Torre micrometeorológica amplia pesquisas sobre o clima na Amazônia
Torre micrometeorológica instalada na Fazenda da Ufopa. — Foto: Reprodução/Ufopa
Estrutura instalada na Fazenda Experimental da Ufopa integra o projeto internacional CarbonARA-Brazil, que investiga fluxos de carbono na região.
Uma torre micrometeorológica de 40 metros de altura foi erguida na Fazenda Experimental da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), em Santarém, oeste do Pará. A instalação marca mais uma etapa da campanha de campo do projeto CarbonARA-Brazil, que segue até outubro deste ano na região do Baixo Amazonas.
A iniciativa faz parte de uma expedição científica voltada a investigar os fluxos de carbono na Amazônia, liderada pelo King’s College London e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), com financiamento da Agência Espacial Europeia (ESA) e parceria da Ufopa.
As torres micrometeorológicas são estruturas equipadas com sensores capazes de medir fluxos de energia, água e carbono entre o solo, a vegetação e a atmosfera. Essas medições são fundamentais para compreender os impactos das mudanças climáticas e das atividades humanas sobre os ecossistemas, além de aprimorar modelos de previsão climática. A nova torre permitirá o monitoramento contínuo das condições atmosféricas na Amazônia e contribuirá para estudos sobre a qualidade do ar e o balanço de carbono.
A montagem foi conduzida pelo professor Júlio Tota, do Instituto de Engenharia e Geociências (IEG) da Ufopa e coordenador local do projeto. Segundo ele, a estrutura representa um avanço expressivo nas pesquisas regionais sobre o clima amazônico, ao reunir instrumentos de alta precisão voltados para o registro detalhado de dados meteorológicos e ambientais.
Com cerca de 660 hectares, a Fazenda Experimental da Ufopa está situada no km 37 da Rodovia Curuá-Una (PA-370) e serve de espaço para atividades de pesquisa e formação acadêmica. O coordenador da unidade, Ronaldo Francisco de Lima, destacou que a instalação da torre consolida o papel da Fazenda como um polo de pesquisa ambiental e climática no oeste do Pará. Ele afirmou que a presença do Observatório Atmosférico e da torre do projeto CarbonARA reforçam a vocação da universidade como um “laboratório vivo”, onde ciência e sustentabilidade se unem em prol do desenvolvimento regional.
O projeto CarbonARA-Brazil, com duração prevista de dois anos, reúne instituições brasileiras e estrangeiras com o objetivo de aprofundar o conhecimento sobre os fluxos de carbono, os efeitos das queimadas e o papel da Amazônia no equilíbrio climático global. No Brasil, a coordenação é do Inpe, dentro do projeto GAS-AMZ, liderado pelo pesquisador Luiz Aragão, chefe da Divisão de Observação da Terra e Geoinformática. Com mais de duas décadas de experiência, Aragão é referência nos estudos sobre os impactos das mudanças ambientais no sistema terrestre.
A Ufopa é a única universidade amazônica a integrar essa rede internacional de pesquisa e será responsável pela coordenação das atividades científicas locais, especialmente na região do Baixo Tapajós. Segundo Júlio Tota, serão instaladas mais de quatro toneladas de equipamentos, avaliados em cerca de R$ 30 milhões, para garantir a coleta de dados com o mais alto padrão técnico.
As atividades do projeto têm autorização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e também ocorrerão em áreas da Floresta Nacional do Tapajós, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), no âmbito do programa LBA (Large Scale Biosphere-Atmosphere Experiment in Amazonia).
Durante a campanha, uma aeronave de pesquisa da British Antarctic Survey (BAS) fará sobrevoos na Flona Tapajós para coleta de dados atmosféricos. A BAS, instituição britânica reconhecida por seus estudos sobre o aquecimento global, se une à ESA na análise integrada dos resultados, que também incluirão dados orbitais obtidos por satélites.
Fonte: G1 Santarém e Região — PA e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 07/10/15:40:44
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