Exportações do Pará crescem 3,6% em 2025 e China mantém liderança entre destinos
O cenário visto no ano passado já dava indícios da situação em que as exportações no Pará estão inseridas (Foto:APPA / Fotos Públicas / Arquivo).
Nos primeiros nove meses do ano, o estado exportou US$ 17,6 bilhões; minério de ferro segue como principal produto da pauta paraense
O Pará encerrou os nove primeiros meses de 2025 com alta de 3,6% nas exportações, totalizando US$ 17,6 bilhões. O desempenho positivo consolidou o estado como o 6º maior exportador do Brasil, segundo dados do painel Comex Stat, do Ministério da Indústria e Comércio.
As importações também cresceram de forma expressiva, atingindo US$ 2,1 bilhões — uma alta de 45,9% na comparação com o mesmo período de 2024. O saldo comercial, contudo, permanece amplamente favorável, com superávit de US$ 15,6 bilhões.
Minério de ferro domina a pauta de exportações
O minério de ferro e seus concentrados seguem liderando a pauta exportadora do Pará, com 46,6% de participação no total exportado. Em seguida aparecem os minérios de cobre (15,1%), a alumina (8,5%), o ouro não monetário (4,6%), o alumínio (2,5%) e a carne bovina (2,5%).
Mesmo com o leve crescimento geral, o mercado mineral apresentou oscilações nos preços internacionais, o que impactou parte da receita. Já o setor da indústria de transformação e da agropecuária mostrou avanço, impulsionado pelo aumento nas exportações de carne bovina e soja.
Embora o setor extrativo mineral ainda concentre a maior fatia das exportações, observa-se um movimento de diversificação da pauta. A agropecuária e a indústria de transformação vêm ampliando participação, impulsionadas pela demanda asiática e pela melhoria na infraestrutura logística da região Norte.
China mantém liderança entre os destinos das exportações
A China continua sendo o principal destino das exportações paraenses, absorvendo 46% do total vendido ao exterior entre janeiro e setembro. Outros países de destaque foram Malásia (5,4%), Japão (3,9%), Países Baixos (3,9%) e Espanha (3,2%).
Os Estados Unidos e nações da Europa também figuram entre os principais compradores, enquanto países da América do Sul e do Oriente Médio mantiveram participações menores, mas estáveis.
Em setembro de 2025, o Pará exportou US$ 2 bilhões, registrando alta de 0,5% na comparação anual. O saldo da balança comercial no mês foi de US$ 1,8 bilhão, e a China respondeu por 55,7% das compras do estado. O minério de ferro, mais uma vez, liderou a pauta, seguido por cobre, alumínio e carne bovina.
Fiepa aposta em diversificação de destinos
A gerente do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), Cassandra Lobato, avalia que o desempenho positivo da balança comercial paraense até setembro é resultado direto do esforço contínuo dos exportadores locais. Segundo ela, mesmo diante de desafios como a volatilidade cambial, conflitos internacionais e tarifas impostas pelos Estados Unidos, as indústrias do Estado mantêm a entrega de produtos de alta qualidade e conseguem preservar a confiança dos clientes tradicionais, além de conquistar novos mercados.
“Esse desempenho evidencia a fidelidade dos clientes tradicionais e a atratividade de nossos produtos em novos mercados, mesmo tratando-se de commodities de alta qualidade”, afirmou Cassandra.
A gerente destacou ainda que houve uma antecipação significativa das exportações, fator que contribuiu para o saldo positivo da balança, principalmente em segmentos diretamente afetados pelas tarifas norte-americanas. Entre os produtos com maior crescimento, ela citou os sucos de fruta (80,55%), a carne bovina (55,23%) e a madeira (0,44%). “Com isso, a balança comercial fechou com saldo positivo, revertendo variações negativas de períodos anteriores”, completou.
De acordo com os dados apresentados pela Fiepa, o Pará exportou US$ 17,6 bilhões até setembro, o que corresponde a quase 140 mil toneladas, representando um crescimento de 3,58% em relação ao mesmo período de 2024. Apesar do avanço, Cassandra pondera que a comparação entre agosto e setembro indica uma desaceleração nas exportações, reflexo dos efeitos das tarifas impostas pelos Estados Unidos. “Isso reforça a necessidade de diálogo e de estratégias de mitigação de impactos”, observou.
Mesmo com a China mantendo-se como principal destino das exportações paraenses, a Fiepa tem estimulado a diversificação de mercados e produtos. Cassandra explicou que a entidade busca reduzir a dependência de um único parceiro comercial, ampliando a presença da indústria paraense em países da Ásia e da Europa.
Segundo ela, a Fiepa atua em várias frentes para apoiar esse movimento, como o Centro Internacional de Negócios, o Observatório da Indústria e o programa Fiepa Redes. Essas iniciativas permitem monitorar dados comerciais, identificar oportunidades e oferecer análises estratégicas que orientam empresas na internacionalização de produtos tradicionais e não tradicionais.
“Apoiamos a inovação, a rastreabilidade e as certificações de qualidade, que são fundamentais para acessar mercados mais exigentes e de maior valor agregado”, afirmou a gerente.
Cassandra acrescentou que a federação também promove o diálogo entre empresas, sindicatos, universidades, centros tecnológicos e órgãos públicos, para garantir que a expansão ocorra de maneira segura, sustentável e alinhada ao desenvolvimento do Estado.
Fonte: O Liberal e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 16/10/2025/07:00:00
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