Operação do Instituto Chico Mendes apreendeu mais de mil cabeças de gado na reserva biológica Serra do Cachimbo;Vídeo

(Foto:Reprodução) – Segundo o Instituto Chico Mendes, a reserva da Serra do Cachimbo ainda está ocupada por cerca de 200 invasores e mais de 17 mil cabeças de gado. Alguns caminhoneiros desistiram de retirar animais apreendidos com medo de represálias.

Uma operação do Instituto Chico Mendes apreendeu mais de mil cabeças de gado na reserva biológica Serra do Cachimbo no município de Novo Progresso,  sudoeste do Pará.

A operação combinou imagens de satélite com informações fundiárias e levantamento de campo para combater a ocupação ilegal da reserva da Serra do Cachimbo – uma área de transição entre o Cerrado e a Amazônia, com mais de 340 mil hectares, que abriga nascentes das bacias do Xingu e Tapajós. (As informações são do Jornal Nacional).

Criada em 2005 para tentar frear o desmatamento no entorno da BR-163, a unidade de conservação é de uso restrito: só pode receber pesquisadores e estudantes. Mas a realidade é outra: segundo o ICMBio, cerca de 200 invasores estão na reserva. Em duas fazendas, a fiscalização apreendeu mais de mil cabeças de gado e multou o responsável por desmatamento ilegal, maus-tratos contra animais e por manter o rebanho em área embargada. Segundo o ICMBio, as fazendas já foram multadas outras 16 vezes, mas continuavam produzindo ilegalmente.

https://twitter.com/i/status/1532067258314334208

Ao longo de duas semanas de operação, o clima foi tenso na reserva. Alguns caminhoneiros, contratados para retirar o gado apreendido, desistiram do serviço com medo de represálias depois de receberem mensagens de áudio com ameaças.

“Eu sou a favor do seguinte: passar fogo nesses caminhões, tombar caminhão. Não deixar nada sair, não”, dizia áudio.

“Tem uma ponte dentro da mata ali estreita. Levar uma máquina lá, arrancar aquela ponte e interditar a estrada”, afirmava outro áudio.

Durante a operação, fiscais também descobriram uma suspeita de fraude conhecida como ”lavagem” ou ”esquentamento” de gado. O rebanho criado ilegalmente nas áreas embargadas ganhava uma aparência de legalidade utilizando documentos oficiais de uma terceira fazenda, que está em situação regular.

A Agência de Defesa Agropecuária do Pará multou os responsáveis por não comprovarem a origem do gado. O rebanho apreendido passou por inspeção sanitária. A carne será doada para prefeituras e instituições da região.

Depois de três anos em queda, o desmatamento na reserva biológica Serra do Cachimbo voltou a aumentar desde 2019. Em 2020, atingiu a taxa mais alta dos últimos 14 anos. Segundo o ICMBio, a reserva ainda está ocupada por mais de 17 mil cabeças de gado. O instituto entrou com ações na Justiça pedindo a retirada dos invasores.

“Esses ilícitos ambientais constituem crime organizado. Essas pessoas estão causando no mercado uma relação desigual, desvantajosa. Então, essa disputa injusta no mercado também precisa ser combatida”, explica Paulo Russo, coordenador-geral de proteção do ICMBio.

Jornal Folha do Progresso em 02/06/2022/05:54:16

Assista no YouTube

https://youtu.be/N7bJ5acGWjE

 

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ICMBio cancela mega apreensão de gado na reserva biológica Nascentes da Serra do Cachimbo no Pará

Icmbio em Itaituba -PA- (Foto: Reprodução/Tv Eldorado) – De última hora, ICMBio cancela mega apreensão de gado na Amazônia

O ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) desmontou na semana passada, de última hora, uma grande operação contra a criação ilegal de gado na reserva biológica Nascentes da Serra do Cachimbo, no oeste do Pará. A operação estava marcada para a última quinta-feira (6), mas foi alvo de uma “mudança no foco”, segundo um e-mail interno do órgão obtido pelo UOL.

Planejada por técnicos do instituto por mais de um ano, a operação buscava apreender mais de mil cabeças de gado criadas ilegalmente em duas fazendas na área, que é protegida. Os proprietários, segundo o ICMBio, somam R$ 59 milhões em multas ambientais.

A decisão da diretoria foi descrita em um documento assinado por dez servidores. De acordo com o relato, a operação pretendia apreender e retirar o gado do local. Dois dias antes, porém, o diretor de Criação e Manejo de Unidades de Conservação do ICMBio, Marcos Simanovic, teria dado a ordem para “mudar o enfoque” do trabalho: ao invés de autuar os proprietários do gado ilegal, os fiscais deveriam apenas fazer uma verificação corriqueira de alertas de desmatamento.

Simanovic é um dos ex-policiais militares de São Paulo colocados na cúpula do ICMBio pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. A ordem do diretor, segundo o documento, foi dada “sem maiores explicações”.

Ainda na última quinta, o coordenador de fiscalização do instituto, Eric Motoyama, enviou um e-mail aos membros da equipe que faria a operação nas fazendas e perguntou se ainda queriam participar do trabalho, “tendo em vista a mudança no foco”. Os servidores se recusaram a continuar.

“Depois dessa mudança brusca, não fazia mais sentido ir para lá. Seria só um gasto de recursos à toa, sem nenhum resultado”, afirmou um membro da equipe, que preferiu não se identificar.

No início da tarde desta quarta (12), o UOL pediu esclarecimentos ao ICMBio e ao Ministério do Meio Ambiente. Não houve resposta até 20h30. Assim que houver, a reportagem será atualizada.

Salles na Amazônia

O cancelamento da operação ocorreu dias antes de o próprio ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, chegar à região para acompanhar pessoalmente as ações de fiscalização, acompanhado dos presidente do ICMBio, Fernando Lorencini, e do Ibama, Eduardo Bim. Salles chegou ao Pará ontem e deve permanecer na região até o próximo sábado (15).

O ministério publicou, no Diário Oficial da União, as localidades no Pará que serão alvos das operações, conduzidas pelos órgãos ambientais em parceria com a Força Nacional.

Por: Rafael Neves Do UOL, em Brasília 12/05/2021 16h0

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