tentaram interferir nas campanhas de 2024 em pelo menos 42 cidades.

Facções criminosas têm atuado para interferir no resultado das eleições em cidades do interior do Brasil. Foi o que aconteceu em João Dias, no Rio Grande do Norte. Um grupo que contava com traficantes internacionais ligados ao PCC executou o prefeito da cidade após uma briga pelo poder.

A cidade de pouco mais de 2 mil habitantes estava em plena disputa eleitoral. O alvo dos criminosos era Francisco Damião de Oliveira, conhecido como Marcelo, prefeito de João Dias. Ele e o pai foram assassinados em agosto de 2024, durante a campanha para a reeleição de Marcelo.

“A gente fazendo um acordo desse com você aí, é uma coisa que dá para você se remediar pro resto da vida. Você vai sair de boa. Porque ‘230’ eu dei para você pagar as suas contas. E agora eu vou lhe dar mais R$ 500 mil. Pense por esse lado. É muito dinheiro”, diz Francisco Deusamor Jácome, condenado por tráfico internacional e ligado a Marcola, o líder do PCC, em um áudio.

Na gravação, aparecem ofertas que teriam sido feitas a Marcelo antes da eleição para prefeito em 2020, quando a chapa do partido Progressistas trazia ele como prefeito e a irmã do traficante, Damária Jácome, como vice.

“O futuro prefeito de João Dias, Marcelo Oliveira, e a minha irmã, Damária Jácome, a futura vice-prefeita de João Dias”, diz Deusamor em um vídeo de campanha. Mesmo procurado pela Interpol, Deusamor fazia aparições na campanha. E ele não era o único da família envolvido em crimes.

“Antes de 2019, quatro irmãos da família Jácome foram condenados por tráfico internacional de drogas”, afirma Alex Wagner Alves Freire, delegado da Polícia Civil do Rio Grande do Norte.

Facções criminosas investem para controlar o poder político em pequenas cidades do Brasil. — Foto: Reprodução/TV Globo
Facções criminosas investem para controlar o poder político em pequenas cidades do Brasil. — Foto: Reprodução/TV Globo

Tráfico e envolvimento com o PCC

Segundo as investigações, Deusamor e Leidjan Jácome estariam entre os principais traficantes do Nordeste, chegando a comercializar mais de R$ 30 milhões em maconha. Os outros dois irmãos são José Romeu Jácome e Samuel Jácome.

“A família Jácome sempre teve histórico de envolvimento com o PCC”, diz o delegado Carlos Michel Teixeira Fonseca, da Polícia Civil do RN.

Os investigadores acreditam que o dinheiro oferecido por Deusamor seria para Marcelo renunciar à prefeitura. Foi o que aconteceu em junho de 2021, seis meses depois da posse. Quem assumiu foi a irmã de Deusamor, a vice-prefeita Damária Jácome.

“Dedico esse dia aos meus sete irmãos, Francisco, Maria José, Samuel, Leidiane, Romeu e, de uma maneira mais especial ainda, aos meus dois irmãos Deusamor e Leidjan”, declarou Damária em discurso de posse.

Segundo a polícia, mesmo antes da renúncia de Marcelo, os traficantes do PCC, Deusamor e Leidjan, seriam os verdadeiros gestores do município, como indica a transcrição de um discurso em que Damária afirma que os irmãos tinham idealizado os quatro anos da administração.

“As prefeituras hoje recebem muitos valores, tanto de impostos municipais, mas principalmente de repasses de recursos federais”, diz o delegado Alex Wagner Freire.

A combinação de dinheiro e poder atrai facções criminosas. De acordo com o IBGE, a receita do município de João Dias foi de R$ 23 milhões em 2023.

“A estratégia é tomar esse poder político em locais em que isso possa trazer algum tipo de proveito econômico. Então, se esse município tem algum interesse que possa repercutir nos lucros das facções, eles tentam se infiltrar também na política”, afirma o secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo.

Atuação das facções

O Fantástico teve acesso a um relatório sigiloso feito pela Polícia Federal e promotores de todo o Brasil sobre as eleições municipais do ano passado.

Facções criminosas tentaram interferir na campanha em, pelo menos, 42 cidades. Só no estado de São Paulo, o PCC teria investido R$ 8 bilhões no apoio a candidaturas.

“Nós precisamos estar atentos a isso e estancar esses movimentos”, declara Mário Sarrubbo.

Em outubro de 2021, apenas dois meses depois de assumir, a então prefeita Damária Jácome decretou luto de três dias. O motivo? As mortes dos irmãos dela, Deusamor e Leidjan, na Bahia, durante confronto com a polícia.

José Romeu Jácome foi preso na mesma operação. Já Samuel Jácome tinha sido capturado meses antes, e hoje está no presídio federal de segurança máxima de Porto Velho, em Rondônia. Damária perdeu o cargo em 2022, depois que uma decisão da Justiça revogou a renúncia e conduziu Marcelo de volta ao comando da prefeitura.

“Marcelo dizia que ele era ameaçado pelos irmãos da Damária”, afirma o delegado Alex Freire.

“Ele começa a fornecer diversas informações e a ajudar órgãos policiais com as investigações a respeito da família Jácome”, complementa o delegado delegado Carlos Fonseca.

A suspeita é que ele tenha indicado o paradeiro dos irmãos Jácome que, na época, estavam foragidos. O clima era tenso na cidade, especialmente quando começou a campanha e Marcelo concorria novamente à prefeitura, pelo União Brasil. E, desta vez, contra Damária, que estava no Republicanos.

“O pessoal do Jácome tinha esse grupo armado, e o prefeito Marcelo necessitou também de criar uma força nesse sentido”, acrescenta o delegado Alex Freire.

No ano passado, pouco antes do atentado que terminou com a morte de Marcelo e do pai dele, Damária disse que “o que vem por aí, talvez tenha gente que nem aguente”.

Detalhes do crime

De acordo com a investigação, Damária e a irmã, Leidiane, vereadora de João Dias, teriam mandado contratar homens para matar o prefeito.

As investigações apontam que os executores usaram um sítio antes do atentado. Eles chegaram ao local cerca de 10 dias antes do crime.

Um vídeo, feito por um dos criminosos, foi gravado no sítio, que pertence à família Jácome. “É peça por todo canto. Ô, quadrilha cabulosa!”, diz ele na gravação.

“Eles encontraram dificuldades de executar o crime porque ou Marcelo estaria acompanhado de seu grupo armado que fazia a sua segurança pessoal, ou estaria na residência que também é uma fortaleza”, diz o delegado Carlos Fonseca.

Os mandantes chegaram a pensar em matar o prefeito durante um culto evangélico. “Nós é nessa vida doida, mas a gente é temente a Deus, você sabe disso, né? Aí, onde tá só o povo de Deus, eu não gosto de encostar pra fazer coisa errada, não”, diz um deles em áudio.

A execução aconteceu dias depois, quando Marcelo e o pai visitavam uma barbearia. Nove suspeitos pelo crime foram presos e quatro estão foragidos, inclusive Damária. A polícia segue nas buscas.

Outro lado

A equipe do Fantástico tentou, sem sucesso, falar com a atual prefeita, Maria de Fátima Mesquita da Silva, do União Brasil, viúva do ex-prefeito assassinado.

Em nota, a prefeitura afirma que a cidade passa por momentos de profunda intranquilidade e que tem procurado devolver a normalidade à cidade e a seus moradores.

Na casa da família Jácome, a equipe do Fantástico também não encontrou ninguém. O advogado de defesa disse que não há provas da participação das irmãs Damária e Leidiane no crime, e que as duas deixaram João Dias porque foram ameaçadas de morte.

No portão da mansão da família, muitas fotos. Registros de tempos em que eles tinham muita influência na vida local.

“Com a ocupação de cargos importantes do poder político por essas facções, elas vão logicamente lavar dinheiro, vão desviar recursos que, em tese, seriam para a população carente, como é a cidade de João Dias”, conclui o delegado Carlos Fonseca.

Fonte:  Fantástico  e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 12/05/2025/15:24:50

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Comando Vermelho cria provedor de internet e obriga população a usar

Comando Vermelho cria provedor de internet no RJ | Reprodução

A confirmação foi feita pela Polícia Civil do Rio, identificada como CVNet

Nos últimos anos, o crescimento do poder das facções criminosas no Brasil tem ultrapassado os limites do tráfico de drogas, estendendo-se a áreas essenciais para o cotidiano das pessoas. Esse “poder paralelo” agora inclui o controle sobre serviços fundamentais como internet, energia e gás, criando um sistema de extorsão que impõe aos moradores uma dependência direta dessas organizações.

Investigações realizadas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) revelaram que o Comando Vermelho (CV) implementou um serviço ilegal de internet conhecido como CVNet, no qual a facção criminosa se tornou a única fornecedora de internet nas comunidades que controla.

O funcionamento desse provedor criminoso tem se tornado uma imposição para os moradores, que, ao não aderirem ao serviço, enfrentam ameaças graves, incluindo fuzilamentos.

Em uma recente operação, as autoridades descobriram uma rede complexa e clandestina envolvendo o fornecimento de internet e o controle sobre provedores de fibra ótica.

A facção, por meio de intimidação e violência, impediu a entrada de empresas legais no mercado local, estabelecendo um monopólio ilegal. Durante a ação, foram apreendidos equipamentos furtados de empresas de telecomunicações e quatro funcionários do provedor ilegal foram detidos.

Além da internet, as facções controlam outros serviços essenciais, como gás, energia elétrica e água, criando um sistema de extorsão que gera lucros substanciais para os criminosos.

Esses recursos financeiros são usados para financiar a compra de armamentos, fortalecer o poder das facções e expandir o território dominado pelo tráfico. Ao impor taxas abusivas sobre esses serviços, as facções também garantem uma forte influência social, tornando-se a única fonte de “proteção” nas comunidades.

Esse controle sobre serviços essenciais tem consequências diretas para a população. Quem tenta escapar ou se recusa a pagar pelos serviços ilegais sofre severas represálias, como ameaças de morte ou expulsão das comunidades.

A dependência da população em relação ao tráfico aumenta à medida que as alternativas legais desaparecem, e a presença do Estado nas comunidades se torna cada vez mais limitada.

O impacto desse controle vai além da esfera financeira. As facções também utilizam os serviços de internet para coordenar ações criminosas e fortalecer suas comunicações internas, dificultando a atuação das forças de segurança. Além disso, as facções criam um sistema paralelo de governança, onde qualquer resistência é severamente punida, perpetuando um ciclo de medo e violência.

O enfraquecimento do Estado é evidente, já que as facções oferecem uma proteção “não oficial”, mas impositiva, afastando as autoridades legítimas e criando um sistema em que os moradores se tornam reféns das facções criminosas.

Para muitas famílias, o tráfico de drogas se tornou a única forma de sobrevivência, e o domínio das facções sobre os serviços essenciais só reforça o poder desses grupos nas comunidades.

 

Fonte: Alexandre Nascimento – Google News e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 08/03/2025/09:27:48

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‘Neo-pistolagem’: facções criminosas ocupam comunidades indígenas e quilombolas na Amazônia

Operação Curupira apreendeu equipamentos usados em crimes ambientais — Foto: Agência Pará

Autoridades federais e estaduais apontaram presença de criminosos em comunidades. Objetivo, entre outros, é se esconder, praticar crimes ambientais e ficar perto de rotas internacionais de tráfico de drogas.

Integrantes de facções criminosas estão dominando comunidades e territórios quilombolas e indígenas na região da Amazônia para se esconder, explorar a mão-de-obra local, evitar fiscalizações, praticar crimes ambientais e dominar a rota do tráfico internacional de drogas —um fenômeno que um integrante da Abin definiu como “neo-pistolagem”.

As informações foram apresentadas por pesquisadores e representantes da Agência Brasileira de Inteligência, Ministério dos Povos Indígenas, Ministério Público dos estados da região e Polícia Civil do Pará durante o 17º encontro anual do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, encerrado em Belém na quinta-feira (22).
Investigações e pesquisas apontam que a presença de criminosos ligados a facções criminosas está aumentando nos últimos anos na região —principalmente do Comando Vermelho e do Primeiro Comando da Capital (PCC), mas também de outros grupos associados e locais.

No Pará, por exemplo, dados da Polícia Civil local apontam que, atualmente, a maior parte do tráfico de drogas no estado é dominado pelo CV (com parte menor do território dominado pelo PCC e pelo Comando Classe A, uma facção local).

Um número dá a dimensão do tráfico local: em janeiro a junho de 2023, a polícia paraense apreendeu 2,05 toneladas de cocaína em rios, mares, igarapés, portos, marinas e atracadouros. A quantidade é muito superior aos 153,2 kg de cocaína apreendidos durante todo o ano de 2022. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup). A secretaria atua em apoio a operações federais —a investigação de crimes contra comunidades indígenas e quilombolas é de competência da Polícia Federal.

Os especialistas apontam que os principais crimes cometidos na região são os seguintes:

Extração ilegal de produtos florestais;
Mineração ilegal;
Caça e pesca ilegais;
Grilagem de terras;
Trafico de drogas;
Crimes contra as pessoas (ameaças e homicídios de lideranças locais).

Segundo os especialistas, os criminosos estão usando cada vez mais as comunidades tradicionais da Amazônia para expandir seus domínios e se esconder.

“O traficante usa a logística e o conhecimento dos locais para facilitar os crimes. Ainda mais em casos de crimes de extração e mineração, que tem uma capilaridade muito grande”, diz Paulo Teixeira, do Ministério dos Povos Indígenas.
Pedro Diogo, da Abin, também afirma que o interesse das facções em entrar e dominar cada vez mais as comunidades indígenas e quilombolas da região se dá por conta dos seguintes pontos:

Interesses nos recursos naturais da região (madeira, minérios, pasto para produção irregular de gado, áreas para plantação de maconha, pescado e animais silvestres);
Utilizar as comunidades como rotas alternativas de fiscalização;
Utilizar a mão-de-obra local;
Interesses no isolamento das comunidades para instalar estruturas ilícitas;
Interesses em explorar comunidades tradicionais como mercado consumidor de drogas.
“As facções acabam assumindo um papel de neo-pistolagem na região, um papel tradicional de criminalidade, mas em uma nova versão nesse novo cenário rural florestal”, diz Diogo.

 

O que facilita a expansão do crime organizado no Norte e Nordeste do país são, segundo a Abin:

A dificuldade de monitorar o ambiente de fronteira;
precariedade das estruturas de segurança e de fiscalização;
expansão de produção da cocaína colombiana;
entrada de maconha colombiana de alto padrão no mercado brasileiro, como o Skank;
Os especialistas ainda apontam que a população mais jovem e forte destas comunidades acaba ficando mais vulnerável não só às ameaças e dominação dos criminosos, bem como ao vício.

Além disso, lideranças que negam o acesso das facções aos seus territórios também acabam sendo alvos de perseguições e ameaças.

Moradores vulneráveis

Segundo Aiala Couto, geógrafo e pesquisador da Universidade Federal do Pará, os moradores dessas comunidades estão cada vez mais vulneráveis no estado. Durante a sua apresentação no Fórum Brasileiro da Segurança Pública, ele mostrou depoimentos de quilombolas que evidenciam a situação a que estas pessoas ficam sujeitas diante do avanço das facções.

Na Comunidade Menino Jesus de Pitimandeua, em Inhangapí, nordeste do Pará, a rotina mudou, segundo o depoimento de um quilombola ao pesquisador:

“Eles entram no território, vendem drogas nas festas, usam drogas na beira do igarapé, entram armados dizendo que vão caçar e se escondem da polícia no quilombo”.
No território quilombola de Macapazinho, em Santa Isabel do Pará, um morador relatou que integrantes do Comando Vermelho usam o local para se esconder da polícia. [Eles] Acabam ficando, e gente fica com medo de denunciar e sofre represálias, sabe como é”, disse.

Já em Itabóca, também em Inganhapí, um quilombola afirmou ao pesquisador: “Já teve até morte por conta de disputas e os nossos jovens estão se perdendo”.

Fonte: Clara Velasco, g1 — Belém e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 25/06/10:01:26

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