Starlink pode ter serviço de internet por satélite afetado em 4.761 cidades do Brasil após impasse entre STF e X; entenda

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(Foto:Reprodução) – No centro de uma disputa jurídica no Brasil, a Starlink, do bilionário Elon Musk, é a principal operadora de internet via satélite no país, com quase metade desse mercado (46%), e a 16ª provedora de conexão de banda larga fixa, com 0,5% de participação.

A empresa possui 224,4 mil clientes de banda larga fixa no país em 4.761 municípios, de acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Em 30% dessas cidades, porém, a empresa tem até cinco pontos instalados.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ordenou o bloqueio de contas da empresa para garantir o pagamento de multas aplicadas pela Justiça brasileira contra a rede social X, que está sem representante oficial no país.

Além disso, a companhia informou à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que não vai cumpri a decisão do ministro do STF de suspender o acesso dos seus usuários à rede social X. Tanto a Starlink quanto o X são controladas por Musk.

Os estados de Minas Gerais, São Paulo e Amazonas lideram o número de clientes. Mas é na Região Norte onde a empresa tem uma presença mais forte. Isso ocorre por conta das caracterísiticas do serviço fornecido e também dos locais.

São 71,2 mil acessos no Norte, seguido por 66,3 mil no Sudoeste, 46,5 mil no Centro-Oeste, 24,5 mil no Sul e 15,7 mil no Nordeste.

A Starlink cobre hoje todo o território nacional, mas é mais usada em regiões remotas onde a internet de fibra ótica e por outros meios não está disponível, como na Amazônia. Por essa característica, consegue chegar a áreas mais remotas, onde inclusive não há sinal de celular.

Cada acesso é uma antena instalada que pode fornecer internet a dezenas de usuários. As três cidades com mais contratos são Boa Vista, Manaus e Rio de Janeiro.

Além da Starlink, outras 52 empresas possuem autorização da Anatel para operar fornecendo internet via satélite no Brasil. As duas principais concorrente da empresa de Musk são a Hughes, cuja participação no mercado brasileiro é de 36,1%, e a Viasat, que chega a 5,1% dos acessos de banda larga fixa por satélite.

Governo

A internet da Starlink é usada por órgãos do governo federal, como a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

Em junho, em resposta ao requerimento de um deputado federal sobre o uso da tecnologia da Starlink pelas Forças Armadas, o chefe do gabinete do Comandante do Exército, Márcio de Souza Nunes Ribeiro, afirmou que o sistema é usado em operações militares e que o contrato “se justifica pela facilidade, flexibilidade e rapidez que o equipamento da Starlink confere ao estabelecimento dos enlaces de Comando e Controle”.

“Entende-se que, no caso de um eventual cancelamento de contrato com a referida empresa, poderá haver prejuízo para o emprego estratégico de tropas especializadas, pois as capacidades entregues pela empresa proporcionam , entre outros fatores, redundância operacional, elevada confiabilidade, rapidez de instalação, altas taxas de banda, cobrindo grandes distâncias com praticamente nenhuma interferência do terreno ou das condições atmosféricas, bem como de uso em locais sem nenhuma infraestrutura”, afirmou.

Ele pontuou, ainda, que a tecnologia oferecida pela Starlink poderia, em uma eventual nova contratação, ser usada para atender os Pelotões Especiais de Fronteira (PEF), que ficam em “locais de difícil acesso e que não possuem disponibilidade dos serviços das operadoras convencionais de internet, beneficiando toda a população do entorno”.

Anatel não garante bloqueio

Como o GLOBO mostrou, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) não garante que conseguiria barrar a operação da Starlink no Brasil em caso de suspensão dos serviços por medida judicial ou mesmo cassação da outorga de operação. O funcionamento via satélite é um complicador que poderia inviabilizar o corte completo da internet fornecida pela empresa no Brasil.

O conselheiro diretor Artur Coimbra de Oliveira, que falou pela agência, explicou que a ação teria que ser feita nas estações terrenas (chamadas de gateway) da empresa, que são 20 no Brasil. Segundo ele, a comunicação da Starlink é feita entre os terminais dos usuários, em suas casas, os satélites e essas estações terrestres.

Quem são os concorrentes da Starlink?

De acordo com dados da Anatel, a empresa concorre, no segmento de tecnologia por satélite no Brasil, com nomes como HughesNet e Viasat. A primeira tem como foco produtores rurais e tem cerca de 176 mil clientes. Já a segunda está em processo de expansão no país e tem 24 mil.

Um diferencial da Starlink em relação a seus concorrentes é que seus satélites operam em baixa altitute, em torno de 550 quilômetros, tornando a conexão mais rápida do que os chamados “satélites geoestacionários”, que ficam em uma distância maior da Terra — cerca de 35 mil km.

Fonte: O GLOBO e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 04/09/2024/07:49:27

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