Vídeo: operação fecha mais um garimpo na região de Carajás

As ações ilegais de garimpagem estavam acontecendo bem próximo às linhas de transmissão da Usina de Belo Monte, que alimenta os estados do Pará, Tocantins, Goiás e Minas Gerais.

A Polícia Federal e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, fecharam garimpos ilegais que traziam risco as linhas de transmissão de energia elétrica na região sudeste do Pará. As ações aconteceram nesta quarta-feira (17), em Parauapebas e Curionópolis. Além da apreensão e inutilização de maquinário, sete pessoas foram presas em flagrante por crimes ambientais, em ação com apoio do Batalhão de Polícia Ambiental e 23 Batalhão de Polícia Militar de Parauapebas.

Durante a operação, houve forte resistência em Parauapebas. Moradores de uma vila, próximo aos garimpos, bloquearam o acesso da estrada com pneus e pedras, bem como lançaram rojões e pedras contra o helicóptero da Polícia Federal.

Foram apreendidas duas Pá Carregadeiras, 16 motores hidráulicos, uma draga e 3 mil litros de diesel. Tendo em vista a impossibilidade de remoção, os maquinários e acessórios foram inutilizados. O prejuízo do crime com a perda desses itens é estimado em cerca de R$ 1,5 milhão.

As operações contaram com apoio da Diretoria da Amazônia e Meio Ambiente (Damaz), da PF, e Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).

Os pontos de garimpo ilegal de ouro foram encontrados no Rio Novo e Igarapé Gelado, em Parauapebas e Curionópolis, em região que já foi alvo de outras operações recentes da PF.

Mais de 70 servidores entre policiais federais e agentes do ICMBIO se dividiram entre as operações Igarapé Gelado, Serra Leste e Rio Novo – essa última, trazendo risco às linhas de transmissão da Usina Belo Monte (BMTE). Ela passa por quatro Estados (PA, TO, GO e MG), abastecendo o Sistema Interligado Nacional (SIN), que distribui energia elétrica para todo Brasil. O avanço do garimpo em direção às torres de transmissão traz sério risco de desabastecimento ao país.

Os outros dez pontos poluem rios que abastecem a cidade de Parauapebas e região. Conforme atestado por órgãos ambientais, a bacia hidrográfica local já apresenta alto grau de contaminação por conta do uso irregular de mercúrio. O Rio Novo é o mais agredido nos últimos anos, levando poluição ao rio Parauapebas, que fica às margens da Floresta Nacional de Carajás.

São locais com recorrente extração ilegal de minérios, diversos deles com aplicações de sanções pelos órgãos ambientais.

📷 No local foram encontradas bombas que foram destruídas |Divulgação/PF
📷 No local foram encontradas bombas que foram destruídas |Divulgação/PF

📷 Ação contou com agentes do ICMBio, Polícia Federal e Polícia Militar |Divulgação/PF
📷 Ação contou com agentes do ICMBio, Polícia Federal e Polícia Militar |Divulgação/PF

Fonte: DOL e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 18/01/2024/14:25:49

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Devido à usina de Belo Monte, tragédia da seca já é realidade há tempos na Volta Grande do Xingu

(Foto:Reprodução) – Existe um trecho de um grande rio amazônico onde as florestas alagáveis já estão morrendo há tempos, onde os peixes e tracajás agonizam em poças secas e não conseguem mais se reproduzir, e as populações indígenas e ribeirinhas já tiveram que alterar seus modos de vida por causa da falta de água.

Se hoje os efeitos da seca severa que atinge a Amazônia chocam e geram discussão, no Rio Xingu eles são conhecidos desde 2016 sem que a maior parte da sociedade brasileira tome conhecimento.

A seca na Volta Grande do Xingu, no Pará, é uma tragédia em andamento, causada pelo desvio das águas do rio para geração de energia na usina hidrelétrica de Belo Monte, e agravada pela seca deste ano. Esses impactos se acumulam e estão levando à morte desse trecho único do rio, com consequências terríveis para a biodiversidade e para as populações indígenas e ribeirinhas que dependem dele.

Enquanto isso, a operação da usina de Belo Monte é mantida. Mesmo em um ano de seca extrema, a pouca água que chegar das cabeceiras do Xingu continuará sendo desviada para gerar energia. Uma energia chamada de “limpa” em vários textos publicitários do consórcio Norte Energia, que opera o complexo da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Mas que as populações indígenas e ribeirinhas tentam mostrar para o mundo que está matando os ecossistemas locais. E sem esses ecossistemas funcionando, suas fontes de alimento e de vida vão acabar.

Monitoramento independente

Desde 2014, indígenas e ribeirinhos se organizaram para coletar dados sobre a biodiversidade e os recursos naturais na Volta Grande do Xingu, buscando documentar as condições anteriores à construção da barragem e os graves impactos que só eles e pesquisadores independentes pareciam prever na região. Com a parceria do Ministério Público Federal de Altamira, eles buscaram colaborações com cientistas para desenvolver um programa de monitoramento independente da concessionária que opera a usina – que pela lei brasileira é a responsável por acompanhar as consequências de suas próprias ações.

Formou-se, assim, o Monitoramento Ambiental e Territorial Independente da Volta Grande do Xingu (MATI-VGX), liderado por Josiel Juruna, vice-liderança da aldeia Miratu, da Terra Indígena (TI) Paquiçamba, em colaboração com grupos liderados por pesquisadores da Universidade Federal do Pará (Dra. Janice Cunha, Dr. Juarez Pezzuti), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Dra. Camila Ribas, Dr. Adriano Quaresma, Dr. Jansen Zuanon), Universidade Federal do Amazonas (Dr. Ingo Wahnfried), Instituto Socioambiental (Dra. Thais Mantovanelli), MPF-PA (Dra. Cristiane Carneiro) e Universidade de São Paulo (Dr. André Sawakuchi).

E o que esse grupo de pesquisadores tem visto e documentado na Volta Grande do Xingu é o que indígenas e ribeirinhos anteviam desde o início: a morte. A área é dominada por igapós, sarobais e corredeiras, ecossistemas amazônicos únicos que dependem do alagamento sazonal. Alagamento que quase não existe mais em razão do desvio da maior parte da água do rio para geração de energia. Com a falta de uma estação de cheia do Xingu que tenha amplitude e duração adequadas, desde 2016 – e principalmente desde 2019, quando a usina começou a operar em capacidade mais alta – os ecossistemas na Volta Grande do Xingu já vinham sofrendo enormes impactos ambientais. E com a seca deste ano eles estão morrendo ainda mais rapidamente.

Impactos evidentes

As árvores e arbustos dos sarobais crescem sobre os pedrais do rio e, em um ecossistema saudável, produzem frutos que caem na água na época de cheia e alimentam peixes e tracajás. Na Volta Grande do Xingu, grandes extensões de sarobais estão secos, mortos. Os igapós, que são as florestas alagáveis da região, na ausência do alagamento sazonal estão se tornando uma vegetação secundária, com o sub-bosque dominado por plantas invasoras e o chão seco dominado por ninhos de formigas cortadeiras.

As frutas das árvores do igapó também não caem mais na água para alimentar os animais aquáticos. A morte das florestas de igapó é mais lenta, mas os serviços ambientais que elas prestavam para o ecossistema já estão comprometidos. Até as aves típicas de igapós saudáveis são minoria nessas florestas que não alagam mais. Elas estão sendo substituídas por aves de florestas secundárias e da floresta não alagável, que também sofre com o desmatamento nas margens.

O controle do ciclo de enchente, cheia, vazante e seca na Volta Grande do Xingu pelo complexo de Belo Monte agora também impede que incontáveis locais de reprodução dos peixes, as piracemas, sejam alagados na época certa e pelo tempo necessário para a reprodução. Como consequência, os peixes não desovam, ou desovam em locais que logo secam, causando a morte de milhões de ovos, como foi registrado recentemente pelos pesquisadores indígenas e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Este ciclo das águas alterado, desconhecido pelos peixes, também faz com que muitos deles fiquem presos em poças no recuo abrupto da água. O fenômeno de animais morrendo em poças ou lagos que secam rapidamente, que ganhou destaque com a seca recente em várias partes da Amazônia, já tem sido documentado pelos moradores da Volta Grande do Xingu desde que Belo Monte passou a (des)regular o ciclo das águas.

Conjunto de quatro fotos com imagens de animais mortos em poças secas na região da Volta Grande do Xingu, na Amazônia

Imagens do monitoramento independente mostram peixes, moluscos e caranguejo mortos em poças secas na região da Volta Grande do Xingu, na Amazônia.
Imagens do monitoramento independente mostram peixes, moluscos e caranguejo mortos em poças secas na região da Volta Grande do Xingu, na Amazônia. (Foto:Jailson Juruna).

Assim, os peixes e tracajás da Volta Grande do Xingu não têm mais alimento, não têm mais onde se reproduzir e morrem em poças rasas e quentes, desconectadas do rio. Recentemente, peixes deformados e adoecidos foram registrados na região. Com a morte da vegetação nos sarobais, os ninhos de tracajás estão sujeitos a altas temperaturas, que causam a morte dos embriões.

O monitoramento independente realizado pelas populações indígenas e ribeirinhas mostra redução na abundância, no peso e tamanho dos peixes e tracajás, com consequente redução na pesca, base da sua alimentação. Na Volta Grande do Xingu, até o período do defeso, que protegeria o ciclo de vida dos peixes, tem sido desrespeitado pela operação da usina de Belo Monte, que insiste em segurar a água quando a fauna aquática mais precisa, ou seja, no período de reprodução.
Partilha da água

Mesmo afetando o ciclo hidrológico de duas Terras Indígenas (TI Paquiçamba e TI Arara da Volta Grande), a operação do complexo hidrelétrico segue submetendo a região a um regime de vazão que está matando o ecossistema que sustenta as populações humanas locais, enquanto a empresa se recusa a implementar um esquema alternativo de partilha da água que assegure a manutenção da vida na região. Os impactos ambientais de Belo Monte agora são uma realidade evidente, e mesmo assim continuam sendo ignorados pelo monitoramento oficial conduzido pela concessionária Norte Energia.

A Amazônia e a Volta Grande do Xingu não devem morrer caladas em prol de um desenvolvimento que só traz morte, a curto, médio ou longo prazo. A vida na Volta Grande do Xingu pode e deve ser mantida, e isso precisa ser feito através de uma rediscussão da partilha da água. Em 15 de novembro começa mais uma vez o período de proteção à reprodução natural dos peixes, o defeso, e, sem água, mais uma estação reprodutiva será afetada. É urgente que a água seja liberada na Volta Grande do Xingu e alcance as piracemas e as comunidades que ali resistem tentando proteger o rio.

 

Fonte: O liberal  e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 10/11/2023/09:57:35

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Usina Hidrelétrica Belo Monte reabre para visitação

Programa Conheça Belo Monte recebe visitantes de todo o país e apresenta detalhes do empreendimento que gera energia elétrica para diversas regiões brasileiras (FotosDivulgação)

Com o avanço da vacinação e a flexibilização das medidas de controle da pandemia de Covid-19, a Usina Hidrelétrica Belo Monte, localizada na região Sudoeste do Pará, volta a receber interessados em participar do programa de visitação guiada da Norte Energia, empresa privada e concessionária do empreendimento.(A informação é da Assessoria de Imprensa Norte Energia SA)

Chamado de “Conheça Belo Monte”, o programa possibilita um passeio pelo interior da usina e apresenta o processo de geração de energia limpa e renovável a partir da força das águas do rio Xingu. Desde que foi criado, cerca de 16 mil visitantes tiveram a oportunidade de conhecer de perto a maior hidrelétrica 100% brasileira.

Durante a visita, os participantes também recebem informações sobre o período de construção do complexo hidrelétrico, seu funcionamento e os projetos socioambientais desenvolvidos na região, a exemplo do monitoramento de espécies de peixes nativos do rio Xingu e ações realizadas com comunidades do entorno do empreendimento. “Fiquei impressionado em conhecer Belo Monte. É uma estrutura enorme, muito bonita e só tenho a parabenizar pelo ótimo atendimento”, disse o engenheiro ambiental Rodrigo Fagundes, que é morador de Altamira.

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As atividades do programa foram retomadas no final de 2021, recebendo a visita de moradores e estudantes da região, profissionais de instituições públicas e privadas de diversos municípios do Pará e até mesmo de outros estados do país. A professora Viviane Caetano, moradora de Belém, aproveitou uma viagem à região Sudoeste do Pará para conhecer a UHE Belo Monte. “A visita atendeu todas as minhas expectativas. Os responsáveis mostraram detalhes e chamou muito a minha atenção saber como a usina funciona por dentro”, comentou. Para garantir a segurança da equipe técnica e dos visitantes, as atividades do “Conheça Belo Monte” seguem todos os protocolos de prevenção à Covid-19. As medidas incluem o uso obrigatório de máscaras durante toda a visita, aferição de temperatura antes da saída para a usina e redução da quantidade de visitantes por grupo em 50%.

“É com grande satisfação que recebemos todos que desejam conhecer o empreendimento instalado na região e que veio para ficar, produzindo energia para todo o país e beneficiando a população do seu entorno com diversas ações e obras de infraestrutura”, afirmou o Superintendente de Relações Institucionais, Comunicação e Imprensa e Obras do Entorno da Norte Energia, Eduardo Camillo.

Serviço

O Conheça Belo Monte é aberto ao público em geral. Por motivo de segurança, apenas crianças a partir de 10 (dez) anos de idade podem participar da visita.

Para conhecer a Usina Hidrelétrica Belo Monte, basta entrar em contato com a empresa Norte Energia pelo e-mail conhecabelomonte@norteenergiasa.com.br, informando nome, telefone de contato, número de pessoas e a data em que deseja visitar a usina.

Jornal Folha do Progresso em 07/01/2022/06:34:31

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Empresa que administra Usina de Belo Monte no PA quer queimar toras de madeira para ‘fins energéticos’ em siderurgia

Madeiras são provenientes de área da Usina Hidrelétrica Belo Monte fica localizada no rio Xingu, no Pará — Foto: Norte Energia

Pedido feito pela Norte Energia ao Ibama está em análise. Material inclui madeiras nobres e protegidas por lei.
Cerca de 3,5 mil metros cúbicos de madeira, incluindo toras nobres e protegidas por lei, podem virar carvão no Pará. As toras poderiam preencher dois campos de futebol.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) analisa um pedido feito pela Norte Energia, que administra a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, para que o estoque de toras armazenado nos pátios da empresa vire carvão, como revelou o jornal O Estado de São Paulo. Ao g1, o Ibama informou que o objetivo é reverter o material para “fins energéticos” em uma siderurgia.

O prazo para conclusão da análise não foi informado pelo Ibama. Após saber da possível destinação da madeira, o Governo do Pará informou que pretende requisitar o material “para dar destinação social, tendo em vista a prioridade do recurso para a construção de moradias, pontes, espaços públicos”. Segundo a Universidade Federal Rural da Amazônia, em bom estado, esta quantidade de madeira seria suficiente para construir cerca de 70 casas de 72 m². A data que o Estado pretende fazer o pedido não foi detalhado até o início da tarde desta terça-feira (28).

No entanto, segundo a Norte Energia, a maior parte do material está em decomposição, sem especificar a quantidade de madeira que está de fato podre. Segundo a empresa, o pedido ao Ibama é referente a “material lenhoso como galhadas, resíduos para cavacos, resíduos de toras sem qualquer outra possível utilização tendo como alternativa de destinação a absorção pelo solo por meio de decomposição”, informou em nota.

O material é proveniente da área onde fica a usina, localizada na bacia do Rio Xingu, e foi contabilizado no período de dezembro de 2020 a abril deste ano. O ano de retirada dessas árvores, a maioria castanheiras, não foi detalhado pela empresa e pelo Ibama, mas segundo especialistas procurados pelo g1, seria de 2016 e 2017.

Segundo a autarquia, a empresa Siderúrgica Norte Brasil S.A. “demonstrou interesse no aproveitamento das madeiras armazenadas para a produção de bioredutor energético, destinado ao processo fabril de siderurgia da empresa”.

O bioredutor, funciona como combustível orgânico para reduzir a emissão dos gases que provocam efeito estufa das siderúrgicas. Atualmente, 11% da produção do aço produzido no Brasil é com bioredutor.

Situação da madeira

A Norte Energia disse que “quase a totalidade (da madeira) está em processo de decomposição”. A solicitação para uso energético foi feito pois, segundo o Ibama, “o material apresenta baixo volume para serraria, tornando-se inviável operacionalmente e economicamente”.

Ainda de acordo com o Ibama, das madeiras e toras especificadas no pedido da Norte Energia, são:

1.650,87 m³ é de madeira protegidas por lei;
522,11 m³ é de madeira considerada madeira nobre;
576,13 m³ de madeira comercial de primeira;
293,47 m³ de madeira branca;
369,77 m³ de madeira definida com mourões;
e 90,07 m³ não comercial.

Destinação adequada

Para especialistas, o ideal é que o material tivesse uma destinação sustentável antes de a madeira estragar, como aponta o pesquisador e consultor ambiental Tarcísio Feitosa, que acompanhou a instalação do complexo hidrelétrico na região.

Para ele, converter a madeira em carvão é o que chamou de “crime climático”. No entanto, como o material ficou anos à margem do clima, não restam muitas alternativas.

“O mais impressionante é a Norte Energia deixar essa madeira apodrecer e não ter dado uma destinação sustentável associando emprego e renda. […] Pelo tempo que foi exposta a intemperes climáticas e como não foi aproveitada antes, a única opção seria ou virar adubo, ou parte dela ser usada em artesanato ou queimar o restante”, detalha.

Feitosa lembra ainda que a queima do material, assim como também seu transporte, emitem gases que provocam efeito estufa.

O Ibama informou ao g1 que 31,6% de toras provenientes de áreas onde fica a usina tem tido destinação mais adequada, como produção de madeira serrada de espécies protegidas e comerciais; uso interno na obra principal, atendimento às populações ribeirinhas; obras do entorno; doações; destinação ao mercado local e regional. A madeira destinada a estes fins é de 82.537,90 metros cúbicos.

Em nota, a autarquia disse que “vem acompanhando o atendimento dos objetivos, metas e status de execução dos Projetos estabelecidos no Plano Básico Ambiental (PBA) para aproveitamento e destinação do material florestal gerado, em especial, por meio de vistorias, seminários técnicos, e análise de documentos e relatórios”.

“Contudo, observa-se dificuldades para destinação do grande volume de madeira gerada na supressão de vegetação da UHE Belo Monte, dentre os quais destacam-se: restrições legais à comercialização de espécies protegidas por lei; a qualidade e o estado físico das madeiras dispostas nos pátios; o potencial de industrialização e valor de mercado da madeira; bem como processos que envolve fiscalização e emissão de documentos regulatórios; organização e estruturação logística das operações de transporte da matéria-prima, produção e transporte do produto ao local de uso, entre outros”, afirma o Ibama.

Por g1 Pará — Belém

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Belo Monte diz que atraso em linhas de transmissão pode inviabilizar hidrelétrica

(Foto:Reprodução) –  A hidrelétrica de Belo Monte, maior usina brasileira, em operação no rio Xingu, no Pará, corre o risco de se inviabilizar financeiramente, por causa de atrasos em obras de transmissão de energia, o que tem impedido que sua geração seja plenamente entregue. É isso ao menos o que afirma a concessionária Norte Energia, empresa responsável pela hidrelétrica.

Em uma carta enviada à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na última quarta-feira, 2, a dona de Belo Monte afirma que, devido ao atraso de linhas de transmissão que deveriam estar prontas desde 2017, tem sido prejudicada por não ter meios físicos de entregar a produção de suas turbinas. Nos cálculos da empresa, a “frustração de receita” causada por essas limitações acontece desde 2018 e chega agora a um total de R$ 168 milhões.

“O iminente perigo de dano de difícil ou incerta reparação é evidente”, afirma a Norte Energia, que reclama por buscar uma solução para o problema há dois anos, sem uma decisão da agência reguladora sobre o assunto. “Prejuízos severos que vêm se acumulando desde 2018 serão agravados indefinidamente, podendo até mesmo inviabilizar o equilíbrio econômico-financeiro da concessão da usina hidrelétrica Belo Monte”, afirma a empresa, no documento.

As linhas de transmissão pertenciam às empresas espanholas Abengoa e Isolux, que faliram e deixaram um rastro de atrasos e processos judiciais no setor elétrico brasileiro. A Aneel já relicitou as obras atrasadas, que agora serão construídas pela empresa Engie. Ocorre que o prazo para conclusão das linhas, na melhor das hipóteses, só ficarão prontas em março de 2023, o que pode ampliar a frustração de receita. Segundo a empresa, há um risco real de comprometer a operação.

“Manter sem solução os efeitos desse imenso problema apresentado pela NESA (Norte Energia) há mais de dois anos e que se acumulam exponencialmente desde então, sem qualquer endereçamento para o descumprimento das condições originais da outorga, tem o condão de impor ao gerador (a usina de Belo Monte) ônus inimagináveis e insuportáveis, ameaçando a própria continuidade das atividades de empreendimento estruturante para o sistema elétrico nacional”, declara a concessionária.

Hoje a maior parte da energia gerada pela usina é escoada por duas linhas de grande porte que saem do Pará e seguem em rotas de mais de 2 mil quilômetros de extensão até a fronteira com São Paulo e Rio de Janeiro. Outras linhas acessórias, porém, que também entregariam energia para demais regiões do País, ficaram na gaveta. A Aneel não comenta pelo fato de o caso ainda ter que passar pela diretoria colegiada da agência.

A Norte Energia reclama ainda de determinações que recebe do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão que diariamente fiscaliza e define como será o abastecimento nacional. Na avaliação da empresa, o operador tem, muitas vezes, priorizado a entrega de energia de outras fontes, como as eólicas e solares instaladas na região Nordeste do País, prejudicando suas operações.

Questionada pela reportagem sobre o teor das informações enviadas à agência, a Norte Energia informou, por meio de nota, que “o documento em questão contempla assuntos tratados na rotina das comunicações com o órgão regulador de energia elétrica, no âmbito da sua concessão, tendo em vista a manutenção do equilíbrio do contrato – instrumento previsto em qualquer contrato de prestação de serviço público”.

A empresa declarou também que “o valor informado de R$ 168 milhões se refere à frustração de receita em função de uma limitação na transmissão de energia”.

Desligada

Belo Monte é uma usina que, na prática, só funciona entre seis e sete meses do ano, meses de cheia do Xingu. Na outra metade do ano, devido às secas, acaba ficando praticamente toda desligada, porque não há volume de água suficiente para viabilizar o acionamento de suas turbinas de mais de 600 megawatts de potência, cada uma. Essa condição drástica de operação foi criticada durante anos, levando muitos especialistas a dizerem que o projeto não era viável, da forma como foi feito.

Em operação plena desde novembro do ano passado, Belo Monte custou mais de R$ 40 bilhões em investimentos, o que fez do projeto uma das obras mais caras da história. Depois de concluir o empreendimento hidrelétrico, a própria Norte Energia pediu autorização à Aneel para mudar seu estatuto social, de modo que a concessionária possa investir na construção de uma usina térmica dentro de sua estrutura, como forma de compensar os meses de pouca geração, mais concentrados entre abril e novembro.

Hidrograma

Para gerar mais energia, a usina acaba armazenando mais água em seu reservatório artificial de quase 500 quilômetros quadrados, em Altamira. Em decorrência, disso, um trecho de 130 quilômetros do rio Xingu está morrendo, por causa da retenção extrema de água. Conforme mostrou reportagem do Estadão publicada na semana passada, o Ibama vai determinar um novo hidrograma, para manter as condições mínimas de vida para pessoas, fauna e flora que vivem no trecho e dependem do rio.

Fonte:ESTADÃO /
André Borges

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Dilma inaugura usina hidrelétrica de Belo Monte

Dilma Rousseff e comitiva durante inauguração da Usina de Belo Monte
Dilma Rousseff e comitiva durante inauguração da Usina de Belo Monte

A presidenta Dilma Rousseff inaugurou, nesta quinta-feira (5), a usina hidrelétrica de Belo Monte, localizada no município de Altamira, sudoeste do Pará. Construída no rio Xingu, a usina é a maior hidrelétrica 100% nacional e a terceira maior do mundo. Com capacidade instalada de 11.233,1 megawatts (MW). Isso significa carga suficiente para atender 60 milhões de pessoas em 17 Estados, o que representa cerca de 40% do consumo residencial de todo o País.

Duas turbinas já começaram a gerar energia comercialmente desde abril, uma na Casa de Força Principal, no Sítio Belo Monte, e a outra, na Casa de Força Complementar, no Sítio Pimental. Juntas, adicionam 649,9 MW ao Sistema Interligado Nacional (SIN), operação também autorizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

A usina de Belo Monte foi leiloada, em 2010, por R$ 25,8 bilhões para a empresa Norte Energia S.A., responsável pela construção e operação da hidrelétrica. Segundo informações da empresa, as obras civis do empreendimento estão praticamente concluídas e a previsão é que a cada dois meses, em média, seja ativada uma nova turbina até o pleno funcionamento da hidrelétrica, em 2019.

A construção de Belo Monte atende aos interesses do governo brasileiro de produzir energia limpa, renovável e sustentável para assegurar o desenvolvimento econômico e social do País. Os primeiros estudos começaram na década de 1970 e, desde então, o projeto original sofreu várias modificações para que fossem reduzidos os impactos ambientais da usina.

Através da interligação dos reservatórios por um canal, o chamado modelo de usina a fio d’água permitiu que Belo Monte ocupasse uma área 60% menor do que a prevista no projeto original. A mudança garantiu que nenhuma aldeia indígena próxima ao empreendimento fosse inundada e a hidrologia do rio Xingu, preservada. A piracema também não comprometida, graças a colocação de escadas de peixes que preservam o equilíbrio da fauna aquática do Rio Xingu.

Usina terá carga suficiente para atender 60 milhões de pessoas em 17 Estados, 40 % do consumo residencial de todo o País
Usina terá carga suficiente para atender 60 milhões de pessoas em 17 Estados, 40 % do consumo residencial de todo o País

Usina terá carga suficiente para atender 60 milhões de pessoas em 17 Estados, 40 % do consumo residencial de todo o País

Responsabilidade socioambiental

Cerca de 14% do total do orçamento de Belo Monte, cerca de R$ 4 bilhões, foram investidos em melhorias em 12 municípios da área de influência da usina. Entre essas ações, estão a instalação da rede de saneamento básico de Altamira, construção de escolas e unidades de saúde, melhora da qualidade da água e dos igarapés da cidade e na transferência de mais de 30 mil pessoas dessas áreas de risco para cinco novos bairros construídos pela Norte Energia.

Para preservar a floresta às margens do Rio Xingu, a empresa comprou 26 mil hectares em uma faixa contínua, onde a vegetação está sendo enriquecida com espécies nativas. Como compensação ambiental pelo empreendimento, foram repassados R$ 135 milhões ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para criar ou regularizar unidades de conservação ambiental.

Valorização dos povos indígenas

Além de garantir que nenhuma comunidade indígena seja realocada, a usina é o primeiro empreendimento hidrelétrico com ações voltadas em benefício das aldeias do entorno da obra. Com acompanhamento da Fundação Nacional do Índio (Funai), projetos sociais vêm garantindo a segurança territorial, alimentar e ambiental aos povos tradicionais do Médio Xingu. Foram mais de R$ 260 milhões em investimentos de 2010, início do projeto, a 2016, com ações que beneficiam 3,5 mil indígenas de nove etnias, em 11 terras indígenas do médio Xingu.

Geração de empregos

A construção da usina gerou, no pico das obras, cerca de 20 mil empregos diretos, e 40 mil empregos indiretos na região. O efeito indireto sobre a economia também foi significativo, com o aumento na demanda por trabalhos relacionados, serviços e insumos, o que dinamizou a estrutura produtiva das comunidades próximas à hidroelétrica.

Fonte: Blog do Planalto

Publicado por Jornal Folha do Progresso, Fone para contato 93 981151332 (Tim) WhatsApp:-93- 984046835 (Claro)  (093) 35281839  E-mail:folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br