Justiça anula portaria sobre grupo que estuda delimitação de terras indígenas

Descumprimento pode acarretar até seis meses de prisão, e multa (Foto:Dida Sampaio / Agência Estado)

Decisão estabelece prazo de 15 dias para a Funai tomar providências para o prosseguimento dos estudos

A Justiça Federal anulou portaria da Fundação Nacional do Índio (Funai) que alterou a composição original do Grupo Técnico (GT) responsável pela elaboração do Relatório Circunstanciado de Identificação e Delimitação (RCID) do território reivindicado pelo povo indígena mundurucu na área conhecida como planalto santareno, em Santarém, no oeste do Pará. A decisão acata pedido do Ministério Público Federal (MPF).

Assinada no último dia 20, a decisão também estabeleceu prazo de 15 dias para que o presidente e o diretor da área de Proteção Territorial da Funai tomem providências para o prosseguimento dos estudos, sob pena de multa diária de R$ 1 mil e de terem que responder por crime de desobediência, que pode acarretar até seis meses de prisão e multa. Além disso, outros atrasos cometidos pela Funai continuam passíveis de punição.

A criação do grupo de trabalho e a tomada de todas as providências necessárias para a realização do RCID são obrigações estabelecidas em acordo entre o MPF e a Funai homologado pela Justiça Federal. Porém, de setembro a dezembro do ano passado, a Funai descumpriu três ordens da Justiça Federal para que as providências referentes à segunda etapa do trabalho de campo fossem tomadas. E, em janeiro deste ano, publicou no Diário Oficial da União portaria que alterou a composição do grupo.

“Com efeito, a Portaria que modificou a composição do GT inicialmente constituído para cumprimento da sentença proferida nestes autos virtuais não apresentou nenhuma motivação (…). Dessa forma, a Portaria/Funai 1.536/2019 padece de vício de nulidade em razão da ofensa ao princípio da legalidade, devendo, portanto, ser invalidada”, registrou a decisão da Justiça Federal.

Por:Redação Integrada com informações do MPF

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INÉDITO: Índios fazem agradecimento a Bolsonaro por “abrir portas do agronegócio”

“Nós, povos indígenas, queremos fazer parte desse cenário de progresso e inclusão”, diz líder indígena.
Indígenas fazem ato de agradecimento a Bolsonaro em Manaus.(Foto Reprodução: A Crítica)

MANAUS, 27 de novembro de 2019 (A Crítica) – Um grupo de indígenas de diversas etnias esteve na entrada da abertura da 1ª Feira de Sustentabilidade do Polo Industrial de Manaus (fesPIM), que acontece nesta quarta-feira (27) em um centro de convenções na Zona Sul da capital.

Os líderes faziam questão de ressaltar que não se tratava de protesto, mas ato de agradecimento à presença do presidente Jair Bolsonaro e de apoio ao agronegócio no país. Os Indígenas que declaram apoio a Bolsonaro não participaram da abertura da feira, agenda exclusiva para convidados.

“É para agradecer o presidente por abrir as portas para o agronegócio no Amazonas, principalmente, com o plantio de cana de açúcar e de milho. O milho é uma cultura milenar dos povos indígenas. Os povos indígenas estão muito esperançosas de que isso venha trazer dignidade para o nosso povo que deseja igualdade e inclusão”, disse o cacique Jair Marinha.

“Nós, povos indígenas, queremos fazer parte desse cenário de progresso e inclusão no estado do Amazonas”, completou o líder indígena.

No início de novembro Jair Bolsonaro decidiu revogar o decreto 6.961, de 2009, que proibia plantações de cana de açucar no bioma amazônico. A decisão do governo brasileiro foi criticada pela União Indústria da Cana-de-açúcar (Unica), por favorecer a produção do Brasil no comércio internacional, segundo a entidade. Ambientalistas apontam que a expansão do cultivo pode colocar a Amazônia em cenário de colapso.

Incentivo ao agronegócio

Para o líder indígena Raimundo Sobrinho Baré o apoio do governo federal no incentivo ao agronegócio irá gerar sustentabilidade para as aldeias indígenas.

“Somos favoráveis à ocupação do agronegócio sustentável nas aldeias. Defendemos o extrativismo e a agricultura familiar. Entendemos que no extrativismo temos uma cadeia imensa se perdendo na natureza com produtos que deveriam estar no mercado consumidor”, disse.

Baré ponderou que o extrativismo familiar demanda formação técnica para o desenvolvimento das comunidades.  “Acreditamos que dentro desse agronegócio vamos ter o apoio técnico para ter essa produção que irá gerar renda para as famílias e trazer para o mercado consumidor mais alimentos”, declarou.

Na avaliação do líder indígena do Alto Solimões, Robério Kambeba, a parceria das empresas Millenium BioEnergia e Nativos da Amazônia com comunidades de diversas étnicas irá representar prosperidade para o futuro dos povos indígenas.

“Estamos no século 21 e ainda plantamos com a inchada. Essa parceria vai trazer no futuro o desenvolvimento sustentável para comunidades indígenas e uma plantação com qualidade na mesa do consumidor final”, disse.

Questionada sobre a substituição de antropólogos por engenheiros agrônomos para tratar da demarcação de terras indígenas na Funai, a indígena Alcilene Apurinã avalia que a medida, apesar de ter reacendido a polêmica sobre os direitos dos indígenas, não apresentará impactos negativos.

“Os antropólogos nunca deixarão de ser ouvidos. Hoje, a política e o movimento indígena estão buscando estreitar cada vez mais os laços de diálogo com o governo. Acredito eu não vamos ter dificuldades. O presidente agiu dessa forma por ser uma necessidade do governo em si e temos os nossos anseios particulares da comunidade indígena que vão se somar aos deles”, avalia a liderança indígena. (Com: A Crítica)

Comentário:

É a primeira vez que um presidente do Brasil é elogiado por indígenas por favorecer a expansão do agronegócio em suas terras. Bem diferente do que “pinta” a esquerda, como sempre, procurando cooptar a fala das minorias em seu próprio benefício, os índios realmente possuem o interesse de adquirir certo desenvolvimento.

A prova disso está na manifestação cada vez maior de grupos indígenas em favor do atual governo, uma vez que eles estão deixando ser se tratados como povos isolados e primitivos para serem convocados a assumir a responsabilidade pelo desenvolvimento sustentável de suas terras.

Por: Will R. Filho
Fonte: A Crítica / Comentário: Will R. Filho/27/11/2019 15h26
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Governo ignora críticas e nomeia pastor evangélico para cuidar de índios isolados

Contato forçado, segundo entidade, foi feito por meio de mentiras, violência e ameaças de morte (Foto:Sergio Moraes / REUTERS)

Entidade afirma que os indígenas ‘sofreram historicamente com a atuação de missionários proselitistas’, que fizeram contato forçado

O Ministério da Justiça e Segurança Pública nomeou o pastor evangélico Ricardo Lopes Dias para o cargo de coordenador-geral de Índios Isolados e de Recente Contato da Diretoria de Proteção Territorial da Fundação Nacional do Índio (Funai). A nomeação é assinada pelo secretário executivo da pasta, Luiz Pontel de Souza, e está formalizada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (5).

Conforme o jornal O Estado de S. Paulo informou na semana passada, a indicação do pastor evangélico e ex-missionário para chefiar a área levou a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), uma das principais ONGs do setor, a divulgar uma nota de repúdio contra sua nomeação.

Na nota, a Coiab argumentou que o País estará sujeito a “crimes de genocídio e etnocídio que serão cometidos contra os nossos parentes isolados e de recente contato caso se concretize a nomeação de uma pessoa ligada às atividades de proselitismo religioso para o setor da Funai que atua com esses nossos parentes”.

A entidade afirma que os indígenas “sofreram historicamente com a atuação de missionários proselitistas – muitos deles da Missão Novas tribos do Brasil (MNTB) – que fizeram contato forçado com nossos avôs e avós”.

Ricardo Lopes Dias já foi ligado MNTB e atuava como missionário, evangelizando índios na região da terra indígena Vale do Javari, no Amazonas, uma das maiores terras indígenas demarcadas do País, com mais de 8 milhões de hectares e que concentra o maior número de registros de povos indígenas isolados em todo o mundo.

Segundo a Coiab, o contato forçado foi feito por meio de mentiras, violência e ameaças de morte. “Em outras investidas de contato para nos evangelizar nos ofereceram presentes para atrair e nos enganar, muitas vezes esses presentes estavam contaminados com doenças, o que levou muitos de nossos parentes à morte”, declara a organização.

“Temos o direito de pensar e viver diferente da sociedade não indígena. Temos o direito a nossos territórios! Não vamos deixar que tais igrejas e esses fundamentalistas religiosos façam com nossos parentes isolados o que fizeram com nossas famílias no passado!”, conclui a Coiab. A Funai não se manifestou a respeito

Protestos

Diversas outras organizações não governamentais emitiram notas de repúdio contra a indicação de Ricardo Lopes Dias para cuidar da área de índios isolados. “A atuação missionária nas aldeias tem sido nociva tanto quanto as doenças, pois causa a desorganização étnica, social e cultural dos povos indígenas”, declarou a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja)

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) também protestou contra a escolha da Funai. “O governo Bolsonaro dá evidentes sinais de abandono à perspectiva técnico-científica, do respeito ao direito de existência livre desses povos, com seus próprios usos, costumes, crenças e tradições, em seus territórios devidamente reconhecidos e protegidos, para uma orientação neocolonialista e etnocida, de atração e contato forçados, com o uso do fundamentalismo religioso como instrumento para liberar os territórios destes povos à exploração por grandes fazendeiros e mineradores”, afirmou.

O Instituto Socioambiental (ISA) declarou que a indicação de Dias “alarma indigenistas, que veem no nome um risco à política consolidada de não contato com essas populações e o respeito ao isolamento voluntário desses povos”.

Historicamente, os missionários procuram promover o contato com povos indígenas isolados e de recente contato para evangelizá-los, o que contraria uma política consolidada no Brasil, referência para as políticas públicas de países vizinhas, lembra o ISA.

A Defensoria Pública da União (DPU) cobrou explicações da Funai e também manifestou “preocupação com as movimentações que podem indicar mudanças nas políticas públicas de proteção aos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato”. “O risco de uma nomeação que não atenda a critérios técnicos é a morte em massa de indígenas, decorrente de doenças a partir do contato irresponsável ou dos conflitos flagrantes com missões religiosas, madeireiros, garimpeiros, caçadores e pescadores ilegais”, disse a DPU.

Por:Agência Estado

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Moro determina envio da Força Nacional para apoiar Funai em terra indígena do Amazonas

Medida prevê apoio para Vale do Javari, que teve base atacada por caçadores e onde atuava funcionário da Funai morto a tiros. Determinação tem prazo de 180 dias e pode ser prorrogada.
Imagem do Vale do Javari de abril de 2011, em sobrevoo de monitoramento da Funai — Foto: Divulgação/Funai

O ministro da Justiça, Sergio Moro, determinou que a Força Nacional seja enviada à terra indígena Vale do Javari, no Amazonas, região onde atuava um funcionário da Fundação Nacional do Índio (Funai) morto em setembro deste ano e onde base de apoio tem sido alvo de ataques.

Segundo a portaria que determina o envio das tropas, publicada nesta quarta-feira (4) no Diário Oficial da União, a medida se dá “em apoio” à Funai e “serve para garantir a integridade física e moral dos povos indígenas e dos servidores da Funai”.

A determinação vale a partir desta sexta-feira (6) e tem validade de 180 dias, podendo ser prorrogada.

Em novembro, a Justiça Federal no Amazonas determinou que a União dê apoio operacional às equipes da Funai que atuam no Vale do Javari, incluindo, se necessário, o apoio de órgãos de segurança como a Polícia Federal, Militar e o Exército.

Justiça determinou apoio no Vale do Jari no mês de novembro

A decisão judicial determinava que fossem alocados “recursos materiais e orçamentários para garantir o apoio das atividades por no mínimo 6 meses”. A portaria desta quarta, no entanto, não menciona a determinação judicial.

A portaria assinada por Moro inclui a área da Frente de Proteção Etnoambiental do Vale do Javari, da Funai, incluindo a base de vigilância de Ituí, principal posto da fundação para proteção de índios isolados do país.

Funcionário da Funai morto e base atacada

Em setembro, um funcionário da Funai que atuava no Vale do Javari foi morto numa avenida de Tabatinga, no estado do Amazonas, após ser baleado com dois tiros na cabeça enquanto dirigia uma motocicleta. A Funai pediu à Polícia Federal para abrir inquérito sobre o caso.

O homem trabalhava na frente de proteção Etnoambiental Vale do Javari, no município amazonense de Atalaia do Norte. A região, segundo a Funai, possui a maior quantidade de registros confirmados de grupos de índios isolados do país.

Em novembro, a base de vigilância do Ituí sofreu o oitavo ataque de caçadores no período de um ano e o quarto de 2019.

Segunda maior terra indígena demarcada

A terra indígena Vale do Javari tem área de 8,5 milhões de hectares e faz fronteira com o Peru. É a segunda maior terra indígena demarcada do Brasil, atrás apenas da Yanomami, de 9,6 milhões de hectares de extensão.

Servidores da Funai consideram a base de Ituí, atacada em novembro, como fundamental para a proteção da terra indígena. Dos 28 registros confirmados de índios isolados no país, 10 estão no Vale do Javari. Por isso, a base é definida por especialistas como a mais importante de índios isolados do Brasil.

Por G1
04/12/2019 07h05
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Juiz condena União e Funai a indenizar indígenas por danos da Transamazônica

Magistrado entendeu que duas etnias foram afetadas por obra foi construída durante a ditadura militar(Foto:Reprodução Internet)

O juiz federal substituto da 1ª Vara Federal de Manaus, Lincoln Rossi da Silva Viguini, condenou nesta quinta-feira (22) a União e a Fundação Nacional do Índio (Funai) a indenizar indígenas de duas etnias em R$ 10 milhões por danos causados pela construção da Transamazônica durante a ditadura militar (1964-1985).

União e Funai também foram condenadas a criar uma base de apoio à saúde indígena das etnias tenharim e jiahui, reforma de três escolas e construção de novas, preservação de locais sagrados, como cemitérios, contratação de professores indígenas e criação de um centro de memória permanente, entre outras medidas. Cabe recurso à decisão.

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O juiz considerou provados, no curso do processo, todos os pontos principais da denúncia formulada em 2013 pelos procuradores da República Julio José Araújo Junior e Fernando Merloto Soave.

“A União foi totalmente omissa. Delegou ao DNIT (departamento de estradas) a tarefa de abrir a Transamazônica e não cuidou sequer minimamente das terras indígenas de sua propriedade, despreocupando-se com o conhecimento ancestral que iria desaparecer e enterrando a identidade do povo brasileiro”, escreveu o juiz Viguini.

“O caderno de provas constante dos autos demonstra cabalmente os atos por omissão e ação de ambas as rés (União e Funai).”

O processo judicial, acompanhado pelo grupo de trabalho Povos Indígenas e Regime Militar do Ministério Público Federal, foi aberto no contexto de uma série de conflitos e ameaças entre indígenas e não indígenas na região de Humaitá (AM).

Esses episódios culminaram em violência física entre o final de 2013 e o começo de 2014. Três moradores de Humaitá não indígenas foram mortos dentro da terra indígena, segundo inquérito da Polícia Federal.

Ao pesquisar as condições de vida dos indígenas, o Ministério Público cobrou na Justiça indenização pelos danos que as duas etnias sofreram quando a Transamazônica atravessou seu território, localizado no sul do Amazonas, por volta de 1972, no governo do general Emílio Garrastazu Médici (1969-1974).

O juiz federal Lincoln Viguini rejeitou, em sua decisão, o argumento da União e da Funai de que a ação não tinha sentido porque os fatos ocorreram há mais de 40 anos.

“As partes não impugnaram (negaram) os danos causados aos povos indígenas tenharim e jiahui. Apenas se limitaram a dizer que a rodovia teria sido construída há 40 anos e que não houve ação ou omissão de suas partes. Ocorre, neste ponto, que todo dano ambiental é imprescritível e seus efeitos são permanentes”, decidiu o juiz.

Outro ponto incontroverso, segundo o magistrado, é que a obra da Transamazônica foi feita “sem qualquer licenciamento ou estudo prévio de impacto ambiental. Jamais o governo federal se preocupou com a preservação de locais sagrados, cemitérios e espaços territoriais imprescindíveis ao sentimento de pertencimento dos povos tenharim e jiahui.”

O juiz federal afirmou que a preservação dessas terras “deve ser tratada como condição indispensável (‘sine qua non’) para a proteção de todos os demais direitos indígenas”.

O magistrado ressaltou que “é preciso rechaçar a ideia de que a terra indígena possa ser compreendida apenas pelas relações de produção, com viés lucrativo”. Ele citou várias decisões no mesmo sentido já tomadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Em 2017, a juíza federal Jaíza Maria Pinto Fraxe já havia condenado o DNIT e a construtora ASC ao pagamento de uma indenização também de R$ 10 milhões a título de danos morais coletivos sofridos pelos indígenas em razão da Transamazônica.

Na sua decisão, ela argumentou que a construção da rodovia “trouxe garimpeiros e exploração ilegal de minérios, o que resultou na contaminação dos recursos hídricos e dos mananciais de peixes, prejudicando a alimentação dos povos indígenas”.

Além disso, citou a chegada de madeireiros, que “instalaram serrarias e cortaram árvores de porte comercial de forma totalmente incontrolável, sem critérios e cautelas para o respectivo reflorestamento, causando danos à terra indígena jiahui, em especial com a formação de pasto no local”.

União e Funai podem recorrer da decisão do juiz Lincoln Viguini tanto ao próprio juiz quanto ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).

No processo, a União defendeu a improcedência do pedido de indenização, alegando que “não houve qualquer ato omissivo ou comissivo de sua parte”.

Segundo ela, “a construção da BR-230 não possui qualquer vínculo com os fatos narrados na inicial, pois que a obra se encerrou há 40 anos”.

Sobre os pleitos referentes à educação, “o modelo de assistência ocorre regularmente dentro das terras indígenas pelos DSEI’s (distritos sanitários) responsáveis.

A Funai argumentou “ausência de omissão; intromissão indevida na administração (devendo ser respeitada a separação dos Poderes); impossibilidade de condenação da Funai ao pagamento de indenização por danos morais coletivos; improcedência da demanda”.

Fonte:Folhapress
Rubens Valente
Atualizada em 22/08/2019 – 16h50min
Folhapress/Folha UOL
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Índios Parakanã ocupam sede da Funai em Altamira

Foto- Indigenas acampados na Norte Energia- Grupo protesta contra a nomeação do novo coordenador regional do órgão
A sede da Fundação Nacional do Índio, em Altamira, sudoeste paraense, foi ocupada por um grupo de índios da etnia Parakanã na manhã desta segunda-feira (25).
Os indígenas discordam da nomeação de Gilson Curuaia para o cargo de coordenador regional da fundação. Segundo os índios, o cargo deve ser ocupado por um servidor de carreira da Funai e não por uma liderança indígena indicada pela direção do órgão em Brasília.
Por: Redação ORM News
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