Pai mata filho autista e cego de 11 anos e enterra corpo em mata na Paraíba (PB)
Foto: Reprodução | Um crime brutal chocou a Paraíba na manhã deste domingo (2). O corpo de uma criança de 11 anos, autista e com deficiência visual, foi encontrado dentro de um saco de lixo preto, em posição fetal, enterrado em uma cova rasa no bairro Colinas do Sul, em João Pessoa.
A vítima havia desaparecido na sexta-feira (31), e as buscas da Polícia Militar mobilizaram moradores e equipes de resgate desde então.
De acordo com informações iniciais, o menino era filho de um casal natural de Florianópolis (SC).
A mãe mora em João Pessoa há cerca de dois anos e vive um novo relacionamento.
O pai, identificado como Davi Piazza Pinto, havia saído de Santa Catarina com o argumento de que queria conviver mais com o filho e ajudar nos cuidados da criança.
Na quinta-feira (30), ele combinou com a mãe que viajaria com o menino para Santa Catarina.
Confiando na boa intenção do ex-companheiro, a mulher permitiu a viagem.
Porém, desde a sexta-feira (31), a mãe enviava mensagens e fazia ligações que não eram respondidas. Preocupada, ela comunicou o desaparecimento à polícia.
Na noite de sábado (1º), policiais militares encontraram o corpo do menino durante buscas em uma área de mata no bairro Colinas do Sul, na zona sul da capital paraibana.
O corpo estava dentro de um saco plástico preto, parcialmente coberto por terra, e foi localizado após denúncias e diligências intensas.
O Instituto de Polícia Científica (IPC) foi acionado para realizar a perícia técnica no local.
A cena era descrita como extremamente comovente pelos policiais que participaram da ocorrência.
Enquanto a perícia era realizada na Paraíba, o pai da criança se apresentou espontaneamente em uma delegacia de Florianópolis (SC), onde confessou o crime e foi preso em flagrante. De acordo com o suspeito ele tirou a vida da criança após se irritar com a vítima.
Segundo informações repassadas pela Polícia Civil, Davi ligou para a mãe do menino antes de se entregar e afirmou que havia “perdido a cabeça” e matado o próprio filho.
A Polícia Civil de Santa Catarina mantém contato direto com as autoridades paraibanas para dar continuidade às investigações e formalizar o processo de transferência do caso.
O crime causou forte comoção entre policiais e moradores de João Pessoa e Florianópolis.
Devido à vulnerabilidade da vítima — uma criança autista e cega —, o caso tem sido tratado com prioridade e sensibilidade pelas autoridades.
A Delegacia de Homicídios de João Pessoa investiga as motivações do crime, que segue sendo tratado como homicídio qualificado, com suspeita de premeditação.
O local permanece isolado para novas análises da perícia, enquanto a mãe da criança prestou depoimento na manhã deste domingo (2), ainda em estado de choque.
Fonte: g1 e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 03/11/2025/11:22:39
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