Agentes da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária chegam em Altamira após treinamento

Profissionais devem trabalhar em atividades de guarda, vigilância e custódia de presos, além de participar da preparação de novos agentes penitenciários.

Os agentes da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) chegaram neste sábado (10) ao presídio de Altamira, sudeste do Pará, onde aconteceu o massacre que deixou 58 pessoas mortas. De acordo com o Governo do Estado, todos os agentes passaram por treinamentos no Centro de Operações Penitenciárias (Cope) e já estão prontos para o serviço.

Ao todo foram 40 agentes da Força-Tarefa enviados para o estado. Segundo o Governo, eles vão trabalhar em atividades de guarda, vigilância e custódia de presos, além de participar do treinamento de novos agentes penitenciários pelo período de 30 dias. O envio aconteceu depois do pedido de apoio do governo do Pará ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Nos últimos cinco dias, a Força-Tarefa esteve no Complexo Penitenciário de Santa Izabel, região metropolitana de Belém. Durante a operação, foram apreendidos R$ 20 mil e 280 celulares, entre outros pertences que não deveriam estar dentro de unidades prisionais.

Massacre

O massacre no presídio de Altamira, sudeste do Pará, começou após um grupo de presos render um agente penitenciário que encontrou facas e estoques durante revista, de acordo com o secretário-geral da Ordem dos Advogados do Brasil do Pará (OAB-PA) Eduardo Imbiriba.

 Presos caminham sobre telhado em presídio de Altamira, no Pará, durante massacre que deixou 57 mortos — Foto: Reprodução/TV Globo

Presos caminham sobre telhado em presídio de Altamira, no Pará, durante massacre que deixou 57 mortos — Foto: Reprodução/TV Globo

Segundo o secretário, após a rendição do agentes, integrantes do facção criminosa Comando Classe A (CCA) invadiram o anexo onde estavam detentos que pertenciam ao Comando Vermelho (CV) e os homicídios foram realizados com as armas brancas que estavam escondidas.

De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), 41 morreram asfixiados e 16 foram decapitados. Na terça, mais um corpo foi encontrado carbonizado nos escombros do prédio.

Um relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) considera o presídio de Altamira como superlotado e em péssimas condições. No dia do massacre, havia 311 custodiados, mas a capacidade máxima é de 200 internos. Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Pará, dos 311 presos, 145 ainda aguardavam julgamento.

Liberação dos corpos

O Instituto Médico Legal (IML) informou na quarta que encerrou a necropsia dos 58 corpos de vítimas do massacre. De acordo com o órgão, 27 corpos foram liberados às famílias e os 31 restantes precisarão passar por exames de DNA para terem o reconhecimento concluído.

 Covas foram feitas para enterro de presos em Altamira. — Foto: Reprodução/ TV Liberal

Covas foram feitas para enterro de presos em Altamira. — Foto: Reprodução/ TV Liberal

Ainda segundo o IML, o trabalho concluído foi feito por peritos criminais e peritos médico legistas da própria Unidade Regional de Altamira; um perito odontologista forense, que foi deslocado de Belém; e uma equipe de peritos criminais do Laboratório de Genética Forense, do Instituto de Criminalística (IC), que realiza os exames de DNA.

Por:Por G1 PA — Belém

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Após massacre, saída temporária de presos para o Dia dos Pais é feita de forma parcelada

Presidio em Altamira- (Foto:Reprodução) – No total, 1.176 presos serão beneficiados com a saída temporária de Dia dos Pais este ano no Pará. De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe), para segurança externa e controle interno, a saída de presos do regime semiaberto das unidades da região metropolitana de Belém para o Dia dos Pais será feita de modo parcelado.

As saídas serão fracionadas, às terças-feiras do mês de agosto, começando por esta terça (6) e dias 13, 20 e 27. Serão liberados 300 internos por vez, em ordem alfabética.

A decisão de parcelar foi tomada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA) a partir da Portaria 001/2019, publicada no Diário Oficial de 30 de julho.

A duração da saída temporária é de sete dias, com saída às 8h e retorno às 14 horas do dia marcado.

Por: G1/Pa

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Presídio de Altamira recebe novos agentes após massacre que matou 58 detentos

De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), ao todo, o CRR de Altamira receberá 18 agentes, sendo 16 homens e duas mulheres.(Foto:Reprodução)
Novos agentes prisionais começam a trabalhar no presídio de Altamira

O Centro de Recuperação Regional (CRR) de Altamira recebeu nesta segunda-feira (5) os primeiros quatro agentes penitenciários empossados no sábado (3), após o massacre que deixou 58 pessoas mortas na última segunda-feira (29). De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), ao todo, o CRR de Altamira receberá 18 agentes, sendo 16 homens e duas mulheres.

O governo do Pará empossou 485 agentes penitenciários chamados do último concurso público. Os novos agentes empossados iniciam o trabalho na segunda-feira (5) e serão alocados em unidades prisionais nas regiões metropolitana da capital, Carajás, Guamá, Xingu e Baixo Amazonas. Eles serão comandados pela Polícia Militar, durante período de treinamento, e pela Força Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP), que estão no estado.

Reconhecimento de corpos

O Instituto Médico Legal (IML) do município continua no processo de identificação dos corpos. Segundo o IML, cinco famílias ainda não compareceram no instituto para realizar a coleta do material genético para a identificação por DNA dos 30 corpos carbonizados durante o incêndio em um dos pavilhões do presídio, que matou 42 pessoas asfixiadas. O IML já identificou 28 e liberou 27 corpos para familiares das vítimas.
IML de Altamira, no Pará — Foto: Reprodução / TV Liberal

IML de Altamira, no Pará — Foto: Reprodução / TV Liberal
IML de Altamira, no Pará — Foto: Reprodução / TV Liberal

Massacre no presídio

Um confronto entre facções criminosas dentro do presídio de Altamira causou a morte de 58 detentos. Na segunda-feira (29), líderes do Comando Classe A (CCA) incendiaram a cela onde estavam internos do Comando Vermelho (CV). De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), 41 morreram asfixiados e 16 foram decapitados. Na terça, mais um corpo foi encontrado carbonizado nos escombros do prédio.

Após as mortes, o governo do estado determinou a transferência imediata de dez presos para o regime federal. Outros 36 seriam redistribuídos pelos presídios paraenses.

Outros quatro presos morreram foram mortos durante o transporte para Belém. Com isso, o número de mortos chegou a 62.

Um relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) considera o presídio de Altamira como superlotado e em péssimas condições. No dia do massacre, havia 308 custodiados no regime fechado. De acordo com a Susipe, a capacidade máxima da unidade é de 208 internos.
Massacre no presídio de Altamira — Foto: Arte/G1

Massacre no presídio de Altamira — Foto: Arte/G1
Massacre no presídio de Altamira — Foto: Arte/G1

 

Por G1 PA — Belém
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Altamira: por causa do mau cheiro, famílias desistem de velar mortos do massacre

Covas foram feitas para enterro de presos em Altamira. — Foto: Reprodução/ TV Liberal
Por causa do mau cheiro causado pelo estado de decomposição dos corpos, familiares têm desistido de velar vítimas do massacre no presídio de Altamira, no interior do Pará. Em vez da cerimônia, os caixões saem direto do IML (Instituto Médico Legal) para algum cemitério da cidade.
Leia mais:Polícia indicia por homicídio 26 presos que estavam no caminhão onde 4 detentos foram mortos no Pará

*Agentes de Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária já estão em Belém

*Presos de Altamira são mortos dentro de caminhão durante transferência para Belém; Segup e MP apuram o caso

*Sobe para 58 numero de detentos mortos em Altamira

Foi o caso de Anderson dos Santos Oliveira, 26, um dos 62 mortos no ataque promovido pela facção Comando Classe A (CCA) contra rivais do Comando Vermelho (CV). Assassinado na manhã de segunda-feira (29), ele foi enterrado mais de 48 horas depois. “O corpo já está em decomposição”, afirmou a esposa Sirleide Cardoso Pereira, 41.

Um velório coletivo das vítimas do massacre chegou a ser planejado na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, mas apenas dois caixões chegaram lá – ainda assim, era possível sentir o odor através da madeira. “A funerária informou que as outras famílias desistiram por causa da situação dos corpos, que demoraram mais para sair”, disse uma recepcionista.

Até a noite de ontem, 27 corpos haviam sido liberados do IML. Outros 31, entretanto, só devem ser entregues às famílias após identificação por DNA.

Desde o massacre, parentes se reuniram na frente do local para tentar reconhecer as vitimas e passaram também a reclamar da demora de atendimento.

Fonte:UOL /Felipe Resk e Daniel Teixeira, enviados especiais

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Sergio Moro autoriza intervenção penitenciária por 30 dias no Pará

(foto:Bruno Cecim / Agência Pará)- Moro vai enviar força-tarefa de intervenção penitenciária para atuar no Pará por 30 dias

Medida se dá devido ao massacre ocorrido na segunda-feira (29), no Centro de Recuperação Regional de Altamira

O ministro da Justiça Sérgio Moro anunciou, nesta terça-feira, 30, o envio de uma força-tarefa de intervenção penitenciária para atuar no Pará por 30 dias, em razão da chacina ocorrida na manhã desta segunda-feira, 29, no Centro de Recuperação Regional de Altamira (CRRAlt), no sudeste do Estado, que causou ao menos 58 mortos.

Leia mais:

Sobe para 58 numero de detentos mortos em Altamira

Em uma rede social, Moro afirmou que a medida foi tomada após o pedido do governador Helder Barbalho (MDB), e que possui o objetivo de auxiliar na construção de melhoras estruturais penitenciárias. “Há ainda presídios naquele Estado que serão brevemente finalizados, melhorando o cenário. Vamos ajudar”, prometeu o ministro.

 A medida foi tomada após o pedido do governador Helder Barbalho (Bruno Cecim / Agência Pará)
A medida foi tomada após o pedido do governador Helder Barbalho (Bruno Cecim / Agência Pará)

A força-tarefa, que contará com o apoio logístico dos órgãos de administração penitenciária e segurança pública do Estado, atuará em atividades de guarda, vigilância e custódia de presos.

O número de profissionais disponibilizados vai atender ao planejamento dos órgãos envolvidos na operação, no entanto, por segurança, o Ministério da Justiça explica que não serão informados detalhes sobre o efetivo.

Por:Redação Integrada de O Liberal com informações da Folha
30.07.19 18h45

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Sobe para 58 numero de detentos mortos em Altamira

Massacre em Altamira tem mais um detento morto

Corpo de mais um preso morto durante rebelião estava sob os escombros da unidade penal
Subiu para 58 o número de presos mortos durante um massacre ocorrido, na segunda-feira (29), no Centro de Recuperação Regional de Altamira, no oeste paraense. O Instituto Médico Legal do Pará confirmou a morte na noite desta terça-feira (30), após fazer nova checagem no local e encontrar um detento sob os escombros da unidade penal.

Leia Também:Massacre do Pará: Presos envolvidos em confronto começam a ser transferidos de Altamira

*Veja a lista dos mortos do massacre em Altamira no Pará

Os profissionais do IML trabalham neste momento para identificar a vítima.

Entenda o caso – Detentos do Centro de Recuperação Regional de Altamira (CRRA), no sudeste do Pará, iniciaram um confronto por volta das 7 horas da manhã da segunda-feira (29). Os líderes do Comando Classe A (CCA) colocaram fogo em uma cela que pertence a um dos pavilhões do presídio, onde ficavam integrantes do Comando Vermelho (CV). De acordo com o superintendente da Susipe, Jarbas Vasconcelos, devido à unidade ser mais antiga, construída de forma adaptada a partir de um contâiner, com alvenaria, o fogo se alastrou rapidamente e alguns dos internos morreram por asfixia. Nenhum servidor do órgão foi morto.

Local ficou parcialmente destruído após ação dos grupos criminosos Local ficou parcialmente destruído após ação dos grupos criminosos (Bruno Cecim / Agência Pará)
Local ficou parcialmente destruído após ação dos grupos criminosos Local ficou parcialmente destruído após ação dos grupos criminosos (Bruno Cecim / Agência Pará)

Ainda na segunda-feira, o Governo do Pará anunciou que faria a transferência de 46 presos que estavam custodiados em Altamira, para outras unidades penitenciária, o que foi concluído na noite desta terça (30). Ao todo, 16 deles vieram para Belém e, da capital, 10 serão levados para unidades penitenciárias de outros estados e seis serão redistribuídos para carceragens da região metropolitana de Belém. Os 30 restantes, ficarão em outras penitenciários do Pará.
Por:Redação Integrada
30.07.19 21h31
– Atualizado em 30.07.19 21h34
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Massacre em Manaus-PCC é isolado em Manaus e confronto entre facções põe SP e Rio em alerta

O governo do Amazonas decidiu reativar uma cadeia para transferir e manter em segurança detentos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), que estão recebendo ameaças após as 60 mortes registradas no domingo e na segunda-feira em duas prisões de Manaus. Segundo autoridades que investigam o crime organizado, a medida apenas encerra um capítulo da guerra declarada entre o PCC e o Comando Vermelho (CV). Em São Paulo e no Rio, berços desses grupos, respectivamente, a atenção sobre os líderes dentro das cadeias foi redobrada, para evitar represálias pelo País.

Segundo o Serviço de Inteligência da polícia do Amazonas, 98% da população carcerária – cerca de 10 mil detentos – pertence à organização Família do Norte (FDN), aliada do CV e responsável pelo massacre. Depois das mortes e das transferências, acredita-se que a situação local está controlada – e uma reação do PCC no Estado está descartada.

A guerra entre o PCC e o CV se intensificou em junho, depois do assassinato do narcotraficante Jorge Rafaat Toumani, de 56 anos. O “rei do tráfico” sofreu uma emboscada na fronteira com o Paraguai e o atentado é atribuído a integrantes do PCC. Segundo investigações do Ministério Público Estadual (MPE), o PCC então não dividiu o domínio do tráfico, o que motivou o racha com o CV.

Na sequência, chegaram a 18 os presos mortos em rebeliões em presídios de Boa Vista (Roraima) e Porto Velho (Rondônia), em outubro. Depois, o sistema prisional do Rio teve de transferir integrantes do PCC para presídios ocupados por inimigos do CV. Em São Paulo, o Primeiro Comando chegou a fazer um levantamento de quantos presos de facções de outros Estados estão no sistema para uma eventual represália.

Segundo o promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, investigações detectaram que o PCC está em todos os Estados, mas enfrenta forte resistência no Norte e no Nordeste. A FDN decidiu acabar com o PCC no Amazonas. Mas não se sabe como o PCC reagirá. “A situação se agrava quando o poder público tem de equacionar facções criminosas rivais em um espaço pequeno e muito limitado. É uma tragédia anunciada”, afirma a desembargadora Ivana David, juíza corregedora por dez anos e especialista em crime organizado.

Segundo Gakiya, há uma forte preocupação em isolar a cúpula da organização criminosa paulista, que está, desde o mês passado, no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), na penitenciária de Presidente Bernardes. Nesta terça-feira, 3, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) procurou minimizar a questão. “Não tem nenhuma relação, aqui não teve problema nenhum”, disse. “O que importa é ter prevenção, inteligência, isolar líderes. A lógica do RDD é romper o fluxo de dinheiro. À medida que você isola, tira a comunicação.”

No Amazonas. Desativada em outubro por recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), “por graves violações de direitos humanos”, a Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa começou a receber detentos que saíram do Centro de Detenção Provisória Masculino, do Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat) e da Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) – nesta, quatro presos morreram na segunda, em um episódio considerado como continuação do massacre no Complexo Anísio Jobim (Compaj), que deixou 56 mortos. Até o início da noite desta terça, 223 detentos haviam sido levados para o centro da capital.

Temendo novos ataques, presos do Ipat chegaram a dar início a um motim na segunda, mas acabaram contidos pela Polícia Militar. Na manhã desta terça, foi a vez do Centro de Detenção Provisória Masculina (CDPM), também vizinho ao Ipat e ao Compaj, se agitar. Do lado de fora, familiares demonstravam preocupação. O neto da aposentada Maria Joaquina da Silva Sena, de 76 anos, esperava julgamento na unidade. “Eles estão com medo, gritando tanto que daqui de fora dá para ouvir. Isso tem de ser resolvido.”

A doméstica Daiane Souza, de 24 anos, fazia coro à reclamação. “Se a gente ficar calada, só vai vir os pedaços, como aconteceu no Compaj”, disse ela, cobrando atenção para a situação do irmão, que está preso. Diante do massacre no Compaj, que também enfrenta problema de superlotação, o governador do Amazonas, José Melo (PROS), anunciou na segunda a construção de três unidades prisionais em Manaus, Manacapuru e Parintins – a ser iniciada neste ano. O objetivo da administração é ampliar em mais de 4 mil vagas a capacidade prisional.

Além disso, a Polícia Militar passou a integrar a segurança de unidades prisionais de Manaus. Nesta terça, o secretário de Segurança, Sérgio Fontes, foi questionado se o reforço afetaria o policiamento de rua na capital. Ele disse que, apesar de “o cobertor ser curto”, o remanejamento era necessário.

Ele também evitou falar de transferências. “Presos só irão para presídios federais quando as investigações terminarem. Sabemos mais ou menos quem são os líderes porque tratamos com eles na hora da negociação. Mas esse saber não é suficiente. É preciso provar e você só prova com um inquérito formal.” Ele ressaltou que agora o “sistema está sob controle”.
Estadão

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CNJ investiga desembargador que inocentou PMs do Carandiru.

(Foto Rebelião Carandiru- Divulgação Internet) -Ivan Sartori tem 15 dias para apresentar explicações ao Conselho Nacional de Justiça

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu uma investigação contra o desembargador Ivan Sartori, do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo, por sua conduta no julgamento de recurso sobre o massacre do Carandiru, em que 111 presos foram assassinados.

Em 27 de setembro, a 4ª Câmara Criminal do TJ anulou os julgamentos dos 74 policiais militares condenados em primeira instância. Ivan Sartori votou para que os policiais fossem inocentados.

O G1 procurou a assessoria do Tribunal de Justiça de São Paulo e aguardava retorno.

Para Sartori, como não é possível saber quem disparou tiros contra os detentos, todos os PMs devem ser inocentados. “Não houve massacre. Houve sim uma contenção necessária à imposição da ordem e da disciplina”, disse Sartori durante seu voto no TJ.

Após a repercussão negativa, o desembargador provocou uma polêmica em sua página pública do Facebook por sugerir que parte da imprensa que acompanhou o julgamento pode ser financiada pelo crime organizado.

Em outubro, mais de 60 juristas, jornalistas e organizações não-governamentais (ONGs), como a Conectas, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a Justiça Global, o Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos e o Instituto Vladimir Herzog, enviaram uma reclamação disciplinar ao CNJ pedindo o “afastamento de Sartori em caráter liminar e a apuração de abusos, quebra de decoro, falta de isonomia e imparcialidade na condução do caso”.

O ministro João Otávio de Noronha, corregedor nacional de Justiça, negou o pedido de liminar, mas determinou a abertura de investigações “a fim de se aferir eventual violação dos deveres funcionais” por parte de Sartori. O desembargador tem 15 dias para se manifestar.
Por O Globo
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