Homens são resgatados dos escombros com vida cinco dias após terremoto em Mianmar

Equipes de resgate são vistas em um canteiro de obras onde um prédio desabou em Bangkok em 28 de março de 2025, após um terremoto (Lillian SUWANRUMPHA / AFP)

Dois homens foram retirados dos escombros de um hotel e um terceiro de uma pousada

Equipes de resgate retiraram dois homens com vida dos escombros de um hotel na capital de Mianmar nesta quarta-feira, 2, e um terceiro de uma pousada em outra cidade, cinco dias após o terremoto de magnitude 7,7. No entanto, a maioria das equipes está encontrando apenas corpos, e crescem as preocupações de que os contínuos ataques militares contra forças de resistência possam comprometer os esforços de socorro.

O terremoto atingiu a região ao meio-dia da última sexta-feira, 28, derrubando milhares de edifícios, colapsando pontes e destruindo estradas. O número de mortos subiu para 2.886 nesta quarta-feira, com outros 4.639 feridos, segundo a emissora estatal MRTV. Relatórios locais sugerem números ainda mais altos.

O terremoto ocorreu em meio à guerra civil em Mianmar, agravando uma crise humanitária já severa. Antes do desastre, mais de 3 milhões de pessoas já haviam sido deslocadas de suas casas e quase 20 milhões necessitavam de assistência, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).

Duas das principais forças armadas de resistência que lutam contra o governo militar, que tomou o poder em 2021 do governo democraticamente eleito de Aung San Suu Kyi, anunciaram cessar-fogo para facilitar a resposta humanitária ao terremoto. No entanto, os militares não interromperam seus ataques.

“Mais uma vez, eles estão colocando a sobrevivência do regime acima dos interesses do povo, mesmo em um momento de calamidade”, disse Richard Horsey, assessor sênior para Mianmar do Crisis Group.

Resgate dramático na capital

Na capital, Naypyitaw, uma equipe de resgate turca e local utilizou uma câmera endoscópica para localizar Naing Lin Tun em um andar inferior do hotel danificado onde ele trabalhava. Eles o retiraram cuidadosamente através de um buraco aberto com uma britadeira e o colocaram em uma maca quase 108 horas após ele ter ficado preso.

Sem camisa e coberto de poeira, ele parecia fraco, mas consciente, em um vídeo divulgado pelo Corpo de Bombeiros local, enquanto recebia soro intravenoso antes de ser levado para atendimento.

A emissora estatal MRTV informou mais tarde que outro homem foi resgatado do mesmo prédio mais de 121 horas após o terremoto. Ambos tinham 26 anos.

Outro homem foi resgatado por equipes da Malásia e de Mianmar de uma pousada desmoronada no município de Sagaing, próximo ao epicentro do terremoto, perto da segunda maior cidade do país, Mandalay.

O terremoto também foi sentido na vizinha Tailândia, causando o colapso de um prédio de grande altura em construção em Bangcoc. Um corpo foi retirado dos escombros na madrugada de quarta-feira, elevando o número de mortos em Bangcoc para 22, com 35 feridos, a maioria no local da construção.

Militares rejeitam cessar-fogo

A Aliança dos Três Irmãos, uma das poderosas milícias que tomaram uma grande parte do país do controle militar, anunciou um cessar-fogo unilateral de um mês na terça-feira, 1º, para facilitar a resposta humanitária.

O Governo de Unidade Nacional, formado por parlamentares depostos em 2021, já havia convocado um cessar-fogo para suas forças. Essas declarações colocaram pressão sobre o governo militar para seguir o mesmo caminho, disse Morgan Michaels, analista do International Institute of Strategic Studies em Cingapura, que gerencia o projeto Myanmar Conflict Map.

No entanto, o chefe do governo militar de Mianmar, o General Sênior Min Aung Hlaing, rejeitou até agora a ideia de um cessar-fogo.

Ajuda internacional

Diversos países prometeram milhões em assistência para ajudar Mianmar e organizações humanitárias no enorme desafio de reconstrução.

A Austrália anunciou na quarta-feira, dia 1º, que fornecerá mais US$ 4,5 milhões, além dos US$ 1,25 milhão já comprometidos, e enviou uma equipe de resposta rápida ao país.

A Índia enviou aviões com ajuda e dois navios da Marinha com suprimentos, além de cerca de 200 socorristas.

Outros países também enviaram equipes:

– China: 270 pessoas; – Rússia: 212 pessoas; – Emirados Árabes Unidos: 122 pessoas.

Uma equipe de três pessoas da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) chegou na terça-feira para avaliar como responder, diante dos cortes no orçamento de ajuda externa dos EUA. Washington anunciou que fornecerá US$ 2 milhões em assistência emergencial.

Extensão da devastação ainda é incerta

Até agora, a maioria das informações vem de Mandalay (próxima ao epicentro) e Naypyitaw (cerca de 270 km ao norte de Mandalay). Muitas áreas estão sem energia elétrica, telefone ou conexões móveis, além de serem de difícil acesso por estrada. No entanto, novos relatos começam a surgir.

No município de Singu, cerca de 65 km ao norte de Mandalay, 27 mineiros de uma mina de ouro morreram devido ao desmoronamento de uma caverna, segundo a Democratic Voice of Burma.

Na região do Lago Inle, a nordeste da capital, muitas pessoas morreram quando casas construídas sobre estacas na água colapsaram durante o terremoto, segundo o jornal Global New Light of Myanmar, que não forneceu números exatos.

 

Fonte: Estadão Conteúdo e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 02/04/2025/14:50:00

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Mulher é resgatada após passar 91 horas entre escombros de terremoto em Mianmar

(Foto: Reprodução) – Uma mulher foi resgatada nesta terça-feira (1º) em Mianmar depois de passar 91 horas presa entre os escombros de uma estrutura que desabou, de acordo com os bombeiros, após terremoto de magnitude 7,7 que atingiu o país quatro dias antes.

Ela foi socorrida na capital, Naypyidaw, e levada ao hospital uma hora depois, segundo o serviço de bombeiros em postagem no Facebook. O número de mortos em Mianmar chegou a 2.719 nesta terça, e se espera que ultrapasse 3.000, disse o líder da junta militar do país, Min Aung Hlaing, em discurso televisionado.

Enquanto isso, os mianmarenses se uniram para fazer um minuto de silêncio pelas vítimas em várias regiões do país. Por iniciativa da junta, as sirenes para anunciar a homenagem foram acionadas às 12h51 locais (3h21 de Brasília), o horário do terremoto em 28 de março.

Diante do complexo residencial Sky Villa, um dos mais danificados de Mandalay, os agentes das equipes de resgate interromperam o trabalho e respeitaram o minuto de silêncio. Com o som das sirenes ao fundo, funcionários públicos formaram um cordão que impediu a passagem dos parentes das pessoas que morreram no edifício.

Ao lado de uma área das equipes de resgate, uma bandeira de Mianmar foi amarrada a meio mastro em um bambu. A homenagem é parte da semana de luto nacional declarada até 6 de abril pelos militares.

Em boletim atualizado, o líder militar de Mianmar afirmou ainda que 4.521 pessoas ficaram feridas, e 441 estavam desaparecidas. O tremor também derrubou imóveis em Bancoc, capital da Tailândia, a cerca de mil quilômetros de distância. No país vizinho, 19 pessoas morreram.

Um prédio de 30 andares em construção desabou na capital tailandesa. Equipes de resgate trabalham entre os destroços da torre, onde as autoridades acreditam que dezenas de trabalhadores tenham ficado presos.

“Há cerca de 70 corpos embaixo. Esperamos que por algum milagre um ou dois ainda estejam vivos”, disse o líder voluntário de resgate Bin Bunluerit no local do prédio.

Milhares de pessoas estão desabrigadas em Mianmar: suas casas foram destruídas pela guerra civil em curso mesmo após o terremoto ou temem possíveis tremores secundários. O epicentro foi localizado no centro do país, perto de Mandalay, segunda maior cidade mianmarense, com 1,7 milhão de habitantes.

Em Mandalay, edifícios residenciais e templos foram reduzidos a escombros. Pela quarta noite consecutiva, centenas de pessoas dormiram ao relento, em barracas ou cobertos apenas por mantas nas ruas e estradas.

“Não me sinto seguro. Há edifícios de seis ou sete andares inclinados ao lado da minha casa e podem desabar a qualquer momento”, disse o relojoeiro Soe Tint.

Em um edifício onde parte desabou sobre centenas de monges, bolsas com livros das vítimas estavam sobre uma mesa. Caminhões de bombeiros e máquinas estavam estacionados diante do pavilhão, onde uma equipe de resgate da Índia trabalhava.

Em vários pontos da cidade, o odor de putrefação dos cadáveres está evidente. Um crematório nas imediações já recebeu centenas de corpos e espera receber muitos outros.

Mianmar enfrenta quatro anos de guerra civil provocada pelo golpe militar de 2021 contra o governo civil ligado à vencedora do Nobel da Paz Aung San Suu Kyi. A ONU calcula que pelo menos 3,5 milhões dos 50 milhões de habitantes foram deslocados pelo conflito, e muitos enfrentam o risco de fome.

Embora a junta militar afirme que tenta responder ao desastre, nos últimos dias surgiram relatos de bombardeios dos militares contra grupos armados rivais.

A enviada especial da ONU para Mianmar, Julie Bishop, pediu na segunda o fim das hostilidades para que todas as partes se concentrem na proteção e fornecimento de ajuda aos civis.

Em um gesto incomum, o líder da junta fez um pedido de ajuda internacional, rompendo a tradição de outros comandantes militares mianmarenses de rejeitar assistência estrangeira diante deste tipo de desastre.

Mais de 1.000 socorristas de países como China, Rússia e Índia desembarcaram no país e, segundo a imprensa estatal, quase 650 pessoas foram resgatadas com vida dos escombros desde então.

 

Fonte: Folha de São Paulo – Portal do Holanda e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 01/04/2025/14:21:42

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