4 vezes mais lucro que gado: o negócio verde que pode transformar o campo brasileiro
Foto: Reprodução | Rendimentos da restauração natural podem superiores na comparação com atividades agropecuárias, diz estudo realizado por pesquisadores da UFMG
Um estudo desenvolvido por pesquisadores do Programa de Pós-graduação em Análise e Modelagem de Sistemas Ambientais, parte do Instituto de Geociências (IGC) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), demonstra que o reflorestamento de áreas degradadas pode trazer mais ganhos aos proprietários rurais do que a manutenção do gado na região do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, localizado na Zona da Mata Mineira.
O estudo combinou o diagnóstico de paisagem com uma modelagem de cenários futuros, projetados até 2050, para entender como a restauração pode tornar a terra mais rentável do que seu uso para a pastagem em cenários ligados à comercialização de créditos de carbono. De acordo com os resultados, o bônus dos créditos de carbono sobre a atividade de pecuária extensiva pode ser até quatro vezes maior.
A análise da dinâmica de uso do solo foi feita na área do entorno do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, uma reserva de Mata Atlântica que abrange até 15 municípios mineiros. Foram consideradas três séries históricas — 1985, 2005 e 2022 —, além de mapas de cobertura do solo extraídos do projeto MapBiomas, a fim de quantificar as mudanças no uso do espaço florestal.
Em seguida, levou-se em conta a projeção de cenários futuros, até o ano de 2050, de acordo com técnicas de modelagem determinística e probabilística que comparavam diferentes trajetórias da área de mata: a manutenção do uso atual da terra para a pastagem, seu manejo sustentável e a restauração florestal em intensidades distintas.
O estudo também considerou uma análise econômica das receitas geradas por créditos de carbono que seriam resultado da restauração das áreas verdes.
De acordo com os dados, nos cenários mais favoráveis à restauração, a venda de créditos de carbono elevaria o rendimento financeiro por hectare de terra e superaria a renda da pecuária extensiva em até quatro vezes — ou seja, converter áreas degradadas em áreas restauradas seria mais vantajoso financeiramente.
Além disso, os benefícios da restauração se acumulariam ao longo de décadas, de acordo com a velocidade e a extensão das ações de recuperação. Segundo os pesquisadores, para proprietários com áreas degradadas e baixa produtividade, os projetos de restauração e a venda de créditos de carbono poderiam constituir uma alternativa mais rentável de pagamentos por serviços ambientais (PSA) — mecanismos públicos e privados que remuneram os serviços ecossistêmicos, como programas federais e estaduais e negociações com compradores internacionais de créditos.
Enquanto o uso para a pastagem de gado significaria renda de cerca de US$ 280 mil ao ano, a restauração da área florestal e a posterior venda de créditos de carbono poderiam chegar a até US$ 1 milhão de receita anual; e, caso a área de recuperação fosse considerada prioritária, o lucro poderia ser ainda maior, de cerca de US$ 3,7 milhões ao ano.
Essa perspectiva poderia se estender ainda a outros espaços florestais de restauração prioritária no Brasil, ligados à economia verde. Na Zona da Mata mineira, são pelo menos 5.801 hectares prioritários para restauração.
Fonte: Revista Forum e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 13/10/2025/15:46:58
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