Tragédia ambiental – Febre amarela é investigada em morte de 80 macacos no ES

Macacos morrem e suspeita é de febre amarela no Espírito Santo. Foto: G1 – A morte desses animais aponta para a suspeita de febre amarela. Vacina só é recomendada a quem viajar para áreas afetadas.

Aumentou para 80 o número de macacos mortos nos últimos dias, nas regiões Sul e Noroeste do Espírito Santo. A morte desses animais aponta para a suspeita de febre amarela, mas o Estado ainda não é considerada área de risco, e a vacina deve ser aplicada apenas em quem vai viajar para locais com surto da doença.

“A ocorrência de mortes desses animais já é um alerta. Então existe essa preocupação”, diz Gilton Almada, coordenador do Centro de Emergências em Saúde Pública da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

“É importante monitorar para conseguir preceder. Precisamos trabalhar na investigação. Se confirmado, vai ser vacinado o município onde foi encontrado o macaco morto com febre amarela”, diz Gilton. O resultado da investigação sai em cerca de 20 dias.

São 11 casos em Colatina; 17, em Pancas; 34, em Ibatiba; quatro, em Baixo Guandu; quatro, em Governador Lindenberg; e 10, em Irupi. Até a manhã de sexta-feira (13), eram 54 casos. Mas, ao longo do dia, a Prefeitura de Ibatiba confirmou o aumento de 10 para 34 casos na cidade.

Transmissão – Há duas formas de transmissão e de febre amarela. Uma é a silvestre; a outra, urbana. “Na silvestre, a infecção é entre macacos e mosquitos silvestres, que só vivem na floresta. Se uma pessoa entra na floresta, é picada por esse mosquito e vai infectada com o vírus para a cidade, o Aedes aegypti pica essa pessoa e retransmite a doença para outras. Isso caracteriza a febre amarela urbana”, explica o infectologista Aloísio Falqueto.

Ou seja, o mesmo mosquito que transmite a dengue, a zika e a chikungunya é o responsável por disseminar, em área urbana, a febre amarela. “A preocupação maior é não deixar chegar a doença aqui”, diz Aloísio Falqueto.

Em sua forma mais branda, a febre amarela se parece com uma virose simples. Pode apresentar febre, mal-estar, enjoos, vômitos e dores musculares. Na mais grave, icterícia (coloração amarelada de pele e olhos), urina escura, falência renal, falência do fígado e de outros órgãos e até morte.

Vacina – Embora haja a suspeita de que os animais mortos estejam com febre amarela, “não há o que se preocupar”, como disse Gilton, com febre amarela entre humanos no Estado. “Não há transmissão de febre amarela em cidades desde 1942”, diz o coordenador.

Por isso, o Espírito Santo não é um Estado com recomendação para vacinar a população. Ela só indicada para quem vai viajar para regiões com alerta para febre amarela, que não é o caso de nenhuma das cidades do Estado.

O alerta vale, por exemplo, para quem vai para Minas Gerais, que teve 38 mortes por febre amarela e decretou situação de emergência em 152 cidades.

Por G1
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