Temer anuncia presídio federal de segurança máxima para Rio Grande do Sul

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Temer confirmou ao governador Sartori que o Estado terá um dos cinco presídios federais

Na primeira vinda ao Rio Grande do Sul, o presidente Michel Temer (PMDB) combinou a entrega de 61 ambulâncias a municípios com o anúncio da construção de um presídio federal de segurança máximo no Estado. Segundo Temer, antes de fazer o comunicado na manhã desta segunda-feira (9) sobre a unidade prisional, no palco armado em um dos pavilhões do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, diz que sondou o governador José Ivo Sartori (PMDB) para ver se o chefe do governo queria ser contemplado. Será um dos cinco presídios federais anunciados, após a crise no sistema carcerária com as duas chacinas no Norte do País. Sobre os atingidos pela enchente, ele prometeu liberar verbas logo que chegarem os decretos e medidas de emergência.
Temer informou que foram liberados R$ 900 milhões para obras no setor em 25 estados. “Temos de conjugar esforços. O assunto da segurança pública está em evidência. Apresentamos um plano (segurança pública) e espero que, daqui a 20 anos, quem esteja no meu lugar diga que construiu escolas”, declarou o presidente. A citação de escolas indica que pode ter se inspirado em uma postagem do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que lançou no seu Twitter, no sábado (7), um post com uma frase do antropólogo Darcy Ribeiro advertindo que governo que não investe em educação não terá dinheiro nem para presídios.
O presidente deixou para falar sobre a situação no setor carcerário quase no fim do discurso improvisado de 25 minutos. Nos quatro minutos finais, ele lamentou a realidade das unidades. “Tem presídios que cabem 700 apenados e tem 1,2 mil a 1,6 mil, que é algo extremamente chocante”, reagiu Temer, assegurando que liberou R$ 900 milhões aos estados.
O secretário da Casa Civil do governo Sartori, Márcio Biolchi, disse que, na semana passada, o Estado já havia manifestado a intenção de receber uma das casas prisionais. Biolchi citou que no atual governo já houve aumento de 5 mil presos no sistema gaúcho, que representaria mais 10% da população do setor atual. “Temos um problema nacional no modelo carcerário e execução de penas. O Rio Grande do sul não foge disso. Não queremos que atos como os do Amazonas e Roraima ocorram por todo o País”, reforçou o secretário. Sobre a liberação de recursos, o presidente disse que o Ministério da Justiça definirá com governo gaúcho a localização e depois verão projetos da unidade.
Antes da chegada de Temer, que desceu no parque de helicóptero após sobrevoar áreas atingidas pelas cheia como Rolante, no vale do Paranhana, houve manifestação de centrais sindicais, como CUT, CTB e Nova Central e setores do funcionalismo como o Cpers-Sindicato, no portão de acesso ao evento. A Brigada Militar chegou a usar força e spray de pimenta contra o grupo temendo que poderia entrar no parque. Segundo os manifestantes, eles haviam tentado ficar sob a cobertura do portão durante a chuva que caiu no começo da manhã.
O protesto não chegou a ser ouvido no local onde o presidente fez o ato político e repassou as chaves a cada um dos 61 prefeitos, entre eles o de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), que ficou no palco. O ato em Esteio simbolizou a entrega de 244 veículos de renovação da frota para o Serviço Móvel de Urgência (Samu) em todo o Brasil. Temer frisou que foi a primeira agenda do ano fora de Brasília com ações para estados.
O presidente agradeceu a recepção dos gaúchos, que levaria à sua viagem a Portugal, ainda nesta segunda, para acompanhar o funeral do ex-presidente Mário Soares, morto no sábado (7). “Saio daqui, vou a Portugal e penso: O governo dará certo com o apoio que recebi do Rio Grande do Sul”, declarou. No discurso, ele fez questão de dizer que “saúde está no centro de prioridades do nosso governo”. A declaração serviu para rebater críticas que el recebeu na tramitação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do teto de gastos, aprovada no Congresso Nacional.

Fonte:UOL.
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