Controle do desmatamento reduz assassinatos na Amazônia; Novo Progresso está entre os municípios mais afetados
Foto: (crédito: Michel Dantas/AFP) Um novo estudo divulgado pelo projeto Amazônia 2030 revela uma relação direta entre combate ao desmatamento e redução da violência na região. Segundo a pesquisa, municípios que receberam maior presença do Estado e mais fiscalização ambiental registraram queda de até 15% nos homicídios, o equivalente a 1.477 vidas preservadas por ano.
A análise, que utiliza dados do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter/Inpe) e registros do DataSUS entre 2006 e 2016, aponta que a presença do Estado desencoraja redes criminosas ligadas à grilagem, ao garimpo e à extração ilegal de madeira — atividades que historicamente alimentam a violência na Amazônia.
Novo Progresso e Altamira: destaques negativos
Entre os 521 municípios avaliados, Novo Progresso e Altamira, no sudoeste do Pará, aparecem como áreas críticas onde a combinação de desmatamento elevado e conflitos fundiários impulsionou taxas de homicídio acima da média regional.
A presença de milícias rurais, invasões de terras públicas, abertura ilegal de pastagens e redes de extração de madeira tornam a região um dos principais focos de tensão. A dificuldade de acesso e a imensidão do território também favorecem a atuação de organizações criminosas.
Fiscalização reduz crimes e aumenta a segurança
O estudo indica que, quando a fiscalização ambiental aumenta, a violência tende a cair. Com mais multas e monitoramento, o desmatamento clandestino se torna arriscado e menos lucrativo, reduzindo disputas territoriais — uma das principais causas de assassinatos no campo.
Segundo o procurador da República no Pará, Igor Goettenauer de Oliveira, o desmatamento é apenas uma etapa de um modelo de crime organizado estruturado na região: “Por trás da derrubada da floresta existem grilagem, garimpo, expulsão de moradores e grupos armados que controlam essas áreas.”
Desenvolvimento sem destruição
O estudo desmonta a ideia de que flexibilizar a fiscalização favorece o desenvolvimento regional. Pelo contrário: aponta que a ilegalidade, a violência e a captura política associadas ao desmatamento prejudicam a economia e a segurança.
Desafio e esperança
A pesquisa reforça que conter o desmatamento é essencial, mas precisa vir acompanhado de políticas públicas voltadas a jovens, que são as maiores vítimas da violência na Amazônia.
A equipe lembra que a presença contínua do Estado — e não apenas operações pontuais — é crucial para transformar a realidade de municípios como Novo Progresso, Altamira, Trairão, Itaituba e outras cidades da região.
Fonte: Carta Capital e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 04/12/2025/08:34:36
O formato de distribuição de notícias do Jornal Folha do Progresso pelo celular mudou. A partir de agora, as notícias chegarão diretamente pelo formato Comunidades, ou pelo canal uma das inovações lançadas pelo WhatsApp. Não é preciso ser assinante para receber o serviço. Assim, o internauta pode ter, na palma da mão, matérias verificadas e com credibilidade. Para passar a receber as notícias do Jornal Folha do Progresso, clique nos links abaixo siga nossas redes sociais:
Apenas os administradores do grupo poderão mandar mensagens e saber quem são os integrantes da comunidade. Dessa forma, evitamos qualquer tipo de interação indevida. Sugestão de pauta enviar no e-mail:folhadoprogresso.jornal@gmail.com.
Envie vídeos, fotos e sugestões de pauta para a redação do JFP (JORNAL FOLHA DO PROGRESSO) Telefones: WhatsApp (93) 98404 6835– (93) 98117 7649.
“Informação publicada é informação pública. Porém, para chegar até você, um grupo de pessoas trabalhou para isso. Seja ético. Copiou? Informe a fonte.”
Publicado por Jornal Folha do Progresso, Fone para contato 93 981177649 (Tim) WhatsApp:-93- 984046835 (Claro) -Site: www.folhadoprogresso.com.br e-mail:folhadoprogresso.jornal@gmail.com/ou e-mail: adeciopiran.blog@gmail.com



