Dia do Pedagogo: profissionais buscam adaptação durante a pandemia

Professores ainda enfrentam desvalorização do trabalho

A Pedagogia é uma ciência que tem como principal objeto de estudo a educação. Inserido nesse processo de ensino e aprendizagem está o pedagogo. Hoje, 20 de maio, comemora-se o Dia Nacional do Pedagogo. Diferente dos outros anos, a data chama atenção para o cenário difícil que esses profissionais estão enfrentando neste ano. Levar a educação para os estudantes nesse período de pandemia tem exigido que os pedagogos se reinventem e criem novas formas de adaptar os conteúdos das aulas presenciais para a Educação a Distância (EAD).

Docentes, coordenadores e todos os profissionais que atuam no planejamento das aulas, têm se esforçado para dar continuidade ao calendário escolar, sem prejudicar o progresso dos alunos. Para isso, é necessário fazer uma reformulação para atender às novas demandas.

A Vice-Diretora do Colégio IEC em Campinas, SP, Ana Eliza Guimarães, conta que mesmo com as adaptações dos conteúdos, que precisaram de algumas modificações para se adequar à modalidade EAD, foi preciso enfrentar outros obstáculos. Um deles foi fazer com que as famílias acreditassem que esse formato poderia dar certo. Além disso, a falta do convívio diário com os alunos também tem tornado o processo mais complicado. “A distância dificulta o trabalho pela ausência da proximidade, do olhar, da análise das emoções frente ao conteúdo apresentado”, explica.

O colégio coordenado pela vice-diretora possui educação infantil, fundamental I e II. De acordo com ela, foi possível dar continuidade ao cronograma de atividades e à rotina de estudos com aulas gravadas e on-line. Para isso, os professores da instituição foram capacitados para trabalhar com o apoio tecnológico.

“Eu acho que nenhuma escola estava preparada para tal situação. Mas vejo que a grande maioria está se empenhando demais para dar o seu melhor. Entretanto, vale ressaltar que a experiência acumulada até o momento anterior à pandemia é de ensino presencial. Portanto, talvez pode-se trocar a palavra prejuízo por adaptações. Seria necessário, sim, fazer algumas adaptações”, pondera a coordenadora.

O uso das novas tecnologias de informação e comunicação tem sido um desafio para muitos professores. Neste cenário, o quadro branco e o piloto foram substituídos por computadores e plataformas.  Recentemente, o caso da professora de matemática Débora Meneghetti, do colégio GGE de Recife (PE), viralizou na internet causando comoção. Mesmo sem conhecer as ferramentas disponibilizadas, ela precisou dar aulas virtuais para os alunos. Quando tentou fazer a transmissão, não conseguiu utilizar os recursos, começou a chorar e encerrou a atividade. Ao perceberem a tristeza da professora, os alunos de Débora resolveram ajudá-la. A um site, a professora compartilhou que passou quatro dias fazendo treinamento para passar o conteúdo para EAD, e virou a madrugada na preparação das aulas, mas na hora as coisas não deram certo.

Lição que fica

Além dos professores, muitos pais relataram ter dificuldades para usar as ferramentas tecnológicas, ensinar as crianças em casa, e também argumentam que não há tempo para acompanhar as atividades dos filhos.

Em meio à pandemia da Covid-19, o processo de ensino traz consigo novos desafios que vão desde a estrutura até o exercício pedagógico. Por isso, este Dia do Pedagogo reforça a importância desse profissional que atua no planejamento, coordenação execução de tarefas numa área tão importante para o desenvolvimento social: a educação.

Apesar da relevância que os docentes têm para a sociedade, dos 35 países pesquisados no Global Teacher Status Index 2018, o Brasil ficou em último lugar na pesquisa sobre a valorização do trabalho do professor.

O dado aponta para um retrocesso na valorização do profissional, já que na primeira edição da pesquisa, realizada em 2013, o Brasil tinha ficado em penúltimo, na frente apenas de Israel. Além de cair na colocação, o país foi um dos únicos que não sofreu evolução.

Uma informação interessante divulgada pela pesquisa é que na China, país que ocupa o primeiro lugar do ranking da valorização do professor, esse profissional é comparado a um médico. Já no Brasil, o professor é comparado a um bibliotecário.

Para o fundador da Varkey Foundation, Sunny Varkey, instituição internacional que desempenha ações na área educacional, para um país ter uma boa educação o professor precisa ser valorizado e receber um bom salário. Assim, a lição que fica neste ano é uma reflexão para a sociedade sobre o valor desses profissionais.

Fonte: Agência Educa Mais Brasil 

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Luta dos professores para compartilhar ensinamentos é lembrada por Educadora do Ano

 

Joice Lamb, escolhida como educadora do ano no Prêmio Educador Nota 10, reflete sobre os desafios da profissão

Com 28 anos dedicados à docência, a coordenadora pedagógica da EMEF Profª Adolfina J. M. Diefenthäler, Joice Lamb trabalha diariamente para melhorar a realidade dos alunos por meio da educação pública. Muito antes de se tornar professora da rede municipal de Novo Hamburgo (RS), ela já entendia que a profissão tinha, entre tanto outros, o significado do verbo lutar. Em 2019, além de estar entre os dez vencedores da 22º edição do Prêmio Educador Nota 10, Joice foi escolhida pelo júri da premiação como a Educadora do Ano.

 

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Refletindo sobre o Dia do Professor, comemorado no Brasil todo 15 de outubro, Joice prefere para além de felicitações, a concretude de ações que melhorem a atuação profissional de todos os docentes espalhados pelo país. A maturidade que adquiriu com as vivências em sala de aula hoje lhe serve para reforçar que o professor não pode ser bom trabalhando sozinho ou em condições que prejudiquem a sua atuação. “Às vezes, a sociedade joga toda questão da educação para cima do professor. Um bom professor não se constitui só porque ele quer ou tem vocação de ser bom. Tem vários aspectos que fazem um bom professor: a formação continuada, um espaço escolar adequado, os recursos didáticos e outros”, avalia.

Aprender e Compartilhar

Joice Lamb compartilha seus conhecimentos através do projeto #aprenderecompartilhar – Escola inovadora, vencedor do Prêmio Educador Nota 10, pensado por ela com coautoria das educadoras Lea Borges, Andrea Zimmer, Daniela Flor e Daiana Lahm.

Na Escola Profª Adolfina, as inovações pedagógicas são realizadas em variados projetos, como os que instigam a aprendizagem da Matemática e a produção de poemas. No #foradacaixa, os alunos, independente de idade ou turma, participam de atividades juntos, sob o acompanhamento de professores. Já no projeto de Iniciação Científica, estudantes do Ensino Fundamental escolhem temas de pesquisa, colegas de equipe e professores orientadores para realizar um estudo que é apresentado em uma feira anual.

Sobre o Prêmio Educador Nota 10

O Prêmio Educador Nota 10 foi criado em 1998 pela Fundação Victor Civita que, desde 2014, realiza a premiação em parceria com Abril, Globo e Fundação Roberto Marinho. Reconhece e valoriza professores da Educação Infantil ao Ensino Médio e também coordenadores pedagógicos e gestores escolares de escolas públicas e privadas de todo o país. O Prêmio tem o apoio da Nova Escola, Instituto Rodrigo Mendes e Unicef, e o patrocínio da Fundação Lemann e SOMOS Educação. Desde 2018, o Prêmio Educador Nota 10 é associado ao Global Teacher Prize, prêmio global de Educação. https://premioeducadornota10.org/

Fonte: Agência Educa Mais Brasil

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