Netflix lança documentário sobre o caso Eloá, crime que parou o país em 2008
Foto: Reprodução | Ainda estão vivas na memória dos brasileiros as imagens do sequestro da jovem Eloá Pimentel, ocorrido em 13 de outubro de 2008.
Ainda estão vivas na memória dos brasileiros as imagens do sequestro da jovem Eloá Pimentel, ocorrido em 13 de outubro de 2008, em Santo André (SP). O caso, transmitido ao vivo pelas emissoras de TV, chocou o país pela violência, pela longa negociação e pelo desfecho trágico.
Agora, 17 anos depois, a Netflix lança o documentário “Caso Eloá – Refém ao Vivo”, com estreia marcada para 12 de novembro. A produção promete revisitar o episódio sob uma nova perspectiva, apresentando trechos inéditos do diário de Eloá, além de relatos do irmão Douglas Pimentel e da amiga Grazieli Oliveira, que falam publicamente sobre o crime pela primeira vez.
O documentário também reúne depoimentos de jornalistas e autoridades que acompanharam o caso e faz uma reconstrução detalhada das mais de 100 horas de sequestro que mantiveram o país em suspense.
Em outubro de 2008, o então namorado de Eloá, Lindemberg Alves, invadiu o apartamento da jovem, armado, mantendo como reféns ela, a melhor amiga Nayara Rodrigues e dois colegas de escola. Aos poucos, libertou parte das vítimas, mas se recusava a libertar Eloá, exigindo que ela reatasse o relacionamento.
As negociações com a polícia se estenderam por quatro dias. No dia 17 de outubro, após novas ameaças e impasse, a polícia decidiu invadir o apartamento. Durante o confronto, Lindemberg atirou em Eloá e Nayara. As duas foram levadas para o hospital, mas Eloá teve morte cerebral no dia seguinte.
Nayara sobreviveu ao tiro no rosto sofrido durante o sequestro. Ela precisou passar por cirurgias reconstrutivas e por um longo processo de recuperação física e emocional. Segundo reportagens de 2023, Nayara estudou engenharia e “hoje leva uma vida discreta”, evitando dar entrevistas sobre o caso. Em 2018, a Justiça de São Paulo condenou o governo estadual a pagar R$ 150 mil de indenização a ela por danos morais, estéticos e materiais, reconhecendo falhas da atuação policial no caso.
Lindemberg foi condenado originalmente a 98 anos e 10 meses, mas, por limitações legais da época (e por decisões judiciais posteriores), sua pena foi reduzida para cerca de 39 anos e 3 meses. Em março de 2025, uma decisão judicial reduziu em 109 dias sua pena. Ele já obteve saídas temporárias (“saidinhas”) — por exemplo, em 2024 ele foi liberado por uma semana. Em setembro de 2025, ele estava na lista de presos beneficiados pela saidinha temporária no Vale do Paraíba e Litoral Norte.
O regime de execução penal permite que presos no semiaberto cumpram parte da pena fora da prisão, desde que preencham critérios (bom comportamento, requisitos legais etc.). Lindemberg continua preso, mas sua condição já inclui benefícios previstos em lei, como saídas temporárias, e algumas reduções de pena. Seu caso ainda pode render novos desdobramentos conforme decisões judiciais e de execução penal.
COMOÇÃO NACIONAL
O crime gerou profunda comoção nacional e abriu debates sobre violência contra a mulher, cobertura midiática de crises e falhas nas operações policiais. Lindemberg foi preso em flagrante e, em 2012, condenado a mais de 90 anos de prisão.
Com o lançamento do documentário, o caso volta à pauta — não apenas como lembrança de uma tragédia, mas também como retrato de uma sociedade que, à época, assistiu ao vivo à última semana de vida de uma adolescente.
Fonte: e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 18/10/2025/07:25:43
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