Casos de LGBTQIA+fobia aumentam 23% no Pará nos quatro primeiros meses de 2023

Eduardo Benigno recomenda a criação de uma secretaria estadual de atendimento à população LGBTQIA+ do Pará (Foto:Thiago Gomes / O Liberal).

Para ativistas sociais pode ainda haver muita subnotificação no estado e melhorias na legislação estadual de combate à LGBTQIA+fobia

No Dia Internacional de Combate à LGBTQIA+fobia, nesta quarta-feira (17), o Pará registra aumento do número de casos que se enquadram nesse tipo de violência no primeiro quadrimestre. De janeiro a abril deste ano, foram contabilizados 73 casos. No mesmo período do ano passado, foram 60.

Os dados são da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), que já registrava um aumento de casos nos período de janeiro a dezembro: 273 em todo o ano de 2022 contra 239 em 2021. Para ativistas sociais, pode ainda haver muita subnotificação.

A LGBTQIA+fobia engloba crimes de ameaça, injúria, homicídio, estupro, lesão corporal, entre outros que sejam dirigidos à essa parcela da população. “Quem for vítima de qualquer tipo de violência, pode procurar a delegacia mais próxima ou a especializada de Combate a Crimes Discriminatórios e Homofóbicos (DCCDH) para atendimento, acolhimento e diligências investigativas.

A Segup lançou, em maio de 2022, o Plano Estadual de Enfrentamento à LGBTQIA+fobia, importante ferramenta com iniciativas voltadas ao combate e prevenção, de forma participativa, entre os órgãos do Estado e a sociedade civil”, diz nota do órgão.

O plano estadual, na avaliação de ativistas sociais, ainda precisa de atualizações e melhorias. E uma das críticas está no atendimento e acolhimento das vítimas e falta de um órgão de estado mais específico para atendimento à população LGBTQIA+ do Pará.

Um dos recentes avanços, proposto pela Promotoria de Justiça de Militar, do Ministério Público do Estado do Pará, foi a recomendação da criação de um protocolo de abordagem e atendimento da PM à população LGBTQIA+.

A segurança da população LGBTQIA+ é um tema caro para a comunidade. Afinal, pelo 14º ano seguido, o Brasil é o país que mais mata pessoas LGBTQIA+ no Brasil. O dado é da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), que divulgou a informação em janeiro deste ano, no relatório anual. E muitas vezes, o atendimento dos órgãos de segurança deixa a desejar.

“Nossa população continua muito vulnerável. Recentemente fui a uma delegacia para registrar BO por uma transfobia que sofri e o escrivão apenas registrou como ameaça, uma realidade que dificulta levar denúncias adiante. Em outro caso, na porta da minha casa, três policiais me revistaram sem a presença de uma policial feminina e se estressaram quando reclamei. A legislação não vem sendo cumprida”, declarou Bárbara Pastana, mulher trans e presidente do Movimento LGBTQIA+ do Pará.

 

Ativista recomenda criação de secretaria dedicada à população LGBTQIA+ do Pará

Apesar das críticas às políticas públicas, Eduardo Benigno — ativista social do grupo LGBTQIA+ do Pará e também um dos conselheiros da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT) — comenta que o preconceito contra esta comunidade, na maioria das vezes, começa dentro de casa. E essa é uma das principais reflexões que o Dia Internacional de Combate à LGBTQIA+fobia deve trazer.

Benigno lembra que o plano estadual foi aprovado, em 2021, pelo Conselho Estadual de Segurança Pública (Consep) para tratar à violência e criminalidade contra a comunidade, além de inclusão social e de outras políticas públicas que ajudaram a trazer mais segurança para a população LGBTQIA+. Todavia, mesmo com as ações de segurança, ele acha necessário a criação de uma secretaria, que além de cuidar da proteção do grupo, possa promover outros trabalhos de cidadania.

“Precisamos de uma secretaria que faça ações educativas. Muitas vezes, dentro da própria casa, os pais incentivam, de forma velada, o preconceito contra a comunidade LGBT. Quando o pai está assistindo um jogo de futebol e chama o juiz de ‘viado’, acaba que a criança ao lado toma como exemplo e começa a reproduzir este tipo de comportamento.

Por isso a necessidade de algo imediato, no caso, uma secretaria específica, com orçamento específico e uma equipe que pense nas políticas públicas. A sensação de segurança melhorou, mas poderia ser mais. É mais fácil você enxergar a sociedade convivendo com diferenças raciais do que sexuais”, alega Benigno.

Bárbara destacou ações que são realizadas para conscientizar a população sobre os crimes contra a comunidade e a importância de mais políticas que tratem sobre o assunto. Enquanto o poder público, na avaliação dela, ainda não atende a todas essas demandas, os movimentos sociais seguem preenchendo as lacunas com palestras, oficinas, ações sociais e atuação nas ruas.

“O dia 17 de maio é mais uma data alusiva em que temos para ir às ruas dizer chega de tanta violência, da falta de empregabilidade e da insegurança da nossa população. Precisamos garantir um sistema que inclua pessoas travestis e transexuais dentro do mercado de trabalho.

Combater a LGBTQIA+fobia também é fazer esse debate sobre respeito e inclusão dessa população. O nosso papel enquanto movimento é ter esse enfrentamento da falta de política para a nossa população”, concluiu Bárbara.
Saiba como denunciar crimes de LGBTQIA+fobia no Pará

Em casos de transfobia ou qualquer outro crime de discriminação contra a comunidade LGBTI+, a vítima pode registrar a denúncia por meio do Disque Denúncia (181) ou pela Delegacia Virtual da Polícia Civil, pelo site http://www.delegaciavirtual.pa.gov.br , e ainda procurar a Delegacia de Combate aos Crimes Discriminatórios e Homofóbicos (DCCDH), localizada na rua Avertano Rocha, 417, entre Travessas São Pedro e Padre Eutíquio, no bairro da Campina, em Belém.

Publicado Por:Jornal Folha do Progresso em 17/05/2023/08:24:30 (Com informações de Saul Anjos e Victor Furtado).

 Notícias gratuitas no celular

O formato de distribuição de notícias do Jornal Folha do Progresso pelo celular mudou. A partir de agora, as notícias chegarão diretamente pelo formato Comunidades, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp. Não é preciso ser assinante para receber o serviço. Assim, o internauta pode ter, na palma da mão, matérias verificadas e com credibilidade. Para passar a receber as notícias do Jornal Folha do Progresso, clique no link abaixo e entre na comunidade:

*     Clique aqui e acesse a comunidade do JORNAL FOLHA DO PROGRESSO

Apenas os administradores do grupo poderão mandar mensagens e saber quem são os integrantes da comunidade. Dessa forma, evitamos qualquer tipo de interação indevida. Sugestão de pauta enviar no e-mail:folhadoprogresso.jornal@gmail.com.

Envie vídeos, fotos e sugestões de pauta para a redação do JFP (JORNAL FOLHA DO PROGRESSO) Telefones: WhatsApp (93) 98404 6835– (93) 98117 7649.
“Informação publicada é informação pública. Porém, para chegar até você, um grupo de pessoas trabalhou para isso. Seja ético. Copiou? Informe a fonte.”
Publicado por Jornal Folha do Progresso, Fone para contato 93 981177649 (Tim) WhatsApp:-93- 984046835 (Claro) -Site: www.folhadoprogresso.com.br   e-mail:folhadoprogresso.jornal@gmail.com/ou e-mail: adeciopiran.blog@gmail.com

https://www.folhadoprogresso.com.br/regulamentacao-dos-jogos-de-azar-times-brasileiros-ameacam-deixar-apostas-esportivas-se-nao-houver-acordo-com-o-governo/




Descubra as diferenças entre medo e fobia e saiba como tratá-los

“São situações de psicodinâmicas diferentes”, explica psicólogo 

É muito comum encontrar alguém dizendo ter medo ou fobia de algo, mas como saber quando se trata de um ou de outro? Comumente, medo e fobia são confundidos ou tidos como a mesma coisa, mas são completamente diferentes.

O psicólogo e professor do curso de Psicologia da Faculdade Pitágoras, Clauberson Sales do Nascimento Rios, explica que é importante saber diferenciar se o que a pessoa sente é um medo ou se o quadro já evoluiu para a fobia. “Apesar de muitas pessoas confundirem, são situações de psicodinâmicas diferentes. A fobia é considerada como transtorno mental ansioso, podendo incapacitar a pessoa no desenvolvimento de suas atividades cotidianas. Já o medo é uma resposta impulsiva normal a uma situação real de risco”, diferencia o psicólogo.

Dados presentes no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) revelam que as pessoas que convivem com algum tipo de fobia são mais propensas a cometer suicídios. Entre as fobias mais comuns descritas estão: aerofobia (medo de andar de avião), aractonofobia (medo de aranha), claustrofobia (medo de lugares pequenos e fechado), catsaridafobia (medo de barata) e fobia social (medo de relações humanas).

Entre os pontos a serem observados, como alerta Cleuberson, é a distorção da realidade que contribui para uma reação desproporcional frente a algo que a pessoa sinta medo. “A pessoa de certo modo cria uma situação de pavor, desproporcional à realidade naquele momento, e fica de certo modo escravizada a esta relação. Situações de traumas na infância, por exemplo, claro que podem ser gatilhos e podem desencadear fobias, por isso crianças e adolescentes são os mais vulneráveis. Porém, trata-se de um evento mais complexo e, por isso, necessita da avaliação de um profissional qualificado”.

O tratamento de uma fobia deve ser iniciado após um diagnóstico minucioso, que abranja aspectos físicos, cognitivos e psicossociais. Segundo o psicólogo, a avaliação é o ponto de partida para a escolha das técnicas mais eficazes para atender às necessidades específicas de cada paciente.

“A psicoterapia auxilia muito os pacientes a aprenderem a lidar com as fobias e amenizar o problema. Aliado a isso, algumas pessoas, com transtornos mais severos, também passam por acompanhamento psiquiátrico fazendo, quando necessário, a introdução de medicamentos adequados em cada caso”, finaliza.

Fonte: Agência Educa Mais Brasil

Jornal Folha do Progresso em 07/03/2022/16:26:37

Envie vídeos, fotos e sugestões de pauta para a redação do JFP (JORNAL FOLHA DO PROGRESSO) Telefones: WhatsApp (93) 98404 6835- (93) 98117 7649.

“Informação publicada é informação pública. Porém, para chegar até você, um grupo de pessoas trabalhou para isso. Seja ético. Copiou? Informe a fonte.”
Publicado por Jornal Folha do Progresso, Fone para contato 93 981177649 (Tim) WhatsApp:-93- 984046835 (Claro) -Site: www.folhadoprogresso.com.br   e-mail:folhadoprogresso.jornal@gmail.com/ou e-mail: adeciopiran.blog@gmail.com

https://www.folhadoprogresso.com.br/veterinario-lista-alimentos-mais-indicados-para-caes-e-gatos-confira/