MPF cobra composição de conselho consultivo do Iphan e análise do tombamento de Fordlândia

Vista aérea de Fordlândia — Foto: Reprodução/TV Tapajós

Recomendação foi enviada ao Iphan e ao Ministério da Cultura, com prazo de 45 dias para cumprimento.

O Ministério Público Federal (MPF) recomendou ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e ao Ministério da Cultura a adoção de providências imediatas para a indicação e designação dos membros do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural. Recomendou, ainda, que o processo de tombamento do Distrito de Fordlândia, no município de Aveiro, oeste do Pará, seja apreciado pelo Conselho em sessão extraordinária.

Previsto inicialmente na Lei 378/1937, o conselho é o órgão colegiado de decisão máxima para questões relativas ao patrimônio brasileiro material e imaterial.

O processo de tombamento de Fordlândia está em tramitação há mais 30 anos, sem decisão final. O MPF fixou prazo de 45 dias para cumprimento das medidas sugeridas.

De acordo com o Decreto 11.670/2023, o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural é formado por representantes de órgãos e entidades públicas e não-governamentais, além de 15 representantes da sociedade civil com reconhecido conhecimento na área de patrimônio cultural. A designação dos integrantes é feita pelo ministro da Cultura, após a indicação dos nomes pelo presidente do Iphan. Ainda segundo a norma, o colegiado deve se reunir, em caráter ordinário, quatro vezes ao ano, ou extraordinariamente, a partir de convocação de seu presidente.

Na recomendação, o MPF destaca que a nomeação dos membros do Conselho Consultivo é imprescindível para a regular constituição e funcionamento do órgão colegiado. Sem isso, “o procedimento de tombamento do Distrito de Fordlândia não poderá ser concluído, assim como nenhum outro no país, em claro prejuízo à proteção do patrimônio histórico, cultural e arquitetônico brasileiro”, alerta.

Após constituído, o Conselho deve definir o cronograma de todas as quatro sessões ordinárias para os anos 2023 e 2024, além de convocar sessão extraordinária para apreciação do tombamento de Fordlândia.

Entenda

O Distrito de Fordlândia foi construído no início do século XX, no Pará, a partir de projeto desenvolvido pela Companhia Ford Industrial do Brasil, que pretendia produzir borracha natural para abastecer suas operações automobilísticas. A área foi planejada com uma infraestrutura moderna para a época e trouxe inovações urbanísticas e sociais para a Região Amazônica, com significativo valor histórico, arquitetônico e paisagístico.

A importância do lugar para o patrimônio nacional é reconhecida pelo próprio Iphan, que em 2010 celebrou um Acordo de Preservação Cultural com o Ministério da Cultura, o Estado do Pará e o Município de Aveiro.

O pacto previa a recuperação, restauração e revitalização dos prédios públicos e das antigas casas, bem como a valorização dos bens imateriais e o melhor aproveitamento do patrimônio histórico e dos bens naturais visando o desenvolvimento econômico, cultural e do setor turístico da região. As ações, no entanto, nunca foram implementadas.

Em 2015, diante da inércia dos órgãos responsáveis, o MPF ajuizou ação civil pública para cobrar medidas de recuperação e conservação do complexo arquitetônico de Fordlândia, além da conclusão do procedimento de tombamento da área pelo Iphan.

No final de 2021, a Justiça Federal de Itaituba determinou que o caso fosse pautado e analisado pelo Conselho Consultivo, mas o Iphan alegou que não poderia cumprir a decisão por falta de membros efetivos para a composição integral do colegiado, em razão do encerramento de mandatos de alguns conselheiros.

Fonte:g1 Santarém e Região — PA/ Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 21/09/2023/16:03:31

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Tombamento do patrimônio de Fordlândia (PA) deve ocorrer até fim de maio de 2022

Distrito de Fordlândia, no Pará –  (foto: Divulgação  redes sociais) – O tombamento é um dos dispositivos legais que o poder público dispõe para preservar a memória nacional. É o ato administrativo que tem por finalidade proteger, por meio da aplicação de leis específicas, bens de valor histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e também de valor afetivo para a população, impedindo que venham a ser destruídos ou descaracterizados.

***Fotos da cidade de Fordlândia

Com esse entendimento, o juiz federal Domingos Daniel Moutinho da Conceição Filho, da Justiça Federal do Pará, obrigou o Iphan a proceder ao tombamento do patrimônio histórico e cultural do distrito de Fordlândia, em Aveiro, no Pará, até o final de maio de 2022. Fordlândia foi fundada em 1927 como tentativa da Ford de ter um polo produtor de borracha para suas indústrias.

Leia Também:Fordlândia, a utopia industrial que Henry Ford queria construir no meio da Amazônia

*Fordlândia -Cidade construída por Henry Ford na Amazônia está abandonada,denuncia morador

O distrito ainda possui prédios originais da época da fundação. Segundo o juiz, a necessidade do tombamento de Fordlândia é ainda mais evidente diante da degradação de diversos pontos do acervo arquitetônico do distrito, como no caso do hospital Henry Ford, já em ruínas, do cinema, recentemente submetido ao colapso de sua cobertura, e de algumas casas da Vila Operária e da Vila Americana, onde a adulteração de características originais já é uma realidade.

“Evidenciado, assim, o valor histórico e cultural do acervo patrimonial de Fordlândia, e uma vez suficientemente instruídos não só o presente processo judicial, como também, e principalmente, o processo administrativo respectivo, não resta outra medida senão o tombamento do distrito”, afirmou o magistrado, que inspecionou as construções e promoveu audiência pública sobre o tema no distrito, no início do mês.

Ele também ordenou que a equipe de arquitetos do Iphan apresente e coloque à disposição das autoridades e da população de Fordlândia, até o final de outubro de 2022, um projeto completo de restauração dos seguintes prédios: galpões e estufa do “cercado”, convento, casas da Vila Americana, escola Henry Ford, Cine Patinha e cada uma das cinco tipologias de casas das Vilas Operárias.

O procedimento para tombar o distrito foi iniciado em 1990, mas não foi concluído até o momento. Por meio de recomendações e ofícios, o Ministério Público Federal do Pará tentou que o Iphan e o município de Aveiro atuassem de maneira mais efetiva para proteger o patrimônio, mas sem sucesso.

Por isso, em 2015, o MPF ajuizou uma ação sobre o tema, pedindo que a Justiça obrigasse o Iphan a dar prioridade para o processo de tombamento de Fordlândia e que ao município de Aveiro fosse determinada a tomada de medidas imediatas de proteção do conjunto arquitetônico.

Preservação como contrapartida
De acordo com informações prestadas na audiência pública feita pela Justiça Federal do Pará em Fordlândia, Aveiro é um município praticamente sem arrecadação própria e depende dos repasses constitucionais e de repasses voluntários de recursos de outras esferas, conforme consta na sentença.

Assim, o magistrado afirmou não ser possível esperar que o município ficasse responsável pela manutenção e recuperação de todo o acervo patrimonial existente no distrito, mas o início da exploração das enormes minas de gipsita (matéria prima do gesso) nos arredores da localidade abre para a região a possibilidade de um novo ciclo econômico.

“É preciso que as externalidades negativas decorrentes da exploração mineral na região sejam internalizadas pelo empreendimento e que, assim, possam se reverter em bem-estar em favor da população. E, em se tratando de Fordlândia, esse bem-estar passa pela preservação e recuperação de seu acervo histórico e cultural. A chave para tanto está em incluir entre as condicionantes dos licenciamentos ambientais obrigações que digam respeito à recuperação dos imóveis com valor de memória para a população”,  disse.

Município e DPU
Moutinho ainda obrigou o município de Aveiro a garantir a manutenção do patrimônio do distrito. A prefeitura terá que apresentar, até fevereiro, cópia integral do processo de licenciamento ambiental concedido ao projeto de uma mineradora no município, para que sejam verificadas quais foram as condições obrigatórias eventualmente impostas ao projeto e se tinham relação com a preservação da história de Fordlândia.

Para outro projeto de licenciamento em andamento no município, Aveiro terá que incluir condições obrigatórias relativas à recuperação dos principais prédios históricos do distrito de Fordlândia. As provas de que essas obrigações foram impostas devem ser anexadas ao processo judicial até o final de março de 2022, determinou o juiz federal.

A Defensoria Pública da União foi incluída no processo para atuar na defesa dos direitos da população carente do distrito. A DPU será convocada a compor as mesas de debate sobre eventuais propostas de regularização da posse das casas na vila operária de Fordlândia, estabeleceu a Justiça Federal. Com informações da assessoria de imprensa do MPF-PA.

Clique aqui para ler a decisão
0002273-72.2015.4.01.3908
22 de dezembro de 2021, 7h48
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Mostra coletiva ‘A volta de Fordlândia’ reúne artistas de diversos países em evento neste sábado

Programação começa das 9h, na sede da Associação Fotoativa.(Doto:Miguel Chikaoka)
A exposição coletiva “A volta de Fordlândia” reúne artistas brasileiros, franceses, canadense e portugueses no sábado (25), a partir das 9h, na sede da Associação Fotoativa, em Belém. O evento, realizado coletivo francês Suspended Spaces e pela Fotoativa, abre com café da manhã, seguido de perfomance e mesa-redonda, e se estende pela tarde em sessão especial no Cine Olympia, com um dos trabalhos narrados ao vivo e bate-papo sobre os trabalhos.
Leia mais sobre Fordlãndia
Depois da residência artística organizada em Fordlândia pelo coletivo Suspended spaces entre 21 de agosto e 7 de setembro de 2018, uma exposição e um colóquio internacional foram apresentados em Paris em novembro do ano passado. Nessa ocasião, cerca de vinte obras foram apresentadas entre instalações, vídeos, fotografias e performances a partir da experiência in loco.

Fordlândia foi fundada em 1928 por Henry Ford às margens do Rio Tapajós. Construída para cultivar de forma intensiva a borracha necessária para uso dos veículos fabricados pela Ford de Detroit. Hoje a pequena cidade é habitada por diferentes gerações que ali chegaram. Resguarda em suas paisagens dimensões de um arquivo a céu aberto do qual ecoam outros grandes projetos impostos à região, atualizando leituras do Brasil contemporâneo.

Leia Também:Fordlândia -Cidade construída por Henry Ford na Amazônia está abandonada,denuncia morador

Arquivos, memórias e paisagens são questões trabalhadas por pesquisadores e artistas brasileiros e internacionais que aqui se conectam nessa exposição, aportando reflexões que se inscrevem no cruzamento da arte e das ciências humanas.

Serviço

Exposição ‘A volta de Fordlândia’, de 25 de maio e 29 de junho de 2019, na Fotoativa, localizada na Praça das Mercês, 19 – Campina. Belém. Informação no site.

Por G1 PA — Belém
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Fordlândia, a utopia industrial que Henry Ford queria construir no meio da Amazônia

Henry Ford (1863-1947) revolucionou a indústria automotiva. (Foto:GETTY IMAGES)

Em 1928, o magnata americano Henry Ford ia além do posto de um dos homens mais ricos do mundo.

Aos 65 anos de idade, era um ícone da era industrial, cujo nome evocava uma revolução tecnológica como a que fariam muito mais tarde personagens como Steve Jobs.

Vinte e cinco anos antes, o empresário havia fundado a Ford Motor Company, que se transformaria em uma das maiores e mais rentáveis companhias do planeta.

Pioneira no desenvolvimento de técnicas produção em massa, a empresa havia criado o primeiro automóvel ao alcance da classe média – iniciando um fenômeno que teria um profundo impacto no futuro.
Propaganda da Ford
O carro-chefe da Ford, o Modelo T., podia ser produzido mais rápido que qualquer outro veículo antes dele

O carro-chefe da Ford, o Modelo T., podia ser produzido mais rápido que qualquer outro veículo antes dele
O carro-chefe da Ford, o Modelo T., podia ser produzido mais rápido que qualquer outro veículo antes dele

Após todos esses êxitos, Ford estava pronto para abraçar seu novo projeto faraônico, plasmando seu nome no coração da selva amazônica: a fundação de uma cidade ao estilo americano no Pará.
Declínio da borracha

Nessa época, o longo reinado da região amazônica brasileira no comércio mundial de borracha já havia terminado.

Entre 1879 e 1912, o látex extraído das seringueiras paraenses era o de melhor qualidade no mundo e abastecia indústrias insaciáveis na Europa e América do Norte.

As árvores cresciam de forma selvagem na bacia do Amazonas.

Mas em 1876, o explorador britânico Henry Wickham conseguiu contrabandear cerca de 70 mil sementes da preciosa árvore – um dos maiores casos de biopirataria da história -, com as quais foi possível criar nas colônias britânicas o que a natureza da selva amazônica não tinha permitido: plantações de seringueiras.
Fordlândia vista do rio
Vista do rio, a Fordlândia aparece como uma ilusão de ótica depois de se navegar no meio da selva

Vista do rio, a Fordlândia aparece como uma ilusão de ótica depois de se navegar no meio da selva
Vista do rio, a Fordlândia aparece como uma ilusão de ótica depois de se navegar no meio da selva

O comércio mundial da borracha passava assim às mãos do império britânico.

A Amazônia, que chegara a produzir 95% da borracha mundial, em 1928 atendia a apenas 2,3% da demanda global.

Assim, a notícia de que Henry Ford tentaria reativar a combalida economia amazônica com seu ambicioso projeto foi bem recebida.
A visão do magnata

Para Ford, a motivação principal por trás do projeto era garantir sua própria fonte de borracha, necessária para a fabricação de pneus e peças automotivas, como válvulas, mangueiras e juntas.
Escultura de seringueiro na Fordlândia
Uma escultura na praça central da Fordlândia homenageia o precioso látex amazônico

Uma escultura na praça central da Fordlândia homenageia o precioso látex amazônico
Uma escultura na praça central da Fordlândia homenageia o precioso látex amazônico

Na década de 1920, a Ford Motor Company controlava praticamente todas as matérias-primas utilizadas para fabricar automóveis, desde o vidro até a madeira e o ferro.

Mas a borracha era controlada pelos europeus, que a produziam em suas colônias e fixavam o seu preço.

Ford era mais que um homem de negócios; era também famoso por suas ideias.

Seu conceito do que hoje é conhecido como “fordismo” combinava técnicas de produção em massa com altos salários para os trabalhadores das fábricas.

Para o empresário, as empresas deveriam, para o seu próprio benefício, garantir que seus empregados fossem capazes de consumir os produtos que produziam.
Fachada de edificio na entrada da Fordlândia
Ford em 1928: “Não vamos à América do Sul para ganhar dinheiro, mas ajudar a desenvolver essa terra maravilhosa e fértil”

Ford em 1928: “Não vamos à América do Sul para ganhar dinheiro, mas ajudar a desenvolver essa terra maravilhosa e fértil”
Ford em 1928: “Não vamos à América do Sul para ganhar dinheiro, mas ajudar a desenvolver essa terra maravilhosa e fértil”

Os salários mais altos poderiam até reduzir os lucros temporariamente, mas no longo prazo as empresas ganhavam e a economia se tornava mais sustentável.

Em 1914, por exemplo, os trabalhadores da Ford ganharam um salário diário de US$ 5 – equivalente a US$ 126 nos dias de hoje e o dobro do salário mínimo de então.

Ford apostava que os valores que sustentavam sua companhia seriam um sucesso em qualquer outro lugar do planeta.

Foi com esse espírito que há 90 anos dois navios carregados de equipamentos e mobiliário navegaram o rio Tapajós, única via de acesso para chegar aos 110 mil quilômetros onde em pouco tempo seria erguida a Fordlândia.
Plantando ideais
Retrato de Henry Ford pendurado na Fordlândia
Ford – neste retrato pendurado na Fordlândia – quis levar “a magia do homem branco” à selva, afirmou reportagem do Washington Post na época

Ford – neste retrato pendurado na Fordlândia – quis levar “a magia do homem branco” à selva, afirmou reportagem do Washington Post na época
Ford – neste retrato pendurado na Fordlândia – quis levar “a magia do homem branco” à selva, afirmou reportagem do Washington Post na época

O plano para a Fordlândia era detalhado e remetia à infância de Ford em uma granja no Meio-Oeste americano.

Aos poucos foram se abrindo caminhos de concreto iluminados por lâmpadas e erguendo-se casas pré-fabricadas em Michigan, organizadas em um bairro chamado Villa Americana para os americanos. Estes também contavam com água corrente.

Havia também uma piscina comunitária, hospitais, escolas, lojas, restaurantes e até um salão de entretenimento, no qual se organizavam bailes e eram projetados filmes de Hollywood.

Havia também geradores, serraria, uma torre de água e, claro, uma fábrica de borracha.
Casa na Fordlândia
Nem todas as casas eram iguais, mas a moradia era gratuita

Nem todas as casas eram iguais, mas a moradia era gratuita
Nem todas as casas eram iguais, mas a moradia era gratuita

Casa na Fordlândia
Algumas casas continuam de pé, e algumas são habitadas por pessoas que nasceram na época de Ford

Algumas casas continuam de pé, e algumas são habitadas por pessoas que nasceram na época de Ford
Algumas casas continuam de pé, e algumas são habitadas por pessoas que nasceram na época de Ford

Fábrica por fora
Um dos edifícios da fábrica

Fábrica por fora Um dos edifícios da fábrica
Fábrica por fora
Um dos edifícios da fábrica

Interior da fábrica
A fábrica por dentro

Interior da fábrica A fábrica por dentro
Interior da fábrica
A fábrica por dentro

Máquina na Fordlândia
O maquinário usado era “Made in USA”

Máquina na Fordlândia O maquinário usado era “Made in USA”
Máquina na Fordlândia
O maquinário usado era “Made in USA”

‘Valores americanos’

Mas as aspirações da Fordlândia iam além.

Desencantado com a sociedade grosseira que havia emergido do capitalismo industrial que ele mesmo havia ajudado a criar, Ford sonhava em construir um lugar de acordo com o que considerava “valores americanos”.

Isso compreendia certos hábitos que incluíam uma dieta rigorosa, a proibição de bebidas alcoólicas e uma jornada de trabalho das 9h às 17h – apesar do ritmo diferenciado exigido pelo calor amazônico.

Como passatempos, incentivava-se a jardinagem, o golfe e – para quem quisesse dançar – quadrilhas de country americano.

Esse transplante cultural causou vários problemas ao longo dos 17 anos que a Fordlândia pertenceu a Henry Ford.

A praça central

A praça central
A praça central

Igreja
Embora a religião não fosse parte do projeto, o edifício mais bem conservado da Fordlândia é esta igreja

Embora a religião não fosse parte do projeto, o edifício mais bem conservado da Fordlândia é esta igreja
Embora a religião não fosse parte do projeto, o edifício mais bem conservado da Fordlândia é esta igreja

Aventura épica, fracasso épico

A batalha foi difícil em várias frentes.

Houve frequentes revoltas de trabalhadores, incluindo uma em dezembro de 1930, na qual o pessoal da direção teve que fugir de barco e apelar ao proprietário da linha aérea PanAM para que levasse, em um de seus aviões, militares brasileiros para a área.

Os administradores americanos, por sua vez, também não foram ideais: seu pouco conhecimento sobre tudo os que rodeava – particularmente sobre a agricultura local – os levaram a cometer erros sérios.
Cruzes no cemitério
A selva tropical causou muitas mortes

A selva tropical causou muitas mortes
A selva tropical causou muitas mortes

Nos dois primeiros anos, a cidade teve vários gerentes. Alguns não conseguiram se adaptar às condições da Amazônia e sofreram crises nervosas. Um se afogou no rio durante uma tempestade e outro foi embora depois que três de seus filhos morreram de doenças tropicais.

A selva também fez vítimas entre os trabalhadores brasileiros. E as plantações tiveram o mesmo destino daquelas que muitos outros haviam tentado começar naquelas terras.

O clima que fazia florescer as árvores também favorecia pragas e doenças que haviam avançado com as plantas durante milênios. O plantio em campos de monocultura os tornava mais suscetíveis à infestação.

A selva acabou sendo mais forte que o sonho do americano

A selva acabou sendo mais forte que o sonho do americano
A selva acabou sendo mais forte que o sonho do americano

Embora a produção tenha sido melhor em outra plantação chamada belterra, o maior uso do território de Ford no Brasil foi abrigar militares dos EUA durante a Segunda Guerra Mundial.

Em 1945, os americanos finalmente fizeram as malas e foram para casa, deixando fantasmas para trás.

Embora nunca tenha posto os pés na Fordlândia, Ford investiu quase duas décadas e uma fortuna em seu sonho amazônico.

Ele queria domar o capitalismo industrial e a Amazônia, mas superestimou sua força.
Estrutura abandonada
Depois do fim da Segunda Guerra Mundial, americanos foram para casa

Depois do fim da Segunda Guerra Mundial, americanos foram para casa
Depois do fim da Segunda Guerra Mundial, americanos foram para casa

Fonte: BBC News com Fotos

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Fordlândia-Cidade-fantasma no interior do Pará será tema de série de premiado cineasta alemão

A cidade-fantasma de Fordlândia, projeto utópico de Henry Ford falido no sudoeste do Pará, é a inspiração de nova série de televisão do cineasta premiado Werner Herzog, conhecido por filmes como “O Homem Urso” e “Fitzcarraldo”.

“Fordlandia”, anunciada na quinta (14) pelo site Deadline, é baseada no romance homônimo do vencedor do Pulitzer Greg Grandin, que escreveu sobre a ascensão e o fim do sonho de Ford no Brasil. O magnata tinha a ambição de levar os valores que edificaram seu império à floresta, onde pensava poder construir uma “cidade ideal”, típica do subúrbio dos EUA.

A colônia industrial de Fordlândia foi criada em 1927, quando Ford adquiriu um terreno de 15 mil m² na região de Santarém, a 800 km da capital paraense. Seu plano era construir um polo de produção de borracha para os pneus dos automóveis que fabricava. Apesar de ter iniciado, o projeto não decolou, e menos de duas décadas depois o lugar foi deixado às ruínas.

A adaptação do romance para a série será escrita por Christopher Wilkinson, conhecido pelo trabalho em “O Dono do Jogo”, “Ali” e “Nixon”, indicado ao Oscar de melhor roteiro em 1996. Wilkinson também será produtor executivo de “Fordlandia” junto com Herzog.

“A história de um magnata com poder absoluto e que impõe sua visão dos EUA sobre o mundo é extremamente relevante nos dias de hoje”, disse Ashok Amritraj ao Deadline. O produtor está à frente do grupo Hyde Park Entertainment, que desenvolve a série.

“Essa é uma história verdadeira incrível. Estamos animados para trabalhar com Werner, um dos cineastas mais emblemáticos do mundo, e Chris, um escritor excepcional”, afirmou.

(Folhapress)

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Fordlândia -Cidade construída por Henry Ford na Amazônia está abandonada,denuncia morador

As obras deixadas ainda aguardam tombamento como patrimônio histórico brasileiro

Fordlandia
Foto Benson Ford Research Center/Vista aérea de Fordlândia em 1933

Fordlândia foi erguida no fim dos anos 1920 pelo magnata norte-americano, interessado nas seringueiras da floresta amazônica, e não vingou também por desprezo à cultura e à realidade locais, diz superintendente do Iphan, responsável pelo estudo e tombamento.

“Fordlândia é um distrito do município de Aveiro. O território  (área) , trata-se de área da União, o que dificulta a atuação do município no que se refere à investimentos e fiscalização”.

Veja fotos do abandono AQUI

No inicio do mês de Setembro de 2017 o ex-morador Adonys Santos denunciou descaso dos administradores da cidade com as obras deixadas há décadas pelo empresário Americano; estão abandonadas, muito triste, enfatizou. Ele postou no facebook.

Fordlandia- Facebook.
Fordlandia- Facebook.

A mais de  sete décadas da ruína de um pedaço de império no meio da floresta amazônica Fordlândia aguarda pelo tombamento historio.  A cidade esta situada no  sudoeste do Pará, na região de Santarém, a 900 quilômetros de Belém.

Leia:em 2016 juiz mandou IPAHN cuidar do patrimonio de fordlândia

Fordlândia, referência ao empresário norte-americano Henry Ford, que planejava estabelecer ali sua base de fornecimento de borracha. A área hoje está em ruínas. No início deste ano, o Ministério Público Federal (MPF) solicitou rapidez ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan) no processo de tombamento, mas ambos concordam que isso não será suficiente para recuperar e preservar o local.

Henry Ford precisava de borracha para os pneus automotivos na região tinha em abundância onde surgiu o projeto da Fordlândia.

Veja fotos do abandono AQUI

O empresário viu na Amazônia oportunidade de investimento e de fornecimento contínuo e mais barato para seus produtos, fugindo do monopólio britânico. Adquiriu o terreno e, em pouco tempo, criou não apenas uma fábrica, mas uma típica cidade dos Estados Unidos em plena Amazônia, no fim dos anos 1920. Uma little town (cidadezinha) à beira do Rio Tapajós, que chegou a ter mais de 3 mil trabalhadores.

Turista também postou o abandono em paginas da internete após visita a Fordlândia,/veja.

FORD LANDIAAAA

A produção da borracha, no entanto, nunca se firmou. As pragas atacaram as seringueiras e as plantações ainda foram transferidas – outra cidade foi erguida, em Belterra, que faz parte do processo de tombamento em análise pelo Iphan. Mas a indústria também já havia descoberto a borracha sintética. O projeto brasileiro perdia sentido.

Veja fotos do abandono AQUI

A empresa teve ainda problemas com seus funcionários brasileiros, ao tentar impor uma cultura norte-americana que não se limitava ao modelo de produção e incluía novos hábitos de comportamento e alimentares. Em 1930, por exemplo, houve uma rebelião de trabalhadores, que se batizou de Revolta das Panelas, descrita em detalhes pelo historiador norte-americano Greg Grandin, no livro “Fordlândia – Ascensão e Queda da Cidade Esquecida de Henry Ford na Selva”, lançado no Brasil cinco anos atrás.

Veja fotos do abandono AQUI

Mato e ruínas

A Fordlândia deixou de existir, definitivamente, em 1945. O governo brasileiro indenizou a empresa e ficou com a infraestrutura, que aos poucos se perdeu. O local chegou a receber instalações federais e fazendas, com casas habitadas por servidores do Ministério da Agricultura. Mas a área foi abandonada aos poucos e os prédios se deterioraram ou foram alvo de vandalismo. Ainda há moradores na região. Alguns ocuparam casas remanescentes da chamada Vila Americana.

http://www.conjur.com.br/2016-mai-17/juiz-manda-iphan-cuidar-preservacao-predios-fordlandia
Galpão de antiga fábrica de borracha em Fordlândia, hoje em ruínas

Recentemente, o repórter Daniel Camargos, do jornal Estado de Minas, visitou o local. Sua descrição a respeito do hospital que funcionava ali ajuda a dar uma ideia do que aconteceu com o passar do tempo: “O projeto do hospital foi elaborado pelo arquiteto Albert Khan, o mesmo que projetou as fábricas da Ford em Highland e River Rouge, nos Estados Unidos. A capacidade era de 100 leitos e foi um dos mais modernos do país, sendo o primeiro a realizar um transplante de pele. Hoje, é só mato e ruínas. No local abandonado, somente o zumbido de mosquito interrompe o silêncio”.

Henry Ford morreu em 1947, sem conhecer sua cidade amazônica.

Veja fotos do abandono AQUI

Da Redação Jornal Folha do Progresso
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Fotos da cidade de Fordlândia

Leia Também: Fordlândia- Cidade construída por Henry Ford na Amazônia esta abandona,denuncia morador

Fotos: Adonys Santos

Da Redação Jornal Folha do Progresso.
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Fordlândia – Justiça Federal move ação contra prefeitura de Aveiro

Casas antigas estão sendo destruídas pelo tempo(Foto)-A Justiça Federal ordenou ao Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e ao município de Aveiro (oeste do Pará) que promovam medidas em caráter emergencial e solidário para a preservação do patrimônio histórico de Fordlândia, cidade criada por Henry Ford, na década de 20, do século passado.

Nos últimos anos, diante da demora do Iphan em concluir o tombamento do local e da falta de cuidados da Prefeitura, os prédios de Fordlândia vêm se deteriorando rapidamente. Diante do problema, várias foram as denúncias dos moradores com relação ao descaso do prefeito Olinaldo Barbosa (Fuzica) referentes aos prédios históricos de Fordlândia.
Além das medidas emergenciais, a decisão do juiz Paulo César Moy Anaisse, de Itaituba, determina que os dois entes – Iphan e prefeitura de Aveiro – implementem a conservação dos bens, por meio de convênios e termos de cooperação.
Antes de ajuizar ação judicial, o MPF havia tentado várias vezes, através de recomendações e ofícios, sensibilizar a prefeitura de Aveiro da necessidade de proteger o patrimônio de Fordlândia. Da mesma forma, fez tentativas extrajudiciais de acelerar o processo de tombamento junto ao Iphan, sem sucesso. O procedimento para tombar o distrito foi iniciado em 1990, mas não avançou. Nesse meio tempo, segundo relatório do próprio Iphan, vários imóveis importantes sofreram danos.
CIDADE EMPRESA: Fordlândia foi a primeira cidade empresa edificada na Amazônia, criada para garantir a lógica produtiva dos grandes projetos. O fundador da cidade é o mesmo da Ford Motors e criador da linha de montagem industrial. Construída nos anos 20, Fordlândia deveria suprir a demanda de borracha do mercado americano numa época em que a Inglaterra havia dominado os centros produtores da Ásia.
Depois de comprar a área de um milhão de hectares, em dezembro de 1928 os navios Lake Ormoc e Lake Farge depositaram no local todos os componentes necessários para estruturar a nova cidade. Em pouco tempo, transformou-se na terceira cidade mais importante da Amazônia com hospital, escolas, água encanada, moradia, cinema, luz elétrica, porto, oficinas mecânicas, depósitos, restaurantes, campo de futebol, igreja, hidrantes nas ruas.
Os seringais de Ford sofreram muitos problemas com pragas e acabaram desativados. Fordlândia, então, foi comprada pelo governo brasileiro, em 1945, pelo valor de cinco milhões de cruzeiros.

O Ministério Público Federal iniciou processo judicial para tentar acelerar medidas de proteção para Fordlândia, a cidade construída por Henry Ford na Amazônia na década de 20. A ação têm como réus o Instituto do Patrimônio Histórico e Arquitetônico Nacional (Iphan) e o município de Aveiro, no oeste do Pará, onde está localizado o Distrito. Nos últimos anos, diante da demora do Iphan em concluir o tombamento do local e da falta de cuidados da Prefeitura, os prédios de Fordlândia vêm se deteriorando rapidamente.
DESCASO: O Antigo Hospital teve as telhas removidas e o interior exposto ao tempo sofreu severa depreciação; a Vila Americana, onde moravam os empregados de Henry Ford, foi ocupada por moradores locais que efetuaram reformas sem acompanhamento técnico e o Armazém do Porto teve vários equipamentos retirados pela própria prefeitura de Aveiro, que também é acusada de ter construído uma praça sem respeitar regras mínimas de preservação do patrimônio.
“Está claro que o Iphan está a se escusar dos deveres que lhe são impostos pela lei, no sentido de promover a preservação da memória histórica do local. A conduta adotada pelo instituto é de tão somente indicar medidas de orientação à prefeitura de Aveiro, que até agora não surtiram efeito, de modo que o patrimônio histórico permanece sujeito a deterioração”, diz a ação do MPF.

Por: Manoel Cardoso

Fonte: RG 15/O Impacto

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MPF vai à Justiça para acelerar o tombamento de Fordlândia

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 Há 20 anos o Iphan iniciou o processo e permanece inconcluso. Desprotegida e sem cuidados do município de Aveiro, a cidade criada por Henry Ford na Amazônia se deteriora rapidamente

O Ministério Público Federal iniciou processo judicial para tentar acelerar medidas de proteção para Fordlândia, a cidade construída por Henry Ford na Amazônia na década de 20 do século passado. A ação têm como réus o Instituto do Patrimônio Histórico e Arquitetônico Nacional (Iphan) e o município de Aveiro, no oeste do Pará, onde está localizado o distrito. Nos últimos anos, diante da demora do Iphan em concluir o tombamento do local e da falta de cuidados da prefeitura, os prédios de Fordlândia vêm se deteriorando rapidamente.

O MPF já tentou várias vezes, através de recomendações e ofícios, persuadir a prefeitura de Aveiro da necessidade de proteger o patrimônio de Fordlândia. Da mesma forma, fez tentativas extrajudiciais de acelerar o processo de tombamento junto ao Iphan, sem sucesso. O procedimento para tombar o distrito foi iniciado em 1990, mas não avançou. Nesse meio tempo, segundo relatório do próprio Iphan, vários imóveis importantes sofreram danos.

O Antigo Hospital teve as telhas removidas e o interior exposto ao tempo sofreu severa depreciação, a Vila Americana, onde moravam os empregados de Henry Ford, foi ocupada por moradores locais que efetuaram reformas sem acompanhamento técnico e o Armazém do Porto teve vários equipamentos retirados pela própria prefeitura. A prefeitura de Aveiro também é acusada de ter construído uma praça sem respeitar regras mínimas de preservação do patrimônio.

“Resta claro que o Iphan está a se escusar dos deveres que lhe são impostos pela lei, no sentido de promover a preservação da memória histórica do local. A conduta adotada pelo instituto é de tão somente indicar medidas de orientação à prefeitura de Aveiro, que até agora não surtiram efeito, de modo que o patrimônio histórico permanece sujeito a deterioração”, diz a ação do MPF.

O MPF quer que a Justiça obrigue o Iphan a dar prioridade para o processo de tombamento de Fordlândia e o município de Aveiro a tomar medidas imediatas de proteção do conjunto arquitetônico.

Cidade empresa
Fordlândia foi a primeira cidade empresa edificada na Amazônia, criada para garantir a lógica produtiva dos grandes projetos. O fundador da cidade é o mesmo da Ford Motors e criador da linha de montagem industrial. Construída nos anos 20, Fordlândia deveria suprir a demanda de borracha do mercado americano numa época em que os ingleses haviam dominado os centros produtores da Ásia.

Depois de comprar a área de um milhão de hectares, em dezembro de 1928 os navios Laje Ormoc e Lake Farge depositaram no local todos os componentes necessários para estrutura a nova cidade Em pouco tempo, transformou-se na terceira cidade mais importante da Amazônia com hospital, escolas, água encanada, moradia, cinema, luz elétrica, porto, oficinas mecânicas, depósitos, restaurantes, campo de futebol, igreja, hidrantes nas ruas.

Os seringais de Ford sofreram muitos problemas com pragas e acabaram desativados. Fordlândia então foi comprada pelo governo brasileiro, em 1945, pelo valor de cinco milhões de cruzeiros.

Processo ainda sem numeração

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Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação
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MPF/PA quer pressa no tombamento de Fordlândia, a cidade criada por Ford na Amazônia

Mais uma vez, o Ministério Público Federal (MPF) precisou lembrar às autoridades responsáveis pelo patrimônio a importância histórica e arquitetônica da Vila de Fordlândia, no município de Aveiro, oeste do Pará. Criada por Henry Ford nos anos 30, a vila deveria funcionar como um centro de produção de borracha para o mercado americano. Chegou a ter fábricas, restaurantes, praças, cinemas, dormitórios e funcionários, antes de virar uma cidade fantasma encravada na margem do rio Tapajós.

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O processo de tombamento tramita no Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) mas, enquanto não é concluído, os bens da cidade deveriam estar sendo mantidos pela prefeitura de Aveiro. A prefeitura chegou a assinar um acordo de preservação com o Iphan em 2012, mas continuam chegando ao MPF notícias de depredação dos prédios de Fordlândia.

O MPF enviou recomendação ao Iphan para que dê a máxima celeridade ao processo de tombamento para proteção dos bens da vila. Caso isso não seja possível, diz a recomendação enviada no último dia 9, o Instituto deve indicar “medidas concretas direcionadas à prefeitura de Aveiro para que se possa diminuir as perdas ocorridas na área a ser tombada, sob pena de se enquadrar o prefeito em conduta tipificada como ato de improbidade”.

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Saiba mais – O historiador Greg Grandin, professor de história da América Latina na Universidade de Nova York, narrou a história de Fordlândia no livro “Fordlândia – Ascensão e Queda da Cidade Esquecida de Henry Ford na Selva”, obra finalista na categoria história do prêmio Pulitzer de 2010, incluída entre os cem livros notáveis do ano no ranking do jornal The New York Times, e eleita o melhor livro do ano pelos jornais Chicago Tribune e Boston Globe.

Também em 2010, a edição 45 da revista Piauí publicou artigo de Gradin em que o autor apresenta alguns episódios dessa história. Veja alguns trechos:

“A revolta começou numa segunda-feira. Naquela noite, James Kennedy telegrafou para Juan Trippe, o lendário fundador da Pan American Airways, em Nova York, para lhe contar que Fordlândia estava ‘sob o domínio da plebe’. Trippe havia aberto uma linha entre Belém e Manaus, com uma escala em Santarém, e Kennedy perguntou se um dos aviões poderia transportá-lo até a plantação com alguns soldados. Se não partissem logo, alertou Kennedy, ‘em 24 horas o lugar seria uma ruína completa’. Trippe concordou imediatamente.

[…] Uma delegação escolhida pelos funcionários recebeu o tenente com uma lista de exigências à empresa. A primeira delas era a demissão de Ostenfeld. As outras estavam ligadas ao direito de livre circulação. Os trabalhadores exigiam comer o que quisessem e onde quisessem. Estavam cansados de comer pão de trigo integral e arroz integral ‘por motivos de saúde’, segundo as instruções de Henry Ford. Queriam frequentar os bares e restaurantes que surgiram em torno da plantação e entrar em embarcações, supostamente para comprar bebidas, sem precisar pedir permissão. Os solteiros reclamavam das acomodações: cinquenta deles amontoados em um dormitório”.

Fonte: MPF.

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