Tripulante do barco ‘Bom Jesus’ relata a luta pela sobrevivência após incêndio

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Tripulação no momento do resgate (Foto:Ascom da Marinha)

A tripulação conseguiu se manter tomando água da chuva e racionando comida

Os seis tripulantes do barco ‘Bom Jesus’ foram encontrados com vida em uma ilha na divisa dos estados do Pará e Amapá na tarde da última quarta-feira (13).

Eles ficaram isolados depois que um forte temporal seguido de uma pane que provocou um incêndio os obrigou a abandonar a embarcação. Um dos tripulantes do Bom Jesus relatou os momentos de desespero e a luta pela sobrevivência nos 17 dias que se seguiram até a localização e resgate do grupo. (Com informações da Marinha).

Como em um enredo de filme, antes de deixar o barco um dos tripulantes teve a ideia de colocar um bilhete com um pedido de socorro dentro de uma garrafa e jogá-la no rio para que alguém pudesse encontrá-la e mandar ajuda. Foi o que aconteceu dias depois, quando pescadores acharam a mensagem.  A iniciaritva foi decisiva para que a história tivesse um final feliz.

Jeferson Marcos dos Santos, um dos sobreviventes, relatou que decidiu fazer a viagem porque está desempregado e precisava de dinheiro para pagar as contas do mês. Durante o percurso a tripulação foi surpreendida por um temporal. ” Nós começamos a jogar a embarcação para ver se… e encontramos uma praia, onde ficamos 17 dias. Com a força de Deus e com a Marinha do Brasil conseguimos sair através de uma bóia, quando escrevemos um bilhete e fomos achados. Amém”, disse emocionado.

Durante a tentativa de conduzir a embarcação para alguma praia na expectativa de  aguardar que o tempo ficasse mais estável, a tripulação percebeu que além do forte temporal que ameaçava o barco, um incêndio se alastrava na cozinha da embarcação. O naufrágio foi inevitável e o barco foi a pique na Ilha das Flechas, no Pará, a cerca de 150 km da capital Belém.
Mensagem na garrafa

De acordo com relatos dos seis sobreviventes feitos à Marinha, eles passaram 17 dias na ilha. Durante esse período, eles usaram alimentos que estavam no barco, além de água da chuva, até que dois dos náufragos, Joelson Silva da Costa e o próprio Jeferson, que têm formação em auxiliar de máquinas, tiveram a ideia de colocar as informações sobre o seu paradeiro em um bilhete dentro de uma garrafa.

A mensagem foi colada dentro de uma garrafa e amarrada em uma boia que foi jogada ao rio, levando a esperança  e fé da tripulação junto com um pedido de socorro.

O bilhete que está com a data do dia 9 de abril era um pedido desesperado de socorro e uma indicação de onde a tripulação estava.“Socorro, socorro! Precisamos de ajuda, nosso barco pegou fogo. Estamos há 13 dias na Ilha das Flexas sem comida.  Avise nossa família”, diz o bilhete, que finaliza com os contatos de telefones dos familiares dos 6 tripulantes.

A prática de envio de mensagem por garrafa é secular em áreas fluviais e funcionou perfeitamente para que o grupo fosse encontrado. A equipe da Marinha do Brasil usou um Helicóptero para localizar os 6 Tripulantes, todos estavam com vida.
Resgate

Por um milagre, pescadores que estavam na região costeira da ilha encontraram o bilhete escrito e alertaram as autoridades locais. O resgate foi feito por uma aeronave Super Cougar, da Marinha.

Após o resgate, os tripulantes foram levados para Belém, apresentando bom estado de saúde, onde passaram por atendimento médico no Hospital do 4° Distrito Naval e em seguida foram encaminhados para a Unidade de Pronto Atendimento , no bairro de Sacramenta para novas análises, conforme informou a Marinha.

Os tripulantes da embarcação foram identificados como: Antônio Oliveira, maquinista mecânico; Leilane Carla Ferreira, cozinheira; Cristiano de Azevedo, marinheiro; Joelson da Silva, responsável pela carga; Valdeney Dolzanes,  Jeferson Marques dos santos, maquinista, conhecido como ‘negão’.

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Jornal Folha do Progresso em 14/04/2022/

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