Ouro resiste a calor 14 vezes maior que seu ponto de fusão e pode reescrever livros de física
Foto:Reprodução | Experimento mostra que o ouro pode permanecer sólido em temperaturas 14 vezes acima do ponto de fusão, surpreendendo cientistas
Um estudo publicado na revista Nature revelou que o ouro resiste ao calor extremo de forma muito além do previsto pela física tradicional.
A pesquisa, conduzida por cientistas do SLAC National Accelerator Laboratory, nos Estados Unidos, utilizou lasers ultrarrápidos para aquecer o metal a cerca de 19 mil Kelvin (mais de 18.700°C).
Mesmo sob essas condições extremas, o ouro permaneceu sólido por trilionésimos de segundo, desafiando os modelos atuais sobre o comportamento de materiais em estado sólido. O fenômeno observado, conhecido como superaquecimento, reacende debates sobre os limites da estabilidade atômica em situações de alta energia.
Superaquecimento mantém estrutura sólida do ouro intacta
No experimento, os pesquisadores usaram pulsos de laser supercurtos para aquecer pequenas amostras de ouro em altíssima velocidade. A meta era forçar o material a ultrapassar a chamada “catástrofe de entropia” — o ponto em que a estrutura do sólido teoricamente colapsa e se transforma em líquido.
Contudo, o ouro se comportou de forma inesperada. A fusão não ocorreu imediatamente, pois o calor foi aplicado tão rapidamente que os átomos não tiveram tempo suficiente para reorganizar-se em estado líquido.
Esse comportamento se deve ao superaquecimento extremo, condição em que o material segue sólido mesmo após ultrapassar seu ponto de fusão convencional.
Ouro superou 14 vezes seu ponto de fusão conhecido
Durante o teste, o ouro foi aquecido até 14 vezes acima de seu ponto de fusão, permanecendo sólido por mais de dois picossegundos. Embora esse intervalo pareça insignificante, é tempo suficiente para desafiar previsões científicas estabelecidas.
Modelos anteriores indicavam que o superaquecimento poderia alcançar no máximo três vezes o ponto de fusão.
A nova medição obrigou os físicos a revisar esse limite, já que o comportamento do ouro mostrou uma resistência térmica muito superior ao imaginado. Para medir com precisão a energia absorvida, os cientistas usaram raios X refletidos, permitindo analisar o processo em escala atômica.
Estudo não viola leis da física, mas exige atualização de modelos
Segundo Tom White, professor da Universidade de Nevada e um dos autores da pesquisa, os resultados não violam as leis da termodinâmica. Eles apenas indicam que, em escalas de tempo extremamente curtas, os materiais podem se comportar de forma diferente do esperado pela física clássica.
Agora, a equipe planeja testar o mesmo procedimento com outros materiais sólidos, como tungstênio, titânio ou carbono. Se o fenômeno se repetir, será necessário revisar tabelas de fusão e estabilidade usadas em setores como engenharia nuclear, aeroespacial e astrofísica.
Aplicações práticas vão da indústria pesada à astrofísica
A descoberta pode ter impacto direto no entendimento de eventos extremos, como colisões de asteroides, explosões solares ou falhas em reatores nucleares. Em todos esses casos, a matéria é submetida a altas temperaturas em frações de segundo, e o comportamento dos sólidos ainda é pouco compreendido.
Para Bob Nagler, cientista do SLAC, o estudo abre novas possibilidades: “Se nossa primeira tentativa já desafia a física conhecida, imagine o que mais podemos encontrar”, afirmou em comunicado oficial. A resistência do ouro ao superaquecimento pode ser apenas o começo de uma nova era de descobertas sobre os limites da matéria.
Fonte: clickpetroleoegas e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 30/07/2025/06:00:26
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