Justiça anula fraude de empresas que levou à grilagem de 563 mil hectares de terra ocupada por povos tradicionais no Pará

Ribeirinha de Montanha e Mangabal, no Pará — Foto: Mauricio Torres / Repórter Brasil

Ação do MPF aponta que empresas cometeram apropriação ilegal e que comunidades enfrentavam ameaças de expulsão e tentativa de invasão onde viviam.

Uma fraude envolvendo empresas no Pará que levou à grilagem, ou apropriação ilegal, foi anulada pela Justiça Federal referente ao equivalente a 563 mil campos de futebol no sudoeste do estado. Segundo divulgado pelo Ministério Público Federal (MPF) nesta segunda-feira (10), a área é ocupada por povos tradicionais.

O MPF informou que, por causa da fraude, as comunidades vinham enfrentando ameaças de expulsão e tentativas de invasão das terras onde viviam.

Entre as comunidades tradicionais prejudicadas pela grilagem, segundo o MPF, está a das famílias de ribeirinhos, que também são chamados de beiradeiros, do projeto de assentamento agroextrativista Montanha e Mangabal, em Itaituba, cuja área é de 54,4 mil hectares.

A sentença é do dia 17 de dezembro, declarando a área como de domínio público federal. As empresas Madeireira São João, Agricultura e Pecuária Irmãos Marochi e Brasnort Administração de Imóveis e Colonização ao pagamento de R$100 mil por danos morais coletivos.

O g1 tentava contato com as empresas até a publicação da reportagem, mas não havia obtido resposta.

De acordo com o MPF, a determinação judicial também confirmou decisão urgente publicada em 2006, ano em que o MPF ajuizou ação. “A decisão liminar proibiu réus de tentar tomar posse da área, tornou indisponíveis as matrículas das terras griladas, além de ter suspendido processos de regularização fundiária dessas áreas”, afirma o órgão. A sentença cita ainda que:

“A conduta (…) envolve décadas de alienações ilegais, erro cartório, judiciário, administrativo, além da má-fé dos requeridos mediante violação da conformidade legal do sistema registral (…). Portanto, trata-se de uma série de omissões e ações praticadas (…), cujos prejuízos econômicos, sociais e ambientais se prolongaram por décadas (…)”.

Investigações

Durante as investigações, o MPF disse que coordenou elaboração de levantamento da população de Montanha e Mangabal, com os pesquisadores Wilsea Figueiredo e Maurício Torres, da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Para provar que a posse da terra é coletiva, foram feitas árvores genealógicas até a 8ª geração de ascendentes de moradores da comunidade.

Os especialistas explicam que os “beiradeiros”, como são conhecidos, são descendentes de antigos seringueiros atraídos para a Amazônia pela febre da borracha no século XIX e ocupam a área há pelo menos 150 anos.

Outra vertente do estudo foi a ambiental, segundo o MPF.

O relatório final indicou que famílias estimulam a biodiversidade, principalmente ao buscarem cultivar grandes variedades de espécies de plantas. Mais de 30 espécies de mandioca são utilizadas, cada uma para usos nutricionais e medicinais diferenciados.

A pesquisa encomendada pelo MPF foi avaliada pelo professor de Direito da UFPA José Heder Benatti, doutor em Desenvolvimento Socioambiental, que deu parecer confirmando a posse coletiva da terra.

A ação do MPF também teve contribuição da consultoria jurídica do então Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Por g1 Pará — Belém

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Grilagem: servidores do Incra, ex-político e empresários do Acre são alvos da PF nesta quinta-feira

(Foto:Reprodução) – A Polícia Federal no Acre deflagrou, nesta quinta-feira (07/10/2021), a ‘‘Operação TAYASSU’’, que investiga organização criminosa estruturada para invadir, adquirir, desmatar e comercializar ilicitamente terras de domínio público federal localizadas na região sul do estado do Amazonas.

Segundo restou apurado, o grupo criminoso contava com a participação de empresários de Rio Branco/AC, além de servidor público do INCRA, que atuava no sentido de “esquentar” a documentação das áreas.

Além disso, foi identificada a participação de um ex-parlamentar do Estado do Acre que teria adquirido parte das áreas griladas e utilizado para criação de gado.

A investigação apurou que o grupo criminoso desmatou aproximadamente 1.600 (mil e seiscentos) hectares de terras da União, o que equivale a aproximadamente dezesseis milhões de metros quadrados.

A Justiça Federal do Amazonas autorizou o bloqueio/sequestro de bens e valores da Organização Criminosa até o valor de R$ 28.000.000,00 (vinte e oito milhões de reais). Trata-se do custo estimado pelo laudo pericial da Polícia Federal como o valor do dano ambiental causado.

Mais de 100 (cem) Policiais Federais cumprem, na data de hoje, com apoio do IBAMA, diversas medidas judiciais, como prisões preventivas, e quatorze mandados de Busca e Apreensão nas cidades de Rio Branco/AC, Senador Guiomard/AC, Acrelândia/AC, Boca do Acre/AM, Lábrea/AM e Pauini/AM.

O nome da operação faz referência ao principal núcleo do consórcio criminoso, que é composto por indivíduos que são conhecidos popularmente na região Sul do estado do Amazonas como “Queixadas”. A alcunha lhes foi atribuída em função de sempre andarem em bando e também pela agressividade dos mesmos em suas empreitadas de desmate. Dessa maneira, a nomenclatura “TAYASSU” é uma alusão direta ao nome científico do mamífero conhecido popularmente como “Queixada”.

Por: REDAÇÃO

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O clima tenso – Neri Prazeres acusado de articular morte de sindicalista em Novo Progresso

Em vídeo Alenquer disse estar marcado para morrer, mandantes é de Novo Progresso.

De acordo com o sindicalista, Neri Prazeres (foto) é o líder do movimento que planeja matá-lo, em seguida acusa o Presidente do Sindicato do Produtores Rurais Agamenon Menezes e o Presidente do Sintraff Sr. Dico de serem grileiros e também querem sua cabeça.

Em Um vídeo postado no YouTube o representante dos sem terras que liderou uma invasão em uma propriedade as margens da rodovia BR- 163, disse estar ameaçado de morte pelo Empresário de Novo Progresso e ex-prefeito Neri Prazeres.

Alenquer se intitular líder dos sem terras da rodovia BR-163, ele acusa o Presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Novo Progresso Agamenon Menezes de ter participado da morte de outro sindicalista (Brasília) em 2002 no distrito de Castelo de sonhos.

De acordo com Alenquer, foi registrado uma denuncia junto ao MPF, PF e ouvidoria agrária em Brasília. O sindicalista cita o nome do Procurador da República Felicio Pontes e afirma que todos os envolvidos serão presos.

Outro Lado

O Presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Novo Progresso, “Agamenon Menezes” , disse que as acusações não procedem e que  o vídeo já está nas mãos do advogado para as devidas providências. Ele grila terra e vende depois se faz de vitimas, relatou!

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*Líder do Sintraf e MST rebate divulgação de produtores rurais sobre invasão em Novo Progresso

*Conflito Agrário-Verdadeiro dono aparece e desarticula grande esquema de invasão e venda de terras

“Neri Prazeres”  divulgou nota dizendo este camarada chamado de Alenquer é uma figura conhecida na região por grilagem e terras, grila e vende, em Novo Progresso, criou uma associação envolvendo e extorquindo pessoas humildes , cobra R$ 100 a R$ 150 reais por cada sócio. Depois mais mensalidade e já possui mais de mil associados, basta fazer a conta quanto recebe por mês?  O sindicalista me procurou para dar apoio político, como eu não concordo com bandidagem, nunca dei e jamais darei apoio a este tipo de gente, então resolveu me atacar e me caluniar, mas como sempre fiz tudo dentro da lei, ele vai responder pelas calunias e difamação, diz a nota.

O Presidente do Sintraf o seu “Dico” , disse que tem história de dignidade frente seu trabalho no município e região, quanto a pessoa que divulgou o vídeo acredita ser desequilibrado e prefere não responder, pois acredita estar sendo perseguido com leviandade por este sujeito, disse.

ASSISTA O VÍDEO

https://youtu.be/qt4k79ynoME

Por Redação Jornal Folha do Progresso Vídeo Youtube
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