Quatro suspeitos morrem em confronto com a PM na vicinal Canaã, em Novo Progresso
Foto: Reprodução/Polícia Militar | Quatro homens morreram após um confronto com policiais militares na noite deste sábado (1º), na vicinal Canaã, nas proximidades da comunidade Alvorada da Amazônia, zona rural de Novo Progresso, sudoeste do Pará.
De acordo com informações do 46º Batalhão de Polícia Militar, os suspeitos teriam sido identificados como integrantes de um grupo envolvido em assaltos a garimpos na região.
Segundo o relatório policial, o proprietário de uma área de garimpo, identificado apenas como J., havia procurado o batalhão no dia 28 de outubro, informando que fora vítima de um assalto cometido por quatro indivíduos armados com pistolas e armas longas. Os criminosos teriam feito os funcionários reféns e fugido levando duas espingardas, uma motocicleta Bros vermelha, celulares e cerca de 300 gramas de ouro.
Na noite do sábado, a vítima voltou a entrar em contato com a PM relatando que havia localizado um Fiat Uno branco com quatro homens armados que apresentavam as mesmas características dos assaltantes. O veículo seguia pela vicinal Canaã.
De imediato, o oficial de dia, 1º Tenente QOPM Rosivaldo, acionou a guarnição do PPD de Alvorada da Amazônia, e se deslocou ao local com apoio da VTR 10-4605, juntamente com outra guarnição de Novo Progresso. Durante a aproximação, as equipes avistaram o carro suspeito.
Ainda conforme o boletim, os ocupantes do veículo atiraram contra as viaturas, atingindo a lateral e o giroflex da VTR 044. Os policiais reagiram para conter a agressão e, no confronto, os quatro suspeitos foram alvejados. Eles chegaram a ser levados ao hospital municipal de Novo Progresso, mas não resistiram aos ferimentos.
Nenhum policial foi atingido. Dentro do veículo, foram encontrados armas de fogo, munições, aparelhos de comunicação e duas antenas Starlink, além de utensílios de acampamento.
Entre os mortos, dois foram identificados:
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Edson Douglas Martins de Oliveira
Edson Douglas Martins de Oliveira, de 33 anos, natural de Mato Grosso, era um criminoso reincidente com extenso histórico de passagens pela Justiça. De acordo com informações levantadas pela Polícia Militar e consultas realizadas ao sistema INFOSEG, ele respondia a pelo menos sete processos criminais, entre eles por falsificação ideológica, porte ilegal de arma de fogo, associação criminosa, receptação e roubo qualificado.
Edson Douglas era considerado especialista em falsificação de documentos pessoais e de veículos, prática que utilizava para facilitar ações criminosas e ocultar a origem de bens e armas. Em alguns registros, ele teria usado documentos falsos para abrir contas bancárias e realizar movimentações financeiras com o objetivo de lavar valores provenientes de crimes.
Segundo investigações anteriores, ele também possuía ligação com grupos de assaltantes de garimpos e mineradoras na região Norte de Mato Grosso e no sudoeste do Pará, atuando tanto no planejamento logístico quanto no transporte de armamentos e produtos roubados.
Ainda de acordo com a polícia, Edson frequentemente mudava de endereço e utilizava nomes falsos para despistar mandados de prisão em aberto.
No momento do confronto, Edson portava uma pistola Taurus, modelo 938, calibre .380, registrada em seu nome sob o número 002482020, além de cartões bancários, CPF, CNH e documentos pessoais encontrados nos bolsos de sua roupa.
As autoridades acreditam que ele tenha atuado como coordenador operacional do grupo morto na vicinal Canaã, sendo um dos responsáveis pelo armamento e pela comunicação entre os envolvidos.
Com um perfil de criminoso organizado e articulado, Edson era alvo de investigações conjuntas das polícias civis do Pará e de Mato Grosso, e tinha contra si mandados de prisão pendentes por crimes contra o patrimônio e falsificação de documentos públicos.
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Roni Ferreira de Jesus
Roni Ferreira de Jesus, um dos mortos no confronto com a Polícia Militar, era considerado um criminoso de alta periculosidade, com histórico de envolvimento em assaltos a garimpos, mineradoras e agências bancárias nos estados do Mato Grosso e Pará. Ele possuía três mandados de prisão preventiva em aberto, sendo dois expedidos pela Justiça de Mato Grosso e um pela Comarca de Novo Progresso (PA), por porte ilegal de arma de fogo e associação criminosa.
Em abril de 2021, Roni foi investigado pela Polícia Civil de Mato Grosso por participar de um assalto a uma mineradora em Paranaíta (MT). O grupo chegou armado em uma caminhonete S10, rendeu o vigilante e invadiu a “casa do ouro”, de onde levou uma grande quantidade de material extraído. Os criminosos usavam armas longas e coletes balísticos e incendiaram o veículo usado na fuga após espancar um funcionário.
Dois meses depois, em junho de 2021, ele foi novamente citado em investigações sobre o roubo no estilo “Novo Cangaço” que aterrorizou a cidade de Nova Bandeirantes (MT). O bando fortemente armado invadiu duas agências bancárias, fez reféns e trocou tiros com a polícia. O crime foi planejado por cerca de 30 dias e deixou a população em pânico.
Em maio de 2022, Roni foi preso em Novo Progresso (PA), durante uma operação da Polícia Militar que investigava um roubo a um garimpo. Na ocasião, ele utilizava identidade falsa, apresentando-se como Maikon Mota Muniz, e estava com outros dois comparsas.
No entanto, um mês depois, o trio fugiu da cadeia pública de Novo Progresso, após serrar as grades da cela durante a madrugada. Desde então, ele era considerado foragido.
Com extenso histórico criminal e ligações com grupos armados, Roni era investigado por integrar quadrilhas especializadas em assaltos organizados e armados, com foco em alvos ligados ao garimpo e ao transporte de ouro na região Norte do país.
Materiais apreendidos:
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Um revólver calibre .38 com seis estojos deflagrados;
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Uma pistola Taurus G3, calibre 9mm, com dois carregadores e 17 munições;
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Uma espingarda calibre .22 com 11 munições;
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Um carregador transparente com 27 munições calibre 9mm;
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Sete aparelhos celulares, sendo dois das vítimas do assalto anterior.
O caso foi registrado como intervenção policial com resultado morte e segue sendo investigado pelas autoridades competentes.
Veja IMAGENS
Fonte: Jornal Folha do Progresso/ Ascom PCPA/Polícia Militar e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 02/11/2025/12:16:01
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