Funai, Ibama e PM Ambiental destroem 31 balsas e avançam no combate ao garimpo na região do Rio Madeira (AM)
(Foto: Divulgação/Funai) – Pelo menos 31 balsas utilizadas pelo garimpo ilegal foram destruídas entre os dia 11 e 15 março na região do Rio Madeira, no Amazonas.
Grande parte das estruturas ilegais foi encontrada nas Terras Indígenas Setemã e Arary, áreas tradicionalmente ocupadas por povos originários que têm sofrido graves impactos devido à atividade garimpeira predatória. As ações ocorrem no âmbito da Operação Xapiri, coordenada pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com o apoio da Polícia Militar Ambiental. A Funai reforça que todo garimpo em terra indígena é ilegal.
A Operação Xapiri é fruto de diversas reuniões estratégicas entre a Funai e o Ibama, que desde dezembro de 2024 trabalham na organização de ações para coibir a atividade garimpeira ilegal na região do Rio Madeira. A operação leva o nome “Xapiri” porque o termo remete aos espíritos protetores da floresta, em referência à luta pela preservação ambiental e pelos direitos dos povos indígenas.
As ações têm como principais objetivos desarticular a mineração ilegal nas proximidades e dentro das terras indígenas, além de combater outros crimes ambientais praticados na região. A operação segue em andamento, sem data definida para ser encerrada. As forças envolvidas reforçam o compromisso com a preservação do meio ambiente e a proteção dos direitos dos povos indígenas, buscando garantir um futuro sustentável para as comunidades afetadas. Até o momento, fiscais do Ibama emitiram um quantitativo expressivo de autos de apreensão e destruição de balsas ilegais utilizadas na exploração de ouro:
11/03 – 04 balsas destruídas
12/03 – 08 balsas destruídas
13/03 – 02 balsas destruídas
14/03 – 05 balsas destruídas
15/03 – 12 balsas destruídas
Durante a operação, também foi realizada a identificação de 25 trabalhadores em situação análoga à escravidão, sendo dois menores de idade. Na ocasião, as ações contaram com o apoio da Polícia Federal, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e do Ministério Público do Trabalho (MPT).
Impactos do garimpo ilegal
A exploração de ouro na região do Rio Madeira tem causado prejuízos socioambientais severos. O despejo indiscriminado de mercúrio contamina a água, comprometendo a saúde de ribeirinhos e comunidades indígenas, além de impactar a fauna e a flora locais. A presença de garimpeiros ilegais também gera conflito com os povos indígenas, resultando em episódios de intimidação e violência.
A atividade ilícita polui os rios com mercúrio, utilizado no processo de extração do ouro, que envenena peixes e outros organismos aquáticos, afetando a principal fonte de alimentação e sustento das comunidades locais. O garimpo resulta ainda na destruição de habitats, promovendo o desmatamento, além de movimentar sedimentos no fundo das águas, o que altera o curso dos rios e prejudica a biodiversidade da Amazônia.
O que são balsas de garimpo
As balsas ou dragas utilizadas pelo garimpo ilegal são estruturas com uma ponta chamada de “abacaxi” e uma tubulação conectadas a uma motobomba acoplada em um motor a diesel. A ponta perfura o leito do rio revirando os sedimentos, enquanto a motobomba suga a água e a despeja novamente no rio — procedimento conhecido como “arroto”. Nesse processo, também é utilizado o mercúrio, que contamina a água e mata os peixes.
A deterioração da qualidade da água prejudica diretamente as comunidades indígenas, já que muitas dessas balsas estão localizadas em frente a territórios tradicionalmente ocupados. Os indígenas relatam que não conseguem beber essa água e, quando bebem, passam mal. Além disso, a utilização dessas estruturas causa danos também porque de tempos em tempos os garimpeiros trocam o óleo do motor e jogam os resíduos no rio.
Fonte: Governo Federal e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 19/03/2025/13:08:55
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