Mãe soube pela internet sobre agressão à filha autista perto de escola em Santarém: ‘Ela chorou muito. Eu também chorei’

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Bullying — Foto: Reprodução/TV Globo

Mãe da vítima cobra justiça em razão da violência sofrida pela filha autista. Caso segue sob investigação.

Em entrevista exclusiva à TV Tapajós, a mãe da adolescente autista de 14 anos, agredida dentro de uma escola em Santarém, no oeste do Pará, falou pela primeira vez sobre o caso nesta semana. A agressão, que foi filmada por outros estudantes e repercutiu nas redes sociais, gerou indignação pública e está sendo investigada pela Polícia Civil, com acompanhamento do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdeca).

Muito emocionada, a mãe contou que soube da agressão pela internet. “Ela chorou muito. Eu também chorei. Perguntei por que ela não me contou, e minha filha disse: ‘Mãe, eu fui ameaçada na escola. Eu não falei nada porque estava com medo de apanhar. Mas ela cumpriu. Ela me bateu, ela me puxou’”, relatou.

A mãe da aluna autista também demonstrou profunda revolta com o comportamento dos colegas da filha, que assistiram ao ataque e incentivaram a agressora.

“Bateram palmas. Lá atrás da escola, na sala, na saída. Ninguém ajudou. Riram. Isso não foi uma briga. Foi covardia. E o pior: a menina era amiga da minha filha”, desabafou.

A agressão ocorreu há mais de duas semanas, mas os efeitos emocionais ainda são sentidos por toda a família. O vídeo mostra a jovem sendo hostilizada verbalmente antes de ser atacada fisicamente por uma colega. O Comdca classificou o episódio como grave e ressaltou a importância de responsabilizar não só quem agrediu, mas também quem incentivou ou se omitiu.

A Associação Teas do Tapajós, que acompanha casos envolvendo adolescentes autistas, informou que este não é um caso isolado. Em 2025, já foram registradas diversas denúncias de violência escolar contra jovens com transtorno do espectro autista, uma delas envolvendo tentativa de suicídio.

O Comdeca já se reuniu com a direção da escola onde ocorreu a agressão e articula uma nova reunião com toda a rede de proteção para discutir medidas de prevenção e enfrentamento ao bullying.

A mãe da adolescente faz um apelo. “Eu só quero justiça. Minha filha tem o direito de estudar em paz. O que fizeram com ela não pode ficar impune”, finalizou.

 

Fonte: Kamila Andrade, g1 Santarém e Região e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 05/07/2025/09:28:37

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