Mestre Damasceno, ícone da cultura paraense, morre aos 71 anos
Mestre Damasceno morreu aos 71 anos. | Reprodução
Mestre Damasceno, importante figura da cultura paraense, faleceu aos 71 anos em Belém. Suas contribuições ao carimbó e tradições sempre serão lembradas.
Mestre Damasceno, um dos grandes representantes da cultura paraense, faleceu na madrugada desta terça-feira (26), aos 71 anos, em Belém, em decorrência de um câncer e outras complicações de saúde.
Coincidentemente, o dia 26 de agosto — data de sua morte — marca também o Dia Municipal do Carimbó em Belém, o que reforça ainda mais o simbolismo de sua partida.
Ainda não foram divulgas informações sobre velório e sepultamento de Mestre Damasceno. Reconhecido por sua contribuição ao carimbó, ao Búfalo-Bumbá e às tradições do Marajó, o artista foi homenageado na Feira Pan-Amazônica do Livro e recebeu a honraria da Ordem do Mérito Cultural.
LUTA CONTRA O CÂNCER
Em junho deste ano, Mestre Damasceno recebeu o diagnóstico de um câncer em estágio de metástase, com comprometimento no pulmão, fígado e rins.
Desde o dia 22 de junho, o mestre marajoara estava hospitalizado em Belém. Inicialmente, foi levado ao Hospital Jean Bittar e, posteriormente, transferido para o Hospital Ophir Loyola.
Na unidade de terapia intensiva do Ophir Loyola, Mestre Damasceno enfrentava um quadro de pneumonia e falência renal, sob cuidados intensivos.
CINCO DÉCADAS DEDICADAS À ARTE
Natural da Comunidade Quilombola do Salvá, em Salvaterra, Mestre Damasceno nasceu em 1954 e dedicou mais de 50 anos à promoção e preservação das expressões culturais tradicionais do arquipélago do Marajó, no Pará.
Aos 19 anos, perdeu a visão em um acidente de trabalho, mas encontrou na arte um novo caminho para reconstruir sua trajetória de vida. Reconhecido como um ícone do carimbó, das toadas, da poesia oral e idealizador do Búfalo-Bumbá de Salvaterra — manifestação junina que une teatro popular, heranças quilombolas e referências à natureza amazônica —, Damasceno se tornou uma figura essencial da cultura nortista.
Com um repertório de mais de 400 músicas autorais e seis discos lançados, é lembrado como um verdadeiro símbolo de resistência e da potência cultural do Norte do Brasil.
Sua contribuição se destaca por ações que ajudaram a manter vivas e a atualizar as tradições populares da região marajoara.
Em 2013, criou o Conjunto de Carimbó Nativos Marajoara, que lançou quatro álbuns trazendo a essência do carimbó pau e corda — estilo característico do Marajó e marca registrada de sua obra.
HOMENAGEADO NA FEIRA DO LIVRO
Mestre Damasceno havia sido um dos artistas escolhidos para receber homenagem na 28ª edição da Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, ao lado da escritora Wanda Monteiro. O evento, realizado entre os dias 16 e 22 de agosto, no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém, reuniu um grande público ao longo da programação.
Durante a feira, uma das publicações lançadas foi “Mestre Damasceno e as Cantorias do Marajó”, escrita por Antonio Carlos Pimentel Jr. A obra, voltada ao público infantojuvenil, traz relatos e memórias do artista, apresentando sua trajetória e legado cultural às novas gerações.
Fonte: Jornal Folha do Progresso/Dário Pedrosa e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 26/08/2025/07:38:43
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