Vereadores vítima e suspeito travam “bate boca” em Nova Ipixuna

(Foto: Reprodução) – A sessão da Câmara Municipal de Nova Ipixuna, realizada na segunda-feira (18), foi marcada por uma discussão acalorada entre os vereadores “Regis Santana” (PP) e “Joãozinho Barros” (MDB).

Na manhã do dia 13 de abril de 2024, um atentado a tiros marcou a vida do vereador Redvaldo Santana de Carvalho, conhecido como “Regis Santana” (PP), de 50 anos. O crime ocorreu por volta das 7h30, em frente à residência do parlamentar, localizada às margens da PA-150, na cidade de Nova Ipixuna, sudeste do Pará. Apesar da gravidade da situação, o vereador conseguiu sobreviver.

Durante a ação criminosa, “Regis Santana” foi atingido na perna, sofreu dois disparos nos braços e um tiro de raspão na cabeça. Ele foi socorrido inicialmente no Hospital Municipal de Nova Ipixuna (HMNI), mas, devido à gravidade dos ferimentos, precisou ser transferido para o Hospital Regional do Sudeste do Pará (HRSP), em Marabá, onde permaneceu internado por alguns dias. Após a recuperação, o parlamentar conseguiu retomar suas atividades na Câmara Municipal de Nova Ipixuna (CMNI).

Dois meses após o atentado, em 13 de junho de 2024, a Polícia Civil deflagrou a Operação Thamis, que resultou na prisão temporária do vereador João Rodrigues de Barros Filho, conhecido como “Joãozinho Barros” (MDB), apontado como mandante do atentado contra “Regis Santana”. Na mesma operação, também foram detidos o atirador e um comparsa, suspeitos de envolvimento direto no crime.

Durante as investigações, a polícia apreendeu uma arma sem registro, munições e eletrônicos na casa do vereador “Joãozinho Barros”, que teve a prisão preventiva decretada em 15 de junho de 2024. No entanto, em 11 de julho ele foi colocado em liberdade provisória mediante medidas cautelares, e desde então o processo segue em segredo de Justiça.

“Bate Boca”

A sessão da Câmara Municipal de Nova Ipixuna, realizada na segunda-feira (18), foi marcada por uma discussão acalorada entre os vereadores “Regis Santana” (PP) e “Joãozinho Barros” (MDB). O embate girou em torno do atentado a tiros ocorrido em abril de 2024, quando “Regis” foi baleado em frente à sua residência, caso em que “Joãozinho” chegou a ser preso como suspeito de mandante, mas posteriormente foi colocado em liberdade provisória.

Na tribuna, “Joãozinho Barros” iniciou seu discurso alegando inocência: “Pare de me acusar nessa Casa de Leis, nessa tribuna, que eu hoje, hoje estou vestindo a camisa do cansaço. Cansei de ouvir a minha família, os meus amigos, os meus parceiros, evita estar falando desse assunto e me acusando. Todo mundo já está cansado disso.”

Em seguida, o vereador ampliou sua fala, ressaltando que foi investigado, mas nada foi comprovado: “Quero pedir desculpa, presidente, aos senhores vereadores que se fazem presentes, inclusive aos colegas que nos assistem. Eu já falei em outras vezes que usaria a minha tribuna para tratar dos assuntos de interesse da nossa população, mas eu estou me cansando de uma fala, todas as sessões, de um vereador que não tem moral nenhuma para falar de outro parlamentar que trabalha muito pelo município. A Justiça já provou que eu não tenho participação nenhuma no seu caso. Eu continuo dentro de um processo de investigação, porém não faço mais parte do acusado. Se não tivesse sido provado, até hoje eu estaria na prisão. Passei 28 dias preso, meus aparelhos ficaram seis meses com a polícia, várias pessoas próximas foram ouvidas. Nada foi provado.”

Em resposta, “Regis Santana” rebateu as declarações. Ele afirmou que jamais acusou diretamente o colega, mas que apenas reproduziu o que foi apontado pela Polícia Civil. “Não fui eu quem disse que ele é o principal acusado, foi a polícia. Foi a polícia que prendeu, que encontrou elementos suspeitos. Em nenhum momento, no meu depoimento, eu apontei qualquer vereador como mandante. O processo segue em segredo de Justiça e não está encerrado”, afirmou.

“Regis” ainda lembrou que, dias antes do atentado, teria recebido áudios de “Joãozinho” em tom de ameaça, e encerrou o discurso: “Ele falta com a verdade quando diz que foi inocentado, porque o processo segue em curso de investigação. (…) Eu sei que ele é capaz de mandar me matar de novo, mas ele não vai me intimidar. Segunda-feira eu trago pra cá de novo, com ele ali me filmando, pra provar que ele nunca foi inocentado e que continua sendo investigado. (…) Esse cidadão que mandou tirar minha vida por nada vai pagar aonde ele tem que pagar. E esse vereador não vai se intimidar. Porque agora eu sei de onde vieram os tiros. E eu não vou me intimidar. Se outro atentado eu sofrer e perder minha vida, não tenho dúvidas que foi esse vereador que mandou me matar de novo.”

O bate-boca entre os dois parlamentares elevou o clima no plenário, com trocas de acusações e declarações fortes diante dos demais vereadores e do público presente na Câmara Municipal de Nova Ipixuna.

 

 

Fonte: Portal Debate e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 20/08/2025/14:21:29

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