Justiça bloqueia R$ 49 milhões de quatro pessoas por desmatamento na Floresta Amazônica

Área desmatada entre Manaus e Manicore, no estado do Amazonas — Foto: Mauro Pimentel/AFP

A Justiça Federal bloqueou R$ 49 milhões de quatro pessoas por infrações ambientais na Floresta Amazônica no município de Lábrea (AM).

A punição foi definida depois de um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU). De acordo com a Advocacia-Geral da União (AGU), foi danificada uma área de 2.623,713 hectares por meio do uso de fogo, entre os anos de 2004 e 2007. Essa região faz parte de três propriedades.

A 7ª Vara Federal Ambiental e Agrária da Seção Judiciária do Amazonas acolheu os argumentos da AGU, determinando além da indisponibilidade dos bens, a proibição dos infratores de explorar, de qualquer modo, a área desmatada que precisa ser reflorestada. Além disso, estão suspensos incentivos ou benefícios fiscais.

— O desfecho, com deferimento de tutela de urgência, indisponibilidade de bens e suspensão de incentivos fiscais e creditícios, garante a efetividade da reparação futura, fortalece a credibilidade institucional e assegura a restauração de áreas degradadas, bem como a preservação dos compromissos ambientais do Brasil — afirmou a coordenadora do Núcleo de Meio Ambiente da Procuradoria Regional Federal da 1ª Região (PRF1), Natalia Lacerda.

A Ação Civil Pública que resultou na punição foi proposta pelo AGU Recupera, que é o Grupo Estratégico Ambiental da AGU. Ela foi elaborada a partir de autos de infração e de laudos produzidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e busca garantir a reparação dos danos ambientais e o pagamento de indenizações.

A AGU, representando a União e o Ibama, defendeu que a área pode ser federal, mas que independentemente da titularidade a Amazônia é patrimônio nacional protegido pela Constituição Federal e que o desmatamento ilegal causou severos danos florestais, tais como perda de biodiversidade de flora, de perda de estoque de carbono, ilegítimas emissões de gases de efeito estufa, comprometimento dos ciclos hidrológicos da Floresta Amazônica, perda de habitat para diversas espécies de fauna, dentre outros danos a elementos e serviços ecossistêmicos.

A AGU Recupera é um grupo estratégico da AGU que atua em demandas judiciais prioritárias e estratégicas da União, Ibama, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) que tenham por objeto a proteção e a restauração dos biomas e do patrimônio cultural brasileiros.

 

Fonte: oglobo.globo e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 09/07/2025/07:00:26

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Grávida de 18 anos da a luz em casa e joga recém- nascido pela janela; em Manaus

Foto: Reprodução | Mãe de 18 anos foi presa em flagrante; polícia investiga o caso como possível infanticídio.

Na manhã desta segunda-feira (7), um bebê recém-nascido foi encontrado no quintal de uma casa, em meio a entulhos de lixo, na Rua João Tomé, bairro Mauazinho, zona leste de Manaus (AM). Segundo a Polícia Militar, a própria mãe da criança, Rebeca de Paula Ferreira, de 18 anos, teria jogado o bebê pela janela do banheiro da residência.

Moradores acionaram os policiais durante patrulhamento de rotina. Ao chegarem ao local, relataram que a jovem havia arremessado o recém-nascido pelo basculante. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram o momento em que o bebê é encontrado ainda com sangue pelo corpo e o cordão umbilical.

Tanto Rebeca quanto o bebê foram levados para a Maternidade Ana Braga, onde receberam atendimento médico. Até o momento, a direção da unidade não divulgou o estado de saúde da criança.

Em nota, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) informou que Rebeca foi autuada em flagrante por tentativa de infanticídio e apresentada à Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca).

O caso segue em investigação. Uma das linhas apuradas pelas autoridades é a possibilidade de a jovem ter tido um surto psicótico ou depressão pós-parto.

Fonte: g1 e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 08/07/2025/20:35:48

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Em Lábrea, falta de saneamento e clima extremo deixam população vulnerável a alagamentos e deslizamentos

Em Lábrea, tubulações levam esgoto diretamente para os rios. Na cidade, 72% da população não têm acesso à rede de esgoto estruturada. Foto: Fred Santana/InfoAmazonia

Com 72% da população sem acesso à rede de esgoto, a cidade do sul do Amazonas sofre com risco de alagamentos, erosão e deslizamentos. A seca severa de 2023 e as cheias intensas de anos anteriores agravaram a situação. Moradores denunciam omissão do Estado e convivem com água contaminada e ameaças à saúde e à moradia

O retrato da vulnerabilidade em Lábrea faz parte de uma análise exclusiva realizada pela InfoAmazonia a partir de informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do mapeamento do Serviço Geológico do Brasil (SGB), na Amazônia, sobre as áreas de risco a eventos hidrogeológicos.

Esta é a quinta reportagem da série Vulneráveis do Clima, uma parceria entre a InfoAmazonia e o Vocativo (AM), que mapeou quem são os mais expostos a desastres climáticos na região amazônica.

Ciclos de chuva e estiagem irregulares aumentam o risco

Em Lábrea, a combinação entre falta de saneamento básico, ciclos de chuva e estiagem mais irregulares expõe os moradores a eventos como deslizamentos, erosões e inundações. Com as mudanças climáticas intensificando cheias e secas, o perigo aumenta.

Décimo maior município do país em extensão territorial, com 68.262 km², Lábrea abriga cerca de 45.000 habitantes — resultado de densidade populacional abaixo de 0,5 habitante por km², conforme dados do IBGE.

A cidade é circundada pelo rio Purus, seus afluentes e igarapés, e tem um histórico de eventos que afetam comunidades ribeirinhas e parte do município, comprometendo suas estruturas, de acordo com a Codificação Brasileira de desastres (COBRADE), sistema que categoriza e codifica desastres naturais, visando padronizar a sua identificação e facilitar as resposta a emergências, e o Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil para Lábrea (PLANCON), que listou ocorrências de inundações, enxurradas, alagamentos, chuvas intensas, vendavais, estiagem, seca, erosão de margem fluvial e queimadas.

Esses eventos, recorrentes no município, provocam o risco iminente de inúmeras famílias ficarem desabrigadas e desalojadas em decorrência da perda de suas casas e dos meios de subsistência, em especial a pesca. A situação é mais grave nos chamados trapiches de palafitas, que são estruturas construídas sobre estacas em áreas alagadiças, como margens de rios ou áreas costeiras, e que servem como áreas de apoio, moradia ou ancoragem para embarcações.

No ano de 2021, houve aumento significativo do nível do rio Purus e seus afluentes, levando a uma grande enchente que afetou tanto a zona urbana, como também a zona rural do município.

Nos dois anos seguintes, a cidade enfrentou o extremo oposto. Devido ao fenômeno El Niño e ao aquecimento das águas do Norte do Oceano Atlântico ocorridos entre 2023 e 2024, Lábrea foi particularmente afetada por uma das secas mais severas registradas na Amazônia, o que provocou perda de acesso fluvial, restrições ao abastecimento hídrico e riscos de insegurança alimentar, sobretudo em comunidades indígenas e ribeirinhas. Neste ano, o nível do rio Purus voltou a subir, e a Defesa Civil emitiu alerta de inundação em Lábrea no mês de maio.

População de Lábrea reclama de más condições de moradia

O Vocativo foi até Lábrea para ouvir os moradores sobre as dificuldades enfrentadas com a precariedade da infraestrutura básica e os riscos intensificados durante o período do inverno amazônico. Carlos Prado, liderança local da organização sem fins lucrativos Movimento União BR (sem relação com o partido político), descreve a área como uma mistura entre zonas asfaltadas e comunidades ribeirinhas em palafitas. “Existem alguns trapiches, que são as casas de palafitas. No inverno ficam cheias de água por baixo e algumas chegam a alagar, e no verão seca tudo e acaba ficando bastante lixo embaixo das casas”, explicou.

Maria Calafente da Silva e Aldemir Hilário da Silva são aposentados e moram no bairro Vila Falcão, na zona norte de Lábrea, em um local mapeado pelo SGB como área de risco de desabamento. Eles descrevem um cenário desolador de abandono pelo poder público. A aposentada afirma que a área sempre alaga em época de chuva, com acúmulo de lixo. “A água fica até aqui [mostrando que parte da rua fica submersa]. A água fica tudo aqui por trás. Tudo alagado aí por trás. Isso aqui fica tudo dentro d ‘água. Essas casas aqui por trás. Tudo dentro d ‘água”, conta a moradora.

Aldemir denuncia que a Defesa Civil municipal nunca emitiu um comunicado de riscos para os moradores, mesmo depois de casas terem sido destruídas pela enchente. “Já teve três casas que desceram lá no barranco”, lembra o aposentado. “Pelos anos que nós moramos aqui, nós já temos pedido para a prefeitura fazer um bueiro aqui para nós, porque o pessoal bota a coisa da fossa dentro do rio”, reclama Maria.

O casal denuncia ainda a falta de coleta de lixo no local, que segundo eles piora os alagamentos. “É muito lixo. Nunca colocaram dentro do poço, nunca limparam isso aí. Isso tudo pega na gente, a imundície da água do rio. Está aparecendo muita doença por causa disso. O tratamento da água é pouco”, lamenta Maria. Os aposentados afirmam ainda que a prefeitura passa pela rua principal e não desce nos becos, deixando muito entulho na beira do rio Purus. Como consequência do problema da falta de tratamento adequado da água no local, Aldemir passou semanas internado no hospital, com suspeita de leptospirose.

Morador há 20 anos do trapiche do Sheik, uma localidade no centro de Lábrea, o carpinteiro Laércio Silva relata problemas semelhantes. “Rede de esgoto aqui não tem. Tem só os tubos jogando (os dejetos) para cá (direto no rio)”, afirma. Com a cheia, a subida das águas piora a situação do esgoto. “Aqui alaga tudo. Nos anos mais severos precisamos sair porque a água toma conta das casas”, relembra.

Dono de uma mercearia e morador do trapiche do Sheik há 42 anos, Manoel Ramalho Serreira conta que a água utilizada pelos moradores passou a se misturar em parte com o esgoto após uma obra da Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama), o que tem causado uma série de doenças nos moradores da comunidade. A companhia, porém, diz não ser responsável pelo sistema da cidade. Uma parte do esgoto fica acumulado em poças, servindo como criadouro para o mosquito da dengue. “Mostramos para a prefeitura o problema nesse córrego, mas eles não limpam, não cuidam. Aí sobra pra gente aqui que vive na área”, lembra.

Manoel sente os efeitos da erosão do solo, agravada pela falta de saneamento e pela mudança climática na própria casa, que já começa lentamente a ceder. “A prefeitura está providenciando um terreno para a gente tirar a casa daqui. Quando a água vem e volta, a terra enfraquece e cede. Minha casa entortou todinha. A gente teve que botar essas tábuas de segurança”, explica.

A vendedora autônoma Maria Zanira, moradora de outro trapiche, o Beira-Mar, na zona norte da cidade, reclama da ausência do poder público. “Já falaram que iam tirar a gente daqui, mas tem bem 10 anos que eles falam isso. Em época de chuva forte, ficamos com água na cintura”. Embora nunca tenha visto nenhum desabamento no local, a moradora afirma que é questão de tempo. De fato, pela erosão vista nas margens do rio Purus, a sensação é de risco iminente de desabamento de casas.

Zanira confirma o mesmo método usado pela Cosama no trapiche do Sheik, de misturar a água do consumo com a água do esgoto. “Não tem esgoto, não tem nada. É só um tubo mesmo”, reclama. O descaso se reflete no abastecimento de água, já que os moradores quase sempre precisam consumir água com pouco ou nenhum tratamento. “Aqui em casa, quando a gente pode, compra água mineral, quando não a gente, põe hipoclorito e toma assim mesmo”, afirma.

Carlos Prado também critica a qualidade da água fornecida pela Cosama. “Na teoria, era para fazer a captação, tratamento e distribuição de água, mas aqui não existe tratamento. É praticamente a água do rio, barrenta e algumas vezes com cheiro forte, totalmente imprópria para uso, muito ruim até para lavar roupa”, afirma Prado. A ausência de rede de esgoto adequada é outro problema apontado por ele.

“Lugares como os trapiches não possuem nada disso; a água e os dejetos vão para o solo. Apenas algumas partes da cidade possuem rede de esgoto, que começou a ser feita há cerca de 10 anos”, conta. Carlos relata ainda que o clima na região parece estar ficando mais intenso ao longo dos últimos anos. “O inverno (estação das chuvas) está mais intenso a cada ano que passa, o rio vem subindo mais, deixando muitas casas debaixo d’água. No verão, os rios secam demais, deixando comunidades ribeirinhas e aldeias indígenas que possuem poço artesiano sem água”, afirma.

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As consequências afetam diretamente a saúde da população. “Adoecer devido à contaminação da água é bem normal, principalmente nas mudanças das estações. Geralmente o que se tem mais é diarreia e infecção intestinal. Eu, minha família e muita gente que conheço também já tivemos”, afirma Carlos. Segundo ele, a única ação do poder público com relação a isso tem vindo da Secretaria de Saúde. “Sempre fazem entregas de hipoclorito de sódio e cloro em pó”, diz, acrescentando que nunca recebeu alertas da Defesa Civil.

No bairro Barra Limpa, na zona Centro-Norte de Lábrea, fora da zona de risco descrita pelo SGB, o sociólogo Marcelo Horta também convive com os mesmos problemas. Ele reconhece que o local é mais central e estruturado, com muitas lojas e comércio ativo, mas afirma que sofre com a invasão das águas do rio durante a cheia. “Passam ruas que um pedaço do rio invade quando enche. Tem casas de madeira em palafitas nessa parte”, conta. Segundo ele, embora haja calçamento e coleta de lixo, o serviço público de abastecimento de água é considerado ineficiente.

“O serviço público de água é péssimo, mas há. As pessoas que têm condições furam poços artesianos por conta própria. Essa é a regra”, afirma. O esgoto na região foi canalizado por uma obra da prefeitura, mas, segundo ele, “foi para ser despejado no rio Purus”. Marcelo explica que sua residência foi adaptada com uma rede de canos mais larga para facilitar o escoamento e evitar alagamentos. “Nosso terreno é na parte alta da rua. Na parte baixa, há casas que quase alagam e o cheiro forte de esgoto fica exalando, pois é na parte que o rio invade e quase alaga a rua, o que já aconteceu”, relata.

Mesmo com obras recentes para reparar bueiros estourados e tampas quebradas, Marcelo aponta a ausência de medidas preventivas pelo poder público. “Medida preventiva eu nunca vi. Em geral, são obras de reparo”, afirma. Ele também destaca um problema sanitário decorrente da rede de esgoto subterrânea. “Com as calhas subterrâneas da prefeitura proliferaram ratos. Há muitos. E baratas também”, afirma.

Ausência de esgoto potencializa riscos geológicos

Variações de extremos climáticos tornam Lábrea um local mais propenso aos chamados “riscos geológicos”, como os deslizamentos de terra. Eles acontecem quando, por exemplo, uma camada de solo desliza sobre outra ou sobre uma camada de rocha. Isso oferece perigo para quem está nas encostas ou logo abaixo delas. Outro tipo de risco associado são os processos erosivos, quando muita água passa em determinada superfície, deixando-a mais frágil.

“Um escoamento superficial elevado, por exemplo, vai causando o que a gente chama de erosão laminar, e vai arrancando a parte mais superficial do solo, os sedimentos vão sendo levados, isso pode criar vincos nesse solo e criando o que a gente chama de ravinas e voçorocas”, explica Pedro Camarinha, doutor em Ciências do Sistema Terrestre pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e tecnologista do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

Ravinas e voçorocas são formas de erosão do solo causadas pela ação da água, mas com características distintas. Enquanto as ravinas são sulcos ou pequenas depressões no terreno, as voçorocas são erosões maiores e mais profundas, frequentemente atingindo o lençol freático e formando grandes buracos no solo. Quando esses cortes no solo chegam ao nível freático, o processo de erosão acelera, facilitando a ocorrência de deslizamentos.

A falta de tratamento adequado de esgoto contribui para este problema. “A ausência do esgotamento sanitário contribui para os riscos geológicos porque, na falta do tratamento adequado, esse esgoto é lançado de uma maneira indevida através de um lançamento direto, por exemplo, a céu aberto em encostas e você vai mudar completamente o teor de umidade do solo ao longo do tempo”, avalia Pedro. O processo contínuo vai deixando o solo instável.

“O caminho e a infiltração da água são fatores importantes para potencializar as erosões, principalmente nas cidades. Os alagamentos, por outro lado, refletem o acúmulo de lixo e descarte inadequado. Além disso, as tubulações de água pluviométrica que deságuam nos igarapés carregam consigo não apenas água pluvial, mas lixo e esgoto”, explica Alderlene Pimentel de Brito, geóloga e doutora em Clima e Ambiente pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

Falta de estrutura contribui para a instabilidade do solo

Em situações críticas de falta de saneamento, pode ocorrer a quebra do chamado balanço hídrico climatológico, relacionado ao armazenamento médio de água do solo ao longo do tempo. Isso acontece quando, além das chuvas e das mudanças de temperatura que naturalmente interfeririam neste equilíbrio, o solo vai sendo alterado pelo lançamento direto de sistemas de esgoto nos terrenos e encostas.

“Como consequência, aumenta o teor de umidade, inclusive podendo mudar algumas propriedades físicas e químicas dependendo do teor desse lançamento de esgoto nessas regiões”, afirma o pesquisador Pedro Camarinha.

Com isso, o perfil de umidade do solo vai sendo modificado, favorecendo com que as condições limites de estabilidade daquela encosta sejam vencidas mais facilmente. “Menos chuva acaba sendo necessária para causar um deslizamento porque você já tem o lançamento desse esgoto de uma forma indevida nessas localidades. Isso acontece, por exemplo, na parte mais baixa das encostas, se esse fluxo contínuo de efluentes fica passando pela base das encostas, você vai favorecer a erosão no sopé das encostas”, alerta Camarinha.

Além disso, fossas feitas nas áreas de risco de Lábrea em resposta à falta de saneamento e de tratamento adequado de esgoto também podem contaminar as águas subterrâneas. “Basicamente, a fossa tem fezes, urina e água. Isso infiltra, né? Na urina a gente expele muita coisa que leva tempo para diluir em subsuperfície. Mas o principal é a contaminação por nitrato, Escherichia coli etc. Por isso é importante fazer análise química e bacteriológica da água para abastecimento”, afirma Alderlene Brito.

Impactos na saúde pública

Outro efeito desse descarte inadequado de esgoto é a contaminação da água. As chamadas águas superficiais, que se acumulam em superfícies em geral, costumam ser contaminadas por metais pesados, nitritos e nitratos, entre outros. Já as águas subperficiais, que correm naturalmente ou artificialmente no subsolo e são consumidas pela população, a contaminação é por coliformes e nitrato proveniente das fossas.

“Às vezes, as pessoas veem a água bem limpinha e acham que está muito boa, mas não está. Acontece que o esgoto não é apenas descartado nos rios e igarapés. Esse esgoto também infiltra. Por isso, é importante ter sistemas de tratamento de esgoto e revitalizar os rios (igarapés) urbanos”, avalia Alderlene Brito.

Segundo a pesquisadora, esgotos nas fontes de água para abastecimento também vão aumentar os casos de doenças diarreicas, parasitoses, dentre outras. Além da saúde pública dos humanos, esse problema afeta o restante da fauna. “Na Amazônia, os igarapés para muitos são como esgotos, mas cada curso d’água desse tem vida. Hoje, precisamos olhar para esses cursos d’água com atenção e caminhar para os processos de revitalização. Precisamos mudar nosso olhar. Os igarapés não são esgotos”, alerta a pesquisadora da UFAM.

A crise climática agrava os riscos

Outro fator que potencializa os riscos em Lábrea é um fenômeno conhecido. Um estudo publicado na revista Raega — O Espaço Geográfico em Análise, especializada em pesquisas sobre geografia e metodologias de análise espacial, revela que o município é o mais impactado por eventos do fenômeno climático El Niño no Amazonas. De acordo com a pesquisa, a cidade sofreu reduções significativas no volume de chuvas em aproximadamente 71% dos anos com registro de El Niño entre 1998 e 2017. Mas justamente esse efeito mais severo da estiagem, alternando com os períodos de chuva da Amazônia, serve para aumentar os riscos geológicos.

Para Pedro Camarinha, todos os riscos associados a processos hidrogeológicos estão aumentando por conta da intensificação dos eventos extremos de chuva. “Normalmente são os eventos gatilhos, que disparam processos como os deslizamentos, as grandes erosões, bem como as enxurradas e inundações. Ao longo do tempo você vai tendo chuvas mais intensas que aceleram esses processos erosivos, que por sua vez já são fragilizados por conta da falta da canalização do esgotamento sanitário. São processos que se somam”, avalia.

Com isso, as estruturas urbanas acabam sofrendo um processo conhecido como intemperização, que é a desagregação e decomposição de rochas e minerais, cuja incidência aumenta também por conta das mudanças climáticas. Quanto mais simples a estrutura (de uma casa de poucos andares e cômodos, por exemplo), maior é a intemperização. Ciclos de muito calor, de muita umidade acabam fragilizando essas casas mais simples com maior facilidade.

“Tudo isso somado vai exacerbando esses riscos. E quando eu digo exacerbando os riscos, significa que a gente está aumentando as chances desses eventos acontecerem, e além de aumentar as chances desses eventos acontecerem, quando acontecer o impacto também tende a ser maior”, afirma Camarinha.

Apesar do agravamento dos riscos, os moradores destes locais não costumam enxergar as áreas como perigosas, pontua Marcelo Hora, sociólogo e doutorando em Geografia do Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal de Rondônia (PPGG/UNIR). “É muito comum você ver, em área de várzea, que o rio sobe, baixa, e o pessoal faz as casinhas de madeira de palafita. Então, o que às vezes a gente interpreta como área de risco, para eles é uma continuidade desse modo de vida ribeirinho”, afirma Horta, que vive em Lábrea.

O sociólogo lembra de uma área visitada e descrita pela reportagem anteriormente: o trapiche Beira-Mar. “Esse local cresceu muito e de forma desordenada, mas os moradores acham prático estar morando perto do rio, porque ele tem sua canoa e tem seu lugar lá no interior. Uma alagação, uma cheia exagerada torna a vida dessas pessoas arriscada, mas para elas, vale a continuidade do modo de vida”, avalia o pesquisador.

Mesmo assim, os riscos de alagamento e erosão ameaçam comunidades. Diante da situação, a Defesa Civil de Lábrea informa que está identificando e cadastrando as áreas de risco, além de fazer um monitoramento constante das localidades e de realizar atividades voltadas à conscientização da população sobre descarte de lixo e moradias em áreas de risco.

Entretanto, a instituição confirma que, até o momento, não há projeto de saneamento básico do governo do estado voltado para áreas de risco da cidade. A ausência de iniciativas nesse setor é atribuída à falta de recursos. Quanto à preparação do município para eventos climáticos como inundações, as medidas adotadas, segundo um comunicado da Defesa Civil local, envolvem o que chamaram de “planejamento prévio e o mapeamento das zonas mais vulneráveis, consideradas áreas de risco”, sem detalhar qual seria esse plano.

A Defesa Civil de Lábrea também diz considerar que o plano de contingência do município para os períodos de cheia do rio Purus é uma ferramenta indispensável para enfrentar situações de inundação, enxurradas, alagamentos, chuvas intensas, vendavais, estiagens, secas e queimadas.

Em nota, a Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama) afirmou que não atua com o abastecimento de água no município de Lábrea nem é responsável pela operação do sistema local. “A Cosama opera diretamente em 15 municípios do estado do Amazonas, e Lábrea não integra atualmente a área de cobertura operacional da Companhia”, afirma a companhia.

A empresa, no entanto, confirma que recentemente foi realizado um diagnóstico técnico no sistema de abastecimento de água do município, em uma ação que teria sido determinada pelo governador Wilson Lima (União Brasil), coordenada pela Diretoria de Operações (DIOP) da Cosama, em parceria com o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Lábrea.

Já a Defesa Civil do Amazonas afirma que qualquer demanda a esse respeito “deve ser direcionada ao município”. O artigo 23 da Constituição Federal, porém, diz que a promoção de políticas públicas voltadas à saúde, moradia, saneamento e meio ambiente é de competência comum da União, Estados e Municípios. Essa atuação integrada visa garantir o bem-estar da população e prevenir tragédias, sobretudo em regiões vulneráveis, e é reforçada pela Política Nacional de Proteção e Defesa Civil e pela Política Nacional de Recursos Hídricos.

Sem a devida atenção dos órgãos públicos, moradores de Lábrea vivem sob o risco de terem suas casas invadidas pela água ou levadas por deslizamentos e erosões. Enquanto esperam ações efetivas, veem o problema aumentar com a mudança do clima e convivem com riscos, águas contaminadas e ameaças à saúde e à moradia.

Fonte: Fred Santana | O Vocativo/Jornal Folha do Progresso e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 04/07/2025/15:02:06

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Última noite do Festival de Parintins tem ‘retomada’ Kaá-Eté do Caprichoso e Garantido ‘boi do Brasil’

Caprichoso e Garantido na última noite do Festival de Parintins — Foto: Arthur Castro e Patrick Marques

Neste ano, o Caprichoso defendeu o tetracampeonato com o tema “É tempo de retomada”, enquanto o Garantido busca seu 33° título com “Boi do Povo, boi do povão”.

A última noite do 58º Festival de Parintins se transformou em um grandioso ato de celebração e resistência cultural, com o Caprichoso apostando na força da floresta com o espetáculo “Kaá-Eté — Retomada pela vida” e o Garantido encerrando com o vibrante “Boi do Brasil”, reafirmando a potência popular do Bumbá da Baixa da Xanda.

O Festival de Parintins é uma das maiores manifestações culturais do Brasil, realizado anualmente na ilha de Parintins, no Amazonas. Durante três noites, os bois Caprichoso e Garantido protagonizam um espetáculo de cores, música, dança e tradição amazônica no Bumbódromo – uma espécie de arena, diante de mais de 120 mil pessoas. Misturando arte, religiosidade, crítica social e orgulho regional, o festival celebra a identidade do povo amazônida e encanta o país com sua grandiosidade e emoção.

Neste ano, o Caprichoso defende o tetracampeonato com o tema “É tempo de retomada”, enquanto o Garantido busca seu 33° título com “Boi do Povo, boi do povão”.

A retomada azulada pela vida

Alegoria do Caprichoso — Foto: Matheus Castro g1 AM
Alegoria do Caprichoso — Foto: Matheus Castro g1 AM

O Boi Caprichoso abriu a terceira e última noite do Festival de Parintins com o espetáculo “Kaá-Eté – Retomada pela Vida”, unindo força estética e espiritualidade para defender a floresta e os povos que nela vivem.

Iniciando o espetáculo, foi projetada a imagem de Chico Mendes no chão do bumbódromo. Logo em seguida, o boi Caprichoso surgiu em um ‘homem borboleta’ que tomou a arena e levou a galera azulada ao delírio.

Na última noite, o Caprichoso apresentou a lenda de Waurãga e os Wauã-Kãkãnemas. Segundo os saberes ancestrais, Waurãga é a deusa e guardiã da mata, chamada de “mãe de todas as mães desta mata”. Quando o território é violado por grileiros, madeireiros ou garimpeiros, ela desperta com olhar de fúria e aciona os Kãkãnemas, espíritos da floresta que habitam os corpos dos animais e travam uma batalha invisível contra os invasores.

Na galera, uma enorme ‘cobra grande’ ganhou vida, enquanto na arena o módulo alegórico revelou a cunhã-poranga Marciele Albuquerque, representando a mãe das mães. A toada ‘Turbilhão azul’, conduzida pelo levantador Patrick Araújo, fez uma verdadeira pororoca na arena.

Em seguida, o Caprichoso trouxe ao bumbódromo o ex-levantador de toadas Edilson Santana, que interpretou “Utopia Cabocla”. Ao fundo, surgiu a sinhazinha Valentina Cid, que evoluiu ao lado do Touro Negro da Amazônia.

A figura do seringueiro amazônico também foi homenageada pelo boi, reconhecendo em Chico Mendes o símbolo de uma luta que resiste até hoje. A filha do líder seringueiro, Angela Mendes, entrou no bumbódromo ao lado da faixa “Amazônia de pê”. O módulo alegórico ganhou os céus e trouxe o mapinguari e a porta-estandarte Marcela Marialva.

O amo Caetano Medeiros cantou e tocou charango, além de provocar o amo do boi rival.

No momento coreográfico, o espetáculo trouxe Yacuruna, o senhor das águas. Ser místico que habita o fundo dos rios e lagos, Yacuruna tem aparência híbrida e guarda as profundezas da Amazônia. De dentro dele surgiu a Mãe D’água, interpretada pela Rainha do Folclore, Cleise Simas.

A noite foi encerrada com um ritual indígena de cura, protagonizado pelo povo Yawanawá, do Acre, e conduzido pelo pajé Erick Beltrão. Os integrantes realizaram o mariri, um ajuntamento circular de cantos e danças que abre caminho para o xamã entrar em transe e buscar a cura espiritual dos enfermos. A cena trouxe à arena a força coletiva da sabedoria ancestral, ressaltando que a cura da terra passa também pela cura do corpo, do espírito e da memória dos povos originários.

O Boi do Brasil é vermelho

Novo Projeto (7)
Boi Garantido e Sinhazinha Valentina Coimbra — Foto: Matheus Castro/g1 AM

O Boi Garantido encerrou a terceira e última noite do Festival de Parintins com o espetáculo “Garantido, o Boi do Brasil”, exaltando a cultura popular como potência de resistência e identidade.

A apresentação começou com uma grande celebração dos bois do Brasil. Em um momento vibrante comandada pelo levantador David Assayag, a arena do Bumbódromo se transformou no palco de um encontro simbólico com todas as manifestações de boi do país: Boi Calemba, Boi de Orquestra, Boi de Matraca, Boi de Folia, Boi de Mamão — cada um com seus ritmos, cores, sotaques e tradições.

O garrote vermelho e branco surgiu em uma alegoria com a apresentação dos diversos boi do Brasil e evoluiu para a galera. A alegoria também revelou a porta-estandarte Jeve Mendonça e a sinhazinha Valentina Coimbra.

Em seguida, o amo JP Oliveira homenageou o cantor e compositor amazonense Chico da Silva. A arena ‘avermelhou’ com a icônica toada ‘Vermelho’.

A arena também foi tomada pela presença encantada de Iara, a Deusa das Águas, a Rainha Lívia Cristina. Guardiã dos rios, igarapés e lagos, ela apareceu em forma híbrida, com cauda de peixe e corpo de mulher, para proteger os mananciais amazônicos daqueles que os ameaçam.

A cena trouxe também outras divindades das águas, como Janaína, Mariana e Iemanjá, que vieram celebrar e fortalecer o poder feminino da natureza, mas o módulo alegórico apresentou problemas para evoluir na arena, além de trazer partes inacabadas e quebradas.

Durante a apresentação do boi, o tripa oficial do Garantido, Denildo Piçanã, passou o comando do garrote para o filho Denisson Piçanã.

A apresentação também prestou homenagem às artesãs indígenas da Amazônia, reconhecendo nelas a força ancestral das mulheres que mantêm vivos os saberes de seus povos. O momento foi conduzido pela cantora Márcia Siqueira e revelou a ex-BBB e cunhã-poranga encarnada Isabelle Nogueira, que novamente se transformou na arena. Dessa vez em uma arara.

Por fim, o espetáculo encerrou com o ritual de cura Bahsese, do povo Tukano, do Alto Rio Negro. No centro da arena, os kumuã do pajé Adriano Paketá, especialistas da medicina espiritual, conduziram um rito ancestral de transcendência, utilizando tabaco, kahpi e paricá para acessar as forças do cosmo. Através da conexão com Buhpó, o “avô do mundo” e princípio ordenador do universo, a cura é buscada como equilíbrio entre corpo, espírito e natureza.

O Festival

A 58ª edição do Festival de Parintins acontece neste fim de semana e coloca em disputa os bois Caprichoso e Garantido, em um dos maiores eventos culturais do Brasil.

A cidade, localizada em uma ilha no Rio Amazonas, na divisa entre Amazonas e Pará, se transforma durante o festival: azul e vermelho tomam as ruas, as casas e o coração do povo.

Neste ano, o Caprichoso apresenta o tema “É tempo de retomada”, exaltando a força dos povos da floresta. Já o Garantido defende o tema “Boi do povo, boi do povão”, celebrando suas raízes populares.

As apresentações acontecem no Bumbódromo, com alegorias, toadas e encenações que celebram a cultura amazônica. Enquanto o Caprichoso busca o tetracampeonato, o Garantido quer voltar a vencer e conquistar seu 33º título.

A apuração ocorre na segunda-feira (30), quando será conhecido o grande campeão do festival. Ao todo, 21 itens — equivalente a quesitos — serão avaliados por dez jurados.

Fonte: g1/Jornal Folha do Progresso com informações da Polícia Civil de Castelo de Sonhos  e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 30/06/2025/13:11:46

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Polícia investiga crimes de estupro e tortura em nove estados

Foto:Reprodução | Policiais civis fazem, nesta segunda-feira (30), operação contra um grupo criminoso acusado de estupros e tortura de mulheres, além da divulgação das imagens pela internet.

Os mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos no Rio de Janeiro e em outras oito unidades da Federação: Distrito Federal, São Paulo, Amazonas, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Piauí e Santa Catarina.

Até as 6h45, quatro pessoas tinham sido presas pela polícia. A Operação Abraccio começou a partir de uma investigação da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, depois que uma mãe procurou a unidade para relatar que imagens íntimas de sua filha estavam sendo divulgadas.

A investigação constatou a existência de um grupo criminoso que se organizava por meio da rede social Discord e que fez dezenas de vítimas, das quais seis foram identificadas. Os atos violentos eram transmitidos online ou gravados, para serem divulgados posteriormente.

Entre as violências cometidas pelo grupo estava forçar vítimas a se mutilar com navalhas, fazendo-as escrever nomes dos criminosos na própria pele. Também são investigados crimes de misoginia e racismo.

No mês passado, uma das pessoas suspeitas de integrar o grupo foi presa. A partir da perícia de 80 mil imagens, áudios e vídeos encontrados em dispositivos eletrônicos, os policiais conseguiram chegar aos demais envolvidos.

Fonte: Agência Brasil e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 30/06/2025/07:00:31

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Esposa mata cabo da PM com tiro na cabeça em Parintins

Foto: Reprodução | De acordo com a polícia, o crime aconteceu na casa da mãe do policial.

Um cabo da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), identificado como Silvio Cavalcante, foi morto com um tiro, na madrugada desta sexta-feira (27), em Parintins, no interior do estado. Segundo a própria PM, o disparo foi feito pela companheira da vítima.

De acordo com a polícia, o crime aconteceu na casa da mãe do policial. Ele foi atingido por um tiro na cabeça e não resistiu. A autora do disparo foi presa em flagrante.

Em nota, a Polícia Militar lamentou a morte do cabo e ressaltou que está dando apoio a família de Silvio.

O caso deve ser investigado pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), que apura as circunstâncias do homicídio.

Fonte:  g1 e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 27/06/2025/20:47:40

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VÍDEO: Câmera flagra execução de pai e filho de 2 anos por pistoleiro em Manaus

MANAUS – Imagens de câmeras de segurança registraram um crime brutal ocorrido no domingo (22), na comunidade Valparaíso, no bairro Jorge Teixeira, zona leste de Manaus. Moisés de Souza e seu filho Miguel, de apenas 2 anos, foram executados por um pistoleiro enquanto trafegavam de motocicleta.

A família – composta por pai, mãe e filho – seguia pela via entre a rua Alarico Furtado e a avenida Sumaré quando foi surpreendida pelo atirador. O criminoso se aproximou e efetuou disparos contra as vítimas.

Moisés e o pequeno Miguel foram atingidos e caíram da moto. A mulher, que também estava no veículo, não foi baleada e correu para socorrer o filho, que já estava desacordado.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e chegou a encaminhar a criança ao Hospital e Pronto-Socorro Platão Araújo, mas o menino não resistiu aos ferimentos. Moisés morreu ainda no local.

A 30ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) informou que o criminoso já vinha seguindo as vítimas antes do ataque. A perícia foi realizada pelo Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC), e o corpo do pai foi removido pelo Instituto Médico Legal (IML).

A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) investigará o caso para identificar o autor e a motivação do crime.

Fonte: d24AM/ Jornal Folha do Progresso  e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 24/06/2025/09:04:52

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Reportagens sobre influência do garimpo e das facções nas eleições ganham prêmio de jornalismo investigativo

Jornalistas Rafael Soares e Eduardo Gonçalves, de O GLOBO, recebem premiação — Foto: Édson Caldas/ Inac

Cerimônia destacou trabalhos que contribuíram para promover a integridade e o combate à corrupção no país.

RESUMO

Reportagens do GLOBO sobre garimpo e crime nas eleições de 2024 são premiadas

As reportagens do GLOBO sobre a influência do garimpo ilegal e das facções criminosas nas eleições municipais de 2024 conquistaram prêmios no Instituto Não Aceito Corrupção. A série “O Garimpo no Poder” expôs como investigados utilizavam candidaturas para influenciar o poder local, enquanto “O Crime em Campanha” abordou o impacto de quadrilhas em disputas eleitorais. A premiação destacou a integridade e combate à corrupção.

Reportagem do GLOBO sobre a influência do garimpo ilegal em eleições municipais de 2024 nas cidades da Amazônia ganhou o primeiro lugar do Prêmio de Jornalismo Investigativo do Instituto Não Aceito Corrupção (Inac), associação sem fins lucrativos fundada em 2015 que reconhece projetos e práticas que se destacam na promoção da integridade no Brasil.

A série de matérias premiada “O Garimpo no Poder”, assinada pelo jornalista Eduardo Gonçalves e pelo fotógrafo Cristiano Mariz, mostrou como investigados por exploração ilegal atuaram durante as eleições municipais de 2024. A reportagem do GLOBO percorreu mais de 1.600 quilômetros pelo sudoeste do Pará para ouvir moradores, empresários e políticos nas cidades campeãs em alertas de garimpo do país. O trabalhou mostrou como investigados por exploração ilegal de minérios se utilizavam de candidaturas políticas para influenciar no poder local e afrouxar licenças ambientais.

O Garimpo no Poder

O GLOBO também conquistou o terceiro lugar na premiação, com a série de reportagens “O Crime em Campanha“, assinada pelo jornalista Rafael Soares. O trabalho retratou os impactos da ação de quadrilhas em disputas eleitorais pelas cinco regiões brasileiras.

O evento de premiação ocorreu nessa segunda-feira no Theatro Municipal, em São Paulo. Ao todo, foram avaliados mais de 200 trabalhos inscritos em sete categorias diferentes: Academia, Tecnologia e Inovação, Boas Práticas em Governança, Experiência Profissional, Comunicadores Locais, Integridade no Esporte e Jornalismo Investigativo.

Fonte:O Globo/Jornal Folha do Progresso  e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 20/06/2025/05:41:15

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Petrobras e mais 3 petroleiras arrematam 19 das 47 áreas de exploração na Foz do Amazonas

Governo defende exploração de petróleo na Bacia da Foz do Rio Amazonas — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

A Margem Equatorial tem grande potencial de reservas, mas a exploração preocupa ambientalistas. A ANP realizou leilão de 172 áreas para exploração de petróleo no país, das quais 34 foram arrematadas. Investimento mínimo previsto é de R$ 1,4 bilhão.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizou nesta terça-feira (17) um leilão de concessão de 172 áreas para exploração de petróleo no Brasil.

Desse total, 34 blocos exploratórios foram arrematados nas bacias do Parecis, Foz do Amazonas, Santos e Pelotas, somando uma área de 28.359,55 quilômetros quadrados, segundo a ANP.

As nove empresas vencedoras do leilão desembolsaram mais de R$ 989 milhões ao governo pelo direito de explorar as áreas. Agora, a previsão é de um investimento mínimo de R$ 1,4 bilhão na fase de exploração.

Os principais destaques são as regiões pertencentes à Bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial. A área tem sido apelidada de “novo pré-sal” devido ao seu potencial para abrigar grandes reservas de petróleo, embora a exploração levante preocupações ambientais. (leia mais abaixo)

➡️ As empresas Petrobras, ExxonMobil, Chevron e CNPC arremataram 19 dos 47 blocos exploratórios de petróleo e gás ofertados na Bacia da Foz do Amazonas, por um valor total de R$ 844 milhões.

Segundo a diretora-executiva de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos, em entrevista à Reuters, a estatal conquistou todas as áreas que pretendia. A empresa concentrou seus lances justamente na Foz do Amazonas, que é considerada uma nova fronteira exploratória.

Veja abaixo os vencedores do leilão.

Onde ficam as áreas de exploração?

Os 172 blocos ofertados no leilão desta terça-feira estão distribuídos em 16 setores, localizados em cinco bacias sedimentares — quatro marítimas e uma terrestre. (veja o mapa abaixo)

No mar, ficam as bacias:

Foz do Amazonas (na costa do Amapá e parte do Pará),
Potiguar (entre o Rio Grande do Norte e o Ceará),
Santos (na costa Sudeste, entre o Rio de Janeiro e Santa Catarina) e
Pelotas (no litoral do Rio Grande do Sul).

A única bacia terrestre é a dos Parecis, localizada nos estados de Mato Grosso e Rondônia.

A bacia Potiguar, situada a 398 km de Fernando de Noronha, foi a única que não recebeu propostas para nenhum de seus setores. Esta foi a terceira vez que a ANP colocou a área em leilão para exploração de petróleo e gás — e, em todas as ocasiões, não houve interessados nos blocos próximos à ilha.

Ao todo, 31 empresas estavam habilitadas a participar do leilão, incluindo grandes companhias como Petrobras, Shell (Reino Unido) e ExxonMobil (EUA), além de petroleiras da Austrália, Bermudas, Catar, China, Colômbia, França, Noruega e Portugal.

Inicialmente, estavam disponíveis 332 blocos, mas apenas os 172 que receberam propostas ou garantias de oferta foram incluídos no leilão desta terça.

Preocupação ambiental

Dos blocos ofertados, 63 estavam localizados nas bacias da Foz do Amazonas e Potiguar, ambas situadas na Margem Equatorial.

A região é considerada pela ANP uma “nova fronteira” para a indústria do petróleo, com potencial estimado em até 10 bilhões de barris, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

A ANP informou que o governo federal aposta na atração de investimentos para a região como forma de gerar empregos, renda e desenvolvimento local.

No entanto, a exploração da área, onde se localiza a foz do rio Amazonas, preocupa ambientalistas. A região abriga uma rica biodiversidade e cerca de 13 mil indígenas, que poderiam ser impactados em caso de um eventual derramamento de óleo.

Atualmente, a Petrobras busca obter do Ibama o licenciamento ambiental para perfurar o bloco FZA-M-59 (também conhecido como bloco 59), adquirido pela estatal na costa do Amapá, onde espera confirmar a existência de uma reserva significativa de petróleo. (entenda mais aqui)

O Ministério Público Federal (MPF) chegou a acionar a Justiça para impedir a realização do leilão, argumentando que, sem estudos prévios adequados, ele representa uma grave violação de direitos fundamentais, compromissos internacionais e da legislação ambiental brasileira.

Outra preocupação de especialistas diz respeito ao bloco localizado a 398 km da Ilha de Fernando de Noronha.

Pesquisadores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) alertaram recentemente que, em caso de vazamento na Bacia Potiguar, as correntes marítimas podem levar o óleo até Noronha em pouco tempo.

 

Fonte: Júlia Nunes, g1 — São Paulo e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 17/06/2025/16:11:09

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Blocos da Foz do Amazonas que vão a leilão nesta terça ficam no AP e PA e têm 283 mil km²

Bacia Foz do Amazonas está localizada na Margem Equatorial — Foto: Petrobras/divulgação

Leilão será realizado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) em meio a pedido de suspensão da oferta dos blocos. Ministério Público Federal (MPF) informou que ação ‘viola série de obrigações legais e compromissos climáticos’.

Os blocos de petróleo e gás da Bacia da Foz do Amazonas que vão a leilão nesta terça-feira (17) ficam no Amapá e em parte do Pará. A área abrange cerca de 283 mil km² e inclui a plataforma continental e a região de águas profundas e ultraprofundas na chamada Margem Equatorial brasileira.

A descoberta de petróleo em países fronteiriços e a expectativa de confirmar a existência de grandes volumes de óleo e gás na Margem Equatorial levaram a área a ser considerada uma nova fronteira exploratória e até a ser apelidada de “novo pré-sal”.

Atualmente a Petrobras tenta convencer o Ibama a conceder o licenciamento ambiental para a perfuração do bloco FZA-M-59 (também chamado de bloco 59) adquirido pela estatal na costa do Amapá, onde a empresa espera confirmar a existência de considerável reserva de petróleo.

Enquanto isso, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) prepara a oferta de mais 47 blocos para exploração de petróleo e gás na mesma bacia, que fica numa área marítima onde está a foz do rio Amazonas.

O Ministério Público Federal (MPF) entrou na Justiça pra impedir a oferta dos 47 blocos. Na ação movida contra a União e ANP, o MPF alega que a realização do leilão sem os estudos prévios adequados representa uma grave violação de direitos fundamentais, compromissos internacionais e da legislação ambiental brasileira.

Histórico da Bacia da Foz do Amazonas

1963 – Foram adquiridos os primeiros dados sísmicos, gravimétricos e magnetométricos (em águas rasas);
1976 a 1982 – Foram assinados e executados os denominados “contratos de risco”, firmados com as empresas Shell, Elf-Agip e BP, que passaram a explorar na área da Bacia da Foz do Amazonas, tendo sido perfurados trinta e três poços, de um total de noventa e cinco poços exploratórios perfurados;
1976 – Foi registrada a descoberta subcomercial de gás natural de Pirapema (1-APS-10B-AP), com volume original provável da ordem de 10,1 bilhões de m³;
1982 – Foi descoberta outra acumulação subcomercial na área do poço 1-APS-51A-AP, com volume potencial estimado entre 6,89 e 11,42 bilhões de m³ de gás natural;
2013 – 11ª Rodada de Licitações da ANP ofertou os blocos na Bacia da Foz do Amazonas;
2014 – Início do processo de licenciamento ambiental do bloco FZA-M-59;
2018 – Primeira negativa do Ibama para operação na região;
2023 – Novo pedido para exploração e negativa do Ibama;
2025 – Petrobras recebe a aprovação do Ibama para o conceito do Plano de Proteção e Atendimento à Fauna Oleada (PPAF).

Sobre a região

A região possui uma vasta biodiversidade que poderia ser afetada em caso de um possível derramamento de óleo, o que preocupa ambientalistas. Na costa do estado foram identificados recifes ainda pouco estudados.

Além disso, a região litorânea amapaense conta com o maior cinturão de manguezais do mundo – que se estende pela costa da Amazônia e representa 80% da cobertura do país.

Entre as unidades de conservação está o Parque Nacional do Cabo Orange, localizado nos municípios de Calçoene e Oiapoque, e que possui uma área de aproximadamente 657.318 mil hectares. A região também é conhecida como Litoral Equatorial Amazônico.

A região também abriga terras indígenas. São cerca de 13 mil indígenas vivendo em 56 comunidades dentro de uma área contínua de 518.454 hectares, organizada em 5 regiões: BR-156, Rio Oiapoque, Rio Uaçá, Rio Urukawá e Rio Curipi.

 

Fonte: Rafael Aleixo, Welliton Lopes, g1 AP e Rede Amazônica — Macapá e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 17/06/2025/15:59:12

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