Patrimônio bilionário deixado pelo “Rei da Soja” é alvo de disputa entre herdeiros

Advogados pretendem representar contra o grupo Amaggi na The US Security and Exchange Communit (SEC), o órgão dos Estados Unidos equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil 25/04/2023Foto:REUTERS/Rodolfo Buhrer.

Assim como a pacata São Miguel do Iguaçu, no interior do Paraná, onde começaram os negócios da família Maggi, a rotina entre os herdeiros do homem que chegou ser conhecido como o “Rei da Soja” seguia normalmente até o mês passado.

No entanto, uma descoberta recente tem mexido com todos os integrantes do clã e pode interferir no futuro de um dos maiores conglomerados de empresas do agronegócio do mundo, com atuação no Brasil, China, Argentina, Paraguai, Holanda, Noruega, Suíça e Cingapura.

Tudo começou em 1955, quando o gaúcho André Antônio Maggi montou uma empresa de processamento de grãos no Paraná. Em pouco tempo, ampliou a atuação para o Mato Grosso. Logo passou a figurar no ranking de maiores produtores de soja do país.

André Maggi morreu em 2001, com o Mal de Parkinson em estágio avançado. Diante disso, a esposa Lúcia Maggi, os filhos e os genros assumiram os negócios.

Hoje, todos estão na lista de bilionários da Forbes, cada um com patrimônio médio superior a R$ 6 bilhões.

Nesse total estão incluídas as chamadas “joias” do grupo: a Agropecuária Maggi e a Sementes Maggi — os alvos da disputa entre herdeiros.

No dia em que o patriarca da família morreu, uma filha concebida fora do casamento passou a ser reconhecida pelos irmãos. Ainda durante o velório, ela teria sido orientada a fazer o exame de DNA.

Carina Maggi nasceu em 1981. Os avós maternos trabalhavam em uma fazenda dos Maggi.

Segundo ela, desde criança sabia que era filha de André Maggi. Mas preferiu viver discretamente, com uma “pensão informal” que também envolvia o pagamento das despesas escolares.

Depois que a paternidade foi reconhecida oficialmente, Carina passou a usar o sobrenome do pai e, em razão do falecimento do pai, foi chamada pelos irmãos para a partilha do patrimônio.

Sem experiência em questões jurídicas, aos 20 anos, concordou com os termos. Recebeu na época R$ 1,9 milhão. O que, corrigido, equivale hoje a aproximadamente R$ 10,6 milhões.

Carina seguiu a vida, e junto ao marido e filhos viraram produtores de soja. Dedicação total ao campo. Até que recentemente precisou tratar de assuntos ligados a André Maggi. Ela teve acesso a documentos das empresas que eram do pai.

A herdeira se assustou ao saber das mudanças realizadas na composição societária das firmas nos meses que antecederam a morte. E mais: as assinaturas, de acordo com ela, teriam sinais de falsificação.

Ou seja: antes de morrer, o pai “doou” para a esposa as cotas que tinha nas duas principais empresas do grupo. Com isso, esses itens não entraram na partilha de bens entre os filhos.

“No patrimônio dessas empresas estavam as maiores fazendas, camionetes, caminhões, máquinas agrícolas que custam milhões de reais, tudo de alto valor. Uma aparente manobra para não entrar na distribuição entre os herdeiros”, explicou o advogado Isaias Diniz, que juntamente com Josmeyr de Oliveira atuam na causa de Carina.

Assim que terminar o recesso do judiciário, a defesa deve ingressar com ação na Justiça do Mato Grosso pedindo a nulidade dessas transferências de cotas das empresas.

Para embasar o pedido, uma perita especializada em análise documental e grafotécnica foi contratada. O laudo conclui que as assinaturas das alterações de contrato social não batem com outras mais antigas.

Há ainda duas assinaturas, em curto intervalo de tempo, em que a primeira é “tremida, por conta do Parkinson” e a outra “perfeita” assinada poucos dias à frente. “Será que ele foi curado nesse meio tempo?” questiona o advogado.

Paralelamente a isso, os advogados pretendem representar contra o grupo Amaggi na The US Security and Exchange Communit (SEC), o órgão dos Estados Unidos equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil.

A medida, conforme a defesa, será feita porque as empresas atuam em território norte-americano e “precisam deixar claro ao mercado que documentos relevantes que as envolvem estão sob suspeição”, Isaias Diniz.

Em nota, a Amaggi informou que por tratar de uma questão ligada diretamente à família Maggi, a empresa não irá se pronunciar sobre o tema.

Os integrantes da família Maggi que atuam nos negócios responderam que não irão comentar o assunto, reservando-se a tratá-lo somente na esfera judicial.

 

Fonte: Leonardo Ribbeiro, Brenda Silva da CNN  e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 17/07/2023/17:58:54

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Temer quer Blairo Maggi, o ‘rei da soja’, como ministro da Agricultura

Foto – Blairo maggi © Fornecido por Abril Comunicações S.A. blairo maggi

O senador Blairo Maggi (PR-MT) usou o Twitter neste sábado para confirmar o convite feito pelo presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), para que ele assuma o Ministério da Agricultura na cota do partido em um eventual governo Michel Temer.

Blairo já tinha dito ao Estadão ontem que aceitaria o convite, mas que discutia com aliados e com o PP que condição de trabalho ele teria à frente da Pasta. Neste sábado, ele disse que o “sim” à equipe de Temer foi pelo Mato Grosso, Estado do agronegócio, pelo momento do País e em homenagem ao pai dele, que ficaria muito feliz se estivesse vivo. “Acredito poder ajudar o Brasil”, postou.

Em matéria de março do ano passado, informa a revista Veja:

Maggi aparece como dono de uma fortuna da ordem de 1,2 bilhão de dólares. O empresário do setor do agronegócio é o 45º mais rico do Brasil e o 1.607º mais rico do mundo, segundo a publicação.
Filho do magnata da soja André Maggi, Blairo não é o único de sua família a estrear na lista. Também aparecem sua mãe, Lucia Maggi, a irmã, Marli Pissollo, e os cunhados Itamar Locks e Hugo Ribeiro. O grupo André Maggi, do qual o senador detém participação de 16%, faturou 3 bilhões de dólares em 2012, dado mais recente apurado pela Forbes. A soma das fortunas dos quatro membros do clã é de 5,7 bilhões de dólares.

O portal Último Segundo, em especial com Os 60 mais poderosos do Brasil, lembra a controvérsias do político com os ambientalistas:

Blairo Maggi é apontado como “o inimigo número 1 do meio ambiente” por entidades de proteção como o Greenpeace, que lhe concedeu o ei da soja’, como, ministro , Agriculturatroféu Motoserra de Ouro, em 2006. Para produzir tanta soja, o “Rei da Soja”, como é conhecido o senador, teria sido responsável por metade da devastação ambiental brasileira entre 2003 e 2004, segundo levantamento do Greenpeace. Nesse período, só a floresta amazônica perdeu uma área de mais de 26 quilômetros quadrados, o segundo maior número absoluto de devastação que se tem registro. Para sujar ainda mais a sua figura diante dos ambientalistas, em 2006, quando era governador de Mato Grosso, Blairo teria dito a seguinte e espantosa frase: “Esse negócio de floresta não tem futuro”. Em 2010, o Greenpeace voltou à carga: presenteou o empresário com um caixa de bombons de cupuaçu, fruto originário da Amazônia.

Por HuffPost Brasil

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