‘Estamos enterrando sonhos’, diz familiar de paraense morta pelo ex no Mato Grosso

O corpo de Jacira Gonçalves da Silva, de 24 anos, foi sepultado na manhã desta sexta-feira (22), em um cemitério no bairro do Tapanã, em Belém. (Foto: Ivan Duarte / O Liberal)

O corpo de Jacira Gonçalves da Silva, de 24 anos, foi sepultado na manhã desta sexta-feira (22), em um cemitério no bairro do Tapanã, em Belém.

O corpo da paraense Jacira Gonçalves da Silva, de 24 anos, vítima de feminicídio no Mato Grosso, foi sepultado na manhã desta sexta-feira (22), em um cemitério no bairro do Tapanã, em Belém. Durante o enterro, familiares e amigos se reuniram para dar o último adeus à jovem, que havia se mudado para Sorriso (MT) em busca de novas oportunidades. Jacira foi assassinada pelo ex-companheiro no dia 17 deste mês.

A prima de Jacira, Rozy Gomes, esteve no cemitério e destacou a dor da perda e a cobrança por justiça. “Hoje a nossa voz ecoa. A voz de várias Jaci­ras que já foram assassinadas, de várias famílias que choram a perda de uma filha, de uma irmã, de uma prima. Nós não estamos enterrando apenas uma pessoa, estamos enterrando sonhos, uma jovem cheia de esperança, que tinha amor pela vida e pela família”, desabafou.

Emocionada, Rozy disse que a família se sente ‘anestesiada’ e enfrenta uma dor irreparável. Ela reforçou a necessidade de leis mais eficazes para proteger as mulheres e evitar que outras famílias passem pela mesma situação. “Pedimos que a justiça seja feita, que a justiça brasileira seja eficiente e eficaz. Não queremos que mais ninguém viva essa dor que estamos sentindo hoje”, afirmou.

Jacira cursava Administração e Economia e também trabalhava em Sorriso (MT). Segundo a prima, a jovem era querida pela comunidade local. “Ela saiu de Belém para construir uma vida melhor, para dar conforto à família. Tanto que, antes de trazerem o corpo para cá, houve um velório lá, porque a cidade inteira conhecia a Jacira e sabia da índole dela, do coração que tinha”, contou Rozy.

Apesar do sofrimento, a prima ressaltou que a família tenta se apegar às boas lembranças. “Nós tínhamos o hábito de reunir todos os primos e registrar uma foto. Agora, esse registro vai estar sempre com uma ausência. O que nos resta é guardar as melhores memórias da Jacira, que foi uma filha, uma prima, uma amiga e uma vizinha querida por todos”, concluiu.
O crime

O suspeito do crime havia fugido após os disparos, mas foi preso pela Polícia Militar do MT na segunda-feira (18). Segundo as informações policiais, o suspeito estava no pesqueiro quando Jacira chegou com alguns amigos. Ele teria dito que tinha um presente para ela e pediu para que a jovem fosse buscar, mas ela disse que não. Ele, então, foi ao carro e pegou uma caixa. Ao voltar, disse que estava com um presente para ela. E, neste momento, sacou a arma e deu vários tiros em Jacira. Ela foi baleada na cabeça, no rosto e perto da boca. A vítima morreu no local. Jacira tinha medida protetiva contra o ex-companheiro.

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Fonte: O Liberal e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 22/08/2025/15:10:28

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