Ibama apreende 500 mil cabeças de gado e embarga fazendas no Norte do país

Ibama embarga 221 fazendas em Acrelândia e pequenos produtores podem perder rebanho; produtores rurais preveem caos social e econômico na região onde tem cerca de 500 mil animais. (Foto:Divulgação)

São alvo da operação os pecuaristas de municípios do sul do Amazonas, Pará e agora Acre.

Pecuaristas de municípios do sul do Amazonas, Pará e agora Acre, vêm recebendo do Ibama um prazo de apenas cinco dias para retirar rebanhos inteiros de áreas embargadas. Quem não obedecer a determinação pode ter seu gado apreendido. De acordo com o Ibama, a operação, intitulada “Retomada”, tem como objetivo “cessar a degradação ambiental e propiciar a recuperação da área degradada”. Os alvos são terras não regularizadas para a prática da pecuária. A operação é um reflexo da mudança de comando no órgão sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Mas, os pecuaristas estão apreensivos e alegam dificuldade para mover milhares de animais por centenas de quilômetros em um prazo tão curto. Eles temem a apreensão do gado e cobram a regularização fundiária das áreas embargadas pelo Ibama.

No último dia 5, o governador do Amazonas, Wilson Lima, recorreu ao Ibama e disse que haverá a possibilidade dos produtores solicitarem ao órgão prorrogação do prazo. Porém, a assessoria de imprensa do governo não deu mais detalhes sobre como esse processo poderá ser realizado.

Segundo o governo do Amazonas, há 19 áreas, dentre elas Manicoré e Lábrea, no sul do estado, onde o órgão identificou infrações e pede os cumprimentos de notificações.

De acordo com as notificações recebidas pelos pecuaristas, e compartilhadas nas redes sociais, os animais devem ser retirados das áreas embargadas e destinados para áreas de pastagem em propriedades rurais regularizadas. As notificações também exigem que os pecuaristas informem previamente ao Ibama sobre a retirada do gado e seu local exato de destino.

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Em caso de descumprimento, o Ibama apreende o rebanho, com base no artigo 103 do Decreto 6.514/2008, que prevê que, uma vez encontrado gado em área embargada, o produtor poderá ter seus animais apreendidos.

Foto:Divulgação Ibama
Foto:Divulgação Ibama

Motivos alegados pelo Ibama para embargar terras

Em declarações feitas à imprensa local, o coordenador da “Operação Retomada”, Bruno Barbosa disse que se trata de uma ação que objetiva frear o desmatamento na região. Baseado em imagens de satélites, o Ibama vem monitorando as áreas embargadas.

“Com as imagens de satélite percebemos que este desmatamento precisa ser controlado. Essa operação tem como principal objetivo a verificação do cumprimento de embargos efetuados por destruição florestal e que têm sido descumpridos com a atividade pecuária”, completou o servidor.

As 2.400 cabeças de gado apreendidas na operação estavam no município de Manicoré desde 2017, de acordo com Barbosa. Elas foram retiradas de seus proprietários por descumprimento da legislação ambiental.

A operação ocorre após a troca de comando no Ibama no governo Lula. O órgão é chefiado desde fevereiro pelo biólogo, ambientalista e advogado Rodrigo Antonio de Agostinho Mendonça, que assumiu o cargo dizendo sonhar com a “redução pela metade do desmatamento ainda este ano”.

A “Operação Retomada” tem como alvo áreas que, em sua maioria, aguardam há anos pela conclusão dos processos de titulação de terras. “Há propriedades com mais de 20 anos de ocupação pelos pecuaristas”, afirma o vereador de Humaitá e advogado Valdeir Malta. “Os governos vêm sendo lenientes com a nossa região. O que precisamos é sentar para negociar e regularizar essas terras e não criminalizar os pecuaristas dando a eles prazos impraticáveis de cinco dias para retirada de rebanhos numerosos”, completou o vereador.

Uma estimativa feita pelas prefeituras dos municípios amazonenses de Humaitá, Apuí, Lábrea e Manicoré contabiliza o rebanho das áreas que são alvo da operação em 500 mil cabeças de gado. O prazo de cinco dias corre a partir da notificação do fazendeiro.

Lideranças dos municípios envolvidos têm se mobilizado também para enfatizar a importância econômica que a atividade pecuária tem na região. Em discurso na tribuna da Câmara Municipal de Manicoré, o vereador Charles Meireles destacou que a atividade “coloca comida na mesa do povo da região”.

Ainda de acordo com o vereador de Humaitá, algumas das propriedades foram embargadas por estarem dentro de áreas de preservação. “Um decreto, no apagar das luzes do governo Dilma, transformou áreas do sul do Amazonas em áreas de preservação, gerando um caos social muito grande para a nossa região”, destacou Valdeir Malta. Ele se referia a decretos de 11 de maio de 2016 que criaram o Parque Nacional do Acari, localizado nos municípios de Apuí, Borba e Novo Aripuanã e a Área de Proteção Ambiental dos Campos de Manicoré.

Advogado de produtores comenta

Segundo o advogado ambiental Vinícius Borba, a possibilidade da apreensão do gado tem levado muitos produtores rurais a procurá-lo nos últimos dias. O advogado alega que o Ibama não pode fazer esse tipo de apreensão porque, ao longo de décadas, o governo federal não cumpriu com o seu papel, não fez o seu dever de casa na Amazônia, deixando os produtores rurais e toda a população desassistida.

Sobre isso, Borba cita algumas falhas: falta de regularização fundiária e ambiental; inexistência de investimentos em produtividade e infraestrutura; e demora nas análises das defesas em processos ambientais e dos pedidos de regularização que, segundo ele, têm atraso de décadas.

“Outrossim, esse tipo de apreensão, com certeza, promoverá um caos sanitário, social e econômico na região, uma vez que esse gado não terá uma destinação segura, no que diz respeito à questão sanitária, além dos impactos sociais e econômicos. Por sua vez, tais apreensões trarão uma profunda crise, com instabilidade não somente local, mas nacional”, disse Borba.
Operações acontecem no Acre também

O Ibama começa a fiscalizar e reprimir as propriedades rurais que teriam realizado desmatamento ilegal desde 2008. O processo, que começou no sul do Amazonas e em Rondônia, chega ainda com mais força ao Acre por Acrelândia, onde 221 fazendas de criação de gado tiveram suas atividades paralisadas e terão cinco dias para mostrar os documentos que comprovem a regularidade na supressão da floresta. Os proprietários que já foram multados e que não recolheram o montante em razão do posterior cancelamento das multas, medida suspensa agora pelo governo federal, além de sofrer o embargo, poderão ter todo o gado confiscado. Novas medições serão feitas para comprovar se houve novo avanço da destruição da Floresta.

Produtores rurais do município já se mobilizam sob o argumento de que 80% da produção pecuária do Estado estaria nas mãos de pequenos produtores, que seriam os mais prejudicados. É essa a posição do advogado Antônio Olímpio, que defende os donos de terras da região. Ele alerta que a maioria dos processos é antiga, que várias áreas estão com novos donos que não têm responsabilidade sobre os ilícitos.

Ele afirma que esse embargo trará prejuízos incalculáveis para a economia do estado, paralisando todas as atividades produtivas, pelo encadeamento das atividades comerciais, produtivas ou de serviços. Segundo o advogado, o embargo atingiu 80% das propriedades do município, a maioria de pequenos produtores. O processo de atuação do IBAMA, que começou por Acrelândia, deve chegar rapidamente a outros municípios, em especial os do Vale do Alto Acre e médio Acre, que engloba Plácido de Castro, Capixaba, Senador Guiomard e Porto Acre. Daí vai para todo o estado.

Produtores rurais denunciam que a medida, junto com o embargo das madeireiras, representa o caos no sistema produtivo acreano, com a perda de milhares de empregos e prejuízos para todos os setores econômicos.
Multas por desmatamento na Amazônia aumentam 219% no trimestre

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A ação do IBAMA junto às fazendas com desmate ilegal começou pelos municípios do sul do Amazonas, que compõem o arco do desmatamento, Apuí, Canutama, Humaitá, Lábrea, Manicoré e Boca do Acre, com um total superior a 800 mil cabeças de gado.

Também a Ponta do Abunã e outras áreas de Rondônia sofrem este bloqueio e, para a liberação, os fazendeiros devem mostrar os documentos que comprovem a normalidade da ação e da criação. Há expectativa de que a ação ocorra com maior rigor ainda no Acre.
Em video chefe de operação do IBAMA fala sobre  Operação Retomada  (assista abaixo)

https://twitter.com/i/status/1643935050071789568

 

https://twitter.com/i/status/1643934100875620353

 

Fonte e Publicado Por:Jornal Folha do Progresso em 09/04/2023/07:56:29 com informações do Ibama, Diário do Acre, A Tribuna

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Sul do Amazonas: Ibama faz operação contra gado em área embargada

(Foto:Divulgação) –  Os produtores rurais e criadores de gado do sul do Amazonas estão recebendo notificações do Ibama para que retirem todos os animais de áreas embargadas.

Ao mesmo tempo, levem o gado a pastos regularizadas pelo Instituto de Proteção Ambiental (Ipaam).

O Ibama também exige o cumprimento das normas ambientais e sanitárias nessa retirada.

O órgão justifica as medidas: cessar a degradação ambiental e propiciar a recuperação da área degradada.

Nessa região estão os municípios de Humaitá, Lábrea, Manicoré, Apuí e Canutama, e há cerca de 500 mil cabeças de gado, que correm o risco de serem apreendidas se as providências não forem adotadas.

Uma das notificações, encaminhadas inclusive pelo Ibama de Rondônia, foi entregue ao fazendeiro João Bosco Nali, residente no km 12 da Transamazônica (BR-263), situado em Santo Antônio do Matupi, distrito do município amazonense de Manicoré (a 333 quilômetros de Manaus).

De acordo com o Ibama quem for notificado terá cinco dias para regularizar, corrigir, prestar esclarecimentos ou apresentar documentos que comprovem a legalidade da propriedade rural e da de área de pastagem dos animais.

Assim sendo, quem não cumprir as determinações estará cometendo crime de desobediência, previsto no Código Penal, e de infração ambiental.

Produtores reclamam

Segundo o advogado ambiental Vinícius Borba, a possibilidade da apreensão do gado tem levado muitos produtores rurais a procurá-lo nos últimos dias.

“Os produtores estão desesperados com essa possibilidade de terem todo o seu gado apreendido. Embora haja previsão legal, como se vê no artigo 103 do decreto 6.514/2008, entendemos que o governo federal não tem moral, muito menos segurança jurídica para promover tais apreensões de animais neste momento”.

Esse artigo citado pelo advogado diz que, uma vez encontrado gado em área embargada, o produtor poderá ter seus animais apreendidos.

No entanto, o governo federal é obrigado a notificar previamente os proprietários para que façam a remoção dos animais no prazo estabelecido pela autoridade competente.

E é justamente isso que o Ibama está fazendo em Santo Antônio do Matupi, em Manicoré, e nos demais municípios do sul do Amazonas.

“Faltou dever de casa”

O advogado dos fazendeiros alega que o Ibama não pode fazer esse tipo de apreensão porque, ao longo de décadas, o governo federal não cumpriu com o seu papel, não fez o seu dever de casa na Amazônia, deixando os produtores rurais e toda a população desassistida.

Sobre isso, Borba cita algumas falhas: falta de regularização fundiária e ambiental; inexistência de investimentos em produtividade e infraestrutura; e demora nas análises das defesas em processos ambientais e dos pedidos de regularização que, segundo ele, têm atraso de décadas.

“Outrossim, esse tipo de apreensão, com certeza, promoverá um caos sanitário, social e econômico na região, uma vez que esse gado não terá uma destinação segura, no que diz respeito à questão sanitária, além dos impactos sociais e econômicos. Por sua vez, tais apreensões trarão uma profunda crise, com instabilidade não somente local, mas nacional”, disse Borba.

Orientações e protocolos

Dessa forma, o advogado disse que orienta os fazendeiros a tomarem as seguintes medidas, caso recebam a notificação do Ibama ou tenham seu gado apreendido:

– promover as defesas dos termos de embargo;

– fazer os protocolos de pedidos de regularização fundiária e ambiental;

– pedir compensação de reserva legal;

– protocolo de compensação de área embargada;

– ter planos de manejo e recomposição de áreas embargadas.
Ibama convoca reunião

Mas, ao que tudo indica, o Ibama não está interessado somente em multar ou apreender o gado dos fazendeiros do sul do Amazonas.

O órgão também quer orientar e encontrar saídas para os problemas daquela região.

Por isso, o superintendente do Ibama no Amazonas, Joel Araújo Filho, convocou para esta quinta-feira (30) uma reunião com todos os prefeitos e vereadores de Humaitá, Lábrea, Manicoré, Apuí e Canutama, assim como as associações de produtores.

Por:Jornal Folha do Progresso/ Com informações do Antônio Paulo , do BNC Amazonas em Brasília em 31/03/2023/17:54:03

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PMs atuavam como milícia para fazendeiros no Amazonas, diz MPF em relatório da Operação Ojuara

Milícia agia no Sul do Amazonas a serviço de fazendeiros (Foto: Ibama/Divulgação)
MANAUS – Em troca de dinheiro, gado e carro, policiais militares do Amazonas expulsavam posseiros e extrativistas de terras públicas, faziam a segurança de trabalhadores e equipamentos usados para o desmatamento ilegal e cobravam os devedores dos seus patrões no ‘Arco do Desmatamento’, região Sul do estado, segundo relatório do MPF (Ministério Público Federal) ao qual o ATUAL teve acesso.

O ‘modus operandi’ dos milicianos da Amazônia compunha a engrenagem de organização criminosa descoberta pela Operação Ojuara que atuava nos estados do Amazonas e Acre, na qual, além dos PMs, pecuaristas e servidores públicos do Ibama garantiam a exploração predatória de recursos naturais em larga escala e em prejuízo a pequenos agricultores e coletores.

De acordo com o MPF, a organização criminosa atuava mediante o uso de violência, pagamentos de propina, lavratura de autos de infração em nome de ‘laranjas’ e realização de defesas administrativas pelos próprios servidores do Ibama sob o comando do superintendente Carlos Francisco Gadelha.

Entre os policiais militares denunciados estão Salomão Alencar Faria, Waldson Francisco da Silva, Jardey Monteiro de Oliveira e Antônio Ferreira Dantas, todos da PM do Amazonas. Conforme o MPF, eles prestavam serviços para os fazendeiros Sebastião Gardingo (o Tonzinho), José Lopes (o Zé Lopes) e Adamir Hosoda Monteiro.

Os milicianos foram presos em operação da Polícia Federal e MPF no dia 8 de maio do ano passado com outros quatro envolvidos. No dia 21 de janeiro deste ano, eles tiveram o pedido de revogação da prisão preventiva rejeitado pelo juiz Lincoln Viguini, da 7ª Vara Federal Ambiental do Amazonas e recorreram ao TRF1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), em Brasília.

De acordo com o Portal da Transparência, Salomão continua a receber o salário de R$ 13 mil, bem como os PMs Waldson (R$ 11 mil), Jardey (R$ 5,9 mil) e Antônio (R$ 7 mil). Segundo a SSP-AM (Secretaria de Segurança Pública), eles são investigados pela Corregedoria Geral por prestarem supostos serviços para fazendeiros e são alvo de outra investigação que segue em caráter sigiloso.

As investigações indicaram que o grupo de milicianos, comandado por Salomão Faria, teria prestado serviço de segurança privada e de “acobertamento de diversos ilícitos, no exercício das funções, dentre os quais desmatamentos e grilagens de terras, com recebimento de contrapartida financeira (dinheiro ou bem de valor equivalente)” entre 2014 e 2019.

Declarações de moradores da região colhidas pelo MPF confirmaram a existência da milícia, segundo o órgão de controle, que ameaçava extrativistas, expulsava pessoas e fazia a segurança de desmatamentos dos latifundiários, conforme o MPF. Na prestação dos serviços para os fazendeiros, o grupo usava armas e fardas da PM do Amazonas.

Ameaças

Conforme relato de uma testemunha na Operação Ojuara, em janeiro de 2018, o policial Salomão Faria, que fazia segurança para trabalhadores de Tonzinho, foi até sua casa e reuniu as pessoas que ali moravam para dizer que elas não deveriam andar na mata e quebrar castanha perto da área onde estava ocorrendo o desmate.

Em março daquele ano, a testemunha e o esposo dela foram recolher sacas de castanha que haviam deixado perto do local do desmate. Quando chegaram ao local, as sacas não estavam onde eles haviam deixado e o marido foi mais adiante para procurar, mas acabou sendo alvejado por um tiro de escopeta.

À Polícia Federal, o homem que foi alvo do disparo disse que o tiro pegou em cima da cabeça, no olho, na costela e no ombro e que foi atendido no pronto-socorro de Boca do Acre e, pela gravidade, foi transferido no mesmo dia para o pronto-socorro de Rio Branco.

Fonte:O Atual /Por Felipe Campinas, da Redação
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