Bolsonaro diz que haverá ‘rebelião’ se País decretar lockdown por pandemia

Jair Bolsonaro reafirmou que “passado atlético” e “tratamento precoce” lhe salvaram da covid –  (Foto:Reprodução)

Chefe do Executivo voltou a criticar governadores e prefeitos que tomam medidas restritivas

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que haverá “caos” e “rebelião” se o País decretar lockdown neste ano devido à piora da pandemia de covid-19. À rádio Jovem Pan, o chefe do Executivo voltou a criticar governadores e prefeitos que tomam medidas para tentar conter o avanço da covid-19 e reiterou que não se vacinou contra o coronavírus. Novos trechos da entrevista, gravada no último fim de semana, foram veiculados nesta terça-feira, 11. Ontem, a emissora já havia publicado uma parte da conversa.

“O Brasil não resiste a um novo lockdown. Será o caos. Será uma rebelião, uma explosão de ações onde grupos vão defender o seu direito à sobrevivência. Não teremos Forças Armadas suficientes para a garantia da lei e da ordem”, afirmou Bolsonaro, após criticar os governantes estaduais. Ao contrário do “novo lockdown” que o presidente citou, contudo, foram tomadas apenas medidas localizadas de isolamento social e restrição de circulação de pessoas no Brasil.

As declarações de Bolsonaro ocorrem em meio ao aumento de casos da doença no País, com a disseminação da variante Ômicron, altamente contagiosa. O chefe do Executivo também voltou a dizer que não se imunizou contra a covid-19. “Eu não tomei a vacina. É o meu direito”, afirmou. “Não vão forçar, porque eu não vou tomar. Nenhum homem aqui no Brasil ou uma mulher vai me obrigar a tomar a vacina”, acrescentou.
‘Passado atlético’

O presidente ainda voltou a minimizar os efeitos do coronavírus, que já causou a morte de mais de 600 mil pessoas no Brasil. “Quando eu falei do meu passado atlético, o meu passado esportivo… batendo em mim o vírus, não vai acontecer nada, como não aconteceu. Fiz o tratamento precoce e nada aconteceu”, disse o presidente, em referência ao pronunciamento feito por ele em rede nacional de rádio e televisão em março de 2020, começo da pandemia, quando chamou a covid-19 de “gripezinha” ou “resfriadinho” e mencionou seu “histórico de atleta”.

O tratamento precoce citado pelo presidente, com remédios como cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina, é comprovadamente ineficaz contra a covid-19. A defesa do chamado “kit covid” foi investigada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, que atuou em 2021 no Senado e apontou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia.

Por:Agência Estado

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‘Achei pilhas de corpos’, diz secretário sobre rebelião com 60 mortes no AM

Por Adneison SeverianoDo G1 AM-Após o término da rebelião violenta no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) em Manaus, o cenário do maior massacre registrado no sistema prisional do Amazonas causou perplexidade em quem entrou no presídio. O secretário Pedro Florêncio, titular da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Amazonas (Seap), encontrou pilhas de corpos depois da rebelião que durou 17h. Mais de 60 detentos foram mortos e fugas foram registradas.

Segundo a Seap-AM, a estrutura do Compaj não sofreu depredações, com exceção de celas incendiadas. A unidade fica situada no km 8 da BR-174, que liga Manaus a Boa Vista (RR).

Entretanto, o que chamou atenção de quem entrou no presídio foi sangue espalhado pelos corredores do presídio e a quantidade de corpos no local. Alguns detentos foram decapitados e outros queimados.

“O presídio em si estava normal. O que causou espanto foram os corpos amontoados em pilhas. Tive uma sensação de frustração, perplexidade e de ver até que ponto chega o ser humano, [para] matar o outro. Todos são criminosos, todos são condenados e são iguais. Eles têm as diferenças na rua, são de facções diferentes e resolvem tirar essas diferenças dentro das unidades prisionais”, revelou o secretário.

Rebelião
O motim iniciou por volta das 15h de domingo (1º) e durou mais de 17 horas. A rebelião foi considerada pelo secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fontes, como “o maior massacre do sistema prisional” do Estado.

Até 10h desta segunda-feira (2) o número de mortos era de 60 pessoas. Os mortos são integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e presos por estupro. O número de mortos ainda pode aumentar. Um levantamento final de vítimas será divulgado após revista nas áreas externas e internas do presídio. Também houve fugas de detentos, mas o número não foi divulgado oficialmente.

O complexo penitenciário abriga 1.224 presos e fica no km 8 da BR 174, que liga Manaus a Boa Vista. A unidade prisional, que tem capacidade de abrigar 454 presos, está superlotada.

Motivos da rebelião
O secretário Sérgio Fontes afirmou que integrantes da facção Família do Norte (FDN) comandaram a rebelião, que “não havia sido planejada previamente”. “Esse foi mais um capítulo da guerra silenciosa e impiedosa do narcotráfico”, disse.

Fontes afirmou ainda que há indícios de que a rebelião teve relação com o motim no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), também ocorrido no domingo. No total, 87 presos fugiram do Ipat. Cerca de 40 detentos das duas unidades prisionais foram recapturados, segundo o secretário.

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Divulgação/Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas

Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em ManausDivulgação/Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas
Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em ManausDivulgação/Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas

O governo do Amazonas vai alugar um contêiner frigorífico para guardar os corpos dos presos assassinados durante a rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, porque o Instituto Médico Legal (IML) da capital amazonense não tem capacidade para receber todos os mortos. Segundo o secretário de Segurança Pública do estado, Sérgio Fontes, pelo menos 60 detentos foram mortos no motim que começou na tarde desse domingo (1º) e chegou ao fim esta manhã, após mais de 17 horas.
Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Divulgação/Governo do Amazonas)

Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus

O contêiner permitirá que os corpos sejam guardados em condições apropriadas até a conclusão dos exames que identificarão as vítimas e as causas das mortes.

“Vamos alugar um contêiner frigorífico e nos empenharmos para que as necrópsias possam ser feitas o mais rápido possível a fim de produzir provas para o inquérito policial que já foi instaurado”, disse Fontes durante entrevista em que confirmou que alguns dos mortos foram decapitados ou esquartejados.

Assim que a rebelião chegou ao fim e os primeiros corpos começaram a ser retirados do Compaj, parentes de presos foram ao IML em busca de informações. Os portões do instituto foram fechados para limitar o acesso a funcionários e policiais e um grande número de pessoas aguarda na rua.

O total de mortes informado pelo secretário de Segurança Pública contraria as informações preliminares da Polícia Militar (PM), que chegou a divulgar à imprensa local que pelo menos 80 presos foram mortos. Apesar da divergência entre os números, a rebelião no Compaj já é o segundo episódio mais sangrento da história do sistema prisional brasileiro, atrás apenas do Massacre do Carandiru, em 1992, em que 111 detentos foram mortos pela polícia.

Gurra de facções

Ainda de acordo com Fontes, o banho de sangue deste início de ano é resultado da rivalidade entre duas organizações criminosas que disputam o controle de atividades ilícitas na Região Amazônica: a Família do Norte (FDN) e o Primeiro Comando da Capital (PCC). Aliada ao Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro, a FDN domina o tráfico de drogas e o interior das unidades prisionais do Amazonas. Desde o segundo semestre de 2015, líderes da facção criminosa amazonense vêm sendo apontados como os principais suspeitos pela morte de integrantes do PCC, grupo que surgiu em São Paulo, mas já está presente em quase todas as unidades da federação.

Por EBC /Edição: Luana Lourenço

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