Defensoria Pública aguarda que Estado do Pará cumpra decisão judicial para garantir banho de sol em presídios

Centro de Recuperação Penitenciário Pará III, no Complexo Prisional de Santa Izabel. — Foto: Oswaldo Forte/O Liberal

Juiz determinou, em março de 2023, que em todos os presídios da região metropolitana de Belém sejam garantidas duas horas diárias de banho de sol, conforme previsto pela lei de execução penal brasileira.

As vistorias feitas pela Defensoria Pública do Estado do Pará (DPE) em presídios da região metropolitana de Belém constataram que “não há regularidade da prática de banho de sol, com duas horas diárias”. Desde março, uma decisão do juiz Deomar Barroso, da Vara de execuções Penais da Região Metropolitana de Belém, já determina que todas as unidades da região adotem a medida, prevista pela lei de execução penal brasileira.

A defensora Anna Izabel Santos explica que o processo está em fase de respostas da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). “Após termos ingressados este ano com habeas corpus coletivo, agora estamos aguardando cumprimento da Seap. Após a decisão, ainda não retornamos para verificar essa situação”, explica.

Em nota, a Seap disse que “o banho de sol é realizado de forma regular em todas as unidades prisionais, obedecendo aos padrões de segurança”.

O pedido à Justiça sobre o banho de sol foi feito pelo Núcleo de Execução Penal da DPE em fevereiro deste ano, apontando irregularidades na Cadeia Pública de Jovens e Adultos (CPJA) e no Presídio Estadual Metropolitano I (PEM I), no Complexo Penitenciário de Santa Izabel.

Um detento que esteve no regime semiaberto, custodiado na Colônia Penal Agrícola de Santa Izabel, na região metropolitana de Belém, afirma que, na unidade, os banhos de sol ocorriam sempre às quartas e quintas-feiras, apenas durante trinta minutos.

Dos trinta, segundo ele, os detentos ficam ao menos vinte minutos em modo de “procedimento”, agachados ao chão, com as mãos na cabeça, sem poder se movimentar.

“Sobrava pouco tempo pra gente se mexer, dar uma esticada, eles mandavam a gente ficar em ‘procedimento’ e se a gente quisesse sair para ir ao banheiro, ou estivesse com muita dor, eles chegavam a penalizar. Diziam que todos iam se prejudicar ali e isso quando não aplicavam o spray de pimenta”, relata.

A DPE apontava que a “não garantia, pelo Estado encarcerador, do direito ao banho de sol (…) torna a pena degradante e cruel, o que é vedado pela Constituição Federal de 1988, Convenção Americana de Direitos Humanos, Convenção Contra a Tortura e Outros Testamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes da ONU e Regras Mínimas das Nações Unidas para o Tratamento de Reclusos (Regras de Mandela)”.

“(…) é direito de todo interno, (…), o banho de sol por, no mínimo duas horas, direito esse inatingível pela reserva do possível, não se admitindo, portanto, qualquer justificação estatal que tente se albergar em alegada insuficiência do efetivo funcional”, afirma a ação.

Na decisão, o juiz Deomar havia entendido que o “direito ao banho de sol, que é imprescindível à saúde e à integridade física e psicológica dos presos, não pode ser restringido por normas ou práticas internas ou seques por alegações de falta de estrutura”.

O magistrado determinou que a direção do CJPA e do PEM I adotassem diligências para efetivar o direito ao banho de sol; que as autoridades fossem notificadas; e estendeu a decisão a todas as unidades da região metropolitana.

 

Fonte: g1 Pará — Belém e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 12/07/16:27:53

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Após atentado contra policial penal, Seap suspende visitas em seis presídios do Pará

Após atentado contra policial penal, Seap suspende visitas em seis presídios do Pará — Foto: Divulgação / Susipe

De acordo com a Seap, seis policiais penais foram assassinados nos últimos meses, 16 outros sofreram ameaças e mais cinco foram baleados em atentados.

A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) suspendeu as visitas e entrevistas em seis casas penais do Pará. Todas as unidades tiveram policiais penais vítimas de ameaças, atentados e assassinatos. Na noite de quinta-feira (21), um agente foi baleado com três tiros no município de Moju, nordeste do Pará.

De acordo com a Seap, seis policiais penais foram assassinados nos últimos meses, 16 outros sofreram ameaças e mais cinco foram baleados em atentados.

De acordo com a Seap, até a próxima segunda-feira (25), as casas penais passam a ter restrições para possibilitar que o Sistema de Administração Penitenciária, juntamente com os demais órgãos do Sistema de Segurança Pública investiguem e identifiquem os autores e a origem desses ataques aos agentes paraenses.

Em nota, a Seap pediu compreensão dos familiares de detentos e de seus advogados e ressaltou que os casos de atendimento jurídico estão mantidos na forma das Portarias nº 035/2021 e nº 045/2021

Por G1 PA — Belém

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Com visitas suspensas nos presídios, sistema de envio de cartas a detentos no Pará é alvo de críticas

Sistema de envio de cartas a detentos no Pará é alvo de críticas — Foto: Oswaldo Forte/O Liberal

A medida foi criticada por entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e não atende recomendação do Ministério Público Federal (MPF), de manter visitas controladas.

As visitas aos presídios estão suspensas desde o dia 23 de março, medida tomada pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) como prevenção à Covid-19. Nesta quarta (1º), a secretaria anunciou que vai adotar um sistema de envio virtual de cartas para que presos mantenham contato com familiares. A medida foi criticada por entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e não atende recomendação do Ministério Público Federal (MPF), de manter visitas controladas.

Em nota, a Seap informou que a medida seria para respeitar as medidas de isolamento, mas garantir vínculo familiar dos presos. As estratégias foram denominadas Carta Virtual e Cadastro Virtual e devem ser implantadas ainda em abril, segundo a Seap.

Segundo a Seap, familiares vão enviar cartas por email, que serão recebidas e analisadas por técnicos. Após aprovação, elas são encaminhadas aos detentos. Os presos, no entanto, não podem responder às cartas, e os que não receberem podem solicitar contato com familiares.

Recomendação

A medida apresentada pela Seap veio após recomendação do MPF, que propôs às autoridades penitenciárias para que os presos voltem a receber visitas, mas de forma controlada.

Na recomendação, procuradores pedem que as visitas de familiares, amigos e advogados sejam permitidas, de forma regrada e restrita, sem que haja impedimento de forma absoluta.

Segundo o MPF, o objetivo é prevenir fugas em massa e rebeliões, após a proibição das visitas aos detentos.

O MPF lembra que visitas aos presos são direito constitucional e sugere que elas passem a ser fracionadas. Os procuradores recomendam também que seja reduzido o número de visitantes por preso e a duração dos encontros, e ainda, a adoção de medidas para evitar o contato físico.

A recomendação foi enviada ao Governo do Pará e à Força Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP), do governo federal. Desde 2019, a FTIP assumiu a coordenação de casas penais no estado, após o caso conhecido como massacre em Altamira, que deixou mais de 60 presos mortos.

Estratégias não resolvem problema, diz OAB

Para o advogado Brenno Morais Miranda, presidente da Comissão de Segurança Pública da OAB-PA, a medida das cartas virtuais não solucionará o problema da restrição das visitas.

“É extremamente importante a visita ao preso para assegurar inclusive que não estejam ocorrendo situações de tratamento degradante e outras violações, bem como, para acompanhar a própria saúde do custodiado, não só física, mas também mental”, comentou.

Em nota conjunta divulgada na última segunda (30), a Defensoria Pública da União (DPU), OAB/PA, Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas, Instituto Paraense de Direito de Defesa (IPDD) e a Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos manifestaram apoio à recomendação do MPF.

O documento cita que o direito de visita é “essencial para manutenção de laços familiares e comunitários, exercendo papel relevante na ressocialização do preso” e concorda com o MPF ao citar que “qualquer medida deve ser proporcional e cause a mínima restrição aos direitos fundamentais da pessoa presa”.

As entidades pedem ainda que sejam adotadas medidas protetivas em relação ao novo coronavírus, como limitar número de visitantes por preso; distância mínima; máscaras de proteção, entre outros.

Sobre as recomendações, a Seap disse, em nota, que a Procuradoria Geral da República decidiu que a competência para tratar de políticas públicas do sistema penitenciário estadual frente ao novo coronavírus é do Ministério Público do Pará (MPPA) e que, por isso, as visitas de familiares continuarão suspensas.

Por Taymã Carneiro, G1 PA — Belém

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