Profissionais da saúde poderão se aposentar mais cedo

Os profissionais de saúde podem ter a aposentadoria antecipada, segundo a proposta da PEC. |Foto:Divulgação

Proposta assinada por vários senadores, a ser apresentada, incluindo o paraense, quer fazer justiça à dedicação dos trabalhadores do setor, que atuam de forma direta para salvar vidas e no combate ao novo coronavírus.

Distanciamento das famílias, medo, cansaço e estresse intenso. Há um ano essa tem sido a rotina dos profissionais de saúde que lidam de forma direta com os efeitos malignos da pandemia do coronavírus. Vivendo uma verdadeira maratona, eles mudaram suas rotinas para enfrentar o novo coronavírus e se afastaram dos familiares.

Muitos são obrigados a arcar, do próprio bolso, com a compra de equipamentos de proteção individual (EPI), que têm faltado em muitos hospitais e estabelecimentos de saúde em todo o país. Mas como recompensar esses verdadeiros heróis por conseguirem salvar tantas vidas?

Uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), assinada pelo senador Jader Barbalho (MDB-PA), entre outros autores, vai ser apresentada ao Senado. O texto pretende fazer justiça à incansável dedicação desses profissionais, ao assegurar que todos que têm atuado de forma direta no combate à pandemia do COVID-19 tenham redução nos requisitos de tempo de contribuição e idade mínima, para fins de aposentadoria.

“Enfrentar uma pandemia, colocando em risco a própria vida e afastados de seus familiares, é um ato que precisa ser reconhecido pelo Estado brasileiro, bem como por toda a população”, destaca o senador Jader, lembrando que esses profissionais estão “no limite”. “Eles precisam de todo o apoio que o país puder dar, precisam da ajuda dos governos e das organizações. É mais que necessário lutarmos juntos por isso”, reforça o parlamentar.

Pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas realizaram uma pesquisa que mostra que 80% dos trabalhadores entrevistados sentem impactos negativos na saúde mental, causados pela pandemia.

Desse total, apenas 19% buscaram ajuda para lidar com o problema. O trabalho foi realizado pelo Núcleo de Estudos da Burocracia (NEB) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (EAESP), da FGV. O questionário foi aplicado entre os dias 1º e 20 de março deste ano a 1.829 profissionais de saúde do setor público, como médicos, profissionais de enfermagem, agentes comunitários e outros.

Com mais de 358 mil mortes causadas pela Covid-19 e a descoberta sucessiva de novas cepas, mais contagiosas e letais, só agravam a situação sanitária no país. “Nesse cenário devastador, temos contado com a inestimável colaboração e com o desprendimento de valorosos profissionais de saúde, assim como os de outras categorias, que trabalham diuturnamente para salvar vidas, colocando muitas vezes a sua própria vida, e a de seus familiares, em risco”, diz o texto da PEC.

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Jader é um dos senadores que assinou a PEC a ser apresentada no Congresso Nacional.Divulgação
 

“É em reconhecimento à relevantíssima atuação dos que atuam diretamente no combate à pandemia do coronavírus COVID-19 que apresentamos a Proposta de Emenda à Constituição, de forma a assegurar que eles obtenham uma redução nos requisitos de tempo de contribuição e idade mínima, para fins de aposentadoria”, continua o texto da PEC.

JUSTIFICADA

Para os autores da proposição, a medida fica justificada “não só pela exposição ao vírus, mas também, no caso dos profissionais de saúde, ao estresse decorrente de longas e exaustivas jornadas de trabalho, o afastamento das suas famílias, muitas vezes levado a efeito como medida preventiva, a submissão a condições de trabalho precárias e, não só nos casos dos profissionais de saúde, à frequente exposição à falta de equipamentos de proteção individual”.

O texto da proposta de emenda à Constituição Federal lembra que, o texto da Reforma da Previdência, modificado pela Emenda Constitucional n.º 103, de 2019, veda, expressamente, que a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria se dê com base em categorias profissionais ou ocupações específicas, mesmo em se tratando de servidores ou de segurados cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes. “Por essa razão, assinamos e apresentamos essa proposta para fazer justiça aos que estão na linha de frente no enfrentamento ao Covid-19”, ressaltou o senador Jader.

Por:Luiza Mello

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“Cuidamos das pessoas, mas a população não cuida da gente”: profissionais da saúde lamentam primeiro ano de pandemia

Especialista ressalta que a falta do engajamento da população, sobre as medidas de proteção à pandemia, interfere no bem-estar emocional e psicológico dos profissionais da saúde
Nesta quarta-feira, 10/3, completa um ano em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou oficialmente a existência de uma pandemia no mundo e alertava preocupação sobre o risco da Covid-19. A doença foi descoberta em dezembro de 2019, após casos registrados na China. No Brasil, o primeiro paciente infectado pela Covid-19 foi registrado no dia 26 de fevereiro do ano passado. De acordo com o Ministério da Saúde, a doença é responsável por mais de 266 mil mortos e 11 milhões de pessoas infectadas no País.
Um levantamento feito pelas secretarias de Saúde estaduais e municipais revela que a maioria dos estados, além do Distrito Federal, ultrapassam a taxa de 80% de ocupação dos leitos de enfermaria e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Para Andrea Beltrão, infectologista da Pró-Saúde e com atuação no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua (PA), o cenário da doença em todo Brasil poderia ser melhor se todos respeitassem as medidas de enfrentamento à pandemia divulgadas por todos os órgãos de saúde.
“É muito triste para nós ver que muitas pessoas andam sem máscaras, visitam festas, se reúnem com amigos em um momento que percebemos o aumento de casos em todo o país”, lamenta.
No ano passado, o Hospital Metropolitano, unidade do Governo do Pará, gerenciado pela Pró-Saúde, se tornou referência no atendimento de pacientes com o novo coronavírus. Foram 20 leitos de UTI exclusivos para o tratamento dos pacientes.
Profissionais da saúde diante do desrespeito
“Cuidamos das pessoas, mas a população não cuida da gente”. Esse é o desabafo da enfermeira do Metropolitano, Márcia Farias, diante da falta de conscientização da população e do aumento de casos da Covid-19.
Ela completa ao dizer que é comum andar pelas ruas e ver pessoas sem o mínimo de proteção, que é a máscara. “Essas pessoas acham que a doença não é séria e na maioria das vezes são jovens. Para nós, da saúde, esse tipo de situação é muito triste”, afirmou.
Durante três meses com atendimento exclusivo aos casos do novo coronavírus no HMUE, foram atendidos 184 pacientes com a doença, que contaram com auxílio de quase 100 colaboradores, entre médicos, enfermeiros, fisioterapeuta, psicólogos e serviços gerais.
Entre esses profissionais está a fisioterapeuta Raiza de Araújo Nascimento, que atuou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) voltada exclusivamente para o atendimento de casos graves da Covid-19. Para ela, a sensação de desrespeito aos que trabalham na saúde causa cansaço e ansiedade.
“Vi pacientes saindo recuperados e outros que, infelizmente, perderam essa luta. Vi colegas que não resistiram e perderam suas vidas. Vejo também pessoas que não se importam com o próximo e não se cuidam. Ficamos tristes ao ver isso”, enfatizou.
Josiete Nazaré Corrêa, 50 anos, é técnica de Enfermagem do hospital. “Esse momento causa muito estresse e essa sensação se intensifica quando vemos os noticiários de festas clandestinas, pessoas sem máscaras, praças cheias e a gente tentando salvar vidas”, acrescentou a colaboradora.
Síndrome de Burnout
A pandemia trouxe estresse e cansaço, fatores que abalam o emocional e o psicológico dos profissionais de saúde. No Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência foi criado o projeto “AcolhePsi”, com o intuito de fornecer suporte psicológico aos profissionais. O atendimento pode ser por telefone ou por meio virtual.
Carlena Alho é psicóloga do Metropolitano e explica que a Pró-Saúde desenvolve continuamente ações para a melhoria do trabalho das equipes administrativas e assistenciais. “O colaborador é escutado e acolhido com intuito de promover a saúde mental e intervir em questões que possam prejudicar sua qualidade de vida e profissional”, ressalta.
Carlena destaca que problemas relacionados ao trabalho podem desencadear a Síndrome de Burnout. Ela comenta que a doença ocorre quando a exaustão em relação ao trabalho é completa, física e mental.
“Um dos maiores questionamentos é justamente o comportamento da população, que desrespeita as regras causando uma sensação de ‘enxugar gelo’ nesses profissionais”, conclui.

A ação funciona com medidas de proteção para evitar aglomerações, mas também visa atender, de uma forma mais dinâmica e humanizada, além de reservada, os profissionais que continuam a rotina de trabalho na unidade.

Fonte:Comunicacao – HMUE/Com Foto
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Conheça as diversas áreas da saúde que atuam no combate à Covid-19

A motivação em ajudar seus pacientes tem sido o maior compromisso dos agentes da saúde 

Nem sempre eles estão na linha de frente, cuidando dos pacientes que estão nas unidades de terapia intensiva (UTIs) dos hospitais ou em Postos e Unidades Básicas de Saúde (UBS), mas os médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos em enfermagem e tantos outros profissionais que estão se arriscando todos os dias para atuar no combate à Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, têm um título em comum: heróis da saúde.

Seja nos primeiros momentos, identificando os sintomas, realizando exames e aferindo a temperatura, ou no estado mais crítico, quando há necessidade de auxiliar os sistemas do corpo a manter suas funções vitais, cada um desses trabalhadores exerce papeis fundamentais na luta contra a pandemia. Segundo o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), o número de profissionais contaminados cresce a cada dia e já soma mais de cinco mil no país. O medo tem se espalhado entre eles, mas a coragem e a vontade de continuar servindo têm sido muito maiores.

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A técnica de enfermagem Márcia de Moura atua em um Hospital do Estado de Porto Velho, em Rondônia, e conta como essa nova realidade tem lhe afetado. “É uma experiência nova, não tão diferente pois a área a qual já atuava é infectocontagiosa, mas os cuidados se tornaram mais intensivos para não levar contaminação aos demais pacientes e também aos familiares”, explica.

Segundo Márcia, muita coisa mudou, inclusive, seus estudos que sofreram alterações por conta desse novo cenário. Além desse trabalho, ela está no 9º período do curso de Fisioterapia. “Após atuar como técnica em enfermagem, pensei em um curso superior e a fisioterapia, sem dúvida, foi a minha escolha.” Agora ela se divide em uma tripla jornada (estudos, casa e trabalho) para poder continuar cuidando das pessoas.

Em casa, a técnica conta com o suporte dos seus familiares para continuar lutando. “O incentivo vem da família, pai, mãe, filhos e companheiro que, no momento, se tornou o cuidador da casa e dos filhos”, diz a ela que está a poucos passos de realizar o sonho da graduação e deseja continuar colaborando na luta contra a pandemia.

Outra profissional que assim como Márcia tem o mesmo objetivo e disposição para cuidar dos pacientes que precisam de atendimento é Euzilene Duarte. Euzilene é enfermeira e atua em um hospital em Sorocaraba, São Paulo. Ela se formou em dezembro do ano passado, no mesmo período em que o coronavírus se espalhava por todas as regiões.

A enfermeira recebeu o diploma no mesmo mês que começaram a ser divulgados os primeiros casos de infecções do coronavírus e foi direto para a linha de frente. “Está sendo uma experiência nova na minha carreira e, ao mesmo tempo, dolorosa pelo fato dos pacientes com Covid-19 não poderem ter contato com seus familiares nem receber visitas durante as internações”, afirma.

Mãe de três meninas, Euzilene redobra a vigilância em casa.  “Estou tendo todo cuidado. Quando chego em casa, já tiro minhas roupas no lado de fora. Sempre oriento elas também para manter os cuidados”, explica.

“Aos profissionais de saúde quero dizer que esse momento é delicado, estamos todos no mesmo barco e pedindo a Deus, todos os dias, que nos proteja e guarde a cada segundo. Tenham fé, força e dedicação a cada paciente que receberem”, declara a enfermeira. À população, Euzilene alerta para que cada um se cuide, previna-se, fique em casa, na medida do possível, e não se desespere.

Do outro lado da trincheira, estão os profissionais da saúde que atuam nas barreiras sanitárias. Integram a equipe que realiza a ação, pessoas da área de fonoaudiologia, fisioterapia, educação física, nutrição. Além de buscar a todo momento alertar a população sobre os riscos da contaminação, eles fazem uma espécie de triagem, realizando alguns procedimentos.

A fonoaudióloga Jacineide de Oliveira é uma das profissionais que continuam prestando serviços. Atualmente, ela só oferece assistência no Programa Melhor em Casa, na cidade de Simões Filho e suspendeu as consultas na clínica em que trabalha. Jacineide conta que o cuidado tem sido redobrado. “No ambiente de trabalho, ficamos de máscara o tempo todo e fazemos uso de álcool em gel o tempo todo. No atendimento usamos os EPIs: jaleco descartável, luva, óculos, viseira, touca e máscara. E o cuidado é dobrado, lavamos sempre as mãos e descartamos os materiais devidamente”, disse.

Jacineide não esconde o quanto essas mudanças foram significativas para ela. “Muita coisa mudou, não só na vida profissional. A rotina mudou muito. Parei de atender no consultório, a maioria dos atendimentos é feita por telemonitoramento. É bem complicado porque, além de ter um cuidado maior voltado para você como profissional, é preciso ter cuidado com os pacientes”.

A fonoaudióloga conta, ainda, que realiza orientações por teleconsultas para os cuidadores dos pacientes e os atendimentos em domicílio só acontecem quando há extrema necessidade. A fala da profissional revela o risco da contaminação: “um descuido e já era,” alerta. Mesmo com todo o perigo que a situação envolve, ela afirma que não imagina abandonar seu posto de trabalho. Além das questões salariais, existe o compromisso. “Gosto de atender e fico imaginando os pacientes sem atendimento. O paciente necessita de cuidados, principalmente agora”, conclui.

Fonte: Agência Educa Mais Brasil/Com Foto

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