Brasil ficará no escuro? Veja os riscos de um apagão geral no país
Foto: Reprodução | O Brasil vive um cenário curioso: ao mesmo tempo em que possui sobra de energia elétrica, especialistas alertam para o risco de apagão em 2025.
Essa aparente contradição está ligada ao crescimento acelerado da geração distribuída, especialmente a solar, que trouxe ganhos ambientais, mas também novos desafios operacionais.
Entender as causas desse fenômeno é essencial para compreender por que, mesmo com um sistema em expansão, o país ainda convive com a possibilidade de blecautes.
Expansão da geração distribuída e seus impactos
Nos últimos anos, a geração distribuída (GD) se tornou um dos principais pilares da transição energética brasileira. Hoje, o país já ultrapassa 43 gigawatts instalados, sendo 95% provenientes da energia solar. Essa energia é produzida por residências, comércios e pequenas indústrias que optaram por instalar painéis fotovoltaicos.
A GD garante descentralização, redução de perdas na transmissão e economia direta na conta de luz. No entanto, como o Operador Nacional do Sistema (ONS) não possui controle total sobre essa produção, a variação da geração em horários de pico pode criar instabilidade. É justamente aí que surge o risco de apagão.
O que é a geração distribuída
Esse modelo foi criado para estimular pequenos produtores de energia, mas cresceu rapidamente e se expandiu para condomínios, fazendas solares e até sistemas de assinatura. O lado positivo é a diversificação da matriz energética. Porém, a produção intermitente, dependente das condições climáticas, pode gerar excesso em determinados horários e falta em outros.
Durante o Dia dos Pais de 2025, quase 40% da energia do país veio de painéis solares distribuídos. Sem a intervenção do ONS, que precisou cortar parte dessa geração, o Brasil poderia ter enfrentado um apagão em pleno horário de almoço.
Risco de apagão e operações emergenciais
O excesso de produção em determinados períodos obriga o ONS a adotar medidas emergenciais, conhecidas como curtailment, para evitar sobrecarga no sistema. Ao mesmo tempo, fora do período de sol, é necessário acionar termelétricas, o que aumenta custos e eleva as emissões de carbono.
Esse descompasso mostra que o risco de apagão não está ligado apenas à escassez de energia, mas também à falta de equilíbrio entre produção e demanda.
Críticas e defesa da geração distribuída
O debate em torno da GD está dividido. De um lado, entidades do setor elétrico alertam que os incentivos concedidos provocam distorções econômicas e desigualdade. Apenas entre janeiro e julho de 2025, os subsídios à geração distribuída chegaram a quase R$ 10 bilhões.
De outro, representantes da energia solar defendem que a GD não é a causa do risco de apagão. Para eles, o problema está no modelo ultrapassado do sistema elétrico, que ainda não se adaptou à descentralização. A solução, afirmam, está em investir em digitalização, redes inteligentes e novas tecnologias de armazenamento.
Principais causas do risco de apagão
O risco de apagão em 2025 se deve a uma combinação de fatores:
Sobra de energia em horários de baixa demanda.
Aumento do consumo em dias de calor extremo.
Gargalos na transmissão e distribuição de eletricidade.
Falta de integração entre fontes renováveis e usinas térmicas.
Segundo especialistas do setor, o grande desafio está em manter o equilíbrio dinâmico entre oferta e demanda em tempo real.
Tecnologias que podem evitar blecautes
Novas soluções podem ajudar a reduzir o risco de apagão no Brasil. Entre elas:
Baterias em larga escala: armazenam o excedente solar para ser utilizado nos horários críticos.
Hidrogênio verde: opção promissora para guardar energia por longos períodos.
Redes inteligentes (smart grids): otimizam a distribuição de energia conforme a demanda.
Resposta da demanda: consumidores adaptam seu consumo à oferta disponível.
Essas tecnologias já estão sendo testadas em outros países e, se aplicadas no Brasil, podem trazer maior estabilidade e segurança ao sistema.
O que esperar para 2025
O risco de apagão existe, mas não é inevitável. O futuro dependerá de investimentos em transmissão, digitalização da rede e políticas públicas que incentivem o equilíbrio entre produção e consumo. Especialistas apontam que o país tem condições de superar os desafios e transformar o atual excesso de energia em uma oportunidade.
Desafios econômicos e sociais
Outro ponto relevante é o impacto da GD na sociedade. Famílias com maior renda, que conseguem instalar painéis solares, se beneficiam dos descontos e incentivos. Já consumidores sem acesso à tecnologia acabam arcando com parte dos custos, criando desigualdade.
Apesar disso, a descentralização também tem efeito positivo, ao estimular a transição para fontes limpas e reduzir a dependência de grandes usinas. O desafio, portanto, é conciliar inovação, segurança e justiça social.
O risco de apagão em 2025 reflete a complexidade da transição energética no Brasil. Apesar do excesso de energia solar, o sistema ainda depende de ajustes estruturais para garantir estabilidade. Com planejamento estratégico, investimentos em tecnologia e políticas adequadas, é possível reduzir significativamente as chances de blecautes, garantindo um abastecimento seguro, sustentável e acessível para todos.
Fonte: Surgiu e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 23/09/2025/17:55:34
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