Dez presos, armas de guerra e dólares em condomínio de luxo: operação mira chefes do Comando Vermelho
Armas encontradas em condomínio na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, durante operação da Polícia Civil e do Ministério Público — Foto: Polícia Civil
Ao todo, estão sendo cumpridos 22 mandados de prisão e 39 de busca e apreensão em diversos pontos do Rio de Janeiro, além de cidades como Maricá e Resende.
Uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro prendeu, até agora, dez pessoas acusadas de integrar uma estrutura criminosa que fornecia armas e drogas para o Comando Vermelho. Em um dos endereços alvos da ação — um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, Zona Oeste da capital — os agentes encontraram um verdadeiro arsenal, com mais de uma dezena de armas de grosso calibre, além de 24 mil dólares em espécie.
Ao todo, estão sendo cumpridos 22 mandados de prisão e 39 de busca e apreensão em diversos pontos do Rio de Janeiro, e em endereços de estados como Paraíba, São Paulo e Mato Grosso.
Entre os alvos está Edgar Alves de Andrade, o Doca, apontado como chefe do Comando Vermelho no Complexo da Penha. A estrutura criminosa era comandada, segundo a polícia, por duas figuras centrais: Jonathan Ricardo de Lima Medeiros, o Dom, chefe da célula paraibana do Comando Vermelho, e Luiz Carlos Bandeira Rodrigues, conhecido como Da Roça ou Zeus, articulador da comunidade da Muzema, também na Zona Oeste. Ambos estariam escondidos no Complexo do Alemão e operavam remotamente a logística de transporte de drogas e armas entre estados, além do abastecimento de favelas no Rio e da lavagem de dinheiro.
O promotor do Gaeco do Rio de Janeiro, Bruno Bezerra, afirma que as investigações mostram que traficantes de outros estados tem assumido cargos importantes no Rio de Janeiro.
“Ficou claro, o Jonathan, que tem o apelido de Dom, seria um líder do tráfico na Paraíba. O Da Roça, que também ganhou aqui o apelido de Zeus da Muzema, seria de Rondônia. E esses traficantes, sim, com a sua rede de contato, não só no tráfico de armas, mas também de drogas, eles são recebidos por lideranças do tráfico de drogas aqui no Rio. Consta nessa investigação que, com relação ao Luís Carlos, conhecido como Zeus da Muzema, em razão desse serviço que ele prestava, ele foi agraciado com o domínio daquela região da Muzema”, explica.
Segundo as investigações, os criminosos movimentavam até R$ 5 milhões em menos de um mês com o tráfico de armas e drogas. Esse dinheiro era pulverizado por contas bancárias e empresas ligadas ao grupo, o que levou o MPRJ a pedir o bloqueio de cerca de R$ 40 milhões em bens e ativos.
Com base nas apreensões desta terça-feira, o promotor Bruno Bezerra acredita que o potencial financeiro seja muito maior.
” Eu posso dizer que na apreensão de apenas um dos alvos, o poder financeiro ficou evidente. Se trata de uma mansão, numa área nobre do nosso Estado. A exteriorização de riqueza, ela é evidente. Você encontrar dentro de uma residência, em espécie, notas trocadas de 100 dólares, 24.400 dólares, relógios, joias, algo de extremo valor, e principalmente, que são essas armas de fogo”, diz.
A ofensiva desta terça também tem como objetivo desestabilizar financeiramente o grupo, além de colher mais elementos para aprofundar as investigações.
A operação contou com apoio da do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (Homeland Security).
Os investigados vão responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico com emprego de arma de fogo e atuação interestadual, porte e comércio ilegal de armas de uso restrito, falsidade ideológica e lavagem de capitais.
Fonte:Pedro Bohnenberger e Gabriel Freitas e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 14/05/2025/14:16:25
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