Temer cancela compromissos após ação da PF na casa de Lula

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O vice-presidente, Michel Temer, decidiu cancelar os compromissos que tinha em cinco estados brasileiros desta sexta-feira (4) a domingo, segundo informou a assessoria de imprensa.

Apesar de a equipe de Temer não ter informado o motivo do cancelamento, o G1 apurou que a decisão do vice-presidente ocorreu devido à ação da Polícia Federal nesta sexta-feira, que tem o ex-presidente Lula e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, como alvos de condução coercitiva. Segundo a assessoria, Temer deve ficar em São Paulo durante o fim de semana.

Michel Temer chegou a viajar, na quinta (3) para Campo Grande (MS), onde tinha compromissos na manhã desta sexta.

Temer iria ainda nesta sexta-feira para Goiânia (GO) para se reunir com o PMDB do estado e com a sociedade civil, na Federação das Indústrias do Estado de Goiás. Também estava prevista uma visita no fim da tarde a Palmas (TO), para reunião com peemedebistas.

No sábado, Temer faria uma visita à Feira da Uva, em Caxias do Sul (RS), e se reuniria com representantes do PMDB em Porto Alegre.

No domingo, Temer iria à sua cidade natal, Tietê (SP), para participar da comemoração de aniversário do município.

Investigações
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a ação foi deflagrada para aprofundar a investigação de possíveis crimes de corrupção e lavagem de dinheiro oriundo de desvios da Petrobras, praticados por meio de pagamentos dissimulados feitos por José Carlos Bumlai e pelas construtoras OAS e Odebrecht ao Lula e pessoas associadas.

Há evidências de que o ex-presidente recebeu valores oriundos do esquema descoberto na Petrobras por meio de um apartamento triplex do Condomínio Solaris. O avanço das investigações revelou evidências de que o ex-presidente recebeu, em 2014, pelo menos, R$ 1 milhão sem aparente justificativa econômica lícita da OAS para reformas e móveis de luxo.

Existe a suspeita também de que Lula tenha sido beneficiado com obras no sítio em Atibaia e com a armazenagem de bens por transportadora. Ainda são apurados pagamentos ao ex-presidente, feitos por empresas investigadas na Lava Jato, a título de supostas doações e palestras.

Por g1.globo.com
Laís Alegretti e Filipe MatosoDo G1, em Brasília

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