Foto: Reprodução | Atividade promovida pela UNAMA Santarém oferece serviços jurídicos e reforça compromisso social com mulheres em situação de vulnerabilidade.
O Centro de Referência Maria do Pará recebeu, uma ação de atendimento jurídico gratuito promovida pelo Núcleo de Práticas Jurídica (NPJ) da UNAMA Santarém. A iniciativa teve como público prioritário mulheres vítimas de violência doméstica, mas também contemplou outras demandas jurídicas.
Os atendimentos foram concentrados na área do Direito das Famílias, abrangendo casos de pensão alimentícia, guarda de filhos, pedidos de alimentos, divórcio e dissolução de união estável. A atividade, realizada por ordem de chegada, contou com a supervisão de professores e advogados orientadores.
Vivência prática e formação profissional
A ação teve caráter pedagógico e social. Por um lado, proporcionou aos estudantes de Direito a oportunidade de aplicar na prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula. Por outro, garantiu à população o acesso gratuito a serviços jurídicos essenciais.
Ana Paiva, acadêmica do décimo semestre, participou pela segunda vez da atividade. “Trabalhar diretamente atendendo essas mulheres que, muitas vezes, são vítimas de violência doméstica está agregando muito para mim. Nós conseguimos ter um olhar mais sensível, mais humano sobre essas pessoas que passam por situações complicadas,” afirmou.
Já Rodolfo Tavares da Silva, também acadêmico, vivenciou a experiência pela primeira vez. “Esse tipo de ambiente é bem importante para a comunidade, principalmente para aquelas mulheres que não têm acesso à informação ou não conhecem seus direitos. A gente vem aqui e dá aquele suporte, esclarecendo dúvidas e reforçando o entendimento jurídico,” destacou.
Parceria e impacto social
A coordenadora do NPJ da UNAMA Santarém, Alessandra Branches, explicou que a parceria com o Centro Maria do Pará existe há mais de dois anos. “A cada semestre realizamos duas ou três ações no centro voltadas para os usuários do programa. Em média, atendemos de 20 a 30 mulheres por dia,” informou.
Ela também detalhou o processo de encaminhamento: após o acolhimento e orientação no centro, os casos são analisados pelos advogados orientadores e acadêmicos. Se necessário, é feito o agendamento no NPJ para prosseguimento da ação judicial ou tentativa de acordo.
A coordenadora do Centro Maria do Pará, Raimunda Silva, ressaltou a importância da parceria. “A maioria das mulheres que nos procura é de classe baixa e não tem como pagar um advogado. A UNAMA tem sido fundamental nesse apoio. O acadêmico que vem aqui, desenvolve um olhar mais humano, mais sensível, e isso é essencial para a formação de profissionais que não atendam de forma mecânica,” afirmou.
De janeiro a julho, o centro realizou 61 atendimentos iniciais e mais de 200 retornos. Raimunda também destacou que muitas mulheres enfrentam dificuldades para comparecer presencialmente, seja por questões financeiras ou emocionais, e que o acolhimento precisa respeitar essas limitações.
Apenas os administradores do grupo poderão mandar mensagens e saber quem são os integrantes da comunidade. Dessa forma, evitamos qualquer tipo de interação indevida. Sugestão de pauta enviar no e-mail:folhadoprogresso.jornal@gmail.com.