Alvo da operação seria outro Marcelo’, diz escrivã após filho morrer ao levar tiro da PF
Marcelo Carvalho, de 24 anos, foi morto durante operação da Polícia Federal em Belém — Foto: Redes Sociais
Família acusa policiais federais de invadir residência e atirar contra o jovem, que trabalhava na administração da Polícia Civil. PF diz que vítima reagiu à abordagem.
O namorado de uma escrivã da Polícia Civil era um dos alvos da operação da Polícia Federal que resultou na morte de um jovem, filho da policial, nesta quarta-feira (8) no bairro do Jurunas, em Belém, segundo a família da vítima. O alvo já tinha sido preso em 2019 suspeito de chefiar um grupo de extermínio.
“Meu filho se identificou como Marcelo. O alvo da operação dele seria o outro Marcelo. É um rapaz que eu tenho um relacionamento com ele, afetivo. Ele estava na minha casa no quarto comigo”, disse a escrivã, que prefere não se identificar.
Ainda de acordo com a PF, o jovem foi baleado porque reagiu: “um homem que se encontrava na residência investiu contra um policial federal, desferindo um soco em seu rosto e tentando tomar-lhe a arma de fogo. Diante da agressão e da iminência de novo ataque, foram efetuados disparos para conter a ação”, disse a PF em nota.
Este homem que teria reagido é o filho da escrivã da Polícia Civil. Segundo a PF, ele foi atendido, mas não resistiu. Questionada, a PF também não informou detalhes sobre a perícia no local. Nenhuma arma foi apreendida.
A PF cumpria mandados de prisão na Operação Eclesiastes, de combate ao tráfico internacional de drogas e à lavagem de capitais. A escrivã, o namorado e o filho dela estavam em casa quando foram abordados pelos policiais.
Dois marcelos: um foi morto e o outro, preso
Marcello Victor Carvalho de Araújo, de 24 anos, filho da escrivã, foi morto a tiros. Segundo a Polícia Federal, ele reagiu à abordagem. Mas a família contesta.
Ainda segundo a família, outro Marcelo era o alvo e estava no mesmo apartamento: Marcelo Pantoja Rabelo, mais conhecido como “Marcelo da Sucata”. Ele estava no quarto com a escrivã e foi preso. Sucata já tinha sido detido em 2020 suspeito de chefiar um grupo de extermínio e de ter atropelado um PM.
A PF informou em nota que “prendeu um dos principais alvos da investigação, identificado como líder de um grupo de extermínio com atuação no Pará”, sem confirmar o nome do detido. “O alvo do mandado resistiu à prisão, mas foi contido e conduzido à autoridade policial”, disse ainda a PF.
Mãe da vítima foi agredida
A tia do jovem relatou que os policiais arrombaram a porta do apartamento e “entraram alterados”. “O primeiro tiro atingiu meu sobrinho fora do quarto. Assustado, ele correu para dentro, e eles o seguiram, disparando novamente, e ele caiu”, disse. A Polícia Federal contesta e informou que o jovem reagiu .
Ainda segundo a tia, a mãe do jovem tentou se identificar como policial civil, mas foi agredida. “Deram dois tapas na cara dela, chamando-a de vagabunda e mandando calar a boca. Ela não chegou a ver o filho morto, porque não deixaram”, acrescentou.
O corpo do Marcello Carvalho está no Institutlo Médico Legal e deve passar por perícia antes de ser liberado à família. Questionada, a PF não deu detalhes sobre a abordagem, nem sobre as agressões mencionadas pela família. O g1 também procurou a Polícia Civil, mas não teve retorno.
LEIA MAIS:Filho de escrivã da Polícia Civil morre durante operação da Polícia Federal em Belém (PA)
Fonte: g1 Pará e TV Liberal — Belém e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 09/10/2025/11:50:15
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