Estudos analisam impactos da pandemia na saúde mental da população mundial

(Foto:pexels.com/pt-br) – Que a pandemia do novo coronavírus afetou a saúde mental de quase todas as pessoas do planeta, ninguém duvida. Agora, dois estudos internacionais recém divulgados mensuraram o tamanho desse impacto, revisando estudos realizados em todo o mundo e juntando os dados em uma mesma pesquisa.

A primeira pesquisa revisou 25 estudos sobre o tema que, ao todo, envolveram 72 mil pessoas, e foi publicada na revista  Psychological Medicine. Todos os estudos analisados tinham como objetivo comparar os sintomas relacionados à piora na saúde mental das pessoas antes e depois do início do lockdown em seus países de origem. O que se viu foi um impacto menor do que o esperado, já que o aumento nos índices de depressão e ansiedade foram discretos e não houve crescimento no diagnóstico de doenças psiquiátricas. Analisando a solidão, o estresse e o risco suicida, os níveis também permaneceram estáveis, sem grande aumento.

A psicóloga Sofia Vargas, em sua coluna no site Guia De Bem Estar, comentou os resultados: “Vale ressaltar que a pesquisa levou em conta dados colhidos em 2020. Em muitos locais do mundo, a pandemia foi melhor controlada e a população tinha mais perspectivas de voltar à vida normal. Além disso, muitos esperavam que em menos tempo a covid-19 já estaria sob controle, o que não ocorreu. A demora que estamos vendo no Brasil e os novos períodos de quarentena impostos para conter o avanço da doença podem ser extremamente prejudiciais, pois além de todo o estresse envolvido, a situação começa a provocar um imenso desgaste emocional em toda a população. Portanto, uma pesquisa mais precisa sobre os reais impactos da situação na saúde mental da população só poderá ser feita quando, realmente, a pandemia acabar”.

Uma outra pesquisa, que ainda está em fase de pré-publicação, revisou 65 estudos sobre o tema e chegou a resultados semelhantes. De acordo com os cientistas, houve um aumento expressivo nos sintomas relacionados aos transtornos emocionais, mas que esse crescimento é “estatisticamente insignificante”. O crescimento dos indícios foi observado em todos os subgrupos populacionais.

No Brasil, foi feita uma pesquisa pelo observatório Febrapan/Ibespe, que levou em conta apenas as respostas dadas pelos entrevistados (ou seja, não considera profundamente os sintomas como nos casos dos estudos anteriores). Neste caso, o resultado foi bem diferente: entre os três mil brasileiros entrevistados, 57% relataram mudanças na saúde mental e emocional durante o período da pandemia. Os subgrupos mais afetados foram os das mulheres e dos jovens. Outro estudo, realizado apenas com professores do Brasil, mostrou como esses profissionais foram impactados pelas mudanças: 78% relataram problemas de sono.

Por:VP Digital Media

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