Testemunha de morte de líder que denunciava Hydro não confia na polícia

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Rastros de morte e violência em Barcarena. Paulo era líder da Associação dos Caboclos, Indígenas e Quilombolas da Amazônia (CAINQUIAMA) (Foto: Maycon Nunes/Diário do Pará)

O DOL recebeu, na noite desta quarta-feira (14), um documento de autoria do advogado Ismael Moraes que solicita ao Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) um dia e horário para que seja ouvida uma nova testemunha sobre o caso do líder comunitário assassinado na última segunda-feira (12), em Barcarena.

O documento afirma que a testemunha morava na mesma casa da vítima e que, diante de “comportamentos inapropriados da Polícia Militar de Barcarena”, saiu da cidade para procurar o referido advogado em Belém.

Advogado critica secretário de segurança e recomenda proteção a testemunha

De acordo com Moraes, a testemunha, que não teve o nome revelado, aguarda uma chance para testemunhar em Belém, e não na cidade onde o crime aconteceu como foi feito com as últimas testemunhas, porque ela estaria correndo risco de morte.

Paulo Sérgio era presença constante nos protestos contra a Hydro. (Foto: Reprodução)

RECOMENDA PROTEÇÃO

A pessoa em questão é considerada uma ‘testemunha chave’ pelo advogado e pode trazer mudanças quanto ao caso da morte de Paulo Sérgio, além disso, ela teme retaliações e não confia no secretário de segurança pública do Pará, Luiz Fernandes. Tudo isso motivou a um pedido de proteção a testemunha por parte do advogado.

Polícia ouve nova testemunha sobre morte de líder comunitário em Barcarena

A situação se agrava a partir do momento em que, segundo Ismael, testemunhas afirmaram que viram uma viatura da Polícia Militar dando cobertura aos assassinos de Paulo Sérgio, fato este que foi negado pela própria corporação.

TESTEMUNHAS OUVIDAS

A Polícia Civil informou, na noite desta quarta-feira (14), que todas as oito pessoas que testemunharam a morte do líder comunitário já foram ouvidas na Delegacia do Distrito de Vila dos Cabanos, em Barcarena. O órgão não informou nenhum detalhe sobre os depoimentos.

Elas foram intimadas na última segunda; duas testemunharam foram ouvidas ontem e seis nesta quarta.

(DOL)

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