Fazendeiro de Uruará acumula cerca de R$ 9 milhões em multas por crimes ambientais na Amazônia
Wanderson Soares – Créditos: Redes Sociais / Arquivo
Wanderson Soares já foi preso em abril deste ano; mais uma vez é fechada a rodovia PA-370, na região limite de Santarém e Uruará, para impedir ação do Incra
O fazendeiro Wanderson Soares, do município de Uruará, sudoeste do Pará, tornou-se um dos principais alvos das ações de combate ao desmatamento ilegal na Amazônia neste ano. Só entre os dias 17 e 19 de março de 2025, ele recebeu multas que somam R$ 8.719.000,00, aplicadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), como resultado das investigações da Operação ‘8 Segundos’, deflagrada com apoio da Força Nacional de Segurança, nos limites dos municípios de Santarém e Uruará, no oeste do Pará.
A ofensiva teve como foco áreas críticas de desmatamento nos municípios de Santarém, Mojuí dos Campos, Belterra e Uruará, onde a grilagem de terras públicas, a devastação florestal e a criação ilegal de gado seguem avançando sobre a floresta. Em Uruará, o caso de Wanderson ganhou destaque após a obstrução no km 110 da rodovia Transuruará (PA-370), ocorrida no dia 18 de março, durante a tentativa do Ibama de apreender rebanhos criados ilegalmente em terras embargadas.
Na útima sexta-feira(2) a rodovia estadual voltou a ser bloqueada, agora no km 85. Novamente, produtores rurais que invadiram lotes do Projeto de Assentamento Chapadão, em área distinta de onde ocorreram os protestos de abril, denunciam arbitrariedades diante das mais recentes operações do Ibama. Há suspeita que o movimento é insuflado por fazendeiros da região que usam pequenos produtores, que fazem plantações em áreas embargadas, para entrar na linha de frente dos protestos e interromper o tráfego de veículos na PA-370. O Portal OESTADONET apurou que esses pequenos produtores receberam permissões de grileiros para usar a terra para plantio como forma de manter a posse para os pecuaristas e madeireiros. Por isso, acabam sendo alvo dos agentes de fiscalização dos órgãos ambientais.
Segundo o Ibama, 750 cabeças de gado foram apreendidas em uma propriedade de Wanderson Soares localizada na região conhecida como Chapadão, área marcada por intensos conflitos fundiários e ambientais. O pecuarista foi multado em R$ 3.020.000,00 por manter os animais na área mesmo após ter sido notificado oficialmente para retirá-los.
Além dessa autuação, outras multas foram aplicadas ao fazendeiro:
R$ 2.020.000,00 em 17 de março
R$ 2.754.000,00 em 17 de março
R$ 925.000,00 em 19 de março
No mês seguinte, em 7 de abril, Wanderson Soares foi preso pela Delegacia Especializada de Conflitos Agrários (DECA) de Altamira, durante a chamada Operação Pecuária Paralela. Ele é investigado por diversos crimes, incluindo ocultação de patrimônio, lavagem de dinheiro e comercialização de bovinos oriundos de áreas embargadas pelo próprio Ibama. A criação ilegal de gado é considerada uma das maiores frentes de avanço do desmatamento na Amazônia, e operações como essas visam desarticular a cadeia econômica que sustenta a devastação.
O Portal OESTADONET apurou, também, que os protestos na PA-370 teriam sido motivados pela ação de grileiros para impedir ação do INCRA que visa regualização fundiária no assentamento Chapadão, criado em 2024, onde cerca de 230 famílias assentadas pelo órgão esperam por emissão do título de propriedade há vários anos. Uma parte da área de 2.900 hectares foi invadida pelos grileiros.
Com o fechamento da rodovia, os manifestantes visam impedir o acesso dos técnicos ao assentamento. Os trabalhos de campo começariam nesta segunda-feira(5).
A reportagem tenta contato com o INCRA para saber o posicionamento da autarquia.
Fonte: PORTAL OESTADONET e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 05/05/2025/14:49:00
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