Venezuela chama de ‘violação do direito internacional’ autorização de Trump para operação no país
Donald Trump e Nicolás Maduro. — Foto: Christopher Furlong / POOL / AFP e Pedro Rances Mattey / AFP
O país vai apresentar formalmente denúncias na reunião extraordinária de chanceleres da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, na Secretaria-Geral da ONU e no Conselho de Segurança.
Após o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ter dito que não queria guerra, o governo da Venezuela divulgou um documento oficial rechaçando a ideia do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para autorizar operações da CIA no território do país.
O texto, assinado pelo ministro das Relações Exteriores, Yván Gil, diz que o governo venezuelano rejeita as ‘declarações belicosas e extravagantes do presidente dos EUA, nas quais ele admite publicamente ter autorizado operações para atuar contra a paz e a estabilidade da Venezuela’.
‘Esta declaração sem precedentes constitui uma grave violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas, e obriga a comunidade das nações a denunciar estas declarações claramente imoderadas e inconcebíveis’, segue o texto.
O chanceler também descreve o uso da CIA como algo de ‘extremo alarme’. Segundo ele, há uma clara intenção americana de legitimação de ‘uma operação de mudança de regime’ que tem como objetivo ‘se apoderar dos recursos petrolíferos venezuelanos’.
Antes, Maduro condenou as tentativas de derrubada do governo, dizendo ‘não aos golpes de estado perpetrados pela CIA’.
A Venezuela, por conta das falas de Trump, vai apresentar formalmente a denúncia na reunião extraordinária de chanceleres da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, realizada nesta quinta-feira (16), além de denunciar também Secretaria-Geral da ONU e no Conselho de Segurança, onde exigirá novamente ‘prestação de contas’ de Washington e ‘a adoção de medidas urgentes para evitar uma escalada militar no Caribe’.
Trump admite que autorizou CIA a realizar operações secretas na Venezuela
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admitiu que autorizou a CIA, a agência de Inteligência americana, a fazer operações secretas na Venezuela. Ele também afirmou que estuda realizar ataques terrestres contra cartéis de drogas venezuelanos.
A informação tinha sido divulgada mais cedo pelo jornal The New York Times. Ao justificar a medida, ele afirmou que as medidas seriam necessárias porque o governo venezuelano, segundo ele, esvaziou as prisões mandando criminosos para os Estados Unidos.
Trump também acusou a Venezuela de enviar drogas para o território americano. Ele afirmou que o país está sentindo a pressão de Washington, ao se referir aos ataques recentes dos Estados Unidos contra barcos que, segundo os americanos, eram ocupados por traficantes.
Segundo a reportagem do The New York Times, a autorização de Trump permite que a CIA faça ações letais e haja de forma independente contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ou contra o governo.
Questionado pelos jornalistas se agentes de inteligência teriam autoridade para eliminar o presidente venezuelano, Trump preferiu não responder.
Em agosto, o governo dos Estados Unidos ofereceu uma recompensa de 50 milhões de dólares por informações que levem à prisão de Nicolás Maduro. No mesmo mês, a Casa Branca anunciou o envio de navios e aeronaves militares para o Caribe, em uma área próxima à costa venezuelana, alegando se tratar de uma operação contra o tráfico internacional de drogas.
O bombardeio mais recente foi autorizado nesta terça-feira, quando militares atingiram um barco em águas internacionais próximas à costa da Venezuela. Segundo Donald Trump, seis pessoas morreram.
O governo da Venezuela pediu para que a comunidade internacional investigue os ataques, afirmando que as vítimas eram apenas pescadores.
Fonte: CBN e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 16/10/2025/07:00:00
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