Força Nacional continuará apoiando Ibama na Amazônia Legal
(Foto: Jamile Ferraris / MJSP)- Ações foram prorrogadas até 31 de dezembro deste ano.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública prorrogou, até 31 de dezembro de 2024, o emprego da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) nas ações de fiscalização e repressão ao desmatamento ilegal e outros crimes ambientais na Amazônia Legal. A medida foi publicada nesta segunda-feira (1º), no Diário Oficial da União e tem validade de 275 dias.
Os agentes permanecerão na região prestando apoio ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), inclusive nas ações de combate aos incêndios florestais e queimadas. A intensificação do monitoramento e controle ambiental é um dos 12 eixos previstos no Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), que foi atualizado, está em sua 5ª fase, após a retomada das políticas ambientais em 2023, e estabeleceu a meta de desmatamento zero até 2030.
Por medida de segurança, a diretoria da Força Nacional de Segurança Pública não divulga o contingente disponibilizado para atuar nas ações, mas cada operação segue um planejamento e recebe o apoio logístico do próprio Ibama na região.
Rio de Janeiro
A FNSP também foi autorizada a permanecer atuando no estado do Rio de Janeiro por mais 30 dias, “nos serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, em caráter episódico e planejado”, conforme portaria também publicada no Diário Oficial da União.
A prorrogação já havia sido solicitada pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, no último dia 28 de março. Com a confirmação, os agentes permanecerão apoiando as forças de segurança locais nas operações de patrulhamento das rodovias federais.
Fonte: Agência Brasil e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 03/04/2024/08:53:27
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Governo prorroga atuação da Força Nacional na Amazônia
Apoio ao Ibama e ao ICMBio na região foi estendido por 90 dias.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública autorizou efetivos da Força Nacional a continuarem atuando em três diferentes operações em curso na Amazônia Legal, região que compreende a nove estados das regiões Norte (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima, Tocantins), Centro-Oeste (Mato Grosso) e Nordeste (Maranhão).
As três portarias ministeriais que autorizam a prorrogação do emprego de agentes da tropa federativa foram publicadas no Diário Oficial da União desta quinta-feira (28). A primeira delas amplia em 90 dias a participação do efetivo que vem apoiando os servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no combate ao desmatamento e queimadas ilegais e a outros crimes ambientais na Amazônia Legal. O novo prazo passa a vigorar a partir de 1º de janeiro e é válido até 30 de março de 2024, podendo ser prorrogado.
Também foi prorrogado o emprego da Força Nacional em apoio ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. Nesta operação, a ênfase é o combate à extração ilegal de minério e madeira e à invasão de áreas públicas federais, além do combate a incêndios criminosos. A extensão do prazo, por mais 90 dias, vale até 31 de março e também pode ser prorrogada.
Outra portaria publicada hoje amplia a permanência de agentes na calha dos rios Negro e Solimões, no estado do Amazonas, onde, desde janeiro de 2021, a Força Nacional vem apoiando os órgãos de segurança estaduais em iniciativas de combate ao crime organizado, ao narcotráfico e a crimes ambientais, no âmbito da chamada Operação Arpão 1 (Médio Solimões).
O nome da operação é uma alusão à Base Arpão, uma base de segurança fluvial montada em uma embarcação, inaugurada em agosto de 2020, e que permanece atracada no Rio Solimões, dando suporte às ações policiais na região. O reforço da Força Nacional à ação estadual visa garantir “atividades e serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da segurança das pessoas e do patrimônio”, de 4 de janeiro a 1º de abril de 2024.
Fonte: Agência Brasil e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 29/12/2023/10:59:09
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MJ prorroga emprego da Força Nacional em terra indígena no Pará
A Força Nacional de Segurança Pública vai permanecer mais 60 dias, a contar desta segunda-feira (18) até 15 de fevereiro de 2024, em apoio à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), na Terra Indígena Ituna-Itatá, no Pará, no cumprimento das decisões judiciais, que tramitam na Justiça Federal da 1ª Região.
A Terra Indígena Ituna-Itatá é objeto de uma Ação Civil Pública que determinou à União a retirada de não indígenas do local. Isso porque grileiros e invasores desmatam áreas protegidas e criam gado na região, o que é crime e faz avançar a degradação ambiental.
A Portaria nº 560, de 15 de dezembro de 2023, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, autorizando prorrogação está publicada no Diário Oficial da União de hoje (18). Os militares atuarão nas atividades e nos serviços de preservação da ordem pública e da segurança das pessoas e da proteção do patrimônio, em caráter episódico e planejado.
O emprego da Força Nacional ocorrerá em articulação com os órgãos de segurança pública do estado do Pará. O contingente de pessoal a ser disponibilizado obedecerá ao planejamento definido pela diretoria da Força Nacional de Segurança Pública.
Fonte: Diário do Pará e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 18/12/2023/16:58:41
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PF assume investigação de morte de homem durante operação da Força Nacional em Terra Indígena no Pará
(Foto:Reprodução) – Região é alvo de ação de retirada de invasores de reservas indígenas. Oseias dos Santos Ribeiro tinha a marca de um disparo quando foi encontrado morto dentro de região de mata.
Após um homem ser encontrado morto dentro da Terra Indígena Apyterewa, no sul do Pará, a Polícia Federal informou que investiga o caso. A região é alvo de operação do Governo Federal, chamada desintrusão, sendo realizada a expulsão de invasores de reservas indígenas.
A vítima identificada como, Oseias dos Santos Ribeiro, tinha a marca de um disparo no corpo quando foi encontrado em área de mata nas proximidades da Vila Renascer, em São Félix do Xingu, dentro da Terra Indígena.
A PF informou que serão feitas as perícias no corpo do homem e no local do crime. O caso ainda está em processo inicial de investigação.
Segundo moradores da área, a vítima teria sido morta por agentes federais que fazem a operação de retirada de ocupantes nas Terras Indígenas Apyterewa e Trincheira-Bacajá.
Na terça-feira (17), um grupo da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), junto a representantes da Prefeitura de São Félix do Xingu, Ministério Público e Defensoria Pública, estiveram no local, solicitando aos ocupantes que saiam de forma pacifica da área.
Segundo a comissão, um relatório deve ser feito para apontar as medidas a serem tomadas para garantir que as famílias ocupantes tenham direitos garantidos, com o da moradia, após a saída da Terra Indígena.
A ação vem ocorrendo desde o inicio de outubro, sendo coordenada pela Secretaria-Geral da Presidência com apoio da Força Nacional de Segurança, que está na área. Ambientalistas e moradores dizem que o clima é de tensão.
As ações cumprem decisões da Justiça Federal, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), para resgatar um direito adquirido, há quase 30 anos, pelos povos originários – que é o de usufruir integralmente dos territórios que habitam.
As TIs atravessam quatro municípios do Pará – São Félix do Xingu, Altamira, Anapu e Senador José Porfírio, no sudoeste do estado. São quase 2.500 indígenas de 51 aldeias vivendo nas duas áreas.
No entanto, a presença de invasores prejudica o meio ambiente, ameaçando a caça, pesca e ainda gera conflitos dificultando a sobrevivência dos indígenas.
Fonte: g1 Pará — Belém e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 18/10/2023/18:10:56
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Força Nacional vai atuar na Terra Indígena Apyterewa, no Pará
O governo autorizou o uso da Força Nacional de Segurança Pública na Terra Indígena Apyterewa, no Pará. A portaria, assinada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, foi publicada na quinta-feira (14) no Diário Oficial da União (Foto:Arquivo/Agência Brasil)
Tropas vão ajudar a Funai na preservação da ordem pública em São Félix do Xingu
O governo autorizou o uso da Força Nacional de Segurança Pública na Terra Indígena Apyterewa, no Pará. A portaria, assinada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, foi publicada na quinta-feira (14) no Diário Oficial da União. As informações são da Agência Brasil. Essa terra indígena fica em São Félix do Xingu, no sudeste paraense.
As tropas vão ajudar a Fundação Nacional dos Povos Indígenas na preservação da ordem pública em São Félix do Xingu De acordo com o texto, o emprego das tropas foi autorizado em apoio à Funai em atividades e serviços considerados imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, em caráter episódico e planejado, por 90 dias.
Ainda segundo a portaria, “a operação terá o apoio logístico do órgão demandante, que deverá dispor da infraestrutura necessária à Força Nacional de Segurança Pública”.
Fonte:O Liberal/ Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 15/09/2023/08:29:04
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Governo autoriza uso da Força Nacional em terras indígenas do Pará e Roraima
Ministério da Justiça também prorroga atuação de efetivo no Acre
O governo autorizou o uso da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) em terras indígenas de Roraima e do Pará. Além disso, prorrogou a presença da força em terras indígenas de Rondônia e Mato Grosso do Sul. As autorizações constam de portarias assinadas pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, e estão publicadas no Diário Oficial da União desta sexta-feira (8).
Em Roraima, a atuação será na Terra Indígena Pirititi. Em Rondônia, na Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau. Também serão atendidas terras indígenas no cone sul de Mato Grosso e Alto Rio Guamá, no Pará. Em todos os casos, o período determinado é de 90 dias.
De acordo com a portaria, a atuação da Força Nacional em Roraima, Rondônia e no Pará será em apoio à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Em Mato Grosso do Sul, em auxílio à Polícia Federal.
O efetivo atuará “nas atividades e nos serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade [segurança] das pessoas e do patrimônio, em caráter episódico e planejado”.
O contingente a ser disponibilizado nas ações obedecerá ao planejamento da Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça.
Acre
O Diário Oficial de hoje também traz portaria do ministério que prorroga a presença da Força Nacional no estado do Acre para “atuar nas ações de policiamento ostensivo, polícia judiciária e perícia forense”, além de contribuir para manter a ordem pública e segurança das pessoas e do patrimônio. O prazo determinado é de 90 dias. A cidade-sede da operação será a capital, Rio Branco. Agentes
A Força Nacional de Segurança Pública não faz parte das Forças Armadas. É uma cooperação federativa, formada por agentes de segurança de vários estados. Fazem parte do efetivo policiais militares, corpos de bombeiros militares, policiais civis e profissionais de perícia. A gestão é feita pelo Ministério da Justiça, a quem cabe mobilizar e autorizar o envio do efetivo para qualquer parte do território nacional. Todos os profissionais passam por treinamento específico, tanto em termos de armamento, quanto do tipo de operação.
Fonte:Agência Brasil/Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 10/09/2023/6:49:08
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Força Nacional vai apoiar Polícia Federal em Novo Progresso – PA
Agentes da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará durante operação de embargo de garimpo (Foto:Divulgação/Semas-PA)
O município de Novo Progresso, no estado do Pará, receberá o apoio da Força Nacional de Segurança Pública, em apoio à Polícia Federal, até 8 de setembro de 2023. A região enfrenta historicamente conflitos fundiários e desmatamentos ilegais. Portaria do Ministério da Justica e Segurança Pública foi publicada hoje (28) no Diário Oficial da União.
O município de Novo Progresso foi instituído em 1991, após o crescimento da população de um povoado que ocupou as margens da BR-163, em função do garimpo existente na região. A atividade ampliou os conflitos que já existiam antes, em função da extração de madeira ilegal e da chegada de pequenos produtores em busca da subsistência.
De acordo com a publicação, os militares atuarão “nas atividades e nos serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, em caráter episódico e planejado”, com o apoio logístico da Polícia Federal que atua no estado do Pará.
Fonte: Agência Brasil/ Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 28/08/2023/14:54:50
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Força Nacional atuará em região de conflito de terra no Pará
Local abriga a Terra Indígena Turé-Mariquita – (Foto<Reprodução)
O Ministério da Justiça e Segurança Pública publicou nesta sexta-feira (18), no Diário Oficial da União, uma portaria que autoriza o emprego da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), nos municípios de Tomé-Açu e Acara, no Pará. A região, no nordeste do estado, passa por conflitos territoriais entre a empresa Brasil Biofuels (BBF) e comunidades indígenas e quilombolas.
O local de divisa entre os dois municípios abriga a Terra Indígena Turé-Mariquita, menor território demarcado no país, com 147 hectares, além das comunidades quilombolas Alto Acará e a Nova Betel e do povo Turiwara, na comunidade Ramal Braço Grande, que ainda não foi demarcada.
Essas comunidades apontam a empresa BBF, produtora de óleo de palma, como a responsável pelos conflitos. Em nota, a empresa argumenta que atua na região respeitando o Zoneamento Agroecológico da Palma de Óleo, decreto 7.172 do governo federal de 7 de maio de 2010, uma das legislações mais rígidas e severas para o cultivo da palma no mundo, “exercendo a posse pacífica, justa e ininterrupta das áreas privadas da companhia, respeitando os limites de territórios e atuando apenas em suas áreas de posse.”
A região enfrenta há anos episódios violentos, como o ataque ao cacique Lúcio Gusmão Tembé, baleado na cabeça, em maio deste ano. Um suspeito chegou a ser preso e relacionado ao tráfico de drogas, de acordo com informações que constam do termo de audiência de custódia.
Mediação
O Ministério Público Federal se reuniu com representantes dos povos indígenas e quilombolas, da comissão agrária, governos locais e Poder Judiciário para mediar os conflitos, mas a região ainda vive sob tensão.
Os integrantes da FNSP atuarão na região pelo período de 30 dias. O reforço foi solicitado pela Polícia Federal, em articulação com os órgãos de segurança pública do estado do Pará, e, de acordo com a portaria, tem como objetivo “a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”.
O número de homens que atuarão na região não foi divulgado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, como medida de segurança. De acordo com a portaria, esse contingente obedecerá ao planejamento definido pela diretoria da Força Nacional de Segurança Pública.
Fonte: Agência Brasil EBC/ Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 19/08/2023/05:25:27
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MPF pede a Dino que a Força Nacional atue para conter ‘conflito do dendê’ no Pará
Ministro Flávio Dino durante evento em Belém que reuniu autoridades dos países amazônicos. — Foto: Reprodução
Área no nordeste do estado vive tensão entre indígenas, quilombolas e seguranças privados da empresa Brasil BioFuels. Recentemente, quatro indígenas foram baleados em menos de uma semana.
O Ministério Público Federal (MPF) recomendou o deslocamento e uso da Força Nacional nas áreas do conflito entre comunidades indígenas e quilombolas com seguranças privados da empresa Brasil BioFuels, no nordeste do Pará. A área vive disputa histórica no conflito conhecido como “guerra do dendê”. Em menos de uma semana, quatro indígenas foram baleados.
A recomendação foi assinada por procuradores da República no Pará e encaminhada pelo procurador-geral Augusto Aras nesta terça-feira (15) ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
O ministro já havia dito que o “conflito pode ser tornar federal, dependendo da decisão adotada pelo governo do estado”.
O g1 solicitou novo posicionamento do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e da empresa, mas ainda não havia obtido resposta até a publicação da reportagem.
O MPF pede que os agentes federais atuem na região habitada pelos indígenas Tembé e Turiwara, e dos quilombolas do Vale do Acará, nos municípios de Tomé-Açú e Acará. Recentemente, o conflito se acirrou após um jovem ser baleado por seguranças da BBF.
Dias depois, uma manifestação foi marcada por tiroteio, deixando outros três indígenas feridos. O caso foi acompanhado pelo Conselho Nacional dos Direitos Humanos e outros órgãos, incluindo a Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup). A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) também anunciou, em nota, que atua para responsabilizar envolvidos no conflito.
Segundo o MPF, a recomendação é para garantir a vida, integridade e segurança dos povos de comunidades tradicionais, no intuito de conter o agravamento do “histórico, complexo, grave e progressivo conflito territorial vivenciado na região”.
O MPF recomenda ao MJSP que a Força Nacional atue sob a coordenação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Polícia Federal do Estado do Pará (PF/PA), em quantidade e condições satisfatórias, pelo período mínimo de trinta dias.
O órgão deu o prazo de 48 horas, a contar do recebimento do documento, para que o ministro Dino comunique se pretende acatar a recomendação.
O MJSP também deve apresentar informações detalhadas sobre providências já adotadas e as que pretende adotar, ou eventuais justificativas para o não atendimento.
Segundo o MPF, em caso de não acatamento da recomendação, o órgão pode adotar medidas judiciais.
“Conflito do dendê”
No documento, o MPF aponta a intensificação de conflitos territoriais no avanço da monocultura de cultivo do dendê na região do nordeste paraense.
A insegurança na região teve início com a instalação e operação da empresa Biopalma, em 2008, posteriormente sucedida pelo grupo BBF, maior produtor de óleo de palma da América Latina, segundo a recomendação.
No último dia 4 de agosto, mesmo dia da abertura do evento “Diálogos Amazônicos”, com a presença de diversas autoridades dos países amazônicos em Belém (PA), ocorreu atentado contra a vida de um indígena Tembé. Ele foi alvejado por tiro no momento em que ele e a comunidade estavam na ocupação da Aldeia Bananal, zona rural do município de Tomé-Açu.
De acordo com informações recebidas pela assessoria jurídica da Associação Indígena Tembé Vale do Acará e repassadas ao MPF, o tiro que alvejou o indígena pode ter vindo da Polícia Militar ou dos seguranças da BBF.
Três dias depois, no dia 7 de agosto, houve outro ataque. Desta vez três indígenas Tembé foram alvejados por armas de fogo nos preparativos para receber a visita do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), também em Tomé-Açu.
A situação gerou protestos contra a BBF em Belém, onde indígenas de várias etnias estavam reunidos para o evento “Diálogos Amazônicos”, que antecedeu a Cúpula da Amazônia.
Semanas antes, a liderança Lúcio Tembé sofreu um atentado no dia 14 de maio. Ele é cacique da aldeia indígena Turé-Mariquita, onde exerce liderança em favor dos direitos originários na região do Alto Acará, que é cercada por fazendas da BBF.
Lúcio foi atingido por dois tiros à queima-roupa – um dos disparos atingiu a cabeça. Um suspeito foi preso.
O MPF informa que, além da insegurança vivida pelos grupos indígenas, a Associação Brasileira de Antropologia (ABA) apresentou denúncia ao MPF no dia 16 de fevereiro de 2022, relatando prática de ações de violação de direitos humanos contra famílias quilombolas do território do Alto Rio Acará.
Origens do conflito e impactos ambientais
O MPF também aponta série de ilegalidades do empreendimento da BBF, como a não exigência, pelo Estado do Pará, de estudo de impacto ambiental e de estudo dos impactos aos indígenas para a instalação da empresa.
Povos indígenas e quilombolas da região apresentaram denúncia ao MPF relatando que o grupo mantém fazendas de dendezais em área de sobreposição às Terras Indígenas Turé-Mariquita. Já a empresa afirma, reiteradamente, que tem suas propriedades invadidas para furto de fruto de dendê.
As comunidades narram episódios de “uso ostensivo de força” e “poderio armado por funcionários”, contratados e terceirizados responsáveis pela segurança patrimonial da empresa. Eles também alegam que há participação de agentes policiais de segurança pública da localidade.
“A extrema gravidade dos fatos e o caráter sistemático e escalonado das violências infringidas em territórios sob histórica disputa (…) faz com que haja a necessidade de adoção de providências institucionais urgentes para conter o agravamento dos riscos concretos a todos”, afirma o MPF na recomendação enviada ao ministro Dino.
O que diz a empresa
Sobre os episódios mencionados pelo MPF na recomendação, o Grupo BBF já havia se manifestado, à época dos casos, afirmando que “o Polo de Tomé-Açu, propriedade privada da empresa composto pela Agrovila, Administração Geral e Áreas de Infraestrutura, foi novamente invadido e teve equipamentos incendiados e edificações destruídas”.
Ainda segundo a empresa, “na ação, cerca de 30 invasores armados ameaçaram e agrediram trabalhadores da empresa no local, antes de incendiar dezenas de tratores, maquinários agrícolas e edificações da empresa. Em defesa, a equipe de segurança privada da Companhia conseguiu conter a ação criminosa dos invasores e resguardar a vida dos trabalhadores que estavam no local”.
A empresa diz que “já tomou as medidas jurídicas cabíveis junto ao poder judiciário” e ainda não tinha manifestado, até esta terça-feira, sobre a recomendação ao MJSP.
Fonte:g1 Pará — Belém e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 16/08/2023/09:09:48
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Ministério da justiça autoriza envio da Força Nacional de Segurança para São Félix do Xingu
(Foto:Reprodução) – O Ministério da Justiça e Segurança Pública autorizou envio de agentes da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP,) para apoiar as atividades do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, no município de São Félix do Xingu, no estado do Pará. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (4).
Os militares vão atuar na comunidade Divino Pai Eterno, que é uma região com 10,3 mil hectares de área pública, onde há mais de 15 anos sofre conflitos causados por disputa pela posse de terras. A medida tem como objetivo cumprir uma determinação da Justiça Federal, que reintegra a posse dessas terras ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Desde 2008, cerca de 450 trabalhadores rurais sem terra ligados à Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri) reivindicam a regularização das terras para fins de assentamento. Latifundiários também tentam ocupar as terras para pecuária de gado.
Segundo informações da Central Única de Trabalhadores (CUT), desde 2010, seis lideranças dos trabalhadores rurais foram mortas em emboscadas.
Em 2010, Jocelino Braga da Silva foi assassinado no Acampamento Novo Oeste; Francisco Leite Feitosa foi morto dentro do Complexo Divino Pai Eterno, em 2011; vice-presidente da Associação Novo Oeste e ocupante do Complexo Divino Pai Eterno, Félix Leite dos Santos, também foi morto em 2014.
Em 2015, Osvaldo Rodrigues Costa foi assassinado por uma ação de pistoleiros da região e em 2016, Ronair José de Lima foi morto a tiros dentro do complexo.
Em abril deste ano, a Comissão Pastoral da Terra denunciou o assassinato da sétima vítima, Lindomar Dias de Souza, após o início de novos conflitos. Segundo nota divulgada pela entidade, a situação se agravou após a confirmação da liminar de reintegração de posse, que resultou em Ação Civil Pública.
A decisão, dada pela Justiça Federal da 1ª Região, determina a reintegração de posse ao Incra e não reconhece a reivindicação de Edson Coelho, conhecido na região como Cupim, que alegava propriedade do Complexo Divino Pai Eterno.
Fonte:Agência Brasil e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 04/08/2023/15:23:33
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