Ideflor-Bio regulamenta pesca esportiva nas Unidades de Conservação

(Foto: Reprodução)- O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) publicou no Diário Oficial do Estado (DOE), nesta quarta-feira (26), a Instrução Normativa nº 001, que estabelece condições e procedimentos para realização da pesca esportiva em Unidades de Conservação Estaduais (UCs). Inédita, a medida representa um avanço para a atividade no território paraense.

O presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, destacou que a regulamentação representa um passo crucial na preservação dos recursos aquáticos do Pará. “Com essa medida, o Instituto demonstra seu compromisso em conciliar o lazer da pesca com a conservação ambiental. Dessa forma, promove o desenvolvimento sustentável e a valorização do patrimônio natural paraense, em benefício das futuras gerações”, ressaltou o gestor.

A iniciativa deve atrair ao Pará turistas de diversas regiões do Brasil e de outros países, interessados na diversidade de peixes nos rios paraenses. A expectativa é que esse fluxo de visitantes possa impulsionar a economia local, gerando empregos e renda às comunidades ribeirinhas e, ao mesmo tempo, incentivar a preservação dos ambientes aquáticos.

Unidades de Conservação do Ideflor-Bio, como o Mosaico Lago de Tucuruí, no Sudeste do Pará, e o Refúgio de Vida Silvestre (Revis) rios Azul e São Benedito, nos municípios de Jacareacanga e Novo Progresso, no sudoeste paraense, possuem forte vocação para essa atividade. Com o documento, será possível garantir a essas e outras localidades o equilíbrio entre o prazer do esporte e a preservação dos ecossistemas aquáticos, além da sustentabilidade das espécies.

Potencial turístico- Para o presidente da Associação Paraense de Pesca Esportiva (Apapae), Eduardo Monteiro, a Instrução Normativa chega em um momento oportuno. “A pesca esportiva é um dos principais produtos do turismo em todo o Brasil. Hoje em dia, é o segundo segmento que mais cresce no mundo. O Pará tem locais maravilhosos, que podem ser destinos dessa atividade. Mas precisávamos de uma IN que habilitasse operações de pesca nessas áreas de preservação. Um passo importantíssimo foi dado, e toda a comunidade da pesca esportiva está muito feliz e satisfeita”, afirmou Eduardo Monteiro.

Ele disse, ainda, que a pesca esportiva vem crescendo consideravelmente no território paraense. “O governo do Estado tem um olhar muito diferenciado, e conseguiu visualizar esse potencial. Atualmente, o crescimento do turismo de pesca no Brasil chega a 80% por ano. Portanto, se a gente conseguir no Pará abrir operações de pesca dentro das UCs, tenho certeza que vai atrair não só o turista nacional, mas internacional, para pescar aqui na região”, complementou.

De acordo com o assessor técnico do Ideflor-Bio, Júlio Meyer, “a geração de empregos a partir da valorização de nossa biodiversidade é a grande vocação do Estado. A IN nº 001 é um passo fundamental para promover uma economia cada vez mais descarbonizada e inclusiva, para o Pará e a Amazônia”, frisou.

Normas –A publicação estabelece que a pesca esportiva é vedada nas UCs de Proteção Integral, exceto nas UCs de categoria Refúgio de Vida Silvestre e Monumento Natural. Nessas áreas, somente será permitida quando a atividade estiver prevista no ato de criação da UC, em seu Plano de Manejo, ou quando for em território de populações tradicionais, nas áreas reguladas por Termo de Compromisso ou sob dupla afetação.

Já em UCs de Uso Sustentável, na categoria Área de Proteção Ambiental (APA), a prática será regulada pela IN nº 001 nos casos em que for expressamente determinado no seu Plano de Manejo ou por força de ato expedido pela autoridade máxima do órgão gestor, ficando submetida nos demais casos às regras gerais da atividade no Estado.

A IN também determina que cabe aos pescadores esportivos e aos prestadores de serviços à prática atenção à legislação e/ou regulamentos específicos relacionados às seguintes questões: o uso de petrechos autorizados para utilização na pesca esportiva; espécies cuja captura seja proibida na localidade; legislações específicas vigentes na bacia de interesse e demais legislações municipais e estaduais, e os períodos de defeso.

O documento também veda a comercialização do pescado; introdução de espécies exóticas (alóctones); utilização de iscas vivas ou exóticas; consumo de espécies ameaçadas de extinção; utilização de ceva ou qualquer outro tipo de fornecimento de alimento visando à atração e retenção de peixes em um determinado local; realização da atividade em desacordo com as normas e regras estabelecidas pelo Ideflor-Bio, e o descumprimento de quaisquer das obrigações previstas na IN e demais legislações vigentes.

O não cumprimento da IN acarretará na aplicação das penalidades previstas na Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e do Decreto nº 6514, de 22 de junho de 2008.

Fonte  Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 27/07/2023/05:25:27

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Pesquisa comprova riqueza de conhecimento dos pescadores sobre cadeia alimentar de peixes na Amazônia brasileira

Informações do conhecimento dos pescadores podem ser incorporadas ao manejo e conservação dos recursos naturais — Foto: Tracy Costa/G1/Arquivo

Dados sobre a posição que peixes e predadores ocupam na cadeia alimentar, nos rios Tapajós e Tocantins, podem contribuir para entender e monitorar as mudanças nos ambientes onde vivem.

Pesquisa mostra que o conhecimento dos pescadores sobre a cadeia alimentar de peixes e predadores é de fundamental importância para compreender as interações tróficas e produz dados precisos e eficazes sobre os peixes e os seus principais predadores nos rios Tapajós e Tocantins, na Amazônia brasileira. De acordo com a pesquisa, ambientes de água doce estão entre os mais alterados e ameaçados do mundo.

Informações do conhecimento dos pescadores podem ser incorporadas ao manejo e conservação dos recursos naturais, especialmente em espécies e ecossistemas ameaçados pela atividade humana e que carecem de dados ecológicos. Os estudos comprovam o enorme conhecimento que pescadores têm sobre os peixes e suas interações ecológicas com outras espécies e todo o ecossistema.

As informações obtidas de entrevistas com 98 pescadores corresponderam com modernas análises de isótopos estáveis de 63 amostras de peixes. Além disso, o estudo revelou fontes de informações desconhecidas da literatura científica sobre animais predadores. A falta de dados e recursos, tanto financeiros quanto humanos, é um problema que afeta a conservação dos recursos naturais.

Dados sobre os níveis tróficos, ou seja, a posição que peixes e predadores ocupam nas cadeias alimentares, podem contribuir para compreender e monitorar as mudanças que estão ocorrendo nos ambientes.

Para Gustavo Hallwass, professor da Ufopa lotado no Campus Oriximiná, um dos participantes da pesquisa, o trabalho novamente comprova o enorme conhecimento que pescadores têm sobre os peixes e suas interações ecológicas com outras espécies e todo o ecossistema. “Esse conhecimento tradicional é passado através das gerações e pode ser considerado um patrimônio cultural das populações ribeirinhas amazônicas, devendo ser respeitado, preservado e considerado em políticas públicas relativas ao manejo e conservação dos recursos naturais”, disse.

Conhecimento detalhado

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Registro do momento de coleta de isótopos — Foto: Renato Silvano

Uma das pesquisadoras que liderou o estudo, a doutoranda em Ecologia Paula Pereyra, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, explicou que a pesquisa foi realizada a partir de entrevistas com pescadores para tentar compreender quais são os alimentos dos peixes e quem são os organismos que se alimentam deles.

“Nós realizamos análises químicas, chamadas de ‘análise de isótopos estáveis’, técnica que mede o nível trófico dos peixes em laboratório, que seria a posição que eles ocupam nas teias alimentares. Além disso, a partir de entrevistas, fizemos cálculos, baseados nas informações do conhecimento dos pescadores, e comparamos com os dados obtidos através das informações das análises realizadas em laboratório”, explicou Paula Pereyra.

O resultado, segundo a pesquisadora, é que os pescadores têm conhecimento muito detalhado a respeito da biologia dos peixes. “Os dados que os pescadores informaram foram muito próximos ao compararmos com a análise química. Por que é importante conhecermos os níveis tróficos? Porque estão ocorrendo muitas mudanças nos ambientes e, a partir das interações tróficas entre os organismos, nós podemos avaliar e detectar essas mudanças”, afirmou.

Ainda segundo Paula Pereyra, a pesquisa foi uma forma de aprender mais sobre o ambiente e os organismos que o habitam.

“A ideia foi avançar no conhecimento a respeito das mudanças ambientais, especialmente em rios da Amazônia que requerem estudos, como o Tocantins, um dos mais modificados por ações antrópicas na bacia Amazônica, e o Tapajós, que já sofre com a ação dos garimpos ilegais, além de projetos de hidrelétricas que estão para serem implementados. Todos esses fatores podem influenciar os peixes, os predadores e consequentemente as populações ribeirinhas que dependem dos peixes para alimentação”, finalizou.

Além de Paula Pereyra, a pesquisa também foi liderada pelo professor Renato A. M. Silvano, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e contou com a participação do professor Gustavo Hallwass, da Ufopa/Oriximiná, e do professor Mark Poesch, da Universidade de Alberta (Canadá).

Por g1 Santarém e Região — PA

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Mulher é presa no Aeroporto de Altamira com 277 peixes em risco de extinção dentro de mala

Peixes estavam em saquinhos dentro de mala quando foram aprendidos no Pará — Foto: Polícia Federal/Reprodução

Mulher é presa no Aeroporto de Altamira com 277 peixes em risco de extinção dentro de mala

Peixes-zebra estavam em saquinhos e seriam levados para Manaus. Suspeita foi presa por tráfico.

Uma mulher foi presa no aeroporto de Altamira, no sudeste do Pará, após ser flagrada pela Polícia Federal com 277 peixes ornamentais dentro de uma mala na tarde de segunda-feira (23). Os animais estavam dentro de pequenas sacolas plásticas.

Peixes apreendidos em Altamira — Foto: Polícia Federal/Divulgação
Peixes apreendidos em Altamira — Foto: Polícia Federal/Divulgação

Os peixe-zebra, conhecidos também como cari zebra, cascudo zebra imperial, são classificados como ameaçados de extinção pelo Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio).

Os animais foram retirados do rio Xingu e seriam levados para Manaus, para onde a suspeita tentava embarcar quando foi presa. Segundo a Polícia Federal, o caso foi registrado como tráfico de peixes ornamentais.
“Eles são conhecido como Araci-zebra. A espécie chama atenção de traficantes pelo alto valor no cenário internacional”‘, detalhou afirmou o delegado Wesley Scapim Machado.

Segundo ele, esse é o terceiro caso de tráfico de peixes ornamentais flagrados no aeroporto de Altamira em um ano. Nas outras ocasiões foram nove presos ao todo.

Após a apreensão de segunda, os peixes foram encaminhados para o Laboratório de Aquicultura de Peixes Ornamentais do Xingú (Laquax) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Peixes foram colocados em reservatório e levados para a universidade federal do Pará — Foto: Polícia Federal/Divulgação

 Peixes foram colocados em reservatório e levados para a universidade federal do Pará — Foto: Polícia Federal/Divulgação

Peixes foram colocados em reservatório e levados para a universidade federal do Pará — Foto: Polícia Federal/Divulgação

(Fonte:G1)

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Fiscalização ambiental de Óbidos apreende cerca de 10 toneladas de peixe protegido pelo defeso

O peixe estava camuflado embaixo de outras espécies em uma tentativa de despistar a fiscalização ambiental.

Durante abordagens feitas na madrugada desta quarta-feira (16), pela fiscalização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Óbidos, oeste do Pará, foram flagradas no Rio Amazonas, duas embarcações com cerca de 10 toneladas de pescado, a maior parte, da espécie mapará que está protegida pela portaria do Defeso.

De acordo com o secretário adjunto de Meio Ambiente, Nildo Queiroz, as duas embarcações são da região de Limoeiro do Ajuru, no Pará, e estavam vindo do estado do Amazonas, da região de Parintins e Altares.

“Nós fizemos incursão a uma das embarcações por volta das 2h e à outra por volta das 04h30. A menor estava trazendo mapará com peixe declarado. Estava camuflado por baixo de curimatá, pescada e tucunaré. A outra que parece uma barca pirata, estava com sarda, mas em conversa com os nosso fiscais o responsável acabou relatando que também tinha mapará. Uma tinha cerca de 7 toneladas e outra com 3 toneladas”, relatou Queiroz.

A fiscalização ambiental acompanhou as duas embarcações até o porto de Óbidos para serem lavradas as multas por crime ambiental.

Nildo Queiroz informou que foi dado perdimento no pescado que será distribuído em bairros do município de Óbidos.

 

 

Foto: Semma de Óbidos/Divulgação
Por: Sílvia Vieira, G1 Santarém

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Pesquisadores acham plástico dentro de 98% dos peixes analisados em estudo na Amazônia

Partículas de plástico encontradas em peixes que vivem em nascentes e riachos amazônicos. — Foto: LABECO/UFPA

Ao todo, foram encontradas 383 partículas plásticas no trato gastrointestinal e em brânquias de 67 de 68 peixes coletados em riachos de comunidades ribeirinhas no Pará.

Um estudo realizado pela Universidade Federal do Pará (UFPA) encontrou, em média, seis pedaços de plástico dentro do corpo de 98% dos peixes coletados por um grupo de pesquisadores em nascentes e riachos da Amazônia.

Ao todo, foram encontradas 383 partículas plásticas, sendo 201 no trato gastrointestinal e 182 em brânquias (órgão respiratório de animais aquáticos, também conhecido como guelras) de 67 dos 68 peixes analisados pelo grupo de pesquisa do Laboratório de Ecologia e Conservação (Labeco), da UFPA.

Pesquisadores afirmam que a ingestão de plástico pode provocar mortandade desses peixes ou afetar a reprodução deles e levar ao desequilíbrio da cadeia alimentar; ou mesmo que esse material sintético pode, em última análise, parar no corpo humano.

Esse tipo de poluição dá sinais de estar espalhado por toda a bacia amazônica. Em janeiro de 2019, um grupo de pesquisadores liderados pelo ictiólogo Marcelo Andrade, também ligado à UFPA, identificou pela primeira vez a presença de plástico em peixes amazônicos. Na ocasião, eles encontraram partículas no trato gastrointestinal de quase 25% dos peixes coletados no rio Xingu, incluindo a piranha-vermelha (Pygocentrus nattereri).

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Um estudo publicado na revista Nature Communications em junho de 2017 estima que sejam despejadas no oceano 39 mil toneladas de plástico por ano via rio Amazonas — que passa por Peru, Equador, Colômbia e Brasil.

Desequilíbrio ecológico

Estudos anteriores já haviam investigado esse tipo de poluição em peixes que vivem em outros locais do curso da água, como rios e oceanos, e são consumidos pelo homem.

A diferença desse trabalho, feito por um grupo de pesquisadores de peixe de água doce e publicado em julho na revista científica Environmental Pollution, é apontar a extensão dos danos ao sistema respiratório dos animais e que esse problema ambiental atinge com mais intensidade nascentes de rios e riachos, onde os peixes têm, em média, 10 cm na fase adulta, não costumam ser consumidos pelo homem e enfrentam riscos maiores de desequilíbrio ecológico.

Foram analisadas 14 espécies de peixe coletadas em 12 locais na bacia do rio Guamá, no município paraense de Barcarena, e na bacia do Acará-Capim, nos municípios de Ipixuna do Pará, Concórdia do Pará e Tomé Açu.
peixe2‘Crenicichla regani’, conhecido também como Jacundá ou Joaninha, continha mais plástico em seu corpo que outras espécies. — Foto: LABECO/UFPA

Essas duas regiões ribeirinhas não têm tratamento de esgoto e utilizam essas nascentes e riachos tanto como espaço de lazer quanto para descartar dejetos.

Nesses lugares, esses peixes menores têm papel fundamental no equilíbrio ecológico da região. Eles podem ser predadores responsáveis, por exemplo, pelo controle de insetos ou servir de alimento para sapos.

“Sem a presença no futuro de uma dessas espécies que consomem larvas de insetos, por exemplo, poderia haver a explosão de uma população de mosquitos e o espalhamento desenfreado de doenças”, explica a pesquisadora Danielle Ribeiro-Brasil, uma das autoras do artigo e integrante do grupo de pesquisa da UFPA, em entrevista à BBC News Brasil.

Um dos animais estudados é o Crenicichla regani, conhecido também como jacundá ou joaninha. Os peixes dessa espécies são predadores que se alimentam de pequenos crustáceos e larvas de insetos e podem demonstrar um comportamento agressivo. Com boa visão noturna, muitas vezes se alimentam no escuro e às vezes nem são percebidos pelas pessoas no ambiente, já que não costumam passar de 8 cm de comprimento na fase adulta.

Essa espécie, analisada no estudo da UFPA, continha mais plástico em suas brânquias e em seu trato gastrointestinal que as outras.

Segundo ela, os próximos estudos vão analisar o impacto dessa poluição para a perda de espécies ou diminuição dessas comunidades. Deve-se analisar também a origem dessas partículas, mas a principal hipótese é que esses pedaços achados em riachos e nascentes amazônicas tenham saído de roupas sintéticas. Do total, 93% das partículas encontradas nos animais são fibras.

Em geral, essas partículas são originárias de fontes diversas, como roupas, pneus, tintas e escovas de dente. Calcula-se que entre 2% e 5% de todo o plástico produzido por ano acabe descartado nos mares, mas não se sabe direito qual é a dimensão real do problema.

Um estudo do Centro Nacional de Oceanografia do Reino Unido, divulgado nesta semana, estima que a quantidade de plástico boiando no oceano Atlântico seja capaz de encher mais de mil navios-cargueiros, somando 21 milhões de toneladas (uma quantidade dez vezes maior do que se pensava).

À medida que esses materiais vão se deteriorando, acabam sendo consumidos por animais marinhos, entrando na cadeia alimentar — um caminho que, em última instância, traz o plástico para o organismo humano.

Nesta semana, um outro estudo, de pesquisadores da Universidade do Arizona, nos EUA, apontou pela primeira vez micropartículas plásticas em tecidos de pulmão, fígado, rim e baço humanos.

Ainda não há informações conclusivas sobre o impacto desse tipo de poluição na saúde das pessoas, mas já se sabe o que a presença de plástico dentro do corpo pode causar aos peixes.

Essas partículas podem atacar dois pontos centrais dos peixes em riachos: as brânquias e o trato digestivo. No primeiro, o plástico interfere na aptidão física do animal, afetando sua energia para a captura de alimentos e para a reprodução. No segundo, essas partículas podem dar uma falsa sensação de saciedade ao peixe ou mesmo feri-lo até a morte.

Segundo o estudo, os peixes que vivem nesses riachos analisados consomem proporcionalmente mais plástico do que os encontrados em rios.

“Não é todo peixe que ingere o plástico. Isso está relacionado também ao comportamento dele no ambiente. Se é carnívoro, por exemplo, faz uma busca ativa por alimentos e pode confundir o pedaço de plástico com algo que possa comer”, afirma Ribeiro-Brasil.

Outros estudos apontam que esses plásticos são ingeridos por algumas espécies não apenas porque se parecem com comida mas também porque cheiram a comida.

Segundo cientistas do Instituto Real Holandês de Pesquisas Marítimas, essas partículas de plástico no oceano são rapidamente colonizadas por uma fina camada de micróbios, normalmente chamada de “plastisfério”, que libera substâncias químicas que fazem o plástico ter cheiro e gosto de alimento para alguns animais marinhos.

Para o grupo de pesquisadores da UFPA, as ações para evitar o aumento da contaminação por plástico da bacia Amazônica demandam o envolvimento da população local, iniciativas de educação ambiental de manejo dos resíduos sólidos e o engajamento de instituições públicas e privadas, entre outros pontos.

Eles defendem, por exemplo, medidas de incentivo para a redução do consumo de plásticos de uso único, como cotonetes e canudos, e de regulação para garantir a preservação desses ecossistemas atingidos pela poluição.
Filme biodegradável feito com fécula do cará pode reduzir uso de plástico na Amazônia

Filme biodegradável feito com fécula do cará pode reduzir uso de plástico na Amazônia

Por:BBC

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