PF retém suspeito de integrar Hamas em Guarulhos; defesa diz ‘desconhecer’ ligação
Imagem mostra o emblema da Polícia Federal. (Foto: Divulgação | PF)
Liminar impediu Polícia Federal de repatriar homem e três familiares até “melhor compreensão dos fatos”; órgão tem 24 horas para se manifestar.
A Polícia Federal foi impedida temporariamente de repatriar um cidadão palestino e três familiares após uma decisão liminar da Justiça Federal, feita neste sábado (22). O grupo, que iniciou a viagem em Kuala Lumpur, capital da Malásia, foi impedido de entrar no país no Aeroporto de Guarulhos, onde desembarcou na tarde de sexta-feira (21) em um voo da Qatar Airways, que partiu de Doha, capital do Catar. Os agentes federais brasileiros afirmaram à CNN Brasil que há a suspeita de que o palestino de 37 anos integre o alto escalão do Hamas. Ele seria um dos porta-vozes autorizados a falar em nome do grupo que promoveu os ataques terroristas em 7 de outubro contra Israel.
O homem integra a lista do FBI – a polícia federal americana – que monitora suspeitos de integrar grupos terroristas: a Terrorist Screening Center (TSC), de acordo com reportagem da CNN. Muslim M. A. Abuumar está acompanhado da mulher, que está grávida de 7 meses, um filho de 6 anos e a sogra, de 69 anos.
No dia 13 deste mês, Abuumar emitiu um visto de 90 dias para permanecer no Brasil. Já os outros três familiares são cidadãos malaios e não precisam de visto para entrar no país.
A suspeita da polícia é que Abummar tenha vindo ao Brasil para que a mulher tenha o filho. Deste modo, a criança nasceria brasileira, o que garantiria a naturalização e a permanência dos familiares no território brasileiro.
Conforme a CNN Brasil, esse “modus operandi” foi observado pela PF em outras pessoas suspeitas de estarem vinculadas a organizações responsáveis por atos terroristas e que o cenário justifica o impedimento para entrarem no país.A juíza plantonista Millena Marjorie Fonseca da Cunha, da subseção judiciária de Guarulhos, atendeu o pedido da defesa, neste sábado (22), que alegou que a PF não explicitou os motivos para impedir a entrada da família no Brasil, determinou que a extradição não fosse feita até “melhor compreensão dos fatos.”A magistrada deu 24 horas para que a PF preste informações sobre o caso e ainda determinou que sejam tomadas providências necessárias para garantir atendimento médico-hospitalar para a mulher grávida.
Para a CNN, fontes da Polícia Federal afirmaram que a família permanece em um hotel em Guarulhos com assistência da companhia aérea até a decisão final da Justiça.
Segundo o pedido feito à Justiça pelo advogado Bruno Henrique de Moura, Mulsim M.A Abuumar foi abordado por agentes da PF ainda na porta do avião. “
No ato, agente que não foi identificado, questionou suas predileções políticas, se ele apoia a resistência palestina à ocupação da faixa de gaza pelo Estado de Israel e suas motivações para viajar até o Brasil”, diz a petição.
A defesa ainda cita que Muslim não foi acompanhado por tradutor ou por advogado. “
A Polícia Federal não apresentou qualquer documento ou prova de que ele infrinja alguma normativa nacional ou que tenha sofrido condenação judicial por algum Estado reconhecido pelo Brasil ”, alegou a defesa.
O advogado informou ainda à Justiça que a família tem passagem de volta comprada para a Malásia para o dia 9 de julho. Além disso, argumenta que Abuumar teve o visto renovado pelo Brasil no dia 13 de junho pelo prazo de um ano.
O advogado Bruno Henrique Moura contou à CNN que desconhece ligação com o Hamas e, caso exista, que “a Polícia Federal apresente provas de que o vínculo não seja apenas filosófico, mas concreto. Do contrário, o impedimento será de índole política, o que a Lei de Imigração proíbe.
”.Muslim M. A. Abuumar tem um irmão que mora em São Bernardo do Campo (SP) e veio pela primeira vez ao Brasil em janeiro de 2023, quando passou 15 dias. Na época, segundo a PF, ele não constava na lista de suspeitos do FBI.
Fonte: O Liberal e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 23/06/2024/10:40:00
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